Putin exorta Macron a "superar desconfiança mútua"

por RTP
Presidente russo congratulou Emmanuel Macron pela vitória nas presidenciais francesas Ivan Sekretarev - Reuters

O Presidente russo já enviou um telegrama ao recém-eleito Presidente francês, Emmanuel Macron, congratulando-o pela vitória. Vladimir Putin afirma estar pronto para um trabalho construtivo, unindo esforços com a França para assegurar a estabilidade e a segurança internacionais.

O líder russo fala na missiva de um momento especialmente difícil: “Os cidadãos de França confiaram-lhe a liderança do país num tempo difícil para a Europa e para toda a comunidade mundial”.O encontro entre Putin e Marine Le Pen durante a campanha foi visto como uma demonstração de apoio à candidata da extrema-direita. No entanto, o Kremlin refutou essa interpretação.

O aumento das ameaças do terrorismo e dos extremismos militantes é acompanhada pelo escalar de conflitos locais e pelo desestabilizar de regiões”, pode ler-se no telegrama, de acordo com o Kremlin.

“Nestas condições, é especialmente importante superar a desconfiança mútua e unir esforços para assegurar a estabilidade internacional e a segurança”, disse Putin a Macron.

Por sua vez, o Presidente norte-americano usou, como habitualmente, a rede social Twitter para reagir. Donald Trump felicita Emmanuel Macron e diz estar ansioso para trabalhar com o novo Presidente francês.


Hillary Clinton, candidata derrotada das presidenciais norte-americanas, evocou também no Twitter uma "vitória para Macron, para a França, para a União Europeia e para o mundo".

Do outro lado do Atlântico chegaram ainda felicitações do primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, falando de uma "agenda progressista para promover a segurança internacional".
Europa congratula-se
Os responsáveis europeus foram dos primeiros a reagir à eleição do centrista Emmanuel Macron, saudando “uma vitória” para a Europa.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sustentou que Macron Presidente significa que os franceses escolheram um “futuro europeu”.

O presidente do Conselho Europeu saudou a decisão dos franceses em defesa dos valores da “liberdade, igualdade e fraternidade”.

Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu, felicitou igualmente Macron: “Contamos com uma França no coração da Europa para a mudarmos juntos e a aproximar dos cidadãos”.

“Uma vitória para uma Europa forte e unida e para uma amizade franco-alemã”, declarou Steffen Seibert, porta-voz de Angela Merkel.

Mais tarde, a chanceler alemã veio prometer a Macron ajuda no combate ao desemprego, comprometendo-se a trabalhar em conjunto para promover a estabilidade europeia.

Em conferência de imprensa em Berlim, Merkel disse que o novo Presidente francês “carrega a esperança de milhões de franceses, de muitos alemães e de toda a Europa”. “Ele levou a cabo uma corajosa campanha pró-Europa, defende a abertura ao mundo e está comprometido com uma economia de mercado social”, acrescentou a chanceler.

A primeira-ministra britânica Theresa May “felicita calorosamente” Emmanuel Macron, declarou um porta-voz, citado pela RTL.


No Twitter, o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, festejou a vitória de Macron, dizendo que “há esperança para a Europa”.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, realça "uma inspiração para a França e para a Europa", enquanto Mariano Rajoy, chefe do Governo espanhol, realça a necessidade de uma "Europa estável, próspera e mais íntegra".

Varsóvia espera uma “nova abertura” com Paris. A primeira-ministra da Polónia Beata Szydlo endereçou a Macron uma mensagem oficial em que afirma contar com uma “nova abertura nas relações bliaterais, tanto no plano político como económico”, depois de um arrefecimento das relações entre os dois países nos últimos meses do mandato de François Hollande.

As felicitações chegam de vários países, desde a Ucrânia ao Brasil. O Presidente chinês Xi Jinping quer levar a parceria estratégica franco-chinesa a um nível superior, enquanto o primeiro-ministro japonês refere que a vitória de Macron foi simbólica contra as tendências protecionaistas e "mostra um voto de confiança na UE".
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