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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito entre Irão e Israel ao minuto

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h10 - Marcelo elogia papel "incansável" de Guterres e desvaloriza saída de embaixadora

O Presidente da República elogiou hoje o papel “incansável” do secretário-geral das Nações Unidas na mediação da crise alimentar causada pela guerra na Ucrânia, e desvalorizou a saída da embaixadora deste país em Portugal.

No final de um evento de boas-vindas no âmbito da Conferência dos Oceanos da ONU, que arranca na segunda-feira em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a audiência em que recebeu António Guterres, hoje à tarde, e no final da qual o secretário-geral das Nações Unidas adiantou que "tem havido intensos contactos" para desbloquear a exportação de produtos alimentares da Ucrânia.

“O secretário-geral da ONU tem feito um esforço muito grande para ir mediando, em domínios sensíveis como esse, com persistência, com paciência, e na expectativa de que seja possível acorrer à situação de muita gente que está dependente daquilo que é uma origem de bens alimentares básicos”, afirmou o chefe de Estado.

Questionado se a saída da embaixadora da Ucrânia em Portugal, conhecida no sábado, muda alguma coisa nas relações de Portugal com este país, respondeu negativamente.

“Eu acho que não muda nada, cada país é livre de escolher os seus embaixadores, há rotações periódicas. Chamo a atenção para o facto de, quando eu entrei nestas funções no primeiro mandato [em março de 2016], já era a embaixadora nomeada pelo presidente ucraniano anterior”, realçou.

(agência Lusa)

21h30 - Ataque a Kiev semeia de novo o medo na capital ucraniana

Os enviados especiais da RTP a Kiev contam como o ataque da última madrugada à capital ucraniana está a levar a população a abandonar novamente a cidade. Muitos deslocam-se para outras cidades que consideram mais seguras dentro do território ucraniano.

20h20 - Guterres não acredita em negociação de paz entre Rússia e Ucrânia no curto prazo

Em entrevista à RTP por ocasião da Cimeira dos Oceanos, que vai decorrer esta semana em Lisboa, o secretário-geral das Nações Unidas admitiu que não acredita numa solução política ou numa negociação de paz entre a Rússia e a Ucrânia "no presente momento".

Diz que a guerra na Ucrânia tem desviado as atenções da questão das alterações climáticas e que “há quem tente aproveitar a situação para voltar a investir nos combustíveis fósseis”.

"Se tivessemos investido nas últimas décadas em energias renováveis não estavamos na situação em que estamos", conclui António Guterres.
O secretário-geral das Nações Unidas indicou ainda que há negociações a decorrer com Turquia, Rússia e Ucrânia sobre a crise alimentar. Guterres está otimista em como será possível reunir todos os países oara resolver a questão da exportação de cereais.

19h05 -  ONU em "intensos contactos" para desbloquear a exportação de alimentos

O secretário-geral da ONU diz que estão a ser feitos “intensos contactos” para que a exportação de cereais ucranianos seja feita de forma segura. Considera que o problema da insegurança alimentar é "absolutamente dramático".
Em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, António Guterres reconheceu a grande preocupação com a situação de segurança alimentar no contexto da guerra na Ucrânia.

18h20 - Líderes europeus fazem troça de Putin no G7. "Temos de mostrar que somos mais duros"

A agência Reuters conta este domingo que vários líderes do G7 mostraram-se unidos não só no apoio à Ucrânia mas também no escárnio em relação ao presidente russo.

Numa cimeira do G7 que decorre por estes dias em Elmau - em plenos Alpes e num domingo de calor intenso - o primeiro-ministro britânico Boris Johnson questionou se os participantes poderiam tirar o casaco ou mesmo retirar mais peças de roupa.
"Todos nós temos de mostrar que somos mais duros do que Putin", afirmou Johnsnon em tom jocoso.

Logo de seguida, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também brincou: "Vamos fazer o número dele, a cavalo com o peito à mostra".

"Oh sim, andar a cavalo é do melhor", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Desde que chegou ao Kremlin, o presidente russo sempre valorizou a imagem atlética e desportista, tendo sido fotografado pela própria máquina de propaganda de Moscovo sem camisa e a andar a cavalo.

