Imigração. Trump ataca democratas e ressuscita correio de Clinton

por Cristina Sambado - RTP
“Eles estão a enviar o seu melhor. Mas deixem-me dizer-lhes que estamos a enviar-lhes o inferno de volta”, disse Trump a propósito do México Jonathan Ernst - Reuters

Horas depois de assinar uma ordem executiva para acabar com a separação de crianças dos pais imigrantes na fronteira dos Estados Unidos com o México, Donald Trump afirmou que o tumulto público foi usado pelos democratas como distração para ocultar um relatório sobre a investigação aos e-mails de Hillary Clinton.

Num comício em Duluth, no Estado do Minnesota, Trump relacionou a questão do relatório sobre o inspetor-geral do FBI com o seu inquérito a Hillary Clinton durante as eleições de 2016.

“Eles [democratas] afirmam que estão destacar a imigração. Mas não querem mostrar o que está a acontecer no Congresso, onde este golpe foi revelado”, afirmou Trump.

O Presidente norte-americano enfrentou, nos últimos dias, uma forte contestação interna e externa devido à política de “tolerância zero” implementada pelo seu Governo. O que levou a que 2.300 crianças fossem separadas dos pais na fronteira dos Estados Unidos com o México. E apesar de ter assinado uma ordem executiva para acabar com a situação, Trump nada fez para voltar a reunir as famílias que já foram separadas.


No seu discurso, Donald Trump recordou que desde que tomou posse a cidade de Long Island foi “libertada do gangue MS-13” e acusou os democratas de “colocarem imigrantes ilegais à frente dos cidadãos americanos”.

O México também não foi esquecido, com Trump a acusar o país vizinho de estar a enviar para os Estados Unidos “violadores e assassinos”.

“Eles estão a enviar o seu melhor. Mas deixem-me dizer-lhes que estamos a enviar-lhes o inferno de volta”, rematou.
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