Reportagem

Reino Unido homenageia Isabel II. Carlos III é o novo Rei

por RTP

Sarah Meyssonnier - Reuters

Começa agora um período com vários procedimentos a assinalar o luto pela morte da rainha Isabel II, que duram dez dias. No momento em que a rainha morreu, o trono passou imediatamente e sem cerimónia para o herdeiro, Carlos, o até aqui príncipe de Gales. Esta sexta-feira foi marcada por muitos momentos de homenagem à Rainha Isabel II e pela primeira comunicação ao Reino Unido do novo rei, Charles III. Reveja aqui os principais momentos.

Mais atualizações

21h20 - Por todo o mundo as palavras são de dor e de elogios à Rainha Isabel II e ao seu longo reinado. Nos reinos da Commonwealth, na Ucrânia ou na Rússia, todos lamentam a morte de um símbolo.

21h03 - Netflix suspende sexta temporada de "The Crown"

A Netflix suspendeu temporariamente as filmagens da sexta temporada da série 'The Crown' devido à morte da rainha Isabel II, que é a figura central no programa.

O serviço de streaming disse que a produção foi suspensa "por respeito" pelo monarca, que morreu quinta-feira aos 96 anos após 70 anos no trono. As filmagens também serão interrompidas no dia do funeral da rainha, adiantou a Netflix.

Claire Foy ganhou dois Emmys e um Globo de Ouro por interpretar a rainha Isabel II como uma jovem que de repente se tornou rainha aos 25 anos.

Olivia Colman assumiu o papel na terceira e quarta temporadas e Imelda Staunton vai interpretar a monarca na quinta, que deverá estrear em novembro.

A próxima temporada deverá abranger eventos do início e meados da década de 1990, incluindo o divórcio do príncipe Carlos e da princesa Diana.

20h48 - Múltiplas homenagens a Isabel II em todo o Reino Unido

Por todo o Reino Unido, em memória de Isabel II, ouviram-se salvas de tiros e o repicar de muitos sinos de igrejas. Multidões e autênticos tapetes de flores cresceram à volta de Buckingham, Windsor ou do castelo de Balmoral.

20h39 - Fragata da Marinha britânica em Troia presta homenagem com 96 salvas

O navio inglês apelidado de "Fragata da Rainha", da Marinha real britânica, que está em Troia, distrito de Setúbal, prestou esta tarde homenagem à rainha Isabel II realizando 96 salvas, anunciou a Marinha portuguesa.

Numa nota enviada à imprensa, o ramo escreve que o `HMS Lancaster`, da Marinha real britânica, "prestou esta tarde em Troia uma homenagem à Rainha Isabel II realizando 96 salvas, a idade da monarca que faleceu esta quinta-feira, dia 08 de setembro".

"O navio inglês, um dos meios que irá participar no exercício REPMUS22, chegou ontem [quinta-feira] a Troia, onde se localiza o Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM)", para participar neste exercício militar, "cuja fase de mar tem início na segunda-feira", escreve o ramo.

O `HMS Lancaster` é apelidado de a "Fragata da Rainha" devido ao título de Duque de Lancaster que a rainha também possuía, lê-se na nota.

De acordo com a Marinha, na cerimónia de homenagem estiveram "todos os participantes que já se encontram no CEOM e que irão estar presentes no maior exercício que se realiza em Portugal dedicado à experimentação robótica e de veículos não-tripulados".

Este exercício é co-organizado pela Marinha Portuguesa, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), pelo `Centre for Maritime Research and Experimentation` (CMRE) e pela `NATO Maritime Unmanned Systems Initiative` (NATO MUSI).

(Agência Lusa)

20h35 - Presidente angolano destaca "firmeza" da monarca que edificou "nação pujante"

João lourenço assinou o livro de condolências pela morte da Rainha Isabel II, aberto da embaixada britânica em Luanda, considerando que a monarca se "destacou pela sua firmeza" e contribuiu para a "edificação de uma nação pujante".

João Lourenço e a primeira-dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, renderam homenagem à Rainha Isabel II, que morreu na quinta-feira aos 96 anos, manifestando sentidas condolências.

Para o Presidente angolano, o reinado de sete décadas da Rainha Isabel II "marcou para sempre o povo britânico, ao qual serviu, contribuindo para sua edificação como uma nação pujante, cujo processo serve de referência para todos os povos a nível global".

