A Cruz Vermelha atualizou esta sexta-feira o número de vítimas das inundações que fustigaram nos últimos dias a Serra Leoa. Morreram mais de quatro centenas de pessoas e outras 600 estão dadas como desaparecidas.
Na noite de domingo para segunda-feira, ao cabo de três dias de chuvas torrenciais, torrentes de lama invadiram ruas da capital serra-leonesa, Freetown. Deslizamentos de vertentes inteiras de colinas cobriram dezenas de casas.Evitar doenças que habitualmente se propagam após inundações, como a disenteria e a cólera, é nesta altura uma prioridade quer das autoridades locais, quer das estruturas internacionais a operar no terreno.
Um primeiro balanço, avançado no início da semana por uma morgue da cidade, apontava já para cerca de 400 mortos, número que não havia sido ainda confirmado por outras fontes. Na quinta-feira foram sepultadas mais de 300 pessoas em Waterloo, uma localidade próxima de Freetown.
Segundo o secretário-geral da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a Serra Leoa debate-se com uma crise “que ultrapassa as suas capacidades”. Razão pela qual a organização apelou à cooperação da comunidade internacional.
Impõe-se, nas palavras de Elhadj As Sy, citadas pela France Presse, “combinar os esforços de todo o mundo” para responder à calamidade que se abateu sobre aquele país africano.
Londres já se comprometeu a contribuir com uma verba equivalente a 5,49 milhões de euros para os esforços de diferentes estruturas que estão no terreno a prestar assistência às populações. A China prometeu doar um milhão de dólares e o Togo 500 mil dólares. Israel e vários países da África ocidental enviaram alimentos e também dinheiro.
Igualmente a partir de Genebra, o porta-voz das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, Jens Laerke, admitiu que o balanço de vítimas das inundações se agrave nos próximos dias, tendo em conta o número de pessoas desaparecidas.
c/ agências internacionais