Mundo
Guerra no Médio Oriente
Irão novamente sob ameaça de sanções devido ao programa nuclear
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vota esta sexta-feira às 14h00 GMT se vai ou não acionar o mecanismo automático snapchat que repõe as sanções ao Irão. O processo foi desencadeado pela França, pelo Reino Unido e pela Alemanha.
Paris, Londres e Berlim perderam a esperança de um novo acordo nuclear com Teerão que inclua a visita às centrais e reservas de urânio enriquecido iranianas por parte dos inspetores da AIEA, a Agência da ONU para a Energia Atómica.
Ao Canal 12 israelita, o presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou-se convicto de que as sanções vão regressar, até 27 de setembro.
"Nunca subestimámos o risco de uma bomba nuclear no Irão, mas também não o das capacidades balísticas e da desestabilização regional oriundas do Irão, porque eles não são claros e não assumem quaisquer compromissos claros", afirmou Macron. Questionado se se iria assistir a um regresso das sanções até ao final do mês, o presidente francês respondeu "sim, penso que sim, porque as últimas notícias que recebemos dos iranianos não são sérias".
Em 2015, a França, o Reino Unido, a Alemanha, os Estados Unidos, a Rússia e a China aprovaram um Tratado Conjunto de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (JCPOA) através da Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que previa uma estrutura para as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento das sanções.
Na altura, o governo norte-americano do presidente democrata Barack Obama gabou-se de ter obtido uma cláusula "única", a snapchat, que lhe permitia, em caso de fraude iraniana, reimpor todas as medidas punitivas sem receio de veto de outro Estado.
Em caso de regresso das sanções, Teerão já ameaçou retirar-se do Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas os diplomatas ocidentais não acreditam que o regime dos Ayatolas vá tão longe.
Ao Canal 12 israelita, o presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou-se convicto de que as sanções vão regressar, até 27 de setembro.
"Nunca subestimámos o risco de uma bomba nuclear no Irão, mas também não o das capacidades balísticas e da desestabilização regional oriundas do Irão, porque eles não são claros e não assumem quaisquer compromissos claros", afirmou Macron. Questionado se se iria assistir a um regresso das sanções até ao final do mês, o presidente francês respondeu "sim, penso que sim, porque as últimas notícias que recebemos dos iranianos não são sérias".
Os países ocidentais suspeitam que o Irão procura adquirir armas nucleares. Teerão nega e defende o seu direito de desenvolver um programa nuclear civil.
Em 2015, a França, o Reino Unido, a Alemanha, os Estados Unidos, a Rússia e a China aprovaram um Tratado Conjunto de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (JCPOA) através da Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que previa uma estrutura para as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento das sanções.
Na altura, o governo norte-americano do presidente democrata Barack Obama gabou-se de ter obtido uma cláusula "única", a snapchat, que lhe permitia, em caso de fraude iraniana, reimpor todas as medidas punitivas sem receio de veto de outro Estado.
O Tratado acabou por perder força quando o presidente Donald Trump, no seu primeiro mandato, o denunciou em 2018 à revelia dos restantes subscritores, acusando Teerão de estar a violar os acordos e de continuar a enriquecer urânio até à capacidade de poder construir uma arma nuclear.
Em caso de regresso das sanções, Teerão já ameaçou retirar-se do Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas os diplomatas ocidentais não acreditam que o regime dos Ayatolas vá tão longe.