17h25 Presidente francês, François Hollande, responde a Trump
"A Europa não é protecionista, não é fechada, tem valores e tem princípios", afirmou Hollande após a fotografia de família.
15h00 - António Costa é o primeiro falar
O primeiro-ministro português deu início à conferência de encerramento da cimeira de Lisboa. António Costa começou por dizer que, em "tempo de incertezas, é essencial ter uma União Europeia mais forte e mais unida".
Com os holofotes apontados ao outro lado do Atlântico, designadamente à Administração norte-americana de Donald Trump, Costa colocou a tónica no "comércio livre a nível mundial".
Em seguida abordou a questão das migrações, anunciando um reforço da cooperação com os países mediterrâneos e africanos, de forma "a atacar na raiz as causas dos fluxos migratórios".
Em matéria de segurança, o primeiro-ministro falou da necesidade acautelar a defesa e gestão da fronteira externa comum.
O objetivo último, resumiu, será uma "maior integração social, menor radicalização e maior segurança".
Já no que toca às políticas orçamentais, António Costa afirmou, numa síntese dos trabalhos, que se impõe "uma melhor coordenação" entre países-membros, tendo em vista "completar o mercado interno, designadamente o mercado da energia e o mercado digital, melhorando a prevenção de riscos", assim como "dotar a Zona Euro de uma capacidade orçamental que permita apoiar uma maior convergência entre as economias”.
14h43 - Assinada a declaração final da cimeira
Em direto para a RTP 3, a repórter Ana Romeu avança que está já assinada pelos chefes de Estado e de governo a declaração que culmina os trabalhos da cimeira dos países do sul da Europa.
O texto, que servirá de guião às intervenções conjuntas dos líderes, coloca a ênfase nos três pilares da reunião: crescimento económico e convergência monetária; segurança e defesa; migrações.
Haverá, todavia, uma adenda relativa à reunificação de Chipre e aos resgates financeiros cipriota e grego.
13h55 - Hollande falou de Trump
"Apanhado" pelos jornalistas à saída da fotografia de família, o Presidente francês comentou o decreto de Donald Trump que suspende o programa de acolhimento de refugiados nos Estados Unidos.
A Europa, afirmou François Hollande, deve reagir com firmeza a esta linha política do Presidente norte-americano.
13h15 - Líderes perfilam-se para fotografia
Está tirada a fotografia de família dos participantes na cimeira, com o Padrão dos Descobrimentos e o Rio Tejo em pano de fundo. Segue-se o almoço de trabalho.
13h00 - Lembrar a agenda
Confirma-se um ligeiro atraso nos trabalhos da cimeira dos líderes do sul da Europa. A agenda do encontro abriu a edição deste sábado do Jornal da Tarde.
Marcelo Sobral, Miguel Cervan - RTP
12h00 - Prosseguem os trabalhos no Centro Cultural de Belém
Em direto para a RTP 3, a repórter Lígia Veríssimo dá conta de uma outra reunião bilateral, também à margem da cimeira, entre o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e Alexis Tsipras, o homólogo grego.
Esta sucessão de encontros pode atrasar a agenda dos trabalhos.
11h46 - Hollande conversou com Tsipras
Sabe-se que o Presidente francês, François Hollande, se encontrou já esta manhã, à margem da cimeira, com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
#Cimeira Depois do PM de Malta, o presidente francês François Hollande pic.twitter.com/C2tOPTy4Zp
— Antena1, RTP (@antena1rtp) 28 de janeiro de 2017
Na sexta-feira, o Fundo Monetário Internacional veio classificar como "insustentável" e mesmo "explosiva", a longo prazo, a situação da dívida soberana do Estado helénico.
O Fundo exortou ainda a Zona Euro a avançar com medidas de alívio "mais credíveis".
11h30 - Contraterrorismo e crise migratória
Quanto ao capítulo da segurança e da defesa, os líderes reunidos em Lisboa vão discutir o reforço das fronteiras externas da União Europeia, a par da segurança intrafronteiras, desde logo contra a ameaça do terrorismo.
Isto sem descurar a necessidade de preservar o princípio da livre circulação, ao abrigo de Schengen.
Espera-se também que a cimeira reitere a solidariedade para com os países “particularmente afetados pela crise migratória”, nomeadamente a Grécia e Itália, e aborde as “causas profundas da migração”.
11h10 - "O momento de dizer algo que fosse claro"
Questionada sobre a cimeira do sul da Europa, Catarina Martins manifesta a expectativa de ver "consequências concretas".
"Por exemplo, rejeitar o tratado orçamental, que impõe limites impossíveis de dívida e de défice só para depois obrigar os países a desregular mais as relações laborais, ou a cortar mais nos direitos sociais dos povos da periferia", aponta a coordenadora do Bloco de Esquerda.
11h00 - Líderes já estão reunidos
Termina a receção de António Costa aos chefes de Estado e de governo. Prevê-se que os líderes participem, pelas 13h00, na protocolar fotografia de família, antes de terem um almoço de trabalho.
Pouco antes das 15h00 haverá uma declaração conjunta com intervenção dos sete interlocutores.
10h50 - Líderes começam a chegar
A reportagem da RTP no Centro Cultural de Belém acompanha a chegada dos chefes de Estado e de governo, recebidos pelo primeiro-ministro, António Costa.
10h44 - Europa do sul converge para Belém
A primeira cimeira de países do sul da Europa aconteceu em setembro passado na capital grega. Reuniram-se em Atenas seis dirigentes. Faltou Mariano Rajoy, então à frente de um Governo de gestão.
Desta feita, o presidente do Governo espanhol está em Lisboa, onde se senta à mesa dos trabalhos com os presidentes de Chipre e de França, Nikos Anastasiades e François Hollande, e os primeiros-ministros de Malta, Joseph Muscat, da Grécia, Alexis Tsipras, de Itália, Paolo Gentiloni, e de Portugal.
O propósito deste encontro não passa por criar “um clube à parte”, segundo fonte do gabinete de António Costa, citada pela agência Lusa. Trata-se de obter uma “concertação de posições” entre Estados que, “pela geografia, relações históricas de vizinhança, afinidades culturais e convergência de posições em várias matérias, partilham uma perspetiva comum sobre vários temas da agenda europeia”.
Mariana Flor, Carlos Valente - RTP
António Costa reuniu-se na última noite com o homólogo de Malta para abordar a próxima cimeira informal da União Europeia de 3 de fevereiro em La Valleta, já sem a participação britânica.
E já esta manhã, a preceder a cimeira, o primeiro-ministro português recebeu em São Bento Paolo Gentiloni, para discutir a cimeira de 24 e 25 de março na capital italiana, onde serão assinalados os 60 anos do Tratado de Roma.
Haverá três temas sobre a mesa: crescimento económico; investimento e convergência; segurança e defesa e migrações.
A reforma da moeda única
Espera-se que António Costa aproveite esta cimeira para pressionar o tema da reforma do euro, à semelhança do que fez na passada terça-feira durante um seminário também organizado na capital portuguesa.
Das conclusões daquele seminário sobressaíram a defesa de uma nova combinação que harmonize a política monetária do Banco Central Europeu e coordenação de políticas orçamentais dos países-membros, assim como o fechar do dossier da união bancária – com a definição de um sistema europeu de garantias de depósitos e de uma capacidade orçamental própria do bloco da moeda única.
O primeiro-ministro socialista considerou, no encontro, urgente reformar o euro, blindando-o de políticas protecionistas ou populistas. Apelou mesmo à criação de um mecanismo supranacional de estabilização contra choques assimétricos e de um Fundo Monetário Europeu para gerir dívidas soberanas.