16h03 - Chanceler alemão manifesta preocupação do G7 com situação económica global

O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou hoje a "preocupação compartilhada" pelo G7, grupo das sete maiores potências mundiais, face à "situação económica" global, sobretudo por causa da subida da inflação e da crise energética, efeitos da guerra na Ucrânia.

"Partilhamos desta preocupação", disse após a primeira sessão dos líderes do G7, mas também sublinhou "a confiança" de que os líderes do grupo saberiam lançar dali "a mensagem necessária de coesão" face à situação criada pela "brutal agressão" lançada pelo presidente russo Vladimir Putin contra a Ucrânia.

Scholz, como anfitrião da cimeira do G7, explicou que, durante a primeira sessão do encontro, a reunião de hoje, os líderes dos países mais ricos (Alemanha, Estados Unidos, Itália, França, Japão, Canadá e Reino Unido) debateram questões relacionadas com a economia global e destacaram a necessidade de coordenar a sua ação em relação aos mercados de energia.

"Todos os Estados do G7 estão preocupados com a crise que temos que enfrentar agora. Em alguns países, as taxas de crescimento estão a cair, a inflação está a subir, o combustível é escasso, as cadeias de suprimentos estão bloqueadas", reconheceu o chanceler alemão.

"Não são todos pequenos desafios, os que estamos enfrentando e, portanto, temos que agir juntos e assumir as nossas responsabilidades", afirmou Scholz num breve resumo da primeira reunião de trabalho dos líderes do G7.

O chanceler alemão garantiu que confia "muito" na capacidade dos países mais ricos, representados no G7, de coordenarem os seus esforços para combater as consequências do impacto económico que a invasão russa da Ucrânia está a causar.

Scholz afirmou que a cimeira de Elmau pretende enviar "um sinal muito claro e determinado" nesse sentido.

Mas o chanceler alemão também se referiu especificamente à necessidade de promoção de investimentos e o desbloqueio das cadeias de suprimentos "conjuntamente, conforme necessário", como forma de resolver os problemas enfrentados pela economia global.

O ministro das Relações Exteriores anunciou que os líderes do G7 ainda planeiam abordar hoje aspetos relacionados com investimento em infraestruturas e que o farão de maneira "ampla", citando como exemplos as conexões ferroviárias e as redes elétricas.

"Mas acima de tudo, naturalmente, tem a ver com infraestruturas relacionada com a saúde", acrescentou Scholz.

(agência Lusa)

15h36 - G7 pondera novas sanções contra a Rússia

O presidente norte-americano, Joe Biden, em tweet citado pela AFP anunciou que, "em conjunto, o G7 vai anunciar que proibiremos [importações de] o ouro russo, uma fonte importante de exportações, o que privará a Rússia de milhares de milhões de dólares".

Boris Johnson, por seu lado, garantiu que o embargo ao ouro russo atingirá "directamente os oligarcas russos e atacará o coração da máquina de guerra de Putin"

O chanceler alemão Olaf Scholz, anfitrião da cimeira, afirmou que Putin não estava à espera de uma tal unidade entre os membros do G7.

14h53 - Moscovo diz ter visado e atingido uma oficina de produção de mísseis em Kiev

O Ministério russo da Defesa, em comunicado citado pelo AFP, desmente ter atingido uma zona residencial de Kiev e afirma que visou a oficina de produção de mísseis "Artiom" que terá sido o alvo, "enquanto infraestrutura militar".

O mesmo comunicado sustenta que os danos mostrados num edifício de habitação foram causados por um míssil da defesa antiaérea ucraniana.

13h50 - Cimeira do G7 reúne na Alemanha com Ucrânia em pano de fundo

13h25 - Bombardeamentos estarão relacionados com candidatura da Ucrânia à União Europeia

13h10 - Kiev atingida durante a madrugada por 14 mísseis russos
12h35 - Moscovo diz ter atingido centro de treino militar perto da fronteira polaca

A Rússia anunciou hoje ter atingido três centros de treino militar no norte e no oeste da Ucrânia, incluindo um perto da fronteira com a Polónia, ataques realizados nas vésperas de uma cimeira da NATO.

O Ministério da Defesa russo referiu que os bombardeamentos foram realizados com "armas de alta precisão das forças aeroespaciais russas e mísseis Kalibr (cruzeiro)", cita a agencia de notícias France-Presse.

