Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Cristina Sambado, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves, Inês Geraldo - RTP

Guillaume Horcajuelo/ EPA

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h55 - Joe Biden garante "apoio total e completo" às candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO

O presidente americano avisa o homólogo russo que a adesão de novos membros não ameaça nenhuma nação.

O presidente finlandês e a primeira-ministra sueca foram recebidos na Casa Branca. A Suécia diz que a Europa vive a época mais negra e que é tempo de escolher os amigos. A Finlândia mostra-se disposta a negociar o apoio turco à adesão.

Até lá, os Estados Unidos comprometem-se a defender os dois países em caso de agressão.

00h50 - George W. Bush troca Ucrânia por Iraque

O antigo presidente americano George W. Bush enganou-se e condenou a invasão "injustificada e brutal" do Iraque em vez da Ucrânia.

George W. Bush, presidente dos Estados Unidos em 2003, ordenou a invasão do Iraque dizendo que o país estaria na posse de armas de destruição maciça, que nunca foram encontradas.

Esta gaffe de Bush foi de imediato corrigida. O ex-presidente desculpou-se com a idade.

00h30 - Estados Unidos vão enviar 100 milhões de ajuda militar para Kiev

Os Estados Unidos anunciaram o envio de 100 milhões de dólares (94 milhões de euros) em equipamentos militares para a Ucrânia, após a aprovação de 40 mil milhões de dólares (37,7 mil milhões de euros) pelo Congresso norte-americano.

O mais recente pacote inclui mais 18 obuses, bem como sistemas de radar anti-artilharia.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse o material vai chegar às mãos das forças ucranianas "muito em breve".

Com esta última remessa, os Estados Unidos forneceram quase 4.000 milhões de dólares (3.779 milhões de euros) em ajuda militar desde o início do conflito russo-ucraniano, em 24 de fevereiro, e 6.600 milhões de dólares (6.235 milhões de euros) desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia.

John Kirby adiantou que os Estados Unidos vão consultar a Ucrânia, como tem feito com frequência desde a invasão, sobre quais são os equipamentos necessários.

O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje por larga maioria um pacote de 40 mil milhões de dólares de ajuda militar e humanitária para a Ucrânia enfrentar a guerra desencadeada pela invasão russa do seu território.

(agência Lusa)

23h56 - Iate de bandeira espanhola imobilizado em Palma devido a sanções contra a Rússia

A Direção-Geral da Marinha Mercante espanhola ordenou a imobilização do iate "Sasha Primero", um barco de recreio de bandeira espanhola ancorado no Clube de Mar de Palma, cujo proprietário está alegadamente abrangido pelas sanções impostas à Rússia.

O Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana informou que este navio está incluído entre os bens abrangidos pelas medidas de pressão contra oligarcas e empresas russas aprovadas pela União Europeia.

O Governo não especifica a pessoa ou empresa que detém ou controla o iate de 24 metros de comprimento, mas explica que a imobilização do iate se deve à suspeita de estar incluído entre os ativos sujeitos a sanções pela agressão militar da Rússia à Ucrânia..

"Serão recolhidas informações que confirmem a real propriedade do navio", diz o departamento liderado pela ministra Raquel Sánchez, sublinhando que o "Sasha Primero" é o quarto iate imobilizado em Espanha na sequência das represálias europeias à Rússia.

(agência Lusa)

23h45 - Combatentes ucranianos retirados de Azovstal são prisioneiros de guerra

Os combatentes ucranianos, que se encontravam no complexo metalúrgico de Azovstal e que se renderam às forças russas, são “prisioneiros de guerra” que devem ser tratados de acordo com as convenções internacionais, alertou a Amnistia Internacional.

“Os prisioneiros de guerra não devem ser submetidos a nenhuma forma de tortura ou maus-tratos e devem ter acesso imediato ao Comité Internacional da Cruz Vermelha”, salientou a Organização Não Governamental (ONG).

A retirada dos combatentes de siderúrgica sitiada pelas forças russas em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, tem causado apreensão na comunidade internacional acerca do destino dos prisioneiros nas mãos de Moscovo, que divulgou que se renderam 1.730 combatentes ucranianos que se encontravam no complexo metalúrgico de Azovstal, em Mariupol.

A Amnistia Internacional frisou ainda que "as autoridades competentes devem respeitar plenamente os direitos dos prisioneiros de guerra de acordo com as convenções de Genebra”.

A Cruz Vermelha internacional revelou hoje que registou centenas de prisioneiros de guerra ucranianos que deixaram o complexo metalúrgico de Azovstal, em Mariupol, desde terça-feira, sob um acordo entre a Rússia e a Ucrânia.

O organismo citou regras das Convenções de Genebra que devem permitir que a organização entreviste prisioneiros de guerra "sem testemunhas" e que os encontros não sejam "indevidamente restringidas". A organização não especificou quantos prisioneiros de guerra estavam envolvidos.

O Ministério da Defesa russo anunciou hoje que 1.730 soldados ucranianos escondidos na siderúrgica Azovstal em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, renderam-se desde segunda-feira.

Os dados coincidem com a estimativa anterior da Rússia de que lutava contra cerca de 2.000 soldados naquela fábrica.

Alguns foram levados pelos russos para uma ex-colónia penal em território controlado por separatistas apoiados por Moscovo.

Uma autoridade separatista adiantou que outros foram hospitalizados.

Enquanto a Ucrânia referiu que espera recuperar os soldados numa troca de prisioneiros de guerra, as autoridades russas ameaçam investigar alguns por crimes de guerra e realizar julgamentos, acusando-os de "nazis" e "criminosos".

(agência Lusa)

23h25 - Pentágono adverte que vai ser difícil retirar Rússia do Donbass

O Pentágono alertou que, apesar dos sucessos das forças ucranianas em Kharkiv, o Exército russo está a conseguir reforçar o seu controlo sobre o Donbass e o sul do país, significando que o conflito pode durar muito tempo.

As forças russas continuam a ter problemas de coesão, de moral das tropas e de logística, disse um alto funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos aos jornalistas, sem confirmar a limpeza dentro do comando militar russo mencionado por Londres.

“Vamos continuar a estar muito cautelosos sobre as nossas previsões”, acrescentou.