No livro de condolências, João Lourenço escreveu que "este fatídico acontecimento deixa um enorme vazio no mundo e determina o fim da era de uma monarca que se destacou pelo seu dinamismo e firmeza".

"E que entra para a história deixando um legado de estabilidade e união", lê-se na nota, estendendo as condolências, em seu nome e do executivo.

20h34 - Corpo de Isabel II continua no castelo de Balmoral

Embora decorram por todo o país homenagens à rainha, o centro das homenagens é Balmoral, onde se encontra ainda o corpo de Isabel II.


20h27 - Isabel II foi homenageada em missa com duas mil pessoas

Na Catedral de São Paulo celebrou-se uma missa em honra da rainha. Dois mil britânicos puderam assistir à cerimónia onde esteve também presente a primeira-ministra britânica.

20h24 - Presidente de Cabo Verde destaca "exemplo de perseverança e liderança"

José Maria Neves lamentou a morte da Rainha Isabel II, destacando o seu "exemplo de perseverança e liderança" e considerando que foi "uma verdadeira fonte de inspiração".

"Foi com enorme tristeza e imenso pesar que recebi a notícia do passamento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. Ela marca de forma indelével a história do Reino Unido e do Mundo, pelo seu exemplo de perseverança e liderança ao longo dos seus 70 anos de reinado, e pelo constante progresso do seu povo. Uma verdadeira fonte de inspiração", escreveu o chefe de Estado cabo-verdiano, numa carta enviada ao Rei Carlos III.

Na carta, José Maria Neves apresentou, em nome do povo cabo-verdiano e em seu nome próprio, "as mais profundas e sentidas condolências por esta irreparável perda, sentimentos extensivos ao povo britânico".

20h22 - Primeiro-ministro de Cabo Verde salienta "caráter, habilidade e presença singulares" de Isabel II

Ulisses Correia e Silva manifestou as suas "profundas condolências" pela morte da Rainha Isabel II, salientando o seu "caráter, habilidade e presença singulares".

"Sua Majestade era uma monarca de caráter, habilidade e presença singulares", escreveu o chefe do Governo, numa carta enviada à primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss.

"Além da duração sem precedentes de seu reinado, estavam as maneiras extraordinárias pelas quais ela inspirou e se conectou a seus súbditos, juntamente com tantos membros da comunidade internacional. Em todo o mundo e mesmo durante os tempos mais turbulentos, ela era um farol de estabilidade, graça e humildade", completou.

O primeiro-ministro expressou ainda "os mais calorosos votos" ao Rei Carlos III, augurando que o seu reinado seja longo e próspero.

20h19 - Treino de Carlos para ser rei foi hoje posto à prova pela primeira vez

20h17 - Parlamento britânico homenageou rainha falecida

20h15 - "Mulher irrepetível que serviu a coroa até ao fim"

O embaixador português José de Bouza Serrano evocou, em declarações à agência Lusa, a Rainha Isabel II, que morreu na quinta-feira aos 96 anos, como "uma mulher irrepetível", que "serviu a coroa até ao fim".

"Ninguém é eterno, mas ela esteve bem até ao fim: cumpriu o seu juramento, serviu o seu país e a coroa até ao fim (...) Tornou-se um ícone e é uma mulher irrepetível, fez a transição entre dois séculos, em 70 anos", declarou o diplomata, durante muitos anos chefe de Protocolo do Estado e autor de um livro intitulado "A Viúva de Windsor - Histórias da História do Longo Reinado de Isabel II", uma edição da Oficina do Livro, chancela do grupo LeYa, que será publicado a 27 de setembro.

Segundo Bouza Serrano, é claro que, "tratando-se de uma monarquia constitucional - embora nem sequer tenha uma Constituição escrita, apenas uma Carta Magna" -, o poder da monarca "era sobretudo simbólico".

"Ela era informada das questões em agenda em caixas vermelhas que lhe eram diariamente enviadas pelo Governo, recebia os primeiros-ministros em audiências semanais em Buckingham e deu posse a 15, incluindo a atual, Liz Truss, dois dias antes de morrer", resumiu.

