Mundo
Guerra no Médio Oriente
Quatro italianos em liberdade. Ativistas da flotilha levados para prisão no deserto do Negev
Os mais de 470 ativistas da Flotilha Global Sumud detidos pelas forças israelitas foram transferidos para uma prisão no deserto de Negev, no sul de Israel, avançou esta sexta-feira a equipa jurídica que apoia a missão humanitária. Quatro parlamentares italianos que integraram a iniciativa foram entretanto libertados.
Loubna Yuma, advogada da Adalah, a equipa jurídica da flotilha, disse à agência de notícias EFE que os ativistas foram levados para a prisão de Saharonim, de onde serão provavelmente deportados para os países de origem.
Na quinta-feira, o presidente da República português confirmou que a embaixadora e o cônsul português em Israel vão encontrar-se com os ativistas detidos. Marcelo Rebelo de Sousa revelou à RTP que vão ser apresentadas duas hipóteses aos cidadãos portugueses.
“Vai ser apresentada uma escolha aos detidos: ou assinam um documento dizendo que saem com a sua concordância do território de Israel, e aí Israel cobre as despesas dessa saída o mais rápido possível, ou preferem a outra via, que é ficarem em território israelita, e nessa medida iniciar o processo que conduz à intervenção de um juiz”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa.O Governo italiano adiantou que os ativistas desse país deverão ser deportados em dois voos fretados na segunda e terça-feira.
Mais de 400 militantes pró-palestinianos a bordo de 41 navios de uma flotilha de ajuda à Faixa de Gaza foram detidos pelas forças navais israelitas, confirmou na quinta-feira um responsável israelita.
"Durante uma operação, que durou cerca de 12 horas, o pessoal da Marinha israelita conseguiu impedir uma tentativa de incursão em grande escala, realizada por centenas de pessoas a bordo de 41 navios que tinham declarado a sua intenção de violar o bloqueio marítimo legal sobre a Faixa de Gaza", explicou o mesmo responsável.
Entre os detidos estão quatro portugueses: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse na quinta-feira esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi “executada”.Último barco da flotilha intercetado
O barco Marinette estava a menos de 100 quilómetros da costa do enclave palestiniano ao início da manhã desta sexta-feira, de acordo com a geolocalização divulgada. Pouco depois, surgiu no site como "intercetado".
Milhares de pessoas manifestaram-se em vários países europeus na quinta-feira, incluindo em Portugal, para denunciar a interceção da flotilha pelas forças navais israelitas.
Em Lisboa, mais de mil manifestantes marcaram presença num protesto para exigir a libertação dos cidadãos portugueses detidos por Israel, em embarcações com ajuda humanitária da Flotilha Global Sumud.
O protesto, organizado pelo movimento de solidariedade com a Palestina, começou em frente à Embaixada de Israel.
Na quinta-feira à noite, mais de cem pessoas transferiram o protesto para o Mude, onde decorreu o debate promovido pela RTP entre os candidatos à Câmara de Lisboa, obrigando ao corte da Rua Augusta em ambos os sentidos.
c/ Lusa
“Vai ser apresentada uma escolha aos detidos: ou assinam um documento dizendo que saem com a sua concordância do território de Israel, e aí Israel cobre as despesas dessa saída o mais rápido possível, ou preferem a outra via, que é ficarem em território israelita, e nessa medida iniciar o processo que conduz à intervenção de um juiz”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa.O Governo italiano adiantou que os ativistas desse país deverão ser deportados em dois voos fretados na segunda e terça-feira.
Mais de 400 militantes pró-palestinianos a bordo de 41 navios de uma flotilha de ajuda à Faixa de Gaza foram detidos pelas forças navais israelitas, confirmou na quinta-feira um responsável israelita.
"Durante uma operação, que durou cerca de 12 horas, o pessoal da Marinha israelita conseguiu impedir uma tentativa de incursão em grande escala, realizada por centenas de pessoas a bordo de 41 navios que tinham declarado a sua intenção de violar o bloqueio marítimo legal sobre a Faixa de Gaza", explicou o mesmo responsável.
Entre os detidos estão quatro portugueses: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse na quinta-feira esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi “executada”.Último barco da flotilha intercetado
Um último barco da flotilha que prosseguia ainda a sua viagem, segundo os dados disponibilizados no portal da Global Sumud na Internetm foi intercetado ao início da manhã desta sexta-feira.
Pouco antes, a organização da flotilha tinha anunciado que a embarcação Marinette continuava a navegar mas que esperava ser intercetada em breve. "Ela sabe o que a espera", escreveu nas redes sociais.
O barco Marinette estava a menos de 100 quilómetros da costa do enclave palestiniano ao início da manhã desta sexta-feira, de acordo com a geolocalização divulgada. Pouco depois, surgiu no site como "intercetado".
"Se o barco se aproximar, a sua tentativa de entrar numa zona de combate ativa e quebrar o bloqueio será igualmente impedida", tinha já garantido o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel na quinta-feira.
No mesmo dia, um vídeo divulgado nas redes sociais revelou o ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben Gvir, a apontar para os ativistas da flotilha e a exclamar "são terroristas".
Mais de mil pessoas manifestaram-se em LisboaMilhares de pessoas manifestaram-se em vários países europeus na quinta-feira, incluindo em Portugal, para denunciar a interceção da flotilha pelas forças navais israelitas.
Em Lisboa, mais de mil manifestantes marcaram presença num protesto para exigir a libertação dos cidadãos portugueses detidos por Israel, em embarcações com ajuda humanitária da Flotilha Global Sumud.
O protesto, organizado pelo movimento de solidariedade com a Palestina, começou em frente à Embaixada de Israel.
Na quinta-feira à noite, mais de cem pessoas transferiram o protesto para o Mude, onde decorreu o debate promovido pela RTP entre os candidatos à Câmara de Lisboa, obrigando ao corte da Rua Augusta em ambos os sentidos.
c/ Lusa