O alto funcionário, que pediu anonimato, indicou que os Estados Unidos estão “absolutamente determinados a fazer tudo para ajudar os ucranianos a se defenderem, inclusive treinando-os”.

“[Os ucranianos] comportam-se muito bem no campo de batalha, não têm problemas de coesão, não têm problemas de comando, a sua logística e abastecimento são realmente históricos”, observou.

“Mas os russos ainda têm à sua disposição uma parte significativa das capacidades que acumularam desde o outono” nas fronteiras da Ucrânia, sublinhou.

A entidade afirmou ainda que “a capacidade de luta não é suficiente para vencer uma guerra”, dizendo que “é preciso ter vontade de lutar e um bom caminho”.

Mas, apesar de tudo isto, “continuamos a acreditar que este conflito vai durar”, anotou.

O Exército russo, que agora concentra os seus esforços no sul da Ucrânia para construir uma ponte terrestre para ligar o território russo à península da Crimeia anexada em 2014, assumiu o controlo do porto de Mariupol após a rendição de soldados ucranianos que defendiam a siderúrgica de Azovstal.

(agência Lusa)

23h00 - Zelensky acusa Rússia de destruir Donbass 

O presidente ucraniano disse que as forças russas "destruíram completamente" a região industrial de Donbass e acusou Moscovo de fazer bombardeamentos sem sentido enquanto intensifica a ofensiva.

"Esta é uma tentativa deliberada e criminosa de matar o maior número possível de ucranianos, destruir o maior número possível de casas, instalações sociais e empresas.
O presidente da Ucrânia voltou a repetir a acusação de que a Rússia estava a perpetrar um genocídio.

De acordo com Zelensky, enquanto as forças ucranianas continuam a libertar a região de Kharkiv a leste de Kiev, a Rússia está a tentar exercer ainda mais pressão no Donbass, que fica no sudeste da Ucrânia.

"É um inferno lá - e isso não é um exagero", declarou o presidente ucraniano numa mensagem vídeo publicada durante a noite. Segundo Zelensky, 12 pessoas foram mortas no "bombardeamento brutal e absolutamente sem sentido" de Severodonetsk esta quinta-feira.

"(Há) ataques constantes na região de Odessa, nas cidades do centro da Ucrânia. O Donbass está completamente destruído", declarou.

22h45 - Administração Biden não descarta impôr sanções a países que continuam a comprar petróleo à Rússia

A secretária da Energia dos Estados Unidos não descartou a possibilidade de impor sanções a países que compram petróleo russo apesar da guerra na Ucrânia. No entanto, Jennifer Granholm disse que está a ter cuidado com os impactos nos mercados de petróleo.

Os Estados Unidos, juntamente com a Grã-Bretanha e o Canadá, proibiram a compra de petróleo russo após a invasão da Ucrânia por Moscovo. Mas Washington não impôs as chamadas sanções secundárias aos países que compram petróleo russo, ao contrário do que fez aos países que compram petróleo ao Irão.

"O governo vai tomar decisões nesse sentido (...) é a decisão deles", disse Granholm aos jornalistas em Washington.

Países como a Índia e a China continuam a comprar petróleo à Rússia, o que contribui para financiar a campanha na Ucrânia.

22h30 - União Europeia estuda maneira de utilisar bens de oligarcas russos na reconstrução da Ucrânia

A União Europeia está à procura de maneiras para usar os ativos congelados a oligarcas russos no financiamento da reconstruÇão da Ucrânia após a guerra, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"Os nossos advogados estão a trabalhar intensamente para encontrar possíveis maneiras de usar os ativos congelados dos oligarcas para a reconstrução da Ucrânia. Acho que a Rússia também deve dar sua contribuição", declarou à televisão alemã ZDF.

22h25 - Blinken acusa Rússia de usar fome como arma de guerra 

O secretário de Estado norte-americano acusou a Rússia de usar a fome como arma de guerra contra a Ucrânia e de pôr em perigo outros países devido ao seu bloqueio às exportações agrícolas ucranianas.

"O abastecimento de alimentos de milhões de ucranianos e de milhões de outras pessoas em todo o mundo está literalmente refém do exército russo", disse Anthony Blinken num debate aberto sobre conflitos e segurança alimentar, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocado pelos Estados Unidos.

Blinken acusou Moscovo de bloquear repetidamente o fornecimento de alimentos e outros bens básicos a civis presos em cidades sitiadas para "alcançar o que sua invasão não foi capaz de fazer: quebrar o espírito dos ucranianos", além de destruir armazéns de alimentos e roubar cereais e outros produtos.

Segundo o secretário de Estado, a Rússia está a violar flagrantemente a resolução do próprio Conselho de Segurança que condena esse tipo de estratégia e "é o mais recente exemplo de um Governo que usa a fome de civis para tentar avançar nos seus objetivos".

Ao mesmo tempo, Blinken lembrou que os ucranianos não são os únicos que sofrem as consequências da guerra, uma vez que o conflito está a elevar os preços dos alimentos e a agravar a crise de fome que já está a ser vivida em muitos países.

Blinken, que na quarta-feira presidiu a uma reunião ministerial sobre o assunto, exigiu mais uma vez que Moscovo pare de "bloquear os portos do Mar Negro e do Mar de Azov" para que a Ucrânia possa exportar os milhões de toneladas de cereais que tem armazenados e que são fundamentais para muitas áreas de África e do Médio Oriente.

Além disso, o secretário de Estado norte-americano acusou Moscovo de ameaçar restringir as suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes para países que criticam a sua invasão.

Nesse sentido, insistiu que as sanções impostas pelos Estados Unidos e os seus aliados à Rússia não impedem de forma alguma a venda desses produtos e disse que Washington trabalha diariamente com os seus interlocutores para deixar isso claro e para que não haja temores em continuar com essas importações.

(agência Lusa)

22h17 - Brasil pede solução pacífica para conflito

O Brasil defendeu na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a solução pacífica do conflito na Ucrânia e o respeito pelos direitos humanos.

A reunião virtual foi presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, e contou com a presença dos seus homólogos da Rússia, Sergey Lavrov; da África do Sul, Naledi Pandor; do Brasil, Carlos França; e da Índia, Subrahmanyam Jaishankar.

“O Brasil defendeu a solução pacífica e negociada do conflito, clamou pela busca urgente de solução para a crise humanitária e ressaltou a necessidade de respeito ao Direito Internacional e aos princípios da Carta da ONU”, frisou, em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Na reunião, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul expressaram ainda preocupação com a recuperação económica e a estabilidade internacional.

Na declaração conjunta, assinada também pela Rússia, pode ler-se que foi discutido as preocupações sobre a situação humanitária dentro e ao redor da Ucrânia e que os países “expressaram apoio aos esforços do Secretário-Geral da ONU, das Agências da ONU e do CICV para fornecer ajuda humanitária”.

De acordo com a declaração conjunta, os ministros instaram ao fortalecimento do sistema de controlo de armas, desarmamento e não-proliferação, “incluindo a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção e Armazenamento de Armas Bacteriológicas (Biológicas)”.

A questão da interrupção de cadeias produtivas e de graves ameaças à segurança alimentar e energética, foram também um tema importante discutido, no qual o Brasil tem mostrado preocupação, desde o início da invasão russa.

O Brasil não apoia as sanções impostas à Rússia, estando mesmo a encetar esforços para que a venda de fertilizantes russos não seja incluída nas sanções.

(agência Lusa)

22h07 - Americana Arconic Corp vende operação na Rússia

A fabricante de produtos de alumínio Arconic Corp anunciou esta quinta-feira que vai prosseguir com a venda das operações na Rússia, após uma revisão das alternativas estratégicas.

21h18 - Medvedev critica sanções "loucas"

O antigo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev criticou as sanções impostas pelo Ocidente à Rússia, depois de acusações de Anthony Blinken, alegando que os russos não estão a entregar o normal fornecimento de alimentos na Ucrânia e em muitos outros países do mundo.

Medvedev diz que é impossível fazer essa entrega com as sanções económicas que afetam o país.

21h10 - Crise alimentar global pode durar anos, diz ONU



20h49 - Zelensky considera ofensiva russa um "fracasso total" com "erros catastróficos"



20h45 - Rússia bombardeou cidades ucranianas de Bakhmut e Severodonetsk



20h41 - Perto da linha da frente há homenagens de luto



20h36 - Putin responsabiliza altas patentes por insucessos militares na Ucrânia



20h35 - Governo repúdia decisão de Moscovo expulsar diplomatas portugueses



18h57 - Rússia expulsa quatro diplomatas eslovenos da embaixada em Moscovo

A Rússia exigiu hoje que a Eslovénia retire quatro membros do corpo diplomático da embaixada eslovena em Moscovo, que devem abandonar o país em dez dias, informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

A diplomacia russa entregou ao encarregado de negócios da embaixada eslovena "uma notificação exigindo que reduza o número de funcionários diplomáticos em quatro pessoas, no prazo de dez dias", de acordo com um comunicado oficial.

Esta medida responde ao passo "hostil" dado por Liubliana, em 5 de abril, exigindo que a Rússia reduza o pessoal da sua embaixada de 41 para oito funcionários, em resposta ao massacre de civis alegadamente cometido por soldados russos em Bucha, na região de Kiev.

"Com base na reciprocidade, foi também decidido ajustar as condições de funcionamento da missão diplomática eslovena à luz da situação real em que a nossa embaixada em Liubliana se encontra", refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Moscovo também protestou junto dos representantes de Liubliana "por tentativas de culpar a Rússia por crimes de guerra na Ucrânia e por prestar assistência militar ao regime neonazi de Kiev".

(agência Lusa)

18h50 - Mais de um milhão de refugiados já regressou à Ucrânia

O embaixador ucraniano no Reino Unido revelou esta quinta-feira que mais de um milhão de refugiados que fugiram do país no início da invasão russa.

"Vemos ucranianos frustrados com desconforto e com dificuldades dos diferentes sistemas por toda a União Europeia até porque têm saudades dos seus familiares e das suas casas", disse Vadym Prystaiko em Westminster.

Os presidentes das câmaras de Kharkiv e Kiev estão a pedir para os ucranianos não regressarem, por não ser seguro e Prystaiko quer arranjar maneiras de manter os conterrâneos pela União Europeia, Estados Unidos e Canadá.

18h30 - Congresso norte-americano desbloqueia 40 mil milhões para a Ucrânia

Depois da promessa de Joe Bide de ajuda financeira à Ucrânia, o Congresso dos Estados Unidos anunciou esta quinta-feira que desbloqueou uma verba de 40 mil milhões de dólares para a Ucrânia.

O valor que vai para o país do leste Europeu vai ser aplicado em fins humanitários e fins militares. Para o dinheiro seguir, falta apenas a assinatura de Joe Biden.

18h20 - Rússia prende chefe do antigo batalhão ucraniano Aidar

A Rússia reivindicou hoje a detenção do comandante adjunto de uma unidade que pertencia ao batalhão nacionalista ucraniano Aidar, antes da sua reorganização e absorção pelo exército ucraniano, noticiou a imprensa russa.

Um tribunal em Rostov-on-Don, uma região limítrofe da Ucrânia, decretou hoje que o militar, Denis Muryga, ficará em prisão preventiva durante dois meses, de acordo com a agência noticiosa Interfax.

Segundo a fonte, Muryga, que tem nacionalidade russa e ucraniana, foi preso quando tentou atravessar a fronteira para a Rússia fazendo-se passar por refugiado, na região de Rostov, em abril.

Segundo a agência noticiosa oficial RIA Novosti, o homem é suspeito de envolvimento num grupo armado ilegal.

A Rússia também o acusa de destruir uma ponte na autoproclamada República Popular de Lugansk em 2015, no contexto do conflito armado entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos apoiados por Moscovo, e de matar guardas de milícias separatistas.

(agência Lusa)

17h56 - Mais de uma dezena de civis mortos em Severodonetsk

O chefe da administração ucraniana na região de Lugansk anunciou esta quinta-feira que a artilharia russa matou 12 civis na cidade de Severodonetsk, na região de Luhansk.

A informação foi avançada por Serhiy Haidai, da região de Luhansk. Das vítimas encontradas, duas são mulheres, que foram encontradas num prédio atingido por um míssil.