"E lidou com alguns (primeiros-ministros) bastante matreiros, como Churchill", que logo a informou de que a sua residência oficial não poderia ser Clarence House, que ela e o marido haviam acabado de renovar a seu gosto, mas o palácio de Buckingham, como definira a Rainha Vitória, e "onde se perdiam nos corredores", comentou.

Isabel II "foi também notável", porque embora não tenha sido desde o início educada para ascender ao trono - o que só aconteceu porque o seu tio, Eduardo VIII, abdicou para casar com uma divorciada norte-americana, Wallis Simpson, e o irmão, Alberto, se tornou rei, adotando o nome de Jorge VI -, "ela era considerada pelas 'nannies' uma menina com muita autodisciplina e, embora talvez a irmã, a princesa Margarida, fosse mais inteligente, como era mais vivaça e irreverente, não serviria para cumprir o papel de futura rainha", disse o embaixador à Lusa.

Mas, recordou Bouza Serrano, tinha 25 anos quando foi apanhada de surpresa, no Quénia, pela notícia da morte do pai, em 1952, por isso, o facto de ser "uma jovem mulher muito disciplinada não significa que estivesse minimamente preparada para o que a esperava": não tinha grande instrução ou cultura -- "na altura, achava-se suficiente que as mulheres aristocratas soubessem ler e escrever, conhecessem uma língua estrangeira e pouco mais" -, mas rapidamente se apercebeu das suas lacunas e arranjou tutores para lhe ensinarem tudo o que não sabia e pensava que precisava de saber sobre o mundo e sobre o poder.

Como chefe de Estado de 15 nações e líder da Commonwealth, que reúne 53 países, ao longo de mais de 70 anos de reinado - o mais longo de um monarca britânico e o segundo mais longo da história do mundo, a seguir ao rei francês Luís XIV - "desempenhou de forma brilhante o seu papel, o que não quer dizer que não tenha também cometido erros, alguns deles graves, mas de todos eles se tendo redimido", segundo o diplomata português.

O primeiro grande erro ocorreu em 1966, quando uma mina de carvão no País de Gales causou um deslizamento de terra que soterrou parte da aldeia de Aberfan, incluindo a escola primária, que se encontrava cheia de crianças em período de aulas, 116 das quais morreram, além de 28 adultos.

Isabel II "levou oito dias a deslocar-se lá, mas foi bem recebida e assumiu o seu erro, pelo qual pediu desculpa", relatou Bouza Serrano.

Outro erro foi a imposição ao filho primogénito de "uma jovem fidalga virgem e ingénua" - Diana Spencer - para casar, em vez de Camilla Shand, por quem Carlos estava apaixonado, "de origem plebeia".

"É claro que o casamento de Carlos e Diana foi infeliz, porque indesejado por uma das partes, mas cumpriu o objetivo pretendido: produziu dois príncipes herdeiros, William e Harry", observou.

Quando, já após o divórcio, Diana morreu, num acidente de viação em Paris, em 1997, pelo qual muitos súbditos culparam a monarca britânica, Isabel II foi apanhada de surpresa pela reação de pesar de gigantescas proporções e pelo amor e admiração que os britânicos tinham por aquela que passaram a designar como "Princesa do Povo", apesar de ela já nem sequer ostentar esse título e "ser fotografada em público com namorado atrás de namorado, o que também não era bem-visto por Buckingham, por se tratar da mãe dos herdeiros da coroa", comentou.

De acordo com Bouza Serrano, Isabel II "cometeu, nessa altura, um grande erro", porque demorou vários dias após o acidente que vitimou Diana a regressar do castelo escocês de Balmoral, onde se encontrava com os netos William e Harry, a Londres, e a dirigir-se aos súbditos num discurso transmitido pela estação pública BBC, mas quando o fez, instada pelo então primeiro-ministro, Tony Blair, também se redimiu "e fez um belo discurso", segundo o diplomata.

Para o filho primogénito, de 73 anos, que agora lhe sucede como Carlos III, deixou tudo preparado: desde a transferência da liderança da Commonwealth, a comunidade de 53 países formada pelas ex-colónias do Império Britânico, até à atribuição do estatuto de rainha consorte à sua segunda mulher, Camilla, de 75 anos - vontade que deixou expressa num testamento redigido há sete meses.

"Foi extraordinário, ela não deixou isso para ele, que era juiz em causa própria, e portanto resolveu tudo, com uma sobriedade, com uma elegância, com uma dedicação - porque, no fundo, as monarquias são isso mesmo, é a pessoa preparar o seu herdeiro e reforçar a coroa. E ela fez isso, e fê-lo magistralmente", frisou.

No fundo, prosseguiu, "agora vamos assistir novamente a uma coroação, o Rei Carlos, estou convencido de que ficará mais ou menos cerca de um ano até ser coroado, mas já está em funções, porque é imediato, é: A rainha morreu, viva o rei!".

"Mas há muita coisa para mudar, até as coisas mais simples, desde os selos até aos tribunais, à jurisdição do rei, as caixas vermelhas que levam os documentos do Governo e eram entregues diariamente à mãe e agora serão a ele - tudo isso vai passar a ter uma cifra diferente: ele será Carolus Tertius Rex", explicou o diplomata.

Questionado pela Lusa sobre se haverá mais membros da Commonwealth a quererem abandonar a comunidade, agora que a Rainha Isabel II morreu, Bouza Serrano respondeu: "Estou convencido de que Carlos, para já, não terá problemas com a Commonwealth".

"Agora, muitos querem procurar o seu caminho de independência", como a Jamaica, que é independente do Reino Unido desde 1962, e onde Carlos "foi levar a mensagem da rainha e assistir à passagem para uma República, disse o diplomata, acrescentando que "é inevitável" que alguns dos países membros "queiram transformar-se em Repúblicas, mas podem continuar no seio da Commonwealth".

Quanto à chefia da Igreja Anglicana, em vez de a assumir, seguindo as passadas da mãe, Carlos III poderá querer tomar um rumo diferente, observou o diplomata português, por estar consciente de que "o Reino Unido é agora um país multicultural e multirreligioso".

(Agência Lusa)

20h11 - Novo rei já falou à nação e ao mundo

20h01 - O presidente norte-americano, Joe Biden, já anunciou que estará presente no funeral da rainha Isabel II.

19h56 - Marcelo deseja felicidades a Carlos III que inicia reinado em condições "muito difíceis"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, desejou hoje, em nome dos portugueses, felicidades ao novo monarca do Reino Unido, Carlos III, considerando que inicia o seu reinado em condições "muito difíceis".

Em declarações aos jornalistas no Rio de Janeiro, onde hoje terminou uma visita oficial ao Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "a felicidade do Reino Unido será a felicidade de Portugal e a felicidade da aliança entre Portugal e o Reino Unido".


O filho primogénito de Isabel II - que tem 73 anos, os mesmos que Marcelo Rebelo de Sousa - vai ser proclamado rei no sábado, com o nome Carlos III.

O chefe de Estado português observou que "curiosamente, Carlos II foi casado com uma portuguesa, Catarina de Bragança, há muitos séculos".

"Queria formular em nome de todos os portugueses as maiores felicidades naquilo que ele definiu como a dedicação integral ao Reino Unido, aos países de que também é chefe de Estado e à comunidade britânica nos anos que restam da sua vida", afirmou.

"Eu queria desejar essa felicidade sabendo que as condições em que inicia o reinado são muito difíceis, ele o disse, muito difíceis, comparando com as condições do início do reinado da rainha Isabel II", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Hoje, na sua primeira declaração ao país como monarca, Carlos III recordou a sua mãe, Isabel II, que morreu na quinta-feira aos 96 anos, com emoção como uma "inspiração e exemplo" para toda a família real britânica.

Carlos III comprometeu-se a "defender os princípios constitucionais no coração" do Reino Unido como fez a sua mãe.

Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e teve um reinado de 70 anos, iniciado em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o irmão abdicou.

c/ Lusa

19h43 - Embaixador britânico em Portugal expressa profunda tristeza

O embaixador do Reino Unido em Portugal, Chris Sainty, expressou hoje profunda tristeza pela morte da rainha Isabel II, manifestando um "tremendo orgulho e gratidão" pela oportunidade de ter servido a monarca.

"Durante vários dias iremos lamentar a perda da nossa adorada rainha, no meu caso com profunda tristeza, mas também com tremendo orgulho e gratidão pela oportunidade de a servir, sempre inspirado pelo seu serviço à nossa nação", realçou Chris Sainty através da rede social Twitter.

Numa mensagem de "sinceras condolências" à família real, o embaixador britânico em Portugal recordou que a monarca "era amada por muitos em Portugal".

Chris Sainty agradeceu ainda as "inúmeras amáveis, atenciosas e comoventes mensagens que recebemos de pessoas de todo o país".

Também a Embaixada do Reino Unido em Portugal expressou através do Twitter uma mensagem de condolências pela morte da rainha Isabel II.

Até 16 de setembro, entre as 10:00 e 16:00, estará na embaixada britânica em Lisboa e no vice consulado em Portugal um livro de condolências para os que queiram prestar homenagem, acrescentou.

(Agência Lusa)

19h37 - Rei Carlos III discursa e promete servir o povo do Reino Unido

O Rei Carlos III promete dar continuidade à função da mãe. Na primeira intervenção que fez, esta tarde, como monarca, Carlos III prometeu servir o povo do Reino Unido o resto da vida.

Numa mensagem ao país e à Commonwealth, o monarca lembrou a mãe, Isabel II, e prometeu cumprir os valores constitucionais do país.

O rei confirmou que a sua mulher, Camila, adota o título de Rainha Consorte e anunciou que William passará a ser o novo príncipe de Gales, designação que era de Carlos, antes de subir ao trono.

18h00 - Rei Carlos III discursa à nação

O herdeiro do trono britânico iniciou o discurso elogiando a personalidade da mãe, Isabel II, afirmando que a sua vida foi uma inspiração, pelo amor à tradição, pelo humor, pela dedicação constante, pelo espírito de sacrifício e pelo calor humano, e dizendo-se profundamente desgostoso com a sua perda.

Carlos III sublinhou também a continuidade das funções régias e a responsabilidade que passa agora para as suas mãos, numa sociedade que se tornou mais multicultural. Disse também que, no meio de inúmeras peripécias, "a nossa nação floresceu e prosperou", e que "os nossos valores permaneceram e devem permanecer constantes".

Comprometeu-se ainda com os princípios constitucionais do país e com o cumprimento dos seus deveres de monarca, não deixando de mencionar os que envolve a posição de chefe da Igreja anglicana, inerentes à chefia do Estado, e afirmando a sua própria confissão anglicana.

Referiu-se ainda à sua própria família e ao tempo de mudança por que está a passar, sem omitir uma menção à "rainha consorte", Camilla, de quem disse que também irá cumprir os deveres correspondentes.


16h32 - Carlos III teve a primeira reunião com Liz Truss

O novo rei britânico reuniu-se hoje pela primeira vez com a primeira-ministra Liz Truss, soube-se por um comunicado do Palácio de Buckingham.

14h15 - Carlos III já está no palácio de Buckingham

O novo chefe do Estado já chegou ao palácio de Buckingham, em Londres.

O rei foi recebido por uma multidão às portas do palácio, que Carlos III cumprimentou, na companhia da rainha consorte, Camila.

O monarca deverá reunir-se com a primeira-ministra Liz Truss antes do primeiro discurso à nação, pelas 18h00.

14h05 - Líderes políticos sublinham a força da personalidade de Isabel II


Os líderes políticos de todo o mundo sublinham a força da personalidade de Isabel II e a marca singular de um reinado de setenta anos.


13h51 - MNE português assinou livro de condolências

O ministro dos Negócios Estrangeiros português já assinou o livro de condolências na Residência do Embaixador britânico em Portugal.

13h43 - Carlos III já aterrou em Londres

O avião que transportava o rei Carlos III acabou de aterrar numa base aérea próxima de Londres, em Northolt.

O monarca deverá reunir-se com a primeira-ministra Liz Truss antes do primeiro discurso à nação, pelas 18h00.

13h40 - Multidão em Londres para recordar Isabel II

São cada vez mais as pessoas que se juntam no palácio real para prestar homenagem à Rainha.
13h19 - Salva de tiros em homenagem a Isabel II

Em Hyde Park e na London Bridge são 96 tiros de canhão que se escutam, um por cada ano da vida de Isabel II.

13h14 - Theresa May recorda sentido de humor e humanidade de Isabel II

No seu discurso perante o Parlamento, durante uma sessão de homenagem à rainha Isabel II, a antiga primeira-ministra britânica Theresa May recordou várias histórias que mostravam o verdadeiro humor britânico da monarca.

"A rainha esteve sempre interessada no seu povo. Quando entrava numa sala, as caras dos presentes iluminavam-se e o seu sorriso magnífico colocava logo as pessoas à vontade", descreveu May.

A primeira-ministra britânica destacou ainda o sentido de Estado, de dever e serviço por parte da monarca.

13h06 - O calendário dos próximos dias

  • Carlos será oficialmente proclamado Rei na manhã de sábado, anunciou hoje o Palácio de Buckingham, indicando que a cerimónia começará às 10h00. A cerimónia irá decorrer no Palácio de Saint James, em Londres.

  • Ainda antes, Carlos III falará pela primeira vez ao país como monarca. O discurso será transmitido na televisão a partir das 18h00.

  • Segundo o protocolo da proclamação, ativado na sequência da morte da rainha, o Conselho de Ascensão, integrado pelos conselheiros reais, é dividido em duas partes. Na primeira parte, refere o protocolo, o Conselho Privado, sem a presença do rei, proclamará o soberano e aprovará formalmente várias ordens consequentes, incluindo os preparativos para a proclamação.

  • Na segunda parte, o rei passará a liderar o Conselho Privado, onde fará uma declaração, lerá e assinará o juramento para defender a segurança da Igreja na Escócia e aprovará Ordens no Conselho que facilitem a continuidade do governo.

  • Ao Conselho de Adesão segue-se a Proclamação Principal, que será lida às 11h00 locais (a mesma hora em Portugal) na varanda no Palácio de Saint James. A Proclamação será lida pelo Rei das Armas da Jarreteira, acompanhado pelo Cone Marechal, por outros oficiais de armas e pelos sargentos de armas. Esta será a primeira leitura pública da Proclamação.

  • Tal como indica o protocolo, a segunda Proclamação será lida na cidade de Londres, no Royal Exchange, às 12h00. Outras Proclamações serão lidas na Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales às 12h00 do dia seguinte, domingo.

12h57 - Boris Johnson prestou homenagem a Isabel II no Parlamento britânico

O ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, discursou esta manhã no Parlamento britânico, durante uma sessão de homenagem à rainha Isabel II.

Boris Johnson enalteceu as qualidades da rainha, descrevendo-a como "a pedra angular do Estado britânico".
"Foi assim, com o seu humor e com o sentido histórico, que a tornaram Isabel, a Grande", disse Johnson.

12h38 - Rei Carlos III será oficialmente proclamado novo monarca no sábado

O rei Carlos III será oficialmente proclamado novo monarca do Reino Unido numa reunião do Conselho de Ascensão no Palácio de St James no sábado, confirmou o Palácio de Buckingham esta sexta-feira.

A reunião do Conselho está agendada para as 9h00 e terá duas partes. Na primeira, Carlos III será proclamado rei e irá assinar um juramento para defender a segurança da Igreja na Escócia.

Após a reunião, às 10h00, haverá a chamada “Proclamação Principal”, que será lida a partir da varanda com vista para o Friary Court no Palácio de St James.

O rei Carlos III iniciará, depois, o périplo por todo o Reino Unido.

12h27 - Liz Truss diz que Isabel II foi "uma das maiores líderes que o mundo já conheceu"

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, prestou esta sexta-feira uma homenagem no Parlamento à falecida rainha Isabel II, descrevendo-a como "uma das maiores líderes que o mundo conheceu" e "a maior diplomata" do Reino Unido.

“Apenas com 25 anos, num país ainda com a sombra da guerra, conseguiu transformar o Reino Unido numa nação dinâmica. O Reino Unido é o país excelente que é, a Commonwealth é a comunidade que é por causa dela”, realçou Truss.

"As suas palavras de sabedoria deram-nos força nos momentos mais difíceis. Nos momentos mais sombrios da pandemia, ela deu-nos esperança", disse a recente eleita chefe do governo, que irá ser recebida esta tarde pelo rei Carlos III.

12h22 - Sinos tocam em todo o Reino Unido em memória de Isabel II

Os sinos das igrejas tocaram em todo o Reino Unido esta sexta-feira pelas 12h00 em homenagem à rainha Isabel II.

Os sinos da Abadia de Westminster, da Catedral de São Paulo e de outras igrejas do país, bem como os do Castelo de Windsor, assinalaram a morte de Isabel II com 96 badaladas, uma por cada ano da rainha.

11h54 - Para os franceses, Isabel II foi "A" rainha, diz Macron

Isabel II foi tão importante que incorporou a imagem da realeza, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, numa mensagem em vídeo publicada no Twitter dirigida aos britânicos.

"Para vocês, ela era a vossa rainha. Para nós, ela era A rainha", disse Macron.


"A sua morte deixa-nos com uma sensação de vazio", disse o presidente francês, um dia após a morte da rainha de Inglaterra.

11h25 - Carlos III já saiu de Balmoral

O rei Carlos III já deixou o Castelo de Balmoral, onde ele e outros membros da família real se reuniram após a morte da rainha Isabel II, de acordo com uma testemunha da Reuters.

Carlos III e a rainha consorte, Camila, dirigem-se agora para o aeroporto de Aberdeen, onde voarão de volta para Londres.


10h40 - Associação de veteranos agradece apoio de Isabel II

Em homenagem à Rainha, a luso-britânica da Associação de veteranos "Bravo Victor" agradeceu o apoio sempre prestado pela monarca aos militares. Sobre o agora rei Carlos III, Renata Gomes considera que este "trabalha muito" e é um dos principais responsáveis pelo trabalho e incentivos às energias renováveis.


10h30 - Cerimónias fúnebres de Isabel II vão continuar após o funeral

Ainda não há data definitiva para o funeral de Isabel II. Mas já se sabe que o luto real vai continuar uma semana para lá do dia das cerimónias fúnebres da Rainha.


10h00 – Embaixada britânica em Lisboa pronta para as homenagens

A embaixada britânica em Lisboa preparou um reforço de segurança do recinto. Espera-se que se juntem algumas pessoas para homenagear a rainha Isabel II, ao longo do dia de hoje. O embaixador do Reino Unido em Portugal estava em Londres ontem, tendo já garantido que estaria em Lisboa esta sexta-feira.


9h30 – Livro de condolências online

Para todos aqueles que querem deixar mensagens de condolências e não têm possibilidade de se dirigirem a um local onde existam fisicamente, há um livro online: https://www.royal.uk/send-message-condolence.

9h02 - O que vai acontecer hoje?

  • O rei Carlos III e a rainha consorte, Camila, viajam esta sexta-feira de Balmoral, na Escócia, para Londres. O novo rei terá a primeira audiência com a nova primeira-ministra, Liz Truss, e irá ainda falar ao povo britânico pelas 18h00.

  • Pelas 12h00 desta sexta-feira, a Abadia de Westminster, Catedral de São Paulo e outras igrejas do país vão assinalar a morte de Isabel II com um toque de sinos em uníssono, devendo ser tocadas 96 badaladas, umapor cada ano da rainha.

  • Às 13h00 também desta sexta-feira, para assinalar a morte da Comandante Suprema das Forças Armadas, terá lugar uma salva de 96 tiros de canhões em Hyde Park (Londres), Torre de Londres, em Belfast, Cardiff e Edimburgo e no estrangeiro.

  • A Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes vão interromper os trabalhos normais e realizar uma sessão especial única com início ao meio-dia. Durante dez horas, a primeira-ministra e os deputados farão intervenções de homenagem a Isabel II.

  • Carlos III deverá também aprovar o plano das cerimónias e homenagens para os próximos dias, após uma reunião com o marechal Conde Edward Fitzalan-Howard, responsável pela preparação do funeral.

  • O Governo britânico vai confirmar qual o calendário para o luto nacional, que deverá ser de 12 dias, culminando no funeral da rainha, dia em que deverá ser declarado feriado no Reino Unido.

8h52 - Em destaque nos jornais portugueses

A morte da Rainha Isabel II domina as capas da imprensa britânica, mas não só. Também por cá o tema principal nos jornais portugueses é a morte da monarca britânica.

8h35 - Isabel II em todas as capas dos matutinos britânicos

A notícia da morte de Isabel II faz capa em todos os jornais britânicos. O legado da Rainha e a sua vida estão espelhados nