Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Thomas Peter - Reuters

Mais atualizações


00h58 – Japão impõe sanções a 17 russos

O Japão decidiu congelar os ativos de 17 indivíduos russos, anunciou o ministro das Finanças do país. Os alvos destas sanções incluem legisladores do Parlamento russo e membros da família do banqueiro Yuri Kovalchuk.

00h36 - Manifestante contra ofensiva interrompe telejornal russo

Uma manifestante interrompeu hoje o telejornal de maior audiência na Rússia com um cartaz no qual criticava a ofensiva militar russa na Ucrânia, situação muito rara num país onde a informação é estritamente controlada.

De acordo com a ONG de defesa dos direitos dos manifestantes OVD-Info, que identifica a mulher como Marina Ovsiannikova, funcionária da cadeia de televisão, a manifestante foi depois detida.

Ovsiannikova apareceu subitamente exibindo o cartaz durante o principal programa de informação da noite na mais poderosa cadeia de televisão na Rússia - Pervy Kanal - batizado de "Vremia" ("o tempo"), seguido por milhões de russos desde a época soviética.

"Parem a guerra. Não acreditem na propaganda. Aqui estão a mentir-vos", podia ler-se no cartaz exibido pela manifestante passando atrás da apresentadora do programa, Ekaterina Andreïeva.

O cenário foi subitamente alterado pela estação, que passou a uma reportagem sobre hospitais, pondo fim à atuação da manifestante.

00h18 - Negociações entre Ucrânia e Rússia continuam já esta terça-feira

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avançou há momentos que as negociações entre Kiev e Moscovo vão continuar esta terça-feira.

O líder disse ainda ter falado com o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, como parte dos esforços negociais para acabar a guerra com a Rússia “com uma paz justa”.

“A nossa delegação também trabalhou este assunto em negociações com a delegação russa. Disseram-me que correu muito bem. Vão continuar amanhã”, acrescentou o presidente num vídeo publicado esta noite.

23h54 - EUA e países europeus discutem novas sanções à Rússia

Os Estados Unidos, juntamente com a França, Alemanha, Itália e Reino Unido discutiram hoje a implementação de novas medidas para responsabilizar a Rússia pela guerra na Ucrânia, incluindo a imposição de mais sanções económicas.

Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, informou que essas discussões envolveram, ao nível dos respetivos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, o secretário-geral francês, François Delattre, o secretário de estado alemão, Andreas Michaelis, o secretário-geral italiano, Ettore Sequi, e o ministro de Estado do Reino Unido para a Europa e América do Norte, James Cleverly, além da vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman.

"Os participantes discutiram outras medidas para responsabilizar a Rússia por uma guerra escolhida por Moscovo, inclusive impondo mais custos económicos", detalhou Ned Price.

"Eles discutiram a provisão de segurança coordenada adicional e assistência humanitária à Ucrânia. Enfatizaram também o seu apoio contínuo à soberania ucraniana, integridade territorial e a sua determinação de permanecer ao lado da Ucrânia", conclui o comunicado.

23h05 – Ucrânia prolonga lei marcial por mais 30 dias

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prolongou a lei marcial no país por mais 30 dias. A informação foi avançada pela estação bielorrussa Nexta.


21h57 - União Europeia implementa sanções contra oligarcas e entidades russas

O Conselho da União Europeia anunciou esta segunda-feira a implementação de sanções contra Roman Abramovich e outros 14 oligarcas e ainda sete entidades russas.

21h52 - Trabalhadora da televisão estatal russa protesta contra a guerra

Uma trabalhadora da estação televisiva russa Channel 1 apareceu em direto com um cartaz em protesto contra a guerra na Ucrânia. Uma situação insólita que aconteceu em direto, com a trabalhadora a ser reconhecida como Marina Ovysannikova.



Durante um noticiário, Marina segura um cartaz com as palavras "No War" e de acordo com o "The Guardian", a restante mensagem pode ser traduzida como "Não acreditem na propaganda. Eles estão a mentir-vos".

A mulher, que tem pai ucraniano, já foi detida. Antes deixou também uma mensagem gravada em que pedia para os russos saírem à rua para protestarem contra Vladimir Putin.


21h10 - Ucrânia anuncia que quatro mil pessoas foram evacuadas da linha da frente esta segunda-feira

A Ucrânia evacuou esta segunda-feira quatro mil pessoas da linha da frente, através de sete corredores humanitários, de acordo com Iryna Vereshchuk através de vídeo.

A governante revelou também que três outros corredores humanitários não tiveram sucesso e acusou as forças russas de atacar civis que estavam a tentar sair da região de Kiev.

21h02 - Estónia acusa Moscovo de estar a recrutar informadores

A Estónia afirmou que os serviços secretos russos e bielorrussos estão a intensificar esforços na fronteira com a União Europeia. Os serviços de segurança estónios revelou que russos e bielorrussos estão a tentar recrutar informadores entre os viajantes.


21h00 - Refugiados ucranianos procuram segurança em Portugal

Muitos refugiados que chegaram a Portugal estão a apoiar-se na comunidade ucraniana que vive no país há vários anos. A maioria chega sem nada e, mesmo com familiares a recebê-los, a adaptação é um desafio.


20h51 - Conselho de Estado unânime na condenação à Rússia em reunião em que PCP esteve ausente

O Presidente da República disse que o país não tem ilusões quanto aos tempos muito difíceis que se avizinham. Numa declaração depois da reunião do conselho de estado, Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos portugueses um esforço como o que foi feito com a pandemia.

O Conselho de Estado condenou unanimemente a invasão russa, mas teve algumas ausências, como a do histórico comunista Domingos Abrantes.

20h49 - Secretário-geral da ONU considera que perspetiva de guerra nuclear é "desenvolvimento arrepiante"

O Conselho de Segurança recebeu um briefing da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, a acusar a Rússia de praticar terrorismo de estado contra a Ucrânia.

O correspondente da RTP em Washington, João Ricardo de Vasconcelos, está a acompanhar o debate nas Nações Unidas.

20h47 - Relatos de tráfico de mulheres e crianças nos centros de acolhimento de refugiados na Polónia

A segurança nos centros de acolhimento de refugiados na Polónia está a ser reforçada. Há relatos de tráfico de mulheres e crianças.


20h31 - Morreram mais de 2400 civis em Mariupol

A União Europeia confirmou a morte de mais de 2400 civis em Mariupol, desde o início da guerra. Entre as vítimas mortais está uma das grávidas feridas no ataque russo a uma maternidade na semana passada, e também o bebé.

Pela primeira vez, 160 viaturas conseguiram deixar a cidade, mas a ajuda humanitária não entra e a população está já há uma semana sem água, comida, luz e gás.

20h25 - Forças ucranianas tentam travar avanços sobre Kiev

As forças de defesa ucranianas tentam a todo o custo travar o avanço das tropas russas para o centro de Kiev. A defesa territorial tem incorporado muitos dos homens impedidos de saírem do país.

A reportagem é dos enviados da RTP a Kiev, Cândida Pinto e David Araújo.

20h23 - Aumentam as barreiras e postos de controlo na capital ucraniana

A enviada especial da RTP a Kiev Cândida Pinto notou diferenças na capital ucraniana: foram erguidas barreiras para controlar a circulação de pessoas. Algumas zonas da capital ainda têm residentes e continuam com comércio aberto.


20h15 - Rússia tenta apertar o cerco a Kiev

Ao 19.º dia de guerra, o Kremlin garantiu que a invasão está a decorrer como planeado, mas um oficial russo admitiu pela primeira vez em público que, na verdade, a operação não está a evoluir com a rapidez que se pensava.

As forças russas bombardearam um edifício residencial a 10 quilómetros da capital ucraniana.

20h01 - Jornalista da Fox News ferido na Ucrânia

Um jornalista americano da Fox News ficou esta segunda-feira ferido na Ucrânia. A cadeia de televisão conservadora anunciou que o correspondente Benjamin Hall ficou ferido, perti da cidade de Kiev.

19h18 - Marcelo Rebelo de Sousa: "Unanimidade no mundo na condenação à Rússia"

O presidente da República fez declarações aos meios de comunicação após o Conselho de Estado para falar da situação na Ucrânia. Marcelo Rebelo de Sousa disse que a invasão russa teve o maior repúdio da comunidade internacional.

"O que já se passou terá custos para todos. Trabalharemos pelo fim da guerra e para conseguir a paz".


19h09 - Mais de oito mil pedidos de estatuto de proteção temporária

Portugal já recebeu 8.250 pedidos de estatuto de proteção temporária desde o início da invasão russa em território ucraniano. Trata-se de cidadãos de várias nacionalidades que se encontravam na Ucrânia. A informação foi avançada pelo SEF.

19h06 - Tribunal Internacional de Justiça pronuncia-se sobre conflito a 16 de março

O Tribunal Internacional de Justiça, pertencente às Nações Unidas, revelou esta segunda-feira que vai pronunciar-se sobre a situação na Ucrânia depois de o país ter colocado a Rússia em tribunal.

Uma audiência que foi boicotada pela Rússia no dia 7 de março, a Ucrânia pediu para que a Rússia terminasse a atividade militar, alegando que a invasão foi baseada numa interpretação deficiente do tratado de genocídio das Nações Unidas.

18h51 - Perto de 150 mil pessoas saíram pelos corredores humanitários

A informação é avançada pelo vice-chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Kyrylo Tymoshenko, citado pela agência noticiosa, Interfax-Ucrânia.

"Foram construídos 26 corredores humanitários. Graças a eles, os autocarros conseguiram sair e evacuar um número considerável de pessoas. Podemos falar de cerca de 150 mil pessoas", acrescentou Tymoshenko.

18h39 - Putin falou com primeiro-ministro israelita

O presidente Vladimir Putin falou esta segunda-feira com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, sobre o conflito armado na Ucrânia. De acordo com o Kremlin a chamada foi feita a pedido de Israel.

Bennett disse ao presidente da Federação Russa que está em contacto com vários líderes mundiais e houve acordo sobre a continuidade de diálogo com Kiev.

Naftali Bennett tem estado em contacto com Vladimir Putin numa tentativa de ser mediador no conflito com a Ucrânia.

18h19 - China disponível para ajudar Rússia

Os Estados Unidos comunicaram aos aliados da NATO e a vários países asiáticos que a China está disponível para ajudar a Rússia ao nível militar e económico para dar continuidade à atividade bélica na Ucrânia. A informação é avançada pela agência Reuters, que cita um membro da administração norte-americana, mas a coberto do anonimato.

A mensagem, enviada em telegrama diplomático e entregue pessoalmente por elementos dos serviços secretos, também refere que a China deverá negar publicamente essa intenção.

