Manifestantes tomam as ruas e Myanmar apesar da repressão

por Mário Aleixo - RTP
Os militares continuam em força nas ruas em Myanmar Maung Nyan - EPA

Manifestantes pró-democracia saíram novamente às ruas em Myanmar, apesar da intensificação da repressão pela junta militar, que no dia anterior disparou contra os manifestantes, enviou tropas para várias cidades e fechou a Internet.

Várias centenas de engenheiros e estudantes estavam reunidos no norte de Rangum, a capital económica. Não muito longe, perto do quartel-general do banco central, manifestaram-se no meio de veículos do exército, levando cartazes dizendo: "Apoiamos os apelos à desobediência civil" e "juntem-se ao movimento".

Outros faziam a saudação com três dedos, como gesto de resistência.

As forças de segurança, apoiadas por canhões de água e veículos blindados, eram visíveis em algumas partes de Rangum, mas sem uma presença militar maciça nesta fase, de acordo com a agência noticiosa France-Presse (AFP).

No dia anterior, soldados tinham sido destacados para várias cidades e a Internet ficou praticamente cortada durante grande parte da noite, uma escalada da repressão fortemente condenada pela ONU e por várias embaixadas ocidentais.

As ligações já foram restabelecidas.

Os líderes militares de Myanmar prolongaram a detenção da líder deposta Aung San Suu Kyi, cuja prisão preventiva expirou na segunda-feira e cuja liberdade é uma exigência fundamental das multidões que continuam a protestar contra o golpe militar.

c/ agências
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