Entre os alvos atingidos está um centro de treino militar para as forças ucranianas no distrito de Starytchi, na região de Levi, a cerca de 30 quilómetros da fronteira polaca.

No sábado, a Rússia disse que matou "até 80" combatentes polacos, num bombardeamento no leste da Ucrânia.

As autoridades russas removeram a bandeira da Polónia de um memorial erguido em memória de milhares de polacos massacrados pelos soviéticos. A decisão surge no auge das tensões entre Moscovo e Varsóvia desde o lançamento da ofensiva russa contra a Ucrânia, no final de fevereiro.

12h00 - G7- Charles Michel defende corte de "oxigénio" à máquina financeira da Rússia

11h38 - Biden diz que os bombardeamentos contra Kiev são uma prova de "barbárie"

O presidente norte-americano declarou hoje na Alemanha que os bombardeamentos desta madrugada contra Kiev e outras cidades ucranianas relevam da "barbárie", segundo citação da AFP.

11h37 - Johnson adverte Macron contra tentativa de solução negociada neste momento

Em encontro à margem da cimeira do G7, o primeiro-ministro britânico adevertiu o presidente francês contra qualquer veleidade de alcançar neste momento uma solução negociada para a guerra na Ucrânia, que apenas prolongaria a "instabilidade mundial"..

Segundo citação da Agência France Press, ambos concordaram em em considerar "que se trata de um momento crítico para a evolução do conflito e que seria possível inverter o curso da guerra", tendo também concordado em reforçar o apoio militar à Ucrânia.

Segundo um porta-voz do Governo britânico, Boris Johnson "sublinhou que qualquer tentativa para resolver o conflito agora só viria causar uma instabilidade duradoura e dar a Putin o direito de manipular para sempre os países soberanos e os mercados internacionais".

10h14 - Ucrânia pede ao G7 mais sanções contra a Rússia

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, pediu aos países do G7 que reajam aos disparos de mísseis russos na madrugada de hoje intensificando as sanções contra a Rússia e fornecendo mais armamento pesado à Ucrânia.

Segundo citação da Reuters, Kuleba disse no Twitter: "às 7h de hoje uma criança ucraniana estava a dormir placidamente em Kiev, quando veio um míssil russo e lhe rebentou a casa. Muitos mais na Ucrânia estão a ser bombardeados. A cimeira do G7 tem de responder com mais sanções contra a Rússia e mais armas pesadas para a Ucrânia".

10h07 - Biden apela à unidade de G7 e NATO face à invasão da Ucrânia

À entrada para uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, o presidente norte-americano declarou, segundo citação da Agência France Press, que Vladimir Putin esperava que "duma forma ou doutra, a NATO e o G7 se dividissem. Mas não o fizemos, nem vamos fazê-lo".

09h47 - Grécia liberta navio russo com petróleo iraniano apresado em abril

O navio russo "Pegas" transportando petróleo iraniano fora apresado em 19 de abril em frente de ilha de Ebeia, a pedido de um tribunal norte-americano. O tribunal reclamava também a entrega das 115.000 toneladas de petróleo iraniano aos Estados Unidos.

Os motivos invocados pelo tribunal norte-americano tinham que ver tanto com as sanções contra a Rússia, devido à guerra na Ucrânia, como com as sanções contra o Irão. Mas um tribunal grego ordenou em 6 de junho a libertação do navio.

Fonte diplomática grega citada pela agência France Press manifestou a esperança de que dois petroleiros gregos sequestrados pelo Irão em represália sejam igualmente libertados.

09h44 - Ucrânia central. Explosões em Cherkasy, capital regional

09h36 - Mais duas explosões foram ouvidas na parte sul de Kiev

09h28 - Boris Johnson ao G7: custo de uma vitória russa na Ucrânia seria incomportável

Discursando na abertura da cimeira do G7, na manhã de hoje, domingo, o primeiro-ministro britânico afirmou, segundo citação da agência Reuters: "Para defender essa unidade [do Ocidente] para fazê-la funcionar, é preciso levar a cabo discussões muito, muito honestas sobre as implicações do que está a passar-se, sobre as pressões que certos amigos e parceiros estão a sofrer".

E acrescentou: "Mas o preço de recuar, o preço de permitir que Putin tenha êxito, que ocupe partes enormes da Ucrânia, que prossiga o seu programa de conquista, esse preço será muito, muito mais elevado. Todos aqui compreendem isto".

09h23 - Pelo menos quatro explosões em Kiev foram causadas por mísseis russos

Mísseis russos atingiram um edifício de habitação e uma creche no centro de Kiev às primeiras horas de hoje, domingo, afirmaram funcionários ucranianos.

Segundo a agência Reuters, registaram-se pelo menos quatro explosões e um incêndio deflagrou no edifício residencial de nove andares, no bairro central de Shevchenkivskiy, segundo fontes da protecção civil.

As equipas de socorro retiraram do edifício uma menina de sete anos, com vida, e estão a tentar retirar a sua mãe. Segundo o autarca de Kiev, Vitali Klitschk, há ainda pessoas no edifício e várias foram já hospitalizadas.

Segundo o chefe da polícia de Kiev, Ihor Klymenko, há cinco feridos.

09h00 - 80% dos militares ucranianos de Severodonetsk mortos ou feridos
08h41 - Um morto e um ferido nos bombardeamentos de Kiev esta madrugada

A RTP assistiu ao resgate de uma mulher, mãe de uma família que ficou sob os escombros


08h10 - Explosões atingem Kiev de madrugada

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse que várias explosões foram sentidas esta madrugada na capital ucraniana.

As explosões terão ocorrido no distrito de Shevchenkivsky, onde os serviços de emergência foram resgatar e evacuar os moradores, avançou o autarca na plataforma Telegram.

Jornalistas da agência France Presse confirmaram pelo menos quatro explosões em Kiev, por volta das 06:30 de hoje (04:30 em Lisboa), meia hora após se terem ouvido sirenes antiaéreas na capital, que não era atingida pelos bombardeios russos há quase três semanas.

As explosões atingiram um complexo residencial perto do centro da cidade e causando um incêndio e uma nuvem de fumo. Não há até ao momento informações sobre eventuais vítimas.

Estas explosões ocorreram apesar de as forças russas se terem retirado da região próxima a Kiev, em maio, para concentrar a sua ofensiva no leste da Ucrânia.

As autoridades ucranianas avançaram ainda que as tropas russas "dispararam de forma massiva" contra Kharkiv durante a noite, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Moradores da segunda maior cidade da Ucrânia confirmaram várias explosões por volta das 23 horas de sábado (21 horas em Lisboa), bem como uma nova série de explosões a partir da meia-noite.

08h00 - Zelensky vai pedir ao G7 mais apoio militar face a "chuva de mísseis"

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que irá pedir mais assistência militar na cimeira do G7, que começa hoje, perante o que chamou de "chuva de mísseis" russos.

O líder ucraniano acrescentou que irá reiterar nas cimeiras do G7 e da NATO que os atuais pacotes de sanções contra a Rússia são insuficientes.
Ponto da situação


  • A cidade de Severedonetsk passou este sábado na totalidade para o controlo russo. As tropas ucranianas recuaram para terreno mais favorável na cidade vizinha de Lyssychanks, onde têm ocorrido combates rua a rua. A maioria dos civis da área conseguiu fugir em comboios de evacuação.

  • O presidente ucraniano promete recuperar todas as cidades ucranianas perdidas para o exército russo no leste do país

  • O diretor dos serviços de informação ucranianos afirma que a Rússia está já a recorrer a reservas para repor os seus contingentes da Ucrânia e a fazê-lo de forma oculta

  • Os presidentes da Rússia e da Bielorrússia, Vladimir Putin e Alexander Lukashenko, velhos aliados, reuniram-se em São Petersburgo e Putin acedeu enviar, a pedido do líder bielorrússo, mísseis com capacidade de transportar ogivas nucleares e, se for necessário, adaptar os caças que tem vendido a Minsk para transportar armamento nuclear

  • Este domingo começa a reunião do G7 em Elmau, na Baviera, na Alemanha, que irá durar até terça-feira. O país anfitrião já pediu que a reunião seja uma manifestação de apoio à Ucrânia, apesar das dificuldades criadas pelos cortes de grás oriundo da Rússia, que poderão significar a paralisação de parte da indústria alemã este inverno.

  • O Reino Unido anunciou ainda antes do G7 que está pronto a garantir novos empréstimos da Ucrânia junto do Banco Mundial, no valor de 525 milhões de dólares, para um total em 2022 superior a 1.5 mil milhões de dólares