17h43 – Governo admite aumento de custos em consequência do conflito na Ucrânia

Pedro Siza Vieira confirmou, em conferência de imprensa, que este conflito “determinou uma disrupção das cadeias de abastecimento”. Segundo o ministro da Economia tanto a Ucrânia como a Rússia são grandes fornecedores de bens alimentares.

“Temos um aumento de custos em consequência disso”, acrescentou Siza Vieira. “Isto vai determinar um aumento dos custos para os produtores, (…) que se vai repercutir nos preços ao consumidor”.

Em função disto, o ministro da Economia adiantou que “o Governo decidiu definir prioridades na sua atuação”, como “assegurar o aprovisionamento de bens essenciais”. O Governo vai tentar também mitigar os efeitos no aumento do preço de determinados produtos, apoiando as empresas, e apoiar os consumidores mais vulneráveis.

Recordando as medidas apresentadas nas últimas semanas, Siza Vieira afirmou que para o setor dos transportes rodoviários haverá um desconto de 30 cêntimos por litro e foi reduzido imposto único de circulação. Além disso, o valor do autovoucher foi aumentado em cinco euros por mês e foi assegurado um mecanismo de redução do ISP.

A nível da eletricidade, o Governo “fez uma dotação de 810 milhões de euros” que permitiu reduzir as tarifas de acesso às redes para todos os consumidores e prevê-se que em abril se reduza mais uma vez as tarifas.

E “numa tentativa de proteger os consumidores mais vulneráveis, aprovamos um subsídio de 10 euros por cada botija de gás para os beneficiários da tarifa social de eletricidade”.

17h34 - Prefeito de Kharkiv afirma que forças russas disparam contra a cidade sem parar

O prefeito da cidade de Kharkiv, na linha de frente da Ucrânia, afirmou que a cidade está sob constante ataque das forças russas, que dispararam contra distritos centrais, causando um número não especificado de vítimas.

"Estão a disparar em nós constantemente", disse Ihor Terekhov na televisão nacional.

17h27 - Irão é "contra a guerra", segundo MNE ucraniano

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, assegurou que o Irão não apoia a guerra da Rússia na Ucrânia. Depois de conversar via telefone com o seu homólogo iraniano, Hossein Amirabdollahian, Keleba afirmou que a Rússia tem de parar de bombardear civis”.

"O Irão é contra a guerra na Ucrânia e apoia uma solução pacífica. Pedi para transmitir a minha mensagem em Moscovo: a Rússia deve parar de bombardear civis, comprometer-se com o cessar-fogo e retirar-se da Ucrânia", escreveu Kuleba no Twitter.



17h12 - Nove mortos em ataque a torre de TV no oeste da Ucrânia

Citado pela Reuters, o governador da região de Rivne, Vitaliy Koval, adiantou que um ataque aéreo russo a uma torre de TV em Antopil, nos subúrbios de Rivne, fez nove mortos e nove feridos.

A cidade de Rivne fica no noroeste do país, a cerca de 180 quilómetros de Lviv.

17h08 - UE acorda inclusão de Abramovich e outros oligarcas russos na lista de sanções

Os Estados-membros da União Europeia chegaram hoje a um acordo sobre o alargamento da lista de oligarcas russos sancionados como represália pela agressão militar da Rússia à Ucrânia, que contempla a inclusão do multimilionário Roman Abramovich, revelaram fontes diplomáticas.

A decisão, que se enquadra do quarto pacote de sanções da UE contra Moscovo, anunciado na passada sexta-feira pela Comissão Europeia, terá que ser adotada formalmente, o que deverá suceder ainda durante o dia hoje, e deverá contemplar a inclusão na lista de sanções de mais 15 indivíduos e nove entidades, adiantaram as mesmas fontes.

17h05 - Ministro dos Transportes britânico vai receber refugiados em casa

O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, revelou hoje que ele e a família decidiram acolher na sua casa refugiados da guerra na Ucrânia.

"Passámos as últimas semanas a discutir em família a situação devastadora na Ucrânia e, por isso, pretendemos inscrever-nos hoje para nos juntarmos a outras famílias do Reino Unido e oferecer a nossa casa para fornecer refúgio aos ucranianos até que seja seguro para eles regressarem ao país”, anunciou na rede social Twitter.



16h56 - Chanceler alemão diz que negociações com a Ucrânia têm de levar a um cessar-fogo em breve

O chanceler alemão, Olaf Scholz, saudou as negociações entre Kiev e Moscovo, mas afirmou que devem produzir em breve resultados que permitam um cessar-fogo.

"Temos de garantir que os resultados serão alcançados em breve e que tornem possível um cessar-fogo", disse Scholz numa conferência de imprensa, citado pela Reuters.

16h51 - Eslováquia expulsa três funcionários da embaixada russa no país

A Eslováquia decidiu expulsar três funcionários da embaixada russa com base em informações do serviço secreto, tendo estes que deixar o país dentro de 72 horas, anunciou o Ministério eslovaco dos Negócios Estrangeiros.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros insta, ao mesmo tempo, fortemente a Embaixada da Federação Russa que os seus representantes realizem as suas atividades de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", afirmou em comunicado.

16h48 - NATO vai realizar reunião de ministros da Defesa na Ucrânia na quarta-feira

Os ministros da Defesa de Estados membros da NATO vão reuni-se em Bruxelas, na próxima quarta-feira, para discutir a invasão russa da Ucrânia, anunicou o Ministério da Defesa da Turquia.

16h36 - Economia da Ucrânia pode reduzir até um terço devido à invasão da Rússia, alerta FMI

A economia da Ucrânia deve contrair 10 por cento em 2022 como resultado da invasão da Rússia, mas a perspetiva pode piorar acentuadamente se o conflito durar mais, disse o Fundo Monetário Internacional num relatório divulgado, esta segunda-feira.

O relatório, preparado antes da aprovação do FMI do financiamento de emergência de 14 mil milhões de dólares, indica que a produção económica da Ucrânia pode encolher entre 25 a 35 por cento, com base em dados reais do produto interno bruto do Iraque, Líbano e outros países em guerra. O mesmo documento refere que se prevê que a dívida pública do país suba ainda para os 60 por cento do PIB este ano.

16h25 - Guerra é um "fracasso tático e estratégico" da Rússia

A invasão russa da Ucrânia é um "fracasso tático e estratégico", afirmou hoje no Conselho de Segurança da ONU o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, cujo país preside este ano à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Como resultado, a Rússia mudou a sua abordagem desde a invasão de 24 de fevereiro e passou a "atacar estruturas civis", acrescentou o ministro Zbigniew Rau, acusando Moscovo de "terrorismo de Estado" pelo qual os seus autores "serão julgados".

Recordando a acusação de Moscovo de falta de imparcialidade na presidência polaca da OSCE, o chefe da diplomacia da Polónia sublinhou que "a imparcialidade acaba onde começam as violações do direito humanitário internacional".

No âmbito da OSCE, "a Rússia teve todas as oportunidades de trabalhar diplomaticamente nas suas preocupações de segurança", mas "o pior cenário traduziu-se em realidade", lamentou o ministro perante os membros dos Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

"A agressão da Rússia põe em causa a OSCE, põe em causa a sua organização e o seu futuro", denunciou ainda.

16h16 - Nova lei contra sanções permite registar aviões estrangeiros na Rússia

Vladimir Putin assinou uma lei, publicada hoje no portal oficial, que permite que as companhias aéreas russas registem na Rússia os aviões que alugam no estrangeiro, para que possam voar no país. A medida permitirá que as empresas continuem a usar esses aviões em voos domésticos, apesar das sanções ocidentais, ainda que possam ser apreendidos se voarem fora de fronteiras.

Esta lei faz parte das medidas adotadas em resposta às sanções sem precedentes adotadas por muitos países ocidentais contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia.

16h10 - Reunião do Conselho de Estado começou por volta das 15h20 em Lisboa

A reunião desta segunda-feira do Conselho de Estado, que tem como único ponto da ordem de trabalhos "a situação na Ucrânia", começou cerca das 15h20, com quatro ausências. De acordo com fonte da Presidência da República, Domingos Abrantes, Carlos César, Miguel Albuquerque e Rui Rio estão ausentes, António Damásio participa por videoconferência, e os restantes conselheiros presencialmente.

16h03 - Cerca de 160 carros saíram de Mariupol através do corredor humanitário

Cerca de 160 carros conseguiram hoje sair por um corredor humanitário da cidade ucraniana de Mariupol, cercada por forças russas e separatistas pró-russas, informou o município. A coluna de veículos conseguiu cruzar a estrada que liga este porto estratégico do Mar de Azov à cidade ucraniana de Zaporozhe por volta das 13:00 locais (11:00 em Lisboa), segundo indicou a câmara municipal de Mariupol na aplicação de mensagens Telegram.

A autarquia não especifica, no entanto, quantas pessoas conseguiram fugir da cidade, onde as condições são catastróficas após dias de bombardeio e cerco.

"Atualmente, o cessar-fogo está a ser observado no corredor humanitário", disse a mesma fonte.

15h53 - "Esta guerra vai ficar muito cara para todos", afirma João Gomes Cravinho

O ministro português da Defesa garantiu que os preparativos para enviar militares portugueses para a Roménia "estão a avançar".
"Está uma equipa atualmente na Roménia", afirmou ainda João Gomes Cravinho.

Sem adiantar a despesa para armamento, o ministro da Defesa lamentou que "esta guerra vá ficar muito cara para todos".

"O importante nesta fase é darmos o apoio que é necessário na Ucrânia, porque se não dermos fica mais caro ainda".


15h45 - Ajuda humanitária a Mariupol ainda impedida

O bombaerdeamento das forças russas ainda está a impedir a entrega de ajuda humanitária à cidade portuária de Mariupol, no Mar Negro, esta segunda-feira, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

Segundo a mesma, o comboio que estava a tentar chegar à cidade para entregar ajuda e ajudar a retirar mulheres e crianças não conseguiu entrar na região.

15h40 - ONU confirma 636 civis mortos e 1.125 feridos até final de domingo

A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 636 mortos e 1.125 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças, até ao final do dia de domingo, anunciou hoje a ONU. No seu relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabiliza 46 crianças mortas e 62 feridas.

15h23 – ONU adverte para vulnerabilidade de refugiados ucranianos ao tráfico de seres humanos

As Nações Unidas vão disponibilizar mais 40 milhões de dólares para ajudar os mais vulneráveis neste conflito.

“As coisas estão numa situação de maior precariedade”, lamentou António Guterres. “Gostaria, por isso, de sublinhar a importância do direito humanitário”.

“Há muitos deslocados e em números cada vez maiores. Estamos gratos aos países vizinhos por terem acolhido mais de 2,8 milhões de refugiados nas últimas duas semanas”.

Em declarações do Conselho da ONU, o secretário-geral frisou que a maioria dos refugiados ucranianos são mulheres e crianças e que estão cada vez mais vulneráveis perante “potenciais predadores” do tráfico humano.

“As mulheres e crianças precisam de segurança durante a sua viagem”, alertou Guterres.
"Enquanto milhões de pessoas na Ucrânia enfrentam fome e escassez de suprimentos de água e remédios, anuncio hoje que as Nações Unidas alocarão mais 40 milhões de dólares do Fundo Central de Resposta de Emergência para aumentar a assistência vital para alcançar os mais vulneráveis", continuou.

Outra das dimensões abordadas por Guterres neste pronunciamento foram as consequências económicas desta guerra em países em desenvolvimento, que, além de terem sido fustigado pela pandemia de covid-19, veem agora o seu "cesto de pão" a ser bombardeado.

"A Rússia e a Ucrânia representam mais da metade da oferta mundial de óleo de girassol e cerca de 30 por cento do trigo do mundo. A Ucrânia sozinha fornece mais da metade do suprimento de trigo do Programa Mundial de Alimentos", afirmou.

"Os preços dos alimentos, combustíveis e fertilizantes estão a subir rapidamente. As cadeias de fornecimento estão a ser interrompidas. E os custos e atrasos no transporte de mercadorias importadas – quando disponíveis – estão em níveis recordes", lamentou, frisando que os mais pobres são os mais afetados por estes fatores.

António Guterres renovou assim o seu apelo para que os países "encontrem maneiras criativas de financiar" as crises humanitárias em todo o mundo, e cedam "imediatamente" fundos para esse fim.

"O meu apelo aos líderes é para que resistam à tentação de aumentar os orçamentos militares", defendeu Guterres, que estendeu ainda os seus apelos pelo fim das ameaças de conflito nuclear.

O secretário-geral das Nações Unidas afirmou que "aumentar o nível de alerta das forças nucleares russas é um desenvolvimento de arrepiar os ossos" e que a perspetiva de um "conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao reino das possibilidades".

"É hora de parar o horror desencadeado sobre o povo da Ucrânia e seguir o caminho da diplomacia e paz", pediu o português.

15h13 – Primeiro-ministro ucraniano acusa forças russas de “terrorismo”

Em declarações à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Denys Shmygal acusou a Federação Russa de “não ter valores”.

“As forças russas comportam-se como terroristas, destruindo escolas, prédios residenciais, matando crianças, fazendo reféns, sequestrando representantes de autoridades locais e civis. Tudo isto começou há 18 dias”, afirmou o primeiro-ministro ucraniano.

Segundo Shmygal, as repressões russas contra a Ucrânia já acontecem há mais de oito anos, situação que o Governo ucraniano já tinha reportado ao Conselho da Europa.

“Todos os dias recebemos denúncias de crimes contra a liberdade de imprensa, do acesso à Educação ou aos Cuidados de Saúde”, continuou.

O chefe do Executivo da Ucrânia apelou ao Conselho da Europa a "expulsão imediata" da Rússia desta entidade.

Denys Shmygal aproveitou ainda para agradecer aos Estados europeus por toda a solidariedade com os deslocados de guerra. O primeiro-ministro ucraniano alertou ainda para o risco de haver um desastre nuclear.

14h52 - Rússia. Fuzileiros navais realizam exercícios em Kaliningrado

Cerca de 500 fuzileiros navais russos realizaram exercícios no enclave russo de Kaliningrado, no Mar Báltico.

"As unidades do Corpo de Fuzileiros Navais realizaram ações de defesa antiparaquedistas. Os militares da unidade de artilharia dispararam contra o destacamento aéreo de um inimigo simulado de montagens de artilharia não autopropulsadas", disse a frota, citada pela agência Interfax.

O enclave de Kaliningrado, situado junto ao Báltico, faz fronteira direta com a Polónia e a Lituânia.

14h29 - Portugal ainda sem registo de menores não acompanhados

Portugal não tem até hoje sinalizada a chegada ao país de menores não acompanhados oriundos da Ucrânia, mas essa é uma das preocupações no acolhimento de refugiados, disse em Bruxelas a ministra do Trabalho.

"Não temos ainda sinalização de menores não acompanhados, mas queremos exatamente é prevenir que as crianças estejam desprotegidas e, portanto, a nossa preocupação total é essa: garantir que temos um sistema de acompanhamento e de proteção das crianças e também de identificação de famílias que estejam disponíveis para acolher crianças de uma forma acompanhada e controlada", afirmou.

A ministra Ana Mendes Godinho falava hoje aos jornalistas à margem de uma reunião de ministros do Emprego e Assuntos Sociais da União Europeia.

(agência Lusa)

14h10 - Negociações prosseguem na terça-feira

Um dos elementos da representação ucraniana, Mykhailo Podolyak, adianta que as conversações entre Kiev e Moscovo prosseguem esta terça-feira.

"Foi feita uma pausa técnica nas negociações até amanhã. Para trabalho adicional nos subgrupos de trabalho e clarificação de definições individuais. As negociações vão continuar...", escreveu o responsável no Twitter.


14h04 - PR falou com homólogo romeno

Marcelo Rebelo de Sousa falou esta segunda-feira com o presidente da Roménia, Klaus Iohannis, exprimindo a nsolidareidade portuguesa "quer no apoio aos refugiados, quer no reforço das capacidades de Defesa, no quadro da NATO".

Em nota no site da Presidência da República, recorda-se a presença militar portuguesa na Roménia, no âmbito da 'Tailored Forward Presence' da Aliança Atlântica.

"Tal como já tinha sublinhado com o seu colega polaco na semana passada, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a solidariedade e unidade dos Estados membros da UE neste momento difícil é essencial para manter a Rússia à mesa das negociações, tendo em vista assegurar um rápido cessar-fogo e contribuir para reconstruir a Paz, no espírito comum europeu, demonstrando o papel e a razão de ser da União Europeia", lê-se ainda.

14h00 - Zelensky fala ao Congresso norte-americano na quarta-feira

O presidente ucraniano fará uma comunicação ao Congresso dos Estados Unidos na próxima quarta-feira às 9h00 de Washington (13h00 em Lisboa).

A informação foi confirmada esta segunda-feira pelos líderes da maioria no Senado e na Câmara dos Representantes, Chuck Shumer e Nancy Pelosi.

13h53 - Míssil ucraniano faz 20 mortes em Donetsk, diz a Rússia. Ucrânia nega informação

O Ministério russo da Defesa disse esta segunda-feira que pelo menos 20 pessoas morreram e 28 ficaram feridas na capital da região de Donetsk após a explosão dm míssil ucraniano com uma carga de fragmentação. Moscovo acusa Kiev de cometer um "crime de guerra".

As autoridades ucranianas já vieram desmentir a informação veiculada pelos russos.

13h51 - Mariupol: 160 carros particulares conseguiram deixar a cidade

As autoridades locais adiantam que mais de 160 carros particulares conseguiram deixar a cidade de Mariupol esta segunda-feira. Estas viaturas estão a caminho da cidade de Berdyansk, ocupada pelas forças russas.

Os corredores humanitários têm falhado nesta cidade portuária ao longo da última semana.

13h30 -Pelo menos 636 civis morreram na Ucrânia, diz a ONU

As Nações Unidas confirmam a morte de pelo menos 636 civis na Ucrânia, incluindo 46 crianças.

No entanto, a organização admite que o balanço de vítimas mortais seja muito superior, tendo em conta os combates em curso nas cidades de Kharkiv e Mariupol.

13h25 - Ataque a Kiev

As forças russas bombardearam esta segunda-feira de manhã um bairro de Kiev. Um bloco de apartamentos com nove andares ficou destruído na zona de Obolon, na sequência do ataque. Há uma vítima mortal confirmada e pelo menos seis feridos.
O cerco a Kiev intensifica-se. No fim de semana, várias localidades nos subúrbios da capital foram fortemente bombardeadas.

13h24 - Kiev. "As pessoas continuam a circular mas são todas revistadas"

Os enviados especiais da RTP Cândida Pinto e David Araújo, de regresso à capital ucraniana, descreveram o ambiente que ali se vive. O cerco russo a Kiev aperta-se.
"Há muitas barreiras no centro de Kiev e na periferia da cidade. Formam-se longas filas de pessoas que querem movimentar-se", relatou a repórter da RTP, em direto para a edição desta segunda-feira do Jornal da Tarde.

13h14 - Mais de 7.200 pedidos de proteção

Portugal já recebeu 7.225 pedidos de estatuto de proteção temporária desde o início da guerra. Trata-se de cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades.

Dados apurados pela RTP junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

12h59 - Galp sobe preços da eletricidade e do gás natural a 15 de abril

A Galp vai aumentar as tarifas aos clientes domésticos a partir de 15 de abril, com aumentos mensais de até três euros no gás natural e de um a dois euros na eletricidade.

Em nota enviada aos clientes, a Galp destaca que "os novos preços, que constam da tabela de preços abaixo, refletem o aumento do custo de aquisição de energia em linha com a evolução do preço no mercado internacional", indicando os novos valores, mas sem referir a variação em causa.

Ouvida pela Lusa, fonte da Galp adiantou que "para os principais escalões de gás natural os aumentos mensais variam entre os 1,6 e os três euros, e para as principais potências contratadas no caso da eletricidade entre um a dois euros".

12h37 - Mais de 4,8 milhões de refugiados deslocados desde o início da guerra

De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), mais de 4,8 milhões de ucranianos fugiram das suas casas desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro. Destes, 2,8 milhões deixaram o país. Os restantes são deslocados internos.

Dos quase três milhões de refugiados ucranianos, 60% (1,7 milhões) foram para a Polónia, 255.000 chegaram à Hungria, 204.000 à Eslováquia, 131.000 à Rússia, 106.000 à Moldova, 84.000 à Roménia e 1.200 à Bielorrússia, de acordo com a informação atualizada diariamente pelo ACNUR.

Mesmo países europeus sem fronteiras com a Ucrânia já abrigam muitos refugiados em fuga da guerra: cerca de 304 mil pessoas.

(agência Lusa)

12h33 - Rússia diz que acolheu quase 250 mil refugiados vindos da Ucrânia

As agências russas de notícias adiantam que o país já acolheu perto de 250 mil pessoas vindas da Ucrânia desde o início da invasão russa.

12h07 - Chernobyl volta a ficar sem energia elétrica

A central nuclear está de novo sem acesso a energia, dizem as autoridades ucranianas. Chernobyl está sob controlo das autoridades russas desde os primeiros dias da invasão.

Kiev alerta para a necessidade de garantir o fornecimento de energia por questões de segurança. As autoridades ucranianas sublinham que só assim será possível evitar "uma repetição do desastre" ocorrido em 1986.

11h57 - Exército russo não descarta assumir "controlo total" das principais cidades ucranianas

O exército russo não descarta lançar ataques para assumir o controlo total das principais cidades ucranianas, alertou esta segunda-feira o Kremlin. Nesta altura, muitos dos principais centros urbanos do país estão cercados por forças russas.

"O Ministério da Defesa, para garantir a máxima segurança da população civil, não exclui a possibilidade de assumir o controlo total das grandes cidades que já estão cercadas", disse o porta-voz presidencial Dmitry Peskov.

11h18 - Varsóvia acusa Moscovo de procurar causar o pânico entre civis

O primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki acusa o Kremlin de procurar gerar o pânico entre a população. Em causa está o ataque de domingo junto à fronteira com a Polónia que provocou 35 mortos.

"Um ataque com um míssil a apenas 20 quilómetros da nossa fronteira mostra como a Rússia opera. [A Rússia] quer provocar o pânico entre os civis", acusa o responsável polaco.

10h56 - Perto de 147 mil refugiados da Ucrânia já chegaram à Alemanha

O Ministério alemão do Interior indicou hoje que o país já registou 146.998 pessoas vindas da Ucrânia desde o início do conflito. No entanto, em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério indicou que número real de refugiados na Alemanha pode ser bastante superior.

10h24 - "A comunicação mantém-se, mas é difícil"

No Twitter, o negociador e conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, reconhece as dificuldades nas negociações entre russos e ucranianos.

"As partes expressam ativamente as suas posições específicas. A comunicação mantém-se, mas é difícil. A razão para a discórdia são sistemas políticos muito diferentes. A Ucrânia tem uma sociedade onde há diálogo livre e um consenso obrigatório. A Rússia faz um ultimato de supressão da própria sociedade", escreveu o responsável, acompanhando a publicação de uma fotografia.


10h10 - Bombardeamento em Kiev atinge prédio residencial e fábrica da Antonov e faz dois mortos

De acordo com as autoridades locais da capital ucraniana, a Rússia bombardeou um prédio residencial uma a fábrica da fabricante de aeronavas Antonov. Pelo menos duas pessoas morreram e sete ficaram feridas.

10h01 - Bridgestone suspende atividade na Rússia

A gigante japonesa de fabrico de pneus anunciou esta segunda-feira que vai suspender as atividades de fabrico na Rússia a partir de 18 de março e vai ainda congelar todos os investimentos e exportações para aquele país "com efeito imediato".

9h52 - As imagens do ataque russo a um edifício residencial em Kiev

Um ataque a um edifício residencial em Obolon, Kiev, fez pelo menos dois mortos e 12 feridos, adiantam os serviços de emergência ucranianos. O prédio em causa foi atingido por "fogo de artilharia", que causou um incêndio.

9h43 - Ataque ucraniano faz pelo menos 20 mortos em Donetsk, dizem separatistas pró-Rússia

Os separatistas pró-russos de Donetsk adiantam que um ataque por parte da Ucrânia esta segunda-feira no centro da cidade fez pelo menos 20 mortos e nove feridos.

Os russos acrescentam que a defesas antiaérea dos separatistas intercetou um míssil ucraniano, mas os "detritos" acabaram por atingir várias vítimas.

9h28 - Pelo menos 90 crianças morreram desde início da guerra, adiantam autoridades ucranianas

De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos 90 crianças morreram e mais de uma centena ficaram feridas desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.

9h15 - Ajuda humanitária continua sem chegar a Mariupol, denuncia Zelensky

O presidente ucraniano diz que a assistência humanitária continua bloqueada. A cidade portuária, sitiada pelas forças russas, já não dispõe de serviços básicos como gás e eletricidade, e há falta de água, alimentos e medicamentos.

"Infelizmente, o corredor humanitário em Mariupol foi bloqueado outra vez. Fizemos tudo o que era preciso. Fizemos um cessar-fogo. As tropas russas interromperam o movimento de transporte através de autocarros. Vamos continuar a tentar até que possamos ajudar a nossa gente", disse o presidente ucraniano num vídeo divulgado pela Interfax-Ucrânia.

8h56 - Kiev vai exigir cessar-fogo nas negociações com Moscovo

Mykhailo Podolyaks, um dos elementos da equipa de negociação da Ucrânia, disse esta segunda-feira que Kiev vai insistir no cessar-fogo e na "retirada imediata" das tropas russas nesta quarta ronda de negociações. 

8h53 - Rede social Instagram bloqueada na Rússia

O Instagram, da gigante tecnológica norte-americana Meta, deixou hoje de estar acessível na Rússia. De acordo com a agência de notícias France-Presse, não é possível atualizar a aplicação do Instagram nem aceder à página da rede social na Internet.

O Instagram está também agora na lista de sites com "acesso restrito" publicada pelo regulador russo de telecomunicações Roskomnadzor, juntando-se às redes sociais Facebook e Twitter e a vários órgãos de comunicação social críticos do poder russo.

O Roskomnadzor já tinha ameaçado restringir o acesso ao Instagram na Rússia, após a Meta ter anunciado que iria permitir, a utilizadores da rede social em alguns países, a publicação de apelos à violência contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e contra soldados russos.

(agência Lusa)

8h45 - Ataque a edifício residencial em Kiev provoca dois mortos e 12 feridos

Um ataque a um prédio residencial em Kiev fez pelo menos dois mortos e 12 feridos, adiantam os serviços de emergência ucranianos. A capital ucraniana é palco do intensificar de combates, numa altura em que as tropas russas tentam cercar a cidade.

O prédio em causa foi atingido por "fogo de artilharia", que causou um incêndio, dizem os serviços de emergência ucranianos.

8h29 - Kiev pede apoio à Ucrânia para "evitar uma guerra maior"

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, pede ao Ocidente que apoie a Ucrânia com mais armas e sanções contra a Rússia, de forma a evitar que outros países sejam arrastados para o conflito.

"Para aqueles que estão lá fora e com medo de serem 'arrastados para a Terceira Guerra Mundial'. A Ucrânia está a lutar com sucesso. Precisamos da vossa ajuda para lutar. Forneçam-nos as armas necessárias. Apliquem mais sanções contra a Rússia e isolem-na completamente. Ajudem a Ucrânia a forçar Putin ao fracasso e estarão a evitar uma guerra maior", escreveu o MNE no Twitter.


8h20 - Dez corredores humanitários previstos para esta segunda-feira

A Ucrânia vai tentar evacuar civis através de dez "corredores humanitários" na segunda-feira, incluindo cidades próximas de Kiev e da região de Luhansk. 

De acordo com a vice-primeira-ministra, Iryna Vereschks, a prioridade será transportar alimentação e medicamentos para as cidades de Mariupol e Berdiansk.

8h07 - Mais de 2.500 civis morreram em Mariupol desde início da guerra, diz a Ucrânia

O conselheiro presidencial Oleksiy Arestovych disse esta segunda-feira que mais de 2.500 moradores da cidade portuária de Mariupol morreram desde o início da invasão russa.

O responsável adianta que estes são os números registados pelas autoridades locais e acusa a Rússia de não permitir o acesso a ajuda humanitária naquela cidade.

7h45 - Pedido de ajuda militar a Pequim. China acusa EUA de "desinformação"

O Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros acusa as autoridades norte-americanas de promoverem uma campanha de "desinformação". Em causa estão as acusações dos EUA sobre um alegado pedido de ajuda e equipamento militar a Pequim por parte de Moscovo.

"É completamente falso, é pura desinformação. A China declarou clara e consistentemente a sua posição sobre a crise na Ucrânia. Desempenhamos um papel construtivo e avaliamos a situação de forma imparcial e independente. Denegrir a posição da China não é aceitável", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian.

7h11 - Rússia não vê razão para envio de forças de manutenção de paz da ONU para a Ucrânia

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros argumenta esta segunda-feira que não há necessidade de envio de capacetes azuis para o terreno. Citado pela agência RIA, o Kremlin justifica-se afirmando que a Rússia tem o controlo da situação.
Ponto da situação

- A Rússia e a Ucrânia vão retomar as negociações de paz esta segunda-feira. Os dois países falam em progressos "significativos" nessas conversações.

As delegações de Kiev e Moscovo têm estado a trabalhar por videoconferência, multiplicando os contactos diplomáticos por esta via, apesar de os confrontos no terreno se manterem.

A reunião de hoje começa às 10h30 locais (8h30 em Kiev).

- O Ministério português dos Negócios Estrangeiros está a procurar "obter informações sobre eventuais cidadãos portugueses" na base militar de Yavoriv e reitera o apelo para que nenhum nacional "se desloque para a Ucrânia".

- Em Portugal, o Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República, reúne-se hoje às 15h00 no Palácio da Cidadela, em Cascais, e tem como único ponto da ordem de trabalhos a "situação na Ucrânia".

- No domingo, a Rússia disparou 30 rockets para um alvo próximo da União Europeia e da NATO: a base militar de Yavoriv, na região de Lviv, na Ucrânia. Está situada a 25 quilómetros da Polónia. Morreram 35 pessoas e 134 ficaram feridas.

- A pressão nas fronteiras ucranianas com a Roménia e com a Polónia está a aumentar. Os enviados especiais da RTP testemunharam o aumento do número de pessoas a cruzar a fronteira, em comparação com dias anteriores. O número de deslocados é de cerca de três milhões.

- O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou o ataque russo à base perto da fronteira com a Polónia, um país da NATO e da União Europeia. "Condenamos o ataque com mísseis pela Federação Russa ao Centro Internacional para a Manutenção da Paz e Segurança em Yavoriv, perto da fronteira da Ucrânia com a Polónia", escreveu na rede social Twitter.

- O Presidente da Ucrânia volta a apelar ao encerramento do espaço aéreo ucraniano. Volodymyr Zelensky avisa que, se o espaço aéreo do país não for encerrado, os mísseis da Rússia vão acabar por cair em território da NATO.

- O realizador e jornalista norte-americano Brent Renaud morreu quando quando seguia numa viatura na cidade de Irpin, a oeste de Kiev. A morte de Brent Renaud, de 50 anos, foi confirmada pela polícia de Kiev, que culpa as tropas russas.

- Mais de 5.500 pessoas foram retiradas de localidades na linha da frente da batalha através de nove corredores humanitários, de acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana.