Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Andreia Martins - RTP

Mulher chora em Lyman, Ucrânia, rodeada de destruição Jorge Silva - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h45 - Declaração do Porto para a Paz Transnacional pede fim da guerra

A Declaração do Porto para a Paz Transacional foi hoje aprovada no âmbito do Festival Transeuropa, que decorre no Porto e em Valongo até segunda-feira, e pede o fim da guerra na Ucrânia.

"Nós, pessoas que vivem na Europa, nas Américas, em África, na Ásia, com diferentes biografias, contextos e relações, acreditamos que os direitos humanos são universais, e que o seu respeito é imperativo para a paz", lê-se no documento aprovado hoje.

É "em nome dessa crença" que pedem à "Rússia que acabe a guerra na Ucrânia e retire as suas forças invasoras".

A declaração, que foi hoje votada na reitoria da Universidade do Porto, tem entre os signatários a vice-reitora daquela instituição de ensino superior, Fátima Vieira, a vice-reitora da Universidade Lusófona, Elisabete Pinto da Costa, o ex-ministro da Economia Luís Braga Cruz, a ex-eurodeputada e candidata à presidência da República Ana Gomes e Álvaro Vasconcelos, coordenador do Forum Demos, além de outros nomes nacionais e internacionais.

22h30 - Antena 1 visitou cave em Kiev e recolheu testemunhos de quem lá viveu durante 38 dias

22h20 - Polónia forneceu cerca de 1,6 MM de dólares na Ucrânia

O primeiro-ministro polaco anunciou na televisão que o seu país forneceu até agora cerca de 1.6 mil milhões de dólares em armas (1,5 mil milhões de euros) à Ucrânia, para ajudar este país a enfrentar a invasão russa.

“Até hoje, a Polónia transferiu para o nosso vizinho oriental equipamentos militares orçados em cerca de sete mil milhões de zlotys, ou seja cerca de 1,6 mil milhões de dólares”, revelou Mateusz Morawiecki após um encontro em Cracóvia com o seu homólogo ucraniano, Denys Chmygal.

“Estes equipamentos salvam a soberania ucraniana, polaca e europeia”, justificou em comunicado.

Desde 24 de fevereiro, data do início da invasão russa da Ucrânia, a Polónia anunciou ter fornecido à Ucrânia mísseis anti-blindados, mísseis anti-aéreos, granadas de morteiro, munições e drones.

22H00 - OSCE. Monitores detidos no leste da Ucrânia

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa anunciou qie estava a tentar libertar uma série de membros da Missão Especial de Monitorização enviada ao leste da Ucrânia.

"A OSCE está muito preocupado com o facto de um certo número da missão nacional SMM terem sido privados da sua liberdade em Donetsk e em Luhanks. A OSCE está a usar todos os canais possíveis para libertar os seus funcionários", referiu em resposta a um pedido de informações, indicando que não lhe é possível dar mais infirmaçóes neste momento.

21h45 - Governador de Luhansk diz que bombardeamentos russos mataram seis civis

21H30 - Zelensky vai receber Guterres com críticas ao secretário-geral da ONU
21h15 - Equipas de desminagem descobrem valas comuns por todo o lado em Bucha
21h00 - Sons de sirenes e de alerta marcam direto da RTP de Odessa

20h45 - Ataque prossegue a local onde há mil civis e militares cercados em Mariupol
20h25 - Morgue de Bucha sem tem lugar para os corpos de civis mortos na ocupação russa

20h10 - Vários mísseis caíram sobre Odessa em zonas residenciais

19h25 - Reino Unido vai reabrir embaixada em Kiev

O Reino Unido irá reabrir a sua embaixada em Kiev além de providenciar mais ajuda militar à Ucrânia, e impor novas sanções contra membros das forças armadas russas, aunciou o primeiro ministro britânico Boris Johnson.

18h05 - Zelensky aos jornalistas presentes em Kiev

Volodymyr Zelensky apelou a um frente a frente com Vladimir Putin para "por fim à guerra".

O presidente da Ucrânia agredeceu o armamento que o país tem recebido dos aliados ocidentais e falou do que pensa mostrar ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, quando este visitar a região de Kiev na próxima quinta-feira.

Zelensky considerou ainda que os envenenamentos de negociadores ucranianos foram "tentativas de assassinato", e frisou que, apesar do medo, "não tem escolha".

"Nenhum ucraniano tem. Temos de lutar, não há alternativa", referiu.

Zelensky anunciou ainda a visita a Kiev este domingo do secretario de Estado norte-americano, Antony Blinken e do secretario da Defesa Lloyd Austin.

A reunião com os altos responsáveis norte-americanos irá focar-se no tipo de armamento de que a Ucrânia necessita para prosseguir a luta contra a invasão russa, reveloiu Zelensky.

O presidente ucraniano afirmou que o ataque russo deste sábado em Odessa fez pelo menos oito mortos.

A conferência de imprensa teve lugar num corredor de metropolitano, cujo funcionamento marcou a conversa com os jornalistas.

"É o último... último apenas por hoje, esperemos", reagiu Zelensky.
18h00 - Rússia diz ter destruído depósito de armas em Odessa

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou atingido com mísseis de alta precisão um arsenal de grandes dimensões em Odessa, que armazenava armamento enviado pelos Estados Unidos e nações ocidentais.

Num comunicado publicado nas redes sociais anunciou ainda que as forças russas mataram este sábado até 200 tropas ucranianas, tendo destruído ainda mais de 30 veículos, alguns deles blindados.

17h05 - Bombardeamento de área residencial de Odessa terá sido aéreo

Autoridades locais receiam que número de mortos venha a subir signigicativamente

16H50 - Retirada de civis de Mariupol "perturbada" por bombardeamentos russos

A informação foi avançada por um adjunto camarário da cidade.

16h20 - "Nova fase" de auxílio britânico

Volodymyr Zelensky e Boris Johnson falaram sobre “uma nova fase” de auxílio militar, incluindo o provisionamento de armamento pesado, revelou o vice chefe de gabinete da presidência da Ucrânia, Andriy Sybiga.

Em entrevista à televisão Sybiga acrescentou que o presidente ucraniano e o primeiro-ministro do Reino Unido, falaram ainda sobre apoio financeiro adicional à Ucrânia.

16h10 - Dois generais russos mortos perto de Kherson

O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou a morte de dois generais russos e afirmou que um terceiro está em estado crítico. A informação foi veiculada pelos serviços de informação do exército.

O comunicado acrescenta que as forças ucranianas atingiram o posto de comando do 49º exército russo, perto da capital regional de Kherson.

15h35 - PR diz que "somos quase todos ucranianos" ao ser questionado sobre PCP

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje que "somos quase todos ucranianos" relativamente à guerra no leste da Europa, quando questionado acerca da posição do PCP, e aproveitando para corrigir uma afirmação anterior.

Em São João da Madeira (distrito de Aveiro) Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a sessão parlamentar em que interveio o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visou o povo ucraniano.

"A Assembleia da República, ao tomar esta iniciativa, não tomou certamente para olhar apenas para um homem, por muito importante e decisivo que ele seja, mas para um povo", disse aos jornalistas.

Frisando que foi essa a sua posição na nota publicada pela Presidência após a sessão parlamentar, Marcelo Rebelo de Sousa acabou por fazer um reparo à mesma.

"Disse `somos todos ucranianos`. Se quiser eu posso corrigir, somos quase todos ucranianos, há alguns que não são, mas a maioria esmagadora dos portugueses pensa aquilo que pensa o Presidente da República", acrescentou.

(Agência Lusa)

15h25 - Cinco mortos em bombardeamento em Odessa

O chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, anunciou numa publicação nas redes sociais a morte de cinco pessoas num bombardeamento em Odessa este sábado. Outras 18 pessoas ficaram feridas.

O Comando Aéreo do Sul da Ucrânia havia anunciado antes que dois mísseis tinham atingido um posto militar e dois edifícios residenciais naquela cidade.

As forças ucranianas conseguiram abater dois outros mísseis que visavam áreas civis.
14h44 - Chefe da Igreja russa apela à paz mas evita criticar a guerra

O patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, defendeu este sábado a paz e a superação dos conflitos no mundo.

"Que Deus ajude (...) aqueles que estão envolvidos neste conflito difícil a acalmarem os seus corações, mentes e almas, para que a luta interna termine o mais rapidamente possível e então reine a tão esperada paz, e com ela a piedade e a fé das pessoas possa sair fortalecida", afirmou.

Numa mensagem difundida por ocasião da Páscoa ortodoxa, que se celebra este domingo, o chefe da Igreja russa apelou à preservação da "unidade entre os cristãos ortodoxos" e a rezar pelo "triunfo de uma paz duradoura".

"Que as feridas das divisões sejam curadas pela graça divina", concluiu.

O patriarca Kirill é um aliado do presidente russo, Vladimir Putin. Nas últimas semanas, fez declarações onde apoiou a intervenção militar de Moscovo na Ucrânia, uma posição que fragmentou a Igreja Ortodoxa a nível mundial.

Sem criticar diretamente a "operação militar" do Kremlin, o chefe da igreja russa apelou à "reconciliação de povos na Ucrânia, no Donbass, onde o sangue está a ser derramado". Tal como Putin, o patriarca Kirill já defendeu em ocasiões anteriores que os russos e ucranianos fazem parte do mesmo povo.

14h36 - Mais de 300 pessoas terão sido deportadas à força para a Rússia

Mais de 300 pessoas, incluindo 90 crianças, foram deportadas à força para a Rússia a partir de Mariupol, afirmou o assessor do prefeito da cidade de Mariupol.

No Telegram, Petro Andryushchenko adiantou que 308 pessoas foram levadas para Vladivostok no dia 21 de abril. Vladivostok fica a mais de 9.000 quilômetros a leste de Mariupol.

14h18 - Ataques russos matam dois civis na região de Lugansk

Um ataque em Zolote, Lugansk, fez duas vítimas mortais entre a população civil. Outros dois civis ficaram feridos, segundo adiantou o governador da região, Serhiy Haidai, através do Telegram. 

14h09 - Míssil atinge infraestrutura em Odessa, adiantam as autoridades locais

As autoridades locais dão conta de um ataque a Odessa este sábado, sem dar mais detalhes. "Odessa foi atingida com um ataque de míssil. Uma infraestrutura foi atingida", refere o comunicado citado pela agência Reuters.

Situada no Mar Negro, na costa sul da Ucrânia, Odessa tem sido um dos principais alvos das forças russas desde o início da invasão.

Há pouco, os enviados especiais da RTP em Odessa testemunhavam o referido ataque. António Mateus e Rodrigo Lobo ouviram várias explosões recentes na cidade.

13h40 - Críticas a Guterres no âmbito da guerra: "Passividade foi inacreditável"

O secretário-geral das Nações Unidas vai reunir-se com Vladimir Putin na próxima terça feira, mas está a ser criticado por antigos funcionários da ONU que defendem que o encontro deveria ter acontecido logo em janeiro.

Um dos antigos dirigentes, que assinam uma carta aberta, afirma que "a passividade de Guterres foi inacreditável" e admite que o secretário-geral possa estar a ser mal aconselhado.

13h00 - Apoio alemão à Ucrânia não pode arriscar segurança do país, diz o ministro

O ministro alemão das Finanças afirmou este sábado que a Alemanha deve "fazer tudo o que estiver ao seu alcance" para ajudar a Ucrânia a vencer a guerra, mas sem pôr em perigo a "própria segurança e a capacidade de defesa do território da NATO".

O responsável salienta que a Alemanha deve agir "de forma pragmática e rápida, em conjunto com os parceiros europeus".

Christian Lindner afirma que a Alemanha deve fornecer armas a Kiev mas não deve entrar na guerra em curso. A Alemanha tem sido criticada pelos responsáveis ucranianos por não ajudar o suficiente neste campo.

"Olaf Scholz é um líder responsável que avalia tudo cuidadosamente", afirmou o ministro sobre o seu chanceler.

12h24 - Bucha. Foram recolhidos e exumados 412 corpos, revela autarca

De acordo com o presidente da Câmara, Anatoly Fedoruk, um total de 412 corpos foram recolhidos e exumados em Bucha, cidade às portas de Kiev, após a retirada das tropas russas.

"Em Bucha, terminou um processo importante e difícil, a recolha e exumação dos corpos dos assassinados e mortos no território da comunidade de Bucha. O número que temos hoje é de 412", escreveu no Facebook.

Acrescenta que foram retirados 117 corpos de uma vala comum situada junto a uma igreja, incluindo os corpos de 30 mulheres e duas crianças.

A grande maioria das vítimas - cerca de três terços - era habitante da cidade de Bucha.

De acordo com o responsável local, o passo seguinte é agora identificar todas as vítimas e realizar os enterros.

12h16 - Portugal vai participar em reunião convocada pelos EUA para discutir ajuda militar a Kiev

Portugal será um dos presentes na reunião que juntará na próxima terça-feira os Estados Unidos e outros 20 países, na base militar norte-americana em Ramstein, na Alemanha, para discutir as necessidades de defesa da Ucrânia, informou fonte oficial.

Fonte da Defesa Nacional disse hoje à agência Lusa que "Portugal irá estar presente com uma delegação de alto nível" do Ministério, com elementos presencialmente. A ministra Helena Carreiras participará por videoconferência.

Na sexta-feira, fonte do Pentágono adiantou que neste encontro, promovido por Washington, participará o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, em representação da administração liderada por Joe Biden.

Pelo menos outros 20 países já confirmaram a sua presença, mas são esperados mais participantes, referiu o porta-voz do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos. John Kirby adiantou que o Pentágono convidou 40 nações e aguarda ainda mais confirmações.

Algumas das nações convidadas pertencem à NATO, embora a reunião não seja realizada sob a alçada da Aliança Atlântica porque foi decidido que esta organização não irá prestar ajuda militar à Ucrânia, apesar dos seus membros o fazerem individualmente, esclareceu o porta-voz do Pentágono.

Em agenda estará, entre outros assuntos, uma troca de informações sobre a ofensiva russa no leste da Ucrânia.

Além disso, os EUA e aliados irão abordar como as Forças Armadas da Ucrânia podem ser modernizadas para que possam enfrentar qualquer desafio, acrescentou.

Os Estados Unidos e outras 30 nações, incluindo Portugal, têm enviado ajuda militar à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

(agência Lusa)

12h08 - Exército russo atacou 11 alvos militares durante a noite

Igor Konashenkov, porta-voz do Exército russo, disse este sábado que as forças de Moscovo realizaram vários ataques com mísseis de alta precisão contra 11 alvos militares ucranianos.

Entre esses 11 alvos incluem-se sete locais de concentração de militares e equipamentos e três depósitos de munições perto de Chervonnoe.

Foram ainda realizados 66 ataques aéreos contra alvos ucranianos, inlcuindo depósitos de munições nas cidades de Aleksandrovka, Komar e Bogatyr.

Nas últimas 24 horas, o exército russo indica que realizou um total de 1.098 ataques.

11h43 - Rússia quer implementar mísseis Sarmat até ao outono

Moscovo anunciou este sábado que pretende implementar os mísseis balísticos intercontinentais Sarmat até ao outono. Estes mísseis, recentemente testados, têm capacidade para realizar ataques nucleares contra os Estados Unidos.

Dmitry Rogozin, chefe da agência Roscosmosspace, indicou à televisão estatal russa que os mísseis serão colocados numa unidade militar na região de Krasnoyarsk, na Sibéria, a cerca de 3.000 quilómetros de Moscovo.

Os mísseis em causa serão colocados nos mesmos silos onde estavam os mísseis Voyevoda durante a Guerra Fria. Esta decisão “histórica” irá garantir “a segurança dos filhos e netos da Rússia” nos próximos 30 a 40 anos, afirmou o responsável.

Na última quarta-feira, o Kremlin confirmou o primeiro teste realizado com este tipo de mísseis. O anúncio é feito numa altura de grandes tensões entre Moscovo e o Ocidente devido à invasão russa da Ucrânia, iniciada há quase dois meses.

"É verdadeiramente uma arma única que vai reforçar o potencial militar das nossas Forças Armadas, que garantirá a segurança da Rússia face às ameaças externas e que fará refletir duas vezes quem tentar ameaçar o nosso país com uma retórica ameaçadora e agressiva", declarou Vladimir Putin na última quarta-feira.

Segundo o presidente russo, o míssil balístico intercontinental de quinta geração Sarmat é capaz de "evitar todos os sistemas antiaéreos modernos".

Esta arma está incluída num conjunto de diversos mísseis apresentados em 2018 como "invencíveis" por Vladimir Putin. Entre o restante armamento, incluem-se designadamente os mísseis hipersónicos Kinjal e Avangard.

Com mais de 200 toneladas, o Sarmat é considerado mais eficaz que o seu antecessor, o míssil Voievoda, tendo um alcance até 11.000 quilómetros.

11h33 - Borodyanka, cidade carbonizada

Nos arredores de Kiev foram encontrados cadáveres com marcas de tortura e as autoridades acreditam que ainda há valas comuns por descobrir.

Borodyanka é uma cidade carbonizada, com dezenas de prédios destruídos e muitas pessoas desaparecidas. Foi lá que esteve o enviado da Antena 1 à Ucrânia, Nuno Amaral.

O repórter da rádio pública falou com um mulher que contou que além de execuções, o exército russo deixou muitos habitantes morrerem aos poucos.

11h07 - Rússia retomou ofensiva em Azovstal, diz a Ucrânia

As forças russas retomaram os ataques aéreos e estão a tentar assumir o controlo da fábrica de Azovstal, o derradeiro reduto das forças ucranianas em Mariupol.

A informação é avançada pelo assessor presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych este sábado, numa hora em que estava previsto o estabelecimento de um corredor humanitário na cidade para a retirada de civis rumo a Zaporizhzhia.

"O inimigo está a tentar estrangular a resistência final dos defensores de Mariupol na área de Azovstal", aifrmou Arestovych em declarações à televisão ucraniana.

10h49 - Guterres viaja até Moscovo e Kiev na próxima semana

Os enviados da RTP a Kiev dão mais pormenores sobre o percurso do secretário-geral da ONU na próxima semana.

António Guterres deverá sair de Moscovo ainda no dia 26 e aterrar em Cracóvia, na Polónia, no dia 27. A partir daqui irá de carro até à fronteira com a Ucrânia. A viagem até Kiev será feita de automóvel ou comboio, com passagem por Lviv.

O secretário-geral da ONU deverá chegar à capital ucraniana na manhã de 28 de abril, quinta-feira. Os detalhes da visita estão ainda a ser ultimados.

10h30 - Rússia mantém 11 aeroportos encerrados até 1 de maio

A agência federal de transportes aéreos russa prolongou por mais cinco dias o encerramento temporário de 11 aeroportos no centro e sul do país. A medida entrou em vigor há quase dois meses, a 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão militar da Ucrânia.

Os aeroportos afetados pela medida são os das cidades de Anapa, Belgorod, Bryansk, Voronezh, Guelendzhik, Krasnodar, Kursk, Lipetsk, Rostov-on-Don, Simferopol e Elistá.

O prazo anterior previa o encerramento destes aeroportos até 25 de abril.

10h01 - Rússia diz que destruiu mais de 20 armazéns com armas e equipamento militar

As forças russas destruíram nas últimas horas mais de 20 armazéns com armas e equipamento militar na Ucrânia, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo.

"A aviação operacional-tática das Forças Aeroespaciais russas realizou ataques a 66 instalações militares na Ucrânia", afirmou o porta-voz militar russo, Igor Konashenkov.

Os militares da Rússia também realizaram ataques de mísseis terrestres de alta precisão contra 11 alvos, acrescentou o responsável, citado pela agência espanhola Efe.

Os sistemas de defesa aérea russos também abateram, de acordo com Konashenkov, um avião Su-25 na região de Kharkiv, e 15 drones.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

(agência Lusa)

9h18 - "Não se deixem enganar". Ucrânia alerta para corredor paralelo dos "ocupantes"

Através do Telegram, a vice-primeira-ministra da Ucrânia alerta para informações sobre um corredor humanitário alternativo estabelecido pelas forças russas.

"Acabámos de receber informações de que os ocupantes podem estar a tentar organizar o seu próprio corredor de evacuação para a Rússia, paralelo ao nosso", indica a responsável.

Iryna Vereshchuk acrescenta que o corredor ucraniano funciona "exclusivamente na direção de Zaporizhzhia" e pede aos civis para que se mantenham "cuidadosos e vigilantes".

"Não se deixem enganar ou provocar", acrescenta na mensagem.

8h30 - Mariupol. Corredor humanitário para a retirada de civis

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, indicou que está prevista para este sábado a abertura de um corredor humanitário em Mariupol a partir das 12h00 locais (menos duas horas em Portugal Continental).

O objetivo será retirar sobretudo mulheres, crianças e idosos, indicou a responsável.
Ponto de situação


  • Zelensky avisa que invasão da Ucrânia é "só o início". O presidente ucraniano alertou às últimas horas de sexta-feira que a invasão da Ucrânia é apenas "o início" e que Moscovo planeia invadir outros países. “Todas as nações que, como nós, acreditam na vitória da vida sobre a morte devem lutar connosco. Temos de ser ajudados porque somos os primeiros desta fila. Quem virá a seguir?”, questionou Volodymyr Zelensky.

  • Preocupação na Moldova. De acordo com as agências estatais russas, Rustam Minnekayev, vice-comandante do distrito militar central da Rússia, afirmou na sexta-feira que Moscovo pretende controlar todo o sul da Ucrânia de forma a ter acesso à Transnístria. Trata-se de um território separatista pró-russo, situado na fronteira entre a Ucrânia e a Moldova, que se situa dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas como parte do território moldavo. Na sexta-feira, o Ministério moldavo dos Negócios Estrangeiros anunciou ter convocado o Embaixador da Rússia no país para expressar "profunda preocupação".  

  • Situação em Mariupol. O derradeiro contingente de combatentes ucranianos continua a defender a fábrica de Azovstal, em Mariupol. A Rússia indicou que está pronta a permitir a retirada de civis que ainda se encontrem nesta zona, mas as forças ucranianas dizem que os bombardeamentos de Moscovo ainda não cessaram. Na sexta-feira, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, indicou que "há uma possibilidade" de estabelecer um corredor humanitário este sábado em Mariupol.

  • Guterres visita Kiev e Moscovo na próxima semana. O secretário-geral das Nações Unidas vai visitar a Ucrânia na próxima quinta-feira. António Guterres vai ser recebido em Kiev pelo presidente do país, Volodymyr Zelensky, e terá uma reunião de trabalho com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba. O encontro irá acontecer dias após visita a Moscovo, a 26 de abril. Guterres estará reunido com Vladimir Putin na terça-feira e terá também uma reunião com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.