Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Mikhail Tereshchenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

01h00 - António Guterres visita Kiev na próxima quinta-feira

O secretário-geral das Nações Unidas vai visitar Kiev na próxima quinta-feira, dia 28. Por razões de segurança a agenda não deverá ser revelada antes da visita.

A RTP sabe que António Guterres deverá visitar uma das cidades mais afetadas pela guerra nas imediações da capital e reunir-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

00h43 - Comissão Europeia admite incluir sanções às importações de petróleo russo num novo pacote

A Comissão Europeia (CE) está a pensar "muito" em incluir sanções às importações de petróleo da Rússia no próximo pacote de medidas contra o gigante eslavo, revelou hoje o vice-presidente e comissário do comércio dos 27, Valdis Dombrovskis. Dombrovskis, que está em Washington esta semana para participar nas reuniões da primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), disse, numa mesa-redonda com jornalistas, que "algum tipo de embargo ao petróleo russo" será uma das seis novas sanções em que a Comissão está a trabalhar.

"Devemos impor as sanções de uma forma que se maximize a pressão sobre a Rússia e, ao mesmo tempo, minimize os danos colaterais para nós", afirmou o comissário do Comércio, um dos oito vice-presidentes do órgão de governo europeu.

Embora Dombrovskis não tenha necessariamente descartado um embargo ao petróleo russo, esclareceu que existem outras maneiras de impor sanções "inteligentes", como a aplicação de tarifas. Para além do futuro imediato, o Comissário sublinhou que a União Europeia decidiu abandonar, a médio e longo prazo, a dependência energética da Rússia.

(Agência Lusa)

00h32 - Corredor humanitário em Mariupol pode ser aberto no sábado

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse esta sexta-feira que "há uma possibilidade" de se abrir um corredor humanitário para a retirada de civid da cidade portuária sitiada de Mariupol, no sábado.

"Assista aos anúncios oficiais amanhã de manhã. Se tudo correr bem, vou confirmar", disse num discurso online.

00h05 - Primeiro-ministro ucraniano acredita em vitória na guerra em breve

A Ucrânia será vitoriosa na guerra contra a Rússia muito em breve, segundo o primeiro-ministro ucraniano esta sexta-feira, depois de Boris Johnson ter dito que continua a ser uma possibilidade realista a Rússia poder vencer.

"Temos certeza absoluta de que a Ucrânia vencerá esta guerra e a vitória estará para breve", disse Denys Shmyhalt à CNN, quando questionado sobre o comentário de Johnson.

23h50 - Kiev acusa grupo francês de contornar sanções e vender material militar à Rússia

Um assessor da presidência ucraniana acusou hoje a empresa francesa Thales de contornar as sanções e vender à Rússia, em 2015, material usado atualmente para matar civis na Ucrânia, situação negada pelo grupo que fabrica equipamentos de defesa.

“Uma família que estava a tentar fugir, foi morta por assassinos russos. Mortos, como agora está comprovado, com armas francesas vendidas para contornar as sanções em 2015”, referiu Mikhailo Podolyak, conselheiro do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, através da rede social Twitter.



À agência France-Presse (AFP), a empresa francesa Thales negou ter contornado as sanções contra a Rússia.

“A Thales sempre cumpriu rigorosamente as regulamentações francesas e internacionais, inclusivo no que diz respeito à aplicação das sanções europeias de 2014 contra a Rússia”, assegurou o grupo francês.

"Nenhum contrato de exportação de equipamentos de defesa foi assinado com a Rússia desde 2014 e nenhuma entrega foi feita à Rússia desde o início do conflito na Ucrânia", referiu ainda a Thales, acrescentando que decidiu encerrar suas atividades na Rússia.

23h27 - Holanda vai suspender compras de gás, petróleo e carvão à Rússia no final do ano

O governo holandês anunciou hoje que pretende suspender todas as compras de gás, petróleo e carvão à Rússia no final deste ano, por causa da guerra, e até lá trabalhar para encher instalações de armazenamento para o próximo inverno.

"Estamos no meio de uma guerra e temos de intervir" afirmou o ministro holandês da Energia, Rob Jettene, salientando que, no ano passado, a empresa de gás russa Gazprom não reabasteceu suficientemente os stocks na Holanda.

"Todos nós suspeitamos que a Rússia não fez isso por causa da dependência da Europa do gás e da guerra que estava a planear com a Ucrânia", acrescentou.

22h53 - EUA convocam aliados para discussão sobre ajuda militar a Kiev na próxima semana

Os Estados Unidos e pelo menos outros 20 países vão reunir-se, na terça-feira, na base militar norte-americana em Ramstein, na Alemanha, para discutir as necessidades de defesa atuais e de longo prazo da Ucrânia, adiantou hoje fonte do Pentágono. Neste encontro, promovido por Washington, participará o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, em representação da administração liderada por Joe Biden.

Pelo menos outros 20 países já confirmaram a sua presença, mas são esperados mais participantes, referiu o porta-voz do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos. John Kirby adiantou que o Pentágono convidou 40 nações e aguarda ainda mais confirmações.

(Agência Lusa)

22h35 - Blinken e Shmyhal reúnem sobre novas formas dos EUA auxiliarem a Ucrânia

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, recebeu o primeiro-ministro da Ucrânia, com quem abordou novas formas dos Estados Unidos auxiliarem Kiev, revelou em comunicado o porta-voz do Departamento de estado Ned Price.

22h25 - Canadá forneceu artilharia pesada à Ucrânia

O Canadá revelou que forneceu artilharia pesada às forças ucranianas, após as promessas do primeiro-ministro Justin Trudeau no início da semana, devido ao assalto russo na região leste da Ucrânia.

O Canadá entregou até agora à Ucrânia uma série de canhões howitzer e respetivas munições e está na fase final contratual de aquisição comercial de veículos blindados que irá enviar para a Ucrânia o mais depressa possível, afirmou o Ministério da Defesa canadiano.

22h13 - Zelensky. Aliados da Ucrânia estão finalmente a fornecer armamento

O presidente ucraniano revelou numa mensagem vídeo que os aliados do país estão finalmente a entregar as armas que Kiev tem estado a pedir e acrescentou que as armas irão ajudar a salvar as vidas de milhares de pessoas.

Zelensky afirmou ainda que Moscovo pretende invadir outros países como a Moldávia, citando o general Rustam Minnekayev, comandante adjunto das forças do Distrito Militar do Centro da Rússia.

O general russo revelou esta sexta-feira que o seu país pretende estender a ocupação à Transnístrea.

Os comentários do general provam que a Rússia pretender invadir outros países e que o ataque à ucrânia foi apenas o princípio.

22h03 - Pentágono procura acelerar produção de armamento para a Ucrânia

Uma comunicação governamental norte-americana revelou que o Pentágono está à procura de novos fornecedores industriais para acelerar e adquirir maior capacidade de produção de armas de eficácia comprovada que requeiram treino mínimo e que sejam rapidamente expedidas para a Ucrânia.

O Departamento da Defesa publicou um pedido de informações válido até dia 6 de maio. Quer informações sobre a capacidade comercial e sobre armas, em áreas relacionadas com a defesa aérea, blindados, antipessoal, defesa costeira, sistemas aéreos autónomos e comunicações como rádios ou internet por satélite.

21h49 - Borrell insta Rússia a criar corredor humanitário com garantias em Mariupol


O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, instou hoje a Rússia a criar na cidade ucraniana cercada de Mariupol corredores humanitários com cessar-fogo garantido, para retirar a população que lá se encontra.

"A UE apoia o apelo da Ucrânia ao Kremlin para que permita a retirada segura dos civis de Mariupol", declarou Borrell num comunicado.

O chefe da diplomacia comunitária afirmou que devem ser "imediatamente" criados corredores humanitários, "com as necessárias garantias de cessar-fogo", a partir do complexo industrial siderúrgico de Azovstal e outras zonas da cidade até outros pontos da Ucrânia.

"Apesar da carnificina infligida pela Rússia, mais de 100.000 civis permanecem em Mariupol, incluindo até mil que podem ter-se refugiado no complexo industrial de Azovstal, defendido pelas Forças Armadas da Ucrânia", disse Borrell.

O responsável europeu insistiu também que se deve garantir o acesso "livre e seguro" a quem presta ajuda humanitária, de acordo com o direito internacional humanitário.

"Desde há semanas, o mundo é testemunha de um cruel ataque ilegal a Mariupol por parte da Rússia que levou à destruição em grande escala da cidade e incluiu atrocidades contra os civis, sob o retorcido pretexto de `libertar` a cidade", sublinhou.

Salientou igualmente que milhares dos seus habitantes foram deportados para a Rússia ou deslocados à força para zonas não controladas pelo Governo ucraniano.

"Elogiamos a Ucrânia pelos seus esforços para encontrar uma solução diplomática para a retirada dos civis e lamentamos que a Rússia não esteja a corresponder", concluiu.

(Agência Lusa)

21h25 - Seis crianças ucranianas com cancro chegam este sábado a Portugal para tratamento

21h15 - Forças ucranianas procuram deter avanço russo a sul

21h05 - Bombardeamentos russos atingem hospital no sul da Ucrânia

20h55 - Andrivka. Aldeia nos arredores de Kiev arrasada pelas tropas russas

20h45 - Segunda fase guerra. Moscovo quer controlar leste e sul da Ucrânia

20h35 - Mariupol. Russos estarão a fazer desaparecer mortos ucranianos

20h22 - Náufrágio do Moskva fez um morto e 27 desaparecidos diz Rússia

O cruzador, navio-comandante da frota russa do Mar do Norte, afundou a semana passada. A Ucrânia afirma que o atingiu com dois mísseis, Moscovo fala numa explosão acidental.

"Tentativas de extinguir o incêndio fracassaram", refere agora o comunicado russo. "Enquanto tentavam estabilizar o navio, um militar morreu e 27 membros da tripulação estão desaparecidos", acrescentou o texto do Ministério russo da Defesa, citado pelas agências de notícias do país.

O Ministério afirma de 396 outras pessoas a bordo do cruzador se salvaram.

20h20 - Opositor célebre detido na Rússia por espalhar “informações falsas” sobre o exército

O opositor russo Vladmiri Kara-Mourza, grande crítico do Kremlin, vai ficar sob prisão preventiva até 12 de junho enquanto decorre uma investigação às suas actividades contra o exército, revelou o seu advogado, Vadim Prokhorov, numa publicação no Facebook.

O tribunal confirmou a medida num comunicado publicado pelas agências de notícias russas.

Prokhorov tinha afirmado de manhã que Kara-Mourza estava a ser interrogado pelo poderoso Comité de Investigação russo, no quadro de um inquérito à difusão de “informações falsas” sobre o exército, crime punível com até 15 anos de prisão, de acordo com legislação aprovada depois da invasão da Ucrânia.

Meios russos noticiaram que acusações similares foram feitas contra Ilya Krasilshchik, o antigo editor de um dos principais sítios noticiosos independentes, o Meduza.

Essas decisões contra dois críticos relevantes do Kremlin integram-se num movimento mais geral de repressão de indivíduos que criticam a guerra promovida pela Federação Russa na Ucrânia.

20h10 - Partido no poder na Suécia pronuncia-se até 24 de maio sobre candidatura à NATO

Os social-democratas no poder na Suécia anunciaram hoje que tencionam tomar até 24 de maio uma decisão sobre uma eventual candidatura do país à Organização do Tratado do Atlântico-Norte (NATO).

"Estamos agora em diálogo sobre a política de segurança dentro do nosso partido (...). Esse diálogo deverá ser concluído até 12 de maio e depois iniciaremos o nosso processo de decisão", declarou o secretário do partido, Tobias Baudin, numa declaração escrita.

A decisão final será tomada antes da próxima reunião da direção do partido, agendada para 24 de maio, acrescentou.

Os social-democratas de centro-esquerda, liderados pela primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, eram até agora historicamente contra a adesão da Suécia à NATO e reafirmaram essa posição no último congresso do partido, em novembro do ano passado, mas a guerra na Ucrânia relançou o debate no país e dentro do partido.

Uma inversão da posição do partido seria histórica e abriria o caminho a uma candidatura da Suécia com vista à adesão à Aliança Atlântica.

A maioria dos cidadãos suecos e finlandeses é a favor da adesão à NATO, segundo várias sondagens, uma mudança da opinião pública que se deu na sequência da invasão da Ucrânia pelo exército russo.

A Suécia não é membro da NATO e é oficialmente militarmente não-alinhada, apesar de ser parceira da aliança militar ocidental. Estocolmo abandonou a sua política de neutralidade após o final da Guerra Fria.

Um debate sobre a adesão à NATO está em curso também na Finlândia, que partilha uma fronteira com mais de 1.300 quilómetros de comprimento com a Rússia.

19h55 - Embaixadora pede retirada imeditata de civis e soldados feridos em Mariupol

Milhares de civis e cerca de 500 soldados feridos precisam de "retirada imediata" de Mariupol, cidade ucraniana destruída pelas forças russas, disse à agência Lusa a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets.

Em entrevista a diplomata advertiu que não se sabe o número exato de mortos em Mariupol e lembrou que as autoridades ucranianas têm repetidamente apelado à Rússia, "com uma proposta para organizar corredores humanitários", com vista à retirada dos civis e dos soldados ucranianos feridos na cidade portuária, considerada estratégica pela Rússia.

19h45 - Mais de 20 países vão debater defesa da Ucrânia

O Pentágono anunciou que mais de 20 países aceitaram participar na conferência que os EUA vão promover na próxima semana na Alemanha para debater a defesa da Ucrânia.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, frisou que "não levamos connosco um pacote de medidas pré-aprovadas".

Kirby notou que cerca de 40 países foram convidados para participar nas conversações marcadas para 26 de abril, as quais não estão a ser organizadas sob a égide da NATO e que incluíram nações-não Nato.

19h38 - Combatentes "bloqueados" em Mariupol

O Ministério da Defesa russo garante que os soldados ucranianos e mercenários estrangeiros foram “bloqueados” com segurança na fábrica de Azovstal onde têm resistido na cidade de Mariupol.

Anunciou ainda ter atingido dúzias de alvos nas regiões de Donetsk e de Kharkiv esta sexta-feira.

19h19 - Ucrânia acusa francesa Thales de vender à Rússia armas que mataram civis

Um conselheiro da presidência ucraniana acusou esta sexta-feira o grupo francês de equipamento de Defesa, Thales, de ter contornado as sanções e ter vendido em 2015 à Rússia material utilizado na Ucrânia para matar civis.

“Uma família tentava fugir, foi morta por assassinos russos. Morta, como foi agora provado, com armas francesas vendidas contornando as sanções em 2015”, afirmou na rede Twitter o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, Mikhaïl Podolyak.

A Thales já refutou as acusações e desmentiu ter contornado as sanções contra a Rússia.

A acusação surge quando a França anunciou que está a fornecer as forças ucranianas com armas e mísseis antitanque.

Até agora Paris tinha-se mostrado relutante em fornecer determinados equipamentos militares à Ucrânia.

Esta sexta-feira o presidente francês Emmanuel Macron avançou com os detalhes do fornecimento militar a Kiev durante uma entrevista ao jornal Ouest France.

Questionado sobre se os europeus deveriam ajudar a Ucrânia com armamento pesado, Macron referiu que não pretende interferir com a política de cada um, mas ao mesmo tempo sublinhou que existe muita coordenação e que discutiu a matéria, esta semana, com o chanceler alemão Olaf Scholz.

Macron realçou que a França já está a entregar "equipamentos importantes", especificando o fornecimento de canhões autopropulsados Caesar e os mísseis antitanque Milan, entre outro tipo de armamento, embora não tenha adiantado números ou outros detalhes.

19h10 - Comunistas russos celebram Lenine e manifestam apoio à invasão militar

Os comunistas russos manifestarem hoje o seu apoio à ofensiva desencadeada por Vladimir Putin na Ucrânia, que consideram um confronto entre Moscovo e Washington, no decurso de uma cerimónia que assinalou o dia do nascimento de Lenine.

"Os anglo-saxões vieram [à Ucrânia] para combater com o objetivo de dominar o planeta", afirmou o primeiro secretário do Partido Comunista da Federação da Rússia (KPRF), Guennadi Ziuganov.

"Hoje, nas planícies ucranianas, está em disputa a questão de saber se o mundo será unipolar sob o seu comando [dos anglo-saxões] ou multipolar", acrescentou o dirigente comunista, de 77 anos.

"É necessário defender o Estado", insistiu Ziuganov, acusando a NATO e os Estados Unidos de combaterem "o mundo russo".

Ziuganov participava numa cerimónia na Praça Vermelha que assinalou o 152º aniversário do nascimento de Lenine, líder da Revolução bolchevique de outubro de 1917 e que lançou as bases para a formação da União Soviética.

18h42 - Penacova já acolhe 38 refugiados ucranianos

De acordo com um comunicado enviado às redações, o "Município de Penacova já acolheu e está a apoiar, até ao momento, 38 refugiados ucranianos. Vinte crianças - algumas já a frequentar escolas no concelho -, 18 mulheres e três homens vivem ou em casas cedidas por munícipes ou temporariamente num centro paroquial e recebem o apoio diário da comunidade, que lhes assegura refeições, roupas, medicamentos e ajuda na resolução de problemas burocráticos, bem como na procura de emprego".

Algumas das crianças, com idades até aos 14 anos, já frequentam as escolas do concelho, em Friúmes e Gavinhos, acrescenta o município. Em relação aos homens (entre 27 e 43 anos) e às mulheres (entre 28 e 61 anos), encontram-se já "a trabalhar ou ativamente à procura de emprego, com a ajuda dos serviços de ação social da Câmara Municipal e/ou dos “padrinhos”, que são munícipes que se disponibilizaram para, de forma mais personalizada, acompanhar uma família específica".

17h55 - Guterres visita Moscovo na terça-feira

A Reuters acaba de clarificar que a visita do secretário-geral das Nações Unidas á capital russa para um encontro com o presidente Vladimir Putin ocorrerá na próxima terça-feira, 26 de abril.

António Guterres também terá uma reunião de trabalho e almoço com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

17h39 - Moldávia convoca o embaixador russo.

Em causa a revelação de um general russo de que a Rússia planeia anexar a Transnístria, além do leste e do sul da Ucrânia.

A Moldova exprimiu "profunda preocupação" junto do embaixador devido às declarações do general russo Rustam Minnekaiev, indicou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros moldovo.

A Moldova "considera estas declarações como infundadas e contraditórias com o apoio da Rússia à soberania e integridade territorial do nosso país", prosseguiu o ministério.

"A Moldova é um país neutral" e apela a Moscovo que "respeite esse princípio", acrescentou.

17h26 - Militares russos dizem ter capturado depósito de armas ucraniano

O Ministério da Defesa da Rússia disse esta sexta-feira que os militares russos capturaram um grande depósito de armas na região de Kharkiv, na Ucrânia, informou a agência de notícias russa TASS.

O Ministério da Defesa disse que o depósito de armas continha milhares de toneladas de munições, de acordo com a TASS.

17h10 - António Guterres vai ser recebido por Putin em Moscovo na próxima semana

O Kremlin anunciou esta sexta-feira que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, vai ser recebido pelo presidente russo em Moscovo na próxima semana, avança a agência France-Presse.

As agências não são claras quanto ao dia exato da visita. A agência Reuters, que cita um porta-voz da ONU, avança que Guterres vai visitar Moscovo no dia 25 de abril, mas a France-Presse adianta que Guterres chegará a Moscovo no dia 26 de abril, citando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O secretário-geral da ONU irá também reunir-se com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

17h00 - União Europeia insiste na necessidade de um cessar-fogo de caráter humanitário

Esta foi uma ideia deixada ao telefone pelo presidente do Conselho Europeu numa conversa com o líder russo.

Vladimir Putin conversou com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, esta sexta-feira.


16h35 - Rússia continua a bombardear complexo siderúrgico de Azovstal, afirma funcionário de Mariupol

As forças russas continuam a bombardear a siderúrgica de Azovstal, disse Petro Andryushchenko, conselheiro do autarca da cidade ucraniana sitiada de Mariupol.

“Todos os dias eles lançam várias bombas em Azovstal. Os combates e bombardeamentos não param”, disse Andryushchenko à Associated Press.

De acordo com autoridades locais, entre 300 a mil pessoas, incluindo mulheres e crianças, podem estar ainda presas no complexo siderúrgico.

Recorde-se que o presidente russo ordenou na quinta-feira às tropas para que vedassem entradas e saídas da Azovstal, abstendo-se de invadir o complexo.

O Ministério russo da Defesa disse esta sexta-feira que Moscovo estava "preparada para permitir" que os soldados ucranianos entrincheirados no complexo siderúrgico de Mariupol abandonassem o local, tal como os civis que ali se encontram.

No entanto, Vladimir Putin acusou, mais tarde, Kiev de impedir a rendição de combatentes ucranianos em Mariupol.

16h08 - Próximas semanas podem ser decisivas na guerra na Ucrânia, diz alto-funcionário da UE

A Rússia provavelmente intensificará os seus ataques militares no leste da Ucrânia e ao longo da costa do país, disse um alto funcionário da UE esta sexta-feira, sublinhando que as próximas semanas serão decisivas para a guerra.

"Este não é um conto de fadas com um final feliz iminente. Acho que provavelmente veremos um aumento muito significativo na intensidade dos ataques militares russos no leste, bem como ao longo da costa", disse o alto-funcionário esta sexta-feira a jornalistas.

"Acho que veremos as próximas semanas como decisivas", salientou.

15h55 - UE e EUA reiteram avisos à China sobre ajudas à Rússia

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos reiteraram hoje avisos à China de que prejudicará as respetivas relações se ajudar a Rússia a contornar as sanções ocidentais por ter invadido a Ucrânia.

Numa declaração conjunta após uma reunião em Bruxelas, o secretário-geral do serviço diplomático europeu, Stefano Sannino, e a secretária de Estado adjunta norte-americana, Wendy Sherman, disseram que continuarão a "exortar a China a não contornar e minar as sanções contra a Rússia".

Reafirmaram que "tal apoio terá consequências nas suas respetivas relações com a China", segundo a declaração citada pela agência francesa AFP.

Sannino e Sherman manifestaram também "preocupação com a repetida manipulação de informação por parte da China, inclusive através da difusão da desinformação de Moscovo", sobre a guerra na Ucrânia.

Referindo-se à Lituânia, vítima de represálias comerciais chinesas após o estabelecimento de uma representação de Taiwan, expressaram a oposição a qualquer "coação económica" exercida por Pequim.

A declaração conjunta surge após o Presidente chinês, Xi Jinping, ter apelado aos líderes europeus para se dissociarem de Washington, numa cimeira com a UE no início de abril.

Xi disse, então, que a UE deve "formar a sua própria perceção da China e prosseguir autonomamente a sua própria política em relação a Pequim".

(agência Lusa)

15h30 - MNE russo diz que negociações com Kiev estão “a derrapar”

As negociações entre a Rússia e a Ucrânia para encontrar uma solução para a guerra "estão a derrapar", não tendo até agora produzido qualquer progresso visível, declarou esta sexta-feira o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

"Elas estão a derrapar, pois uma proposta que apresentámos aos negociadores ucranianos há cinco dias, e que foi elaborada tendo em conta os comentários deles, continua sem resposta", declarou Lavrov numa conferência de imprensa em Moscovo com o seu homólogo cazaque, Mukhtar Tleuberdi.

No início desta semana, o Kremlin disse que a Rússia enviou uma nova proposta de acordo a Kiev, mas o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que não tinha visto nem ouvido falar sobre o documento.

Na mesma ocasião, o MNE russo disse igualmente ter dúvidas quanto à vontade dos dirigentes ucranianos de prosseguir as negociações.

"É muito estranho para mim ouvir todos os dias declarações (...), inclusive do Presidente [ucraniano] e dos seus conselheiros, que dão a impressão de que não precisam destas negociações para nada", observou Lavrov, sem especificar exatamente a que declarações se referia.

O principal negociador russo também confirmou que "várias longas conversas" ocorreram esta sexta-feira com o chefe da delegação da Ucrânia no âmbito das negociações de paz entre os dois lados. Vladimir Medinsky não forneceu detalhes das conversas.

15h15 - Chefe do órgão de vigilância nuclear visitará Chornobyl na próxima semana

O chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) visitará a central nuclear de Chornobyl, na Ucrânia, na próxima semana, anunciou a agência nuclear esta sexta-feira.

Rafael Grossi presidirá uma missão de especialistas à Ucrânia para intensificar os esforços no sentido de prevenir o perigo de um acidente nuclear durante o conflito no país, informou a agência em comunicado.

A equipa estará em Chornobyl a partir de 26 de abril para entregar equipamentos fundamentais e realizar avaliações radiológicas no local, que esteve cercado pelas forças russas durante cinco semanas antes da sua retirada a 31 de março.

"A presença da AIEA em Chornobyl será de importância crucial para as nossas atividades de apoio à Ucrânia, pois procura restaurar o controlo regulatório da central e garantir a sua operação segura e protegida", disse Grossi, acrescentando que irão realizar mais missões em Chornobyl e outras instalações nucleares na Ucrânia dentro semanas.

14h47 – Casa Branca confiante de que Europa irá suspender exportações de energia da Rússia

Um conselheiro da Casa Branca disse hoje à CNN Internacional estar confiante de que a Europa está determinada a suspender as exportações de petróleo e gás russos, numa altura em que a guerra na Ucrânia continua a arrastar-se.

"Tenho confiança de que a Europa está a receber a mensagem e está determinada a fechar esta última fonte de receitas" russas, afirmou Daleep Singh, vice-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca.

14h34 – Número de refugiados ultrapassa os 5,1 milhões de pessoas

Mais de 5,1 milhões de ucranianos fugiram do país desde a invasão da Rússia, a 24 de fevereiro, mas a taxa diária está a diminuir, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Segundo a organização, até hoje já deixaram o seu país 5.133.747 ucranianos, mais 48.387 pessoas do que a contagem divulgada na quinta-feira.

Apesar de o número de refugiados continuar a aumentar, a taxa diária é bastante menor agora do que no início da guerra.

Este é o maior afluxo de refugiados desde a II Guerra Mundial, sendo que cerca de 90% dos que fugiram são mulheres e crianças, já que as autoridades ucranianas não permitem a saída de homens em idade militar.

(Agência Lusa)

14h25 – UE diz que pagamento de gás em rublos pode ser possível sem violar sanções

Empresas da União Europeia podem cumprir o sistema proposto pela Rússia de pagamento de gás em rublos sem entrar em conflito com as sanções do bloco contra Moscovo, disse a Comissão Europeia, acrescentando, no entanto, que ainda não está claro como tal procedimento funcionaria.

Em março, Moscovo emitiu um decreto onde propõe que os países importadores de energia russa abram contas no banco privado russo Gazprombank, onde os pagamentos em euros ou dólares seriam convertidos em rublos.

Esse decreto não impede necessariamente um processo de pagamento que cumpra o regime de sanções da UE, disse a Comissão num documento enviado aos Estados-membros da UE e publicado online.

"No entanto, o procedimento para revogações às exigências do decreto ainda não está claro", acrescenta o documento.

14h14 – Futuro da guerra depende do destino de Mariupol, diz governador de Donetsk

O governador ucraniano da região de Donetsk defendeu que o futuro da guerra na Ucrânia “depende do destino de Mariupol”, o porto situado no sudeste do país, quase inteiramente sob o controlo das forças russas.

“O sucesso da ofensiva russa no sul depende do destino de Mariupol”, disse Pavlo Kyrylenko à agência francesa AFP numa entrevista por videoconferência.

Kyrylenko considerou que Mariupol, que pertence a Donetsk, é uma cidade estratégica tanto para os ucranianos, na defesa da região, como para os russos, que querem assegurar um corredor terrestre seguro entre o Donbass e a península da Crimeia, que anexaram em 2014.

“O inimigo está a concentrar todos os seus esforços em Mariupol”, disse Kyrylenko, enquanto os últimos combatentes ucranianos estão entrincheirados no enorme complexo metalúrgico Azovstal, com “até 300 civis”.

(Agência Lusa)

14h10 – Putin acusa Kiev de impedir a rendição de combatentes ucranianos em Mariupol

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta sexta-feira que Kiev recusou a rendição dos últimos soldados ucranianos entrincheirados na zona industrial de Azovstal, no porto sitiado de Mariupol.

"A vida de todos os soldados ucranianos, combatentes nacionalistas e mercenários estrangeiros é garantida se eles depuserem as suas armas. Mas o regime de Kiev não permite essa possibilidade”, disse Putin, de acordo com um comunicado do Kremlin que resume a conversa telefónica do presidente russo com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

O Ministério russo da Defesa anunciou esta sexta-feira que Moscovo estava "preparada para permitir" que os soldados ucranianos entrincheirados no complexo siderúrgico de Mariupol abandonassem o local, tal como os civis que ali se encontram.

14h03 – Países Baixos pretendem acabar com uso de gás russo até ao final do ano

O governo holandês disse esta sexta-feira que pretende acabar com o uso de gás russo até ao final do presente ano.

Como parte desse esforço, o Governo assegurou que compensará as empresas que encherem, antes do próximo inverno, os depósitos de uma importante instalação de armazenamento de gás em Bergermeer, uma das maiores da Europa.

13h49 – Putin diz a Charles Michel que Ucrânia está a ser “inconsistente” nas negociações

Vladimir Putin terá dito ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que só aceitará um diálogo direto com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, se as negociações em curso entre Kiev e Moscovo produzirem resultados concretos.

Segundo o Kremlin, o presidente russo disse a ainda a Charles Michel que a Ucrânia está a demonstrar não estar pronta para encontrar soluções mutuamente aceitáveis, acusando o lado ucraniano de ser "inconsistente" nas negociações.

13h25 - Rússia "preparada para permitir que combatentes saiam" da Azovstal

Citado pela France Presse, o Ministério russo da Defesa afiança que Moscovo está "preparada para permitir" que os soldados ucranianos entrincheirados no complexo siderúrgico de Mariupol abandonem o local, tal como os civis que ali se encontram.

"Declaramos uma vez mais que a Rússia está preparada para, a qualquer momento, introduzir um regime de silêncio e anunciar uma pausa humanitária para a retirada de civis", indica o Ministério da Defesa, para acrescentar que o cessar-fogo teria início no momento em que fossem "levantadas bandeiras brancas" pelas forças ucranianas.

Recorde-se que o presidente russo ordenou na quinta-feira às tropas para que vedassem entradas e saídas da Azovstal, abstendo-se de invadir o complexo.

13h07 - Protelado encontro entre Francisco e Kirill

Foi suspenso um encontro previsto para o próximo mês entre o papa Francisco e o patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Kirill, adiantou o sumo pontífice da Igreja Católica à imprensa argentina.

Francisco argumenta que um tal encontro poderia causar "muita confusão neste momento".

Kirill tem vindo a manifestar apoio à ofensiva militar russa na Ucrânia.

A reunião entre os dois líderes religiosos poderá ter lugar a 14 de junho em Jerusalém, um dia depois de Francisco concluir uma visita ao Líbano.

13h02 - Ponto de situação

  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirma que o avanço das tropas russas no leste do país é temporário.

  • O general Rustam Minnekayev, comandante adjunto das forças do Distrito Militar do Centro da Rússia, deixa claro que Moscovo quer assegurar o "controlo total" do leste e do sul da Ucrânia.

  • A ONU diz ter documentado as mortes de 50 civis em Bucha, num acervo de indícios de execuções sumárias.

  • Imagens de satélite da empresa norte-americana Maxar Tecnhologies, mostram sinais de valas comuns nos arredores de Mariupol, cidade portuária do sudeste da Ucrânia particularmente fustigada pela invasão russa.

  • O presidente russo, Vladimir Putin, clama que Mariupol está agora debaixo do controlo das forças destacadas para a Ucrânia, mas Kiev assevera que ainda há soldados ucranianos a resistir no complexo siderúrgico Azovstal.

  • O presidente da câmara de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, adverte para um milhão de civis sob intensos bombardeamentos russos.

  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considera haver uma "possibilidade realista" de a guerra na Ucrânia perdurar até ao fim de 2023.

12h44 – UE exige corredores humanitários na Páscoa ortodoxa

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, exigiu esta sexta-feira a Vladimir Putin a abertura de corredores humanitários para a Páscoa ortodoxa. Os dois líderes conversaram esta manhã ao telefone.

“O presidente do Conselho Europeu partilhou com Vladimir Putin o seu entendimento das falhas e perdas russas, em parte para tentar penetrar o vácuo de informação que pode existir em torno do presidente russo”, revelou Bruxelas.

Charles Michel pediu ainda a Putin que entre em diálogo direto com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

12h39 – Bruxelas reforça orçamento da UE de 2022 para apoiar Estados-membros recetores

A Comissão Europeia propôs hoje uma alteração ao orçamento da União Europeia para 2022 para assegurar o apoio às pessoas que fogem da guerra da Ucrânia, causada pela invasão russa, visando principalmente ajudar os Estados-membros recetores.

"A Comissão propôs hoje o reforço do orçamento de 2022 com 99,8 milhões de euros em autorizações e, em paralelo, o orçamento está a ser aumentado em 176 milhões de euros em pagamentos", anuncia a instituição em comunicado de imprensa.

Tendo em conta as novas verbas comunitárias, bem como as possibilidades de reafectação, "o montante total do financiamento a ser disponibilizado para a migração e gestão de fronteiras é de 400 milhões de euros", explica Bruxelas.

Esta verba total visa, principalmente, "ajudar os Estados-membros mais afetados a fazer face aos primeiros custos de receção e registo de pessoas que fogem da Ucrânia", adianta a Comissão Europeia.

(Agência Lusa)

12h31 – Erdogan planeia telefonar a Putin e Zelensky para reunião de líderes

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse esta sexta-feira que planeia telefonar aos homólogos russo e ucraniano nos próximos dias, na esperança de que essas chamadas possam levar a uma reunião de líderes na Turquia com o intuito de acabar com a guerra.

"Temos alguma esperança", confessou Erdogan aos jornalistas quando questionado sobre as negociações de paz entre Kiev e Moscovo.

12h13 – Ucrânia apelida de “imperialismo” plano russo de assumir controlo total do Donbass e do sul

O Ministério da Defesa da Ucrânia classificou hoje de imperialistas os planos anunciados pela Rússia para assumir o controlo total do Donbass e do sul da Ucrânia.

"Eles pararam de esconder as suas intenções", escreveu o ministério no Twitter. “A Rússia reconheceu que o objetivo da 'segunda fase' da guerra não é a vitória sobre os nazis míticos, mas simplesmente a ocupação do leste e do sul da Ucrânia. Isto é imperialismo".

12h06 – Rússia diz estar preparada para permitir evacuação da siderurgia de Azovstal

A Rússia diz estar preparada para “parar de disparar”, numa trégua humanitária, permitindo assim que os combatentes ucranianos na siderurgia de Azovstal, na cidade sitiada de Mariupol, possam abandonar as instalações, juntamente com quaisquer civis que lá se encontrem.

O Ministério russo da Defesa garante ainda que as acusações da Ucrânia e de alguns países ocidentais de que a Rússia estava a impedir civis de deixar Mariupol são "infundadas".

11h59 – Governo alemão promete 37 milhões de euros para reconstrução

O Governo da Alemanha contribuirá com cerca de 37 milhões de euros para a reconstrução da Ucrânia, especificamente para restaurar a rede elétrica destruída e construir casas para os deslocados, noticiaram hoje os meios de comunicação alemães.

"A Ucrânia precisa urgentemente de habitação para milhões de pessoas deslocadas internamente e precisa de uma rede elétrica intacta. É aqui que a cooperação alemã para o desenvolvimento pode ajudar no curto prazo", disse a ministra do Desenvolvimento alemã, Svenja Schulze, ao jornal "Augsburger Allgemeine".

Destes 37 milhões de euros, 22,5 milhões vão para a reconstrução da rede elétrica, gravemente danificada pelos ataques russos, 12,4 milhões para a construção de casas para os deslocados internos da Ucrânia e outros dois milhões para equipamentos médicos.

(Agência Lusa)

11h42 – Mais de 369 mil refugiados ucranianos já entraram na Alemanha

Mais de 369 mil pessoas em fuga da guerra na Ucrânia deram entrada na Alemanha até ao momento, anunciou hoje um porta-voz do Ministério alemão do Interior.

A contagem, desde o início da guerra, fixa-se mais concretamente em 369.381 pessoas, segundo o porta-voz, que acrescentou que o número real de refugiados ucranianos na Alemanha é provavelmente muito maior.

11h30 – Papa desiste de ir a Kiev e de se encontrar com o patriarca russo

O papa desistiu de viajar para Kiev, para não colocar em risco o fim da guerra, e também não se irá encontrar com o patriarca ortodoxo russo Cirilo, apesar do seu bom relacionamento, noticiou hoje o jornal La Nación.

Numa entrevista ao diário argentino, Francisco explicou que não pode "fazer algo que coloque em risco objetivos mais elevados, que são o fim da guerra, uma trégua ou mesmo um corredor humanitário".

"De que serviria o papa ir a Kiev se a guerra continuar no dia seguinte?", questionou.

(Agência Lusa)

11h16 – Portugal acolhe doente oncológica ucraniana retirada através de mecanismo europeu

Portugal recebeu na quinta-feira uma mulher ucraniana, com patologia oncológica, “transferida a pedido das autoridades de saúde moldavas para tratamento médico no nosso país, através do sistema CECIS, coordenado pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil”, avançou hoje a Direção-Geral da Saúde.

“Esta doente – a primeira a ser transferida ao abrigo do referido mecanismo - será submetida a tratamento em ambulatório e acompanhada pelo Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil”, acrescenta o comunicado.

10h57 – Países bálticos não estão a comprar gás russo e querem evitá-lo também no futuro

Os membros bálticos da União Europeia - Estónia, Letónia e Lituânia - não estão a comprar gás russo neste momento e pretendem evitá-lo também no futuro, avançou hoje o primeiro-ministro da Letónia, Krisjanis Karins.

"Vamos cooperar para isso, para garantir fornecimentos de gás suficientes, e vamos usar o armazenamento subterrâneo de gás na Letónia", explicou Karins numa entrevista conjunta após uma reunião entre os três primeiros-ministros do Báltico.

10h32 – Presidente da Lituânia pede mais tropas da NATO

O presidente da Lituânia defendeu hoje o aumento de envio de tropas da NATO para o seu país e outros locais no flanco leste da Europa, na sequência da invasão russa da Ucrânia.

Para Gitanas Nauseda, o batalhão da NATO deve ganhar maiores dimensões e as forças aéreas devem ser melhoradas.

O lituano pediu ainda um reforço militar naquela que é a única ligação terrestre entre o Báltico e o resto da União Europeia, uma estreita faixa entre a Bielorrússia e o enclave russo de Kaliningrado, conhecido como corredor de Suwalki.

10h19 – ONU documenta “assassinato ilegal” de 50 civis em Bucha

A ONU condenou hoje o exército russo pelo que considera “possíveis crimes de guerra” e diz ter documentado o “assassinato ilegal” de 50 civis em Bucha. As declarações foram feitas por um porta-voz das Nações Unidas.

10h06 – Scholz diz que prioridade máxima é evitar confronto da NATO com a Rússia

O chanceler alemão Olaf Scholz, considerou hoje que a NATO deve evitar ao máximo um confronto militar direto com a Rússia, pois tal poderia originar uma terceira guerra mundial.

As declarações do líder alemão foram feitas em entrevista ao Der Spiegel, quando questionado sobre o fracasso da Alemanha em entregar artilharia pesada à Ucrânia.

"Evitar uma escalada com a NATO é uma prioridade para mim", assegurou, acrescentando que "as consequências de um erro seriam dramáticas".

09h41 – Reino Unido treina soldados ucranianos, diz Boris Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, avançou esta sexta-feira que o seu país está a treinar soldados ucranianos, nomeadamente no uso de veículos blindados que Londres vai fornecer a Kiev para ajudar a combater a invasão russa.

“Atualmente estamos a treinar ucranianos na Polónia para a utilização de equipamentos de defesa antiaérea e de veículos blindados”, explicou o líder britânico à imprensa, durante uma visita à Índia.

09h19 – Rússia planeia assumir controlo total do Donbass e sul da Ucrânia

A Rússia planeia assumir o controlo total da região do Donbass, a leste da Ucrânia, assim como do sul desse país, como parte da segunda fase da “operação militar especial”, disse hoje o vice-comandante das forças militares russas, segundo a agência de notícias Interfax.

O responsável avançou ainda que a Rússia tenciona criar um corredor terrestre entre a Crimeia, que a Rússia anexou em 2014, e o Donbass.

09h01 – Macron defende que líderes da UE devem proteger-se contra risco de nova cortina de ferro

O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou hoje que as nações europeias não devem permitir que uma nova cortina de ferro caia sobre o continente.

Para o líder, é importante ter em consideração as diferentes perspetivas dentro do bloco europeu em relação à Rússia e à guerra na Ucrânia.

08h52 – Rússia diz que a sua força aérea atingiu 58 alvos militares durante a noite

O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje ter atingido 58 alvos militares na Ucrânia durante a noite, incluindo locais onde tropas, depósitos de combustível e equipamentos militares estavam concentrados.

Moscovo garante ainda ter atingido três alvos na Ucrânia usando mísseis de alta precisão, incluindo um sistema de defesa aérea S-300 e uma grande concentração de tropas ucranianas e respetivos equipamentos.

08h45 – Avião de transporte cai no sul da Ucrânia e faz vítimas

Um avião ucraniano de transporte AN-26 caiu durante um "voo técnico" no sul da Ucrânia esta sexta-feira e houve vítimas, segundo as autoridades locais.

Os pormenores do acidente, ocorrido na região de Zaporizhzhia, estão neste momento a ser verificados pelas autoridades.

08h28 – UE apela a teletrabalho e menos viagens de carro para reduzir dependência do petróleo e gás russos

A UE lançou um apelo às populações para que conduzam menos, desliguem o ar condicionado e trabalhem em casa três dias por semana, de modo a reduzir a dependência do petróleo e do gás russos.

A Comissão Europeia diz que as medidas, elaboradas com a Agência Internacional de Energia, economizariam cerca de 500 euros por ano, em média.

“Pessoas por toda a Europa ajudaram a Ucrânia, fazendo doações ou ajudando refugiados diretamente, e muitos gostariam de fazer mais”, escreveram as duas entidades em comunicado. “Usar menos energia não é apenas uma maneira imediata de os europeus reduzirem as suas contas, mas também ajuda a Ucrânia, reduzindo a necessidade de petróleo e gás russos, permitindo assim a reduzir os fluxos de receitas que financiam a invasão”.

08h03 – Imagens apontam para possível existência de mais de 200 valas comuns em Mariupol

Imagens de satélite apontam para a possível existência de mais de 200 valas comuns perto de Mariupol, num momento em que a Ucrânia acusa a Rússia de ali enterrar 9.000 civis para esconder o massacre.

As fotografias divulgadas esta quinta-feira surgiram horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter reclamado vitória na batalha por Mariupol, apesar de cerca de 2.000 combatentes ucranianos ainda se encontrarem barricados numa siderurgia.

O fornecedor de imagens de satélite Maxar Technologies divulgou as imagens, que, supostamente, mostram mais de 200 valas comuns numa cidade onde os responsáveis locais ucranianos dizem que os russos têm estado a enterrar residentes de Mariupol.

As imagens mostram longas filas de sepulturas que se afastam de um cemitério existente na cidade de Manhush, fora de Mariupol.

O autarca de Mariupol, Vadym Boychenko, acusou os russos de "esconderem os seus crimes militares", retirando os corpos de civis da cidade e enterrando-os em Manhush. Os túmulos podem conter até 9.000 mortos, segundo a autarquia de Mariupol, numa mensagem de quinta-feira na plataforma social Telegram.

"Os corpos dos mortos foram levados camiões e, na realidade, simplesmente a ser despejados em montes", disse um assessor de Boychenko, Piotr Andryushchenko, no Telegram.

(Agência Lusa)

07h47 – Empresa mineradora Petropavlovsk solicita licença de exportação

A mineradora russa Petropavlovsk declarou esta sexta-feira ter solicitado uma nova licença de exportação, depois de a mineradora russa ter sido proibida por sanções de vender ouro ao banco privado Gazprombank.

A empresa disse ainda que continua a explorar opções de venda do seu ouro, inclusivamente a novos compradores, apesar de ter reduzido suas perspetivas anuais de produção total de ouro.

07h32 - Autarca de Mariupol pede “evacuação total” da cidade

O presidente da Câmara de Mariupol fez um novo apelo esta sexta-feira à "evacuação total" da cidade, que o presidente Vladimir Putin diz ser agora controlada pelas forças russas.

"Precisamos apenas de uma coisa - a retirada total da população. Cerca de 100 mil pessoas permanecem em Mariupol", disse Vadym Boichenko.

07h10 - Dia começa sem corredores humanitários

A vice-primeira-ministra ucraniana alertou há momentos que não foi aberto qualquer corredor humanitário de grandes dimensões esta sexta-feira, devido ao "perigo dessas rotas".

"Devido ao perigo das rotas, hoje, 22 de abril, não haverá corredores humanitários. A todos os que continuam à espera de ser retirados: sejam pacientes e, por favor, aguentem!", escreveu Iryna Vereshchuk no Facebook.
Ponto de situação
  • Zelensky na AR. Dirigindo-se à Assembleia da República, Volodymyr Zelensky pediu ontem aos portugueses para lutarem contra a propaganda russa em todos os países falantes de Portugal e apoio às sanções à Rússia.

  • "Do tamanho de Lisboa". Referindo-se a Mariupol, o presidente ucraniano falou ao Parlamento português numa "cidade do tamanho de Lisboa" e denunciou a morte de mais de 10 mil pessoas nos bombardeamentos russos, acusando Moscovo de estar a queimar corpos para "ocultar provas dos massacres".

  • Ataque a Azovstal. As tropas russas continuaram com o bombardeamento contra a fábrica metalúrgica de Azovstal, apesar de Vladimir Putin ter ordenado o cancelamento desse ataque, de acordo com o assessor do presidente da Câmara Municipal de Mariupol.

  • Perdas ucranianas. Volodymyr Zelensky alerta que a Ucrânia precisa de sete mil milhões de dólares (6,46 mil milhões de euros) por mês para compensar as perdas económicas causadas pela guerra da Rússia.