Haidai explicou que os ataques russos esta quinta-feira têm sido caóticos e que o que mais é atingido pelas forças russas são estruturas residenciais. Haidai disse também que o número de mortes ainda não é final.

17h44 - Biden diz que Finlândia e Suécia cumprem todos os requisitos para adesão

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou hoje o seu "forte apoio" aos pedidos de adesão à NATO da Finlândia e da Suécia, assegurando que estes países "cumprem todos os requisitos para entrar" na Aliança.

Biden também anunciou que iniciará ainda hoje o processo para que o Congresso dos EUA ratifique "rapidamente" os pedidos de entrada desses países nórdicos na Aliança Atlântica, requisito necessário para concluir o processo de adesão.

Depois de reunir na Casa Branca com o seu homólogo finlandês, Sauli Niinisto, e com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, o Presidente norte-americano garantiu que os seus pedidos contam com o "total apoio dos Estados Unidos".

"Esta é uma vitória para a democracia", disse Biden, referindo-se ao processo interno seguido por aqueles países na decisão de se aproximar da NATO, como resultado da invasão russa da Ucrânia.

"A Finlândia e a Suécia vão fortalecer a NATO", acrescentou Biden, que assegurou que a organização é "relevante, eficaz e mais necessária agora do que nunca", perante a "agressão" da Rússia.

Sem mencionar a oposição da Turquia à entrada de ambos os países na Aliança, Biden sublinhou que os dois países nórdicos "cumprem todos os requisitos da NATO".

(agência Lusa)

17h28 - ONU pede à Rússia e Ucrânia que retomem negociações

A ONU pediu esta quinta-feira para a Ucrânia e Rússia retomarem negociações que foram postas de parte na Turquia. O pedido é feito a partir dos contactos realizados para o resgate de civis do complexo industrial de Azovstal, em Mariupol.

Martin Griffiths disse numa entrevista que espera que a cooperação conseguida em Mariupol seja o princípio para a retoma das negociações.

"Devemos insistir na virtude do diálogo para pôr fim a esta guerra. Temos que voltar para a mesa de negociações", continuou Griffiths.

16h57 - Países do G7 comprometem-se a fornecer 18,4 mil milhões de dólares à Ucrânia

Os países industrializados do G7 comprometeram-se a atribuir 18,4 mil milhões de dólares em transferências e empréstimos para ajudar a Ucrânia, de acordo com um esboço do comunicado a que a agência Reuters teve acesso.

"Mobilizámos 18,4 mil milhões de dólares em apoio ao orçamento ucraniano, incluindo 9,2 mil milhões em compromissos recentes, para ajudar a Ucrânia a eliminar a atual lacuna de financiamento e a continuar a garantir a prestação de serviços básicos ao povo ucraniano", escreveram os ministros das Finanças do G7 no rascunho do documento.

16h52 – Chefes do Estado-Maior dos EUA e da Rússia discutiram guerra ao telefone

O chefe do Estado-Maior da Rússia, Valery Gerasimov, e o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, realizaram uma chamada telefónica esta quinta-feira, informou a agência de notícias RIA, citando o Ministério russo da Defesa.

Os dois responsáveis terão discutido questões de "interesse mútuo", incluindo a ofensiva na Ucrânia.

A chamada realizou-se seis dias depois de uma conversa telefónica entre os ministros da Defesa dos dois países, a primeira desde que a Rússia iniciou a guerra.

16h41 – Rússia ameaça tomar central nuclear de Zaporijia e sugere anexação da região

A Rússia quer retirar à Ucrânia a sua central nuclear em Zaporijia, a maior da Europa, ocupada pelo exército russo, a menos que Kiev pague a Moscovo pela eletricidade produzida, anunciou hoje o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khousnullin.

Esta declaração junta-se a outras avançadas pelas autoridades russas nas últimas semanas, sugerindo que a Rússia está a preparar uma ocupação de longo prazo ou mesmo a anexação das áreas que controla no sul da Ucrânia: a região de Kherson e uma parte significativa de Zaporijia.

“Se o sistema de energia da Ucrânia está pronto para receber e pagar, [a central] poderá regressar [às mãos] da Ucrânia. Se [a Ucrânia] não aceitar, (a central) vai passar para a Rússia”, afirmou Khousnoulline.

“Temos muita experiência com centrais nucleares, temos empresas na Rússia que têm essa experiência, não há dúvida de que (a de Zaporijia) vai continuar a funcionar”, disse.

A agência nuclear ucraniana, a Energoatom, garantiu hoje de manhã que a central nuclear continua a fornecer eletricidade à Ucrânia.

Os russos “não têm capacidade técnica para fornecer energia a partir da central nuclear de Zaporijia”, garantiu o porta-voz da Energoatom, Leonid Oliynyk, citado pela agência de notícias francesa AFP.

(Agência Lusa)


16h12 – Kremlin estava preparado para crise alimentar antes da invasão

O Kremlin disse hoje que a Rússia estava preparada desde o final de 2021 para a crise alimentar que atingiu o mundo com a eclosão do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O conselheiro do Kremlin Maxim Orechkine revelou a um fórum de jovens em Moscovo que “a principal causa da fome mundial que vai ocorrer este ano são as medidas económicas irrefletidas dos Estados Unidos e da União Europeia”, referindo-se às sanções que atingiram a Rússia, minando a sua capacidade de exportar fertilizantes e trigo.

O responsável, citado pelas agências russas, sublinhou que o presidente russo, Vladimir Putin, tinha preparado o país para as consequências de uma crise alimentar mundial já no final de 2021, ou seja, antes da ofensiva contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, que Moscovo negou estar a preparar na altura, quando os receios de um conflito já faziam disparar os preços mundiais dos alimentos.

“Vladimir Vladimirovitch [Putin] compreendeu que estas questões [alimentares] poderiam afetar a Rússia. Assim, já no final do ano passado, começámos a preparar ativamente a Rússia para a fome mundial”, vincou.

“Isto permite-nos estar confiantes”, disse hoje Orechkine.

(Agência Lusa)

16h00 – Primeiro-ministro da Ucrânia e ministros das Finanças do G7 discutem medidas para recuperar da guerra

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse esta quinta-feira ter discutido com os ministros das Finanças do G7 "medidas práticas para se recuperar das consequências da guerra".

"A Ucrânia protege todo o mundo civilizado. O apoio dos parceiros vai acelerar a nossa vitória", escreveu o responsável no Twitter. "Apesar dos esforços da Rússia para destruir a nossa economia, juntos venceremos!".

15h36 – Danos nas infraestruturas ucranianas superam 95 mil milhões de euros

As perdas diretas para a Ucrânia devido a danos nas infraestruturas causadas pela guerra superam os 95 mil milhões de euros e as perdas económicas totais aproximam-se dos 570 mil milhões de euros, segundo um estudo hoje divulgado.

Esta é a conclusão de um estudo realizado por uma equipa da Escola de Economia de Kiev (KSE) no âmbito do projeto “A Rússia Vai Pagar” com o apoio do Gabinete do Presidente da Ucrânia e dos ministérios da Economia, Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados e Infraestruturas.

“Na última semana, as perdas diretas para a economia da Ucrânia devido à destruição e danos nas infraestruturas civis e militares aumentaram em 2,94 mil milhões de dólares. Em 19 de maio, a soma total de perdas diretas documentadas nas infraestruturas situa-se em quase 97,4 mil milhões de dólares”, pode ler-se no documento.

(Agência Lusa)


15h01 – Costa diz que Rússia retaliou contra Portugal “sem motivo” mas garante que canais diplomáticos continuam abertos

O primeiro-ministro António Costa já reagiu à expulsão de cinco funcionários da embaixada portuguesa em Moscovo, numa retaliação à decisão à decisão de Lisboa de expulsar dez russos.

“O único facto relevante é ter havido dez diplomatas russos [em Portugal] que desempenhavam funções incompatíveis com o estatuto diplomático e que expulsámos em devido tempo. Hoje a Rússia entendeu que devia retaliar, sem motivo, mas a única coisa relevante é que Portugal agiu como devia agir relativamente a dez pessoas que estavam em Lisboa, acreditadas como diplomatas, e que desenvolviam outras atividades que não eram as de diplomatas”, esclareceu Costa.

O chefe de Governo assegurou, porém, que os canais diplomáticos continuam abertos. “Não cortámos relações com a Rússia, a Rússia não cortou relações com Portugal. Agora, os canais diplomáticos devem desenvolver-se através de diplomatas. Por isso é que nós procedemos à expulsão atempada de dez pessoas” que não o eram, frisou o primeiro-ministro.

14h28 – Governo russo vai ajudar novo dono da McDonald’s no país

O Governo da Rússia vai fornecer “toda a assistência necessária” ao novo proprietário da cadeia de restauração McDonald’s no país, depois de a empresa ter anunciado que iria vender todos os seus negócios nesse território.

A intenção foi avançada pelo ministro russo do Comércio, Denis Manturov, citado pela agência de notícias TASS.

Os restaurantes McDonald’s na Rússia foram vendidos ao empresário Alexander Govor, que irá reabri-los sob uma nova marca.

14h22 – Chanceler alemão nega que dar armas a Kiev cause escalada do conflito

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu hoje a decisão do seu país de fornecer armas à Ucrânia para combater a Rússia, dizendo que isso “não constitui uma escalada” do conflito.

Num discurso feito no parlamento alemão, Scholz rejeitou as preocupações levantadas por alguns setores na Alemanha sobre a possibilidade de o fornecimento de armas à Ucrânia poder provocar um conflito mais amplo.

Armar a Ucrânia foi “uma contribuição para afastar o ataque [russo] e, assim, acabar com a violência o mais rapidamente possível”, garantiu.

Scholz acrescentou que o presidente russo, Vladimir Putin, estava “enganado” ao pensar que a paz pode ser imposta à Ucrânia pela força. “Não haverá ‘diktat’ [exigência imposta pelo mais forte] de paz, porque os ucranianos não o aceitarão e nós também não”, sublinhou.

“Só quando Putin entender isso, só quando entender que não pode quebrar a defesa da Ucrânia, estará preparado para negociar a paz a sério”, referiu Scholz.

(Agência Lusa)

13h50 – Líderes do Reino Unido e da Ucrânia discutem segurança e exportações de cereais

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discutiram esta quinta-feira propostas de segurança de longo prazo para a Ucrânia e maneiras de retomar as exportações de cereais do país.

"Os líderes discutiram o progresso nas negociações e concordaram em intensificar o trabalho com aliados, incluindo EUA, França e Alemanha, para definir a arquitetura de segurança de longo prazo para a Ucrânia", disse o porta-voz de Boris Johnson após um telefonema entre os dois líderes.

"Debateram ainda opções para reabrir rotas críticas de abastecimento marítimo e terrestre para os stocks de cereais ucranianos e comprometeram-se a direcionar as suas equipas para trabalharem urgentemente nos próximos passos", adiantou.

13h39 – Kiev rejeita negociar novo cessar-fogo mas Moscovo quer continuar

O Governo ucraniano anunciou hoje que não quer negociar com a Rússia mais nenhum cessar-fogo e exigiu a retirada completa das tropas russas, enquanto Moscovo se afirmou disponível para retomar as negociações desde que Kiev o peça.

"Não nos ofereçam um cessar-fogo: é impossível sem a retirada total das tropas russas", escreveu hoje o conselheiro do Presidente ucraniano Mykhailo Podoliak e membro do grupo de negociação ucraniano na rede social Twitter.

Sublinhando que o objetivo da Ucrânia não é interromper momentaneamente a invasão do país, mas sim que o exército invasor abandone todo o território, o conselheiro de Volodymyr Zelensky garantiu que "até que [a Rússia] esteja pronta para libertar por completo" a Ucrânia, a "plataforma de negociação [dos ucranianos] são armas, sanções e dinheiro".

"A sociedade ucraniana não está interessada num novo Minsk", acrescentou Podoliak, numa referência ao protocolo assinado em 2014 para encerrar o conflito desencadeado nas regiões ucranianas pró-russas de Lugansk e Donetsk, no leste do país.

13h36 – Expulsão de diplomatas. "Rússia continua a ver Portugal com bons olhos"

O correspondente da RTP em Moscovo, Evgueni Mouravitch, explicou o que está na base da decisão do Governo russo.

13h32 – Soldado russo julgado em Kiev pede perdão

Foi retomado esta manhã, em Kiev, o julgamento do soldado russo acusado de matar um civil ucraniano. Em tribunal declarou-se culpado e pediu perdão.

No terreno os combates prosseguem, mas o Ministério britânico da Defesa diz que vários comandantes do exército russo foram demitidos por terem falhado os objetivos.

Volodymyr Zelensky diz que a invasão russa foi um erro catastrófico.

13h16 – Retirada de tropas ucranianas de Mariupol continua, diz general ucraniano

Um general ucraniano assegurou hoje que a retirada de tropas de Kiev da cidade de Mariupol continua.

"Em Mariupol estão a ser tomadas medidas para retirar os nossos heróis", disse Oleksiy Gromov, vice-chefe do Departamento Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, num briefing online.

Moscovo avançou esta quinta-feira que 1.730 combatentes ucranianos se renderam em Mariupol nos últimos três dias, incluindo 771 nas últimas 24 horas.

13h01 – Diretor da OMS conversou com Lavrov sobre a Ucrânia

O diretor da Organização Mundial da Saúde disse ter conversado com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, sobre o papel desse país nas questões globais de saúde e sobre a situação na Ucrânia.

"Solicitei acesso seguro a Mariupol, Kherson, Zaporizhzhia e outras áreas sitiadas para fornecer cuidados de saúde. Os civis devem ser protegidos", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus.

12h51 – Finlândia garante que não aceitará bases militares ou armas nucleares da NATO

A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, garante que ninguém poderá impor a instalação de bases da NATO ou o envio de armas nucleares no seu país, apesar da eventual adesão à Aliança Atlântica, numa entrevista hoje publicada.

"Ninguém virá até nós para nos impor armas nucleares ou bases permanentes, se não as quisermos. Por isso, acho que a questão não se coloca. Não me parece que haja interesse em colocar armas nucleares ou abrir bases militares na Finlândia", disse a chefe de Governo finlandesa, numa entrevista hoje publicada pelo jornal italiano Corriere della Será.

Sobre a oposição de Ancara à entrada na NATO da Finlândia e da Suécia, Marin reafirmou que, "nesta fase, é importante manter a calma, conversar com a Turquia e com todos os outros países membros, responder a quaisquer dúvidas que possam existir e corrigir quaisquer mal-entendidos".

(Agência Lusa)

12h41 - Erdogan reforça oposição à entrada da Finlândia e Suécia na NATO

O presidente turco afirmou aos aliados que rejeitará a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. Num vídeo publicado na sua conta Twitter, Tayyip Erdogan reforça a oposição turca.

“Vamos continuar com a nossa política de forma determinada. Temos dito aos nossos aliados que diremos não à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO”, afirmou Erdogan.


12h25 - Moscovo emite mandado de captura a dois efetivos do Batalhão Azov

A Rússia incluiu dois comandantes do Batalhão Azov numa lista de busca e captura por terem supostamente atentado contra a vida de pelo menos oito soldados russos na região de Kherson, noticiou hoje a agência Interfax.

De acordo com a informação, trata-se de Serguei Velichko e de Konstantin Nemichev, sendo que os nomes dos dois homens constam a partir de hoje da lista de pessoas procuradas pelo Ministério do Interior da Rússia.

Para as autoridades russas os dois homens estão supostamente envolvidos num atentado contra oito efetivos militares da Rússia no sul da Ucrânia.

(Agência Lusa)

11h58 – Moscovo diz que abertura de portos na Ucrânia exigiria revisão das sanções à Rússia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou esta quinta-feira que, para responder ao apelo das Nações Unidas de reabrir o acesso aos portos ucranianos no Mar Negro, teria de ser considerada a eliminação das sanções contra a Rússia.

A Ucrânia, um dos maiores produtores de cereais do mundo, costumava exportar a maior parte dos seus produtos através dos portos marítimos, mas desde que a Rússia enviou tropas para a Ucrânia foi forçada a exportar por comboio ou através de pequenos portos no rio Danúbio.

O responsável da ONU para a alimentação, David Beasley, lançou na quarta-feira um apelo ao presidente russo, Vladimir Putin: "Se tem coração, por favor, abra esses portos".

O Programa Alimentar Mundial da ONU alimenta cerca de 125 milhões de pessoas e compra 50 por cento dos seus cereais à Ucrânia.

11h43 - Ponto de situação

  • A Rússia diz que mais 700 combatentes ucranianos se renderam na siderurgia Azovstal, em Mariupol, nas últimas horas. O Comité Internacional da Cruz Vermelha está a registar todos os soldados que abandonam as instalações.

  • Moscovo decidiu expulsar cinco funcionários da embaixada portuguesa, dando-lhes um prazo de 14 dias para abandonarem o país. O Governo português já repudiou a decisão que “não tem qualquer justificação que não seja a simples retaliação”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

  • O presidente Joe Biden vai hoje reunir com os líderes da Suécia e Finlândia, depois de estas nações terem apresentado a candidatura à NATO.

  • O secretário-geral da ONU, António Guterres, diz estar em “intenso contacto” com a Rússia, Ucrânia, Turquia, Estados Unidos e União Europeia numa tentativa de restaurar as exportações de cereais ucranianos, num momento em que se antecipa uma crise alimentar global.

  • O Reino Unido vai aplicar novas sanções ao setor aéreo russo para impedir que as companhias Aeroflot, Ural Airlines e Rossiya Airlines vendam os seus slots (espaços para aterragem e descolagem de aviões) não utilizados em aeroportos britânicos.

11h30 – Crise alimentar pode acabar em "agitação social e violência", avisa FMI

A diretora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou hoje que a insegurança alimentar vivida em muitos países, aliada à alta inflação, leva a situações de fome, "que muitas vezes desencadeia agitação social e violência".

Kristalina Georgieva alertou que "a invasão da Ucrânia pela Rússia precipitou uma série de consequências económicas e sociais pelo mundo", sendo uma das mais preocupantes o corte nos fornecimentos de cereais e fertilizantes, e o aumento dos preços do petróleo, uma situação particularmente grave para os países africanos.

"Com a inflação a atingir os níveis mais elevados em décadas, os rendimentos dos agregados familiares mais vulneráveis nos países de baixo e médio rendimento ficam em risco grave de insegurança alimentar, e a história mostra-nos que a fome muitas vezes desencadeia agitação social e violência", alertou a líder do FMI.

(Agência Lusa)

11h00 – Portugal repudia decisão russa de expulsar funcionários da embaixada em Moscovo

“A embaixadora de Portugal em Moscovo foi esta manhã chamada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, tendo sido informada da expulsão de cinco funcionários da embaixada, que terão de abandonar a Rússia no prazo de 14 dias”, disse o MNE português em comunicado.

“O Governo português repudia a decisão das autoridades russas, que não tem qualquer justificação que não seja a simples retaliação. Ao contrário dos funcionários russos expulsos de Portugal, estes funcionários nacionais levavam a cabo atividades estritamente diplomáticas, em absoluta conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, acrescentou.

10h48 – Rússia expulsa cinco funcionários da embaixada portuguesa em Moscovo

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acaba de anunciar a decisão de expulsar cinco funcionários da embaixada portuguesa em Moscovo. Os funcionários terão de abandonar o país no prazo de 14 dias.

A medida de retaliação surge depois de, no mês passado, Lisboa ter decidido expulsar dez russos de Portugal.

10h37 – Suíça reabre embaixada em Kiev após dois meses e meio

A Suíça vai reabrir a sua embaixada em Kiev, pelo que cinco funcionários (incluindo o embaixador) vão regressar à capital já nos próximos dias, anunciou hoje o Departamento Suíço dos Negócios Estrangeiros.

A decisão da reabertura, tomada com base numa “análise profunda à segurança” no terreno, chega dois meses e meio depois de a embaixada ter sido temporariamente encerrada devido à ofensiva russa na Ucrânia.

10h23 - Reino Unido sanciona companhias aéreas russas para as impedir de vender slots

O Reino Unido vai aplicar novas sanções ao setor aéreo russo para impedir que as companhias Aeroflot, Ural Airlines e Rossiya Airlines vendam os seus slots (espaços para aterragem e descolagem de aviões) não utilizados em aeroportos britânicos.

“Já fechámos o nosso espaço aéreo às companhias aéreas russas. Hoje garantimos que estas não podem lucrar com os seus slots nos nossos aeroportos”, vincou a secretária britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, em comunicado.

O governo britânico estima que os slots russos valham 50 milhões de libras.

10h15 - Adesão à UE. Kiev denuncia "tratamento de segunda" por "certas capitais"

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, denunciou esta quinta-feira um "tratamento de segunda" de "certas capitais" devido à candidatura ucraniana para a adesão à União Europeia.

“A ambiguidade estratégica sobre a perspetiva da Ucrânia na Europa, praticada por algumas capitais da UE nos últimos anos, falhou e deve acabar. Isso só ajudou a encorajar Putin”, escreveu o responsável no Twitter, acrescentando que o “tratamento de segunda da Ucrânia magoa os sentimentos dos ucranianos”.


As declarações chegam depois de o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter dito não ser a favor de dar à Ucrânia um "atalho" para a adesão à UE.

9h50 – Costa adverte que "desafio global" da Rússia estende-se ao continente africano

O primeiro-ministro advertiu hoje, em Bucareste, que o "desafio global" representado pela Rússia em termos de segurança coletiva coloca-se na fronteira leste europeia, mas também se estende ao próprio continente africano.

Esta posição de António Costa foi transmitida em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo romeno, Nicolae Ciucâ, após os dois países terem assinado um acordo de cooperação na área da Defesa.

Na resposta a uma questão colocada por uma jornalista romena sobre a presença militar portuguesa na Europa de Leste, António Costa sustentou que "Portugal tem um vasto compromisso com a NATO, com a União Europeia e com as Nações Unidas de utilização das forças nacionais destacadas em diferentes territórios".

(Agência Lusa)

9h34 – Ucrânia louva nomeação de embaixadora dos EUA em Kiev

A Ucrânia enalteceu hoje a decisão do Senado norte-americano de nomear Bridget Brink como a nova embaixadora de Washington na Ucrânia.

“Louvamos a decisão unânime do Senado de aprovar Bridget Brink como a embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia”, escreveu o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, no Twitter.

Desde 2019 que Kiev não acolhia um embaixador norte-americano.

9h23 - Kiev diz que Rússia falhou objetivos militares no leste do país

O Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse hoje que as forças russas falharam nas últimas horas objetivos militares, especialmente no leste do país, onde concentram a atual ofensiva.

"As forças de ocupação russas empreenderam operações ofensivas e de assalto em quatro frentes orientais e não tiveram êxito", disse o Estado Maior das Forças Armadas de Kiev numa nota publicada hoje no Facebook.

O "comando russo" que atua nas zonas ocupadas de Donetsk pretende mobilizar estudantes universitários para que participem em ações de combate devido à falta de outros reservistas, referem os responsáveis militares ucranianos.

Em Donetsk e na região de Lugansk, as Forças Armadas da Ucrânia reclamam ter neutralizado 16 ataques russos e destruído oito tanques, 16 veículos blindados especiais e seis carros de transporte de tropas.

Os militares ucranianos dizem ainda que nas últimas 24 horas os sistemas de mísseis antiaéreos derrubaram um avião de combate e um míssil de cruzeiro russos.

(Agência Lusa)

9h05 - Azovstal. Mais de 1.700 soldados ucranianos renderam-se, segundo a Rússia

O Ministério russo da Defesa afirma, no Telegram, que, desde segunda-feira, se renderam 1.730 soldados ucranianos até agora entrincheirados no complexo siderúrgico de Mariupol.

Nas últimas 24 horas, ter-se-ão rendido 771 combatentes, dos quais 80 com ferimentos.

"Aqueles que precisam de tratamento recebem assistência em instituições médicas" de Novoazovsk e Donetsk, no leste da Ucrânia.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha adianta ter registo de "centenas" de prisioneiros de guerra ucranianos que abandonaram, nos últimos dias, a Azovstal.

8h49 - O alerta de Guterres para a fome no mundo

António Guterres alerta para o risco de uma ampla crise de fome no mundo, em consequência da guerra na Ucrânia. O número de pessoas em situação insegurança alimentar severa cresceu de 135 milhões para 276 milhões.
O secretário-geral das Nações Unidas mostra-se preocupado com os conflitos armados, a pandemia e as alterações climáticas.

Palavras deixadas numa reunião com diplomatas de vários países em Nova Iorque, antes da reunião do Conselho de Segurança prevista para esta quinta-feira.

8h31 - Candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO. "É uma opção livre"

Em visita à Roménia, o primeiro-ministro português referiu-se aos pedidos de adesão à NATO da Finlândia e da Suécia como "uma opção livre de dois Estados soberanos".
"Dois Estados que contribuirão seguramente para o reforço da Aliança Atlântica e que são, aliás, um sinal de uma das dimensões importantes de uma derrota estratégica que a Rússia está a sofrer", vincou António Costa.

"Quando pensava que enfraqueceria a União Europeia e dividiria a NATO, a verdade é que tem a União Europeia sabido demonstrar uma união reforçada e a NATO tem vindo a reforçar-se, designadamente agora com o pedido de adesão da Suécia e da Finlândia", acentuou.

"A verdade é que os Estados-membros têm todos a necessidade aprovar esta adesão e seguramente encontrarão o espaço de diálogo diplomático adequado para ultrapassar as divergências ou as dúvidas que existam em relação a esta adesão e, tal como tem acontecido ao longo da história, a NATO sairá reforçada desse pedido adesão", completou Costa, referindo-se às reticências do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

8h29 - António Costa na Roménia

A cumprir uma visita à Roménia, onde está posicionado um contingente militar português, o primeiro-ministro começou por assinalar "a forma tão positiva como ao longo das últimas décadas" o país anfritrião "tem contribuído para o desenvolvimento" de Portugal.

António Costa elogiou a integração romena "no seio da NATO e no seio da União Europeia". E manifestou apoio à integração da Roménia no espaço Schengen.
"Identificámos vários domínios novos de cooperação bilateral, na área económica e na área de energia", enfatizou o governante, para adiante referir a cooperação militar.

"A nossa fronteira de segurança começa na Roménia", fez ainda notar o primeiro-ministro.

8h18 - Londres atribui à Rússia "cultura de encobrimento e de bodes expiatórios"

O recente relatório dos serviços de informações militares do Reino Unido aponta uma "cultura de encobrimento e de procura de bodes expiatórios" no seio da estrutura militar da Federação Russa: "Muitos oficiais envolvidos na invasão da Ucrânia serão, provavelmente, cada vez mais distraídos por esforços para evitar culpabilidade pessoal nas contrariedades operacionais da Rússia".



8h05 - Bombardeamento sobre cidade russa

Um bombardeamento sobre uma cidade no sudoeste da Rússia, na linha de fronteira com a Ucrânia, provocou pelo menos um morto e vários feridos, adianta o governador da região de Kursk.

"Outro ataque inimigo em Tyotkino, ocorrido ao amanhecer, infelizmente terminou em tragédia. De momento sabemos da morte de pelo menos um civil", indicou Roman Starovoyt, atribuindo assim responsabilidade às forças ucranianas.

Na plataforma Telegram, o mesmo responsável disse ainda que outras pessoas ficaram feridas, encontrando-se a receber tratamento.

A vítima mortal terá sido um motorista de pesados que fazia entregas a uma destilaria atingida "repetidamente", de acordo com Roman Starovoyt.

7h58 - Biden recebe Niinisto e Andersson

O presidente norte-americano prepara-se para receber, em Washington, o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson. Os três líderes vão discutir os dossiers de adesão à NATO de ambos os países escandinavos.

A Administração Biden está ao lado de suecos e finlandeses neste processo. Se as objeções da Turquia forem ultrapassadas, a NATO passará a ter 32 países-membros.

"Acolho calorosamente e apoio fortemente as candidaturas históricas da Finlândia e da Suécia à NATO", declarou Joe Biden num comunicado divulgado na quarta-feira pela Casa Branca.

7h49 - Lei marcial prorrogada na Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prolongou por 90 dias a lei marcial no país.
Recorde-se que, ao abrigo desta lei, os homens entre os 18 e os 60 anos não podem sair da Ucrânia, uma vez que podem ser chamados para combater.

7h23 - Ponto de situação


  • Moscovo afirma ter capturado mais de 900 soldados ucranianos que se encontravam entrincheirados no complexo siderúrgico Azovstal, em Mariupol. Estes combatentes, indicam as autoridades russas, foram enviados para uma "colónia-prisão" em território controlado pelas tropas da Rússia.

  • As autoridades ucranianas afirmam, por sua vez, que esperam poder trocar os combatentes retirados da Azovstal por soldados russos capturados no teatro de guerra. Todavia, o destino dos derradeiros defensores de Mariupol continua a ser incerto.

  • Denis Pushilin, um dos líderes separatistas pró-Rússia, estima que haverá ainda mais de um milhar de militares ucranianos no interior da siderurgia de Mariupol.

  • Na mais recente mensagem noturna, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, clamou que a invasão russa constitui "um fracasso absoluto".

  • Os líderes do G7 reúnem-se esta quinta-feira ba Alemanha. O grupo que agrega os países mais industrializados dedicar-se-á a discutir modalidades de apoio económico para a Ucrânia. Isto apesar da inflação galopante quer na Europa, quer nos Estados Unidos.

  • As Nações Unidas voltam a advertir para o risco de uma ampla crise alimentar nos próximos meses, em consequência da invasão russa da Ucrânia. O secretário-geral da ONU declarou que a insegurança alimentar nos países mais pobres já começou a acentuar-se com a escalada dos preços. António Guterres advertiu mesmo que a escassez de alimentos pode perdurar "durante anos", caso as exportações ucranianas não sejam repostas a breve trecho.

  • Em Portugal, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou que o primeiro-ministro, António Costa, vai visitar a Ucrânia - uma informação que o Governo tentava manter em segredo por questões de segurança. "O presidente anunciou, está anunciado", reagiu o chefe do Governo, sustentando que não há segredos entre Belém e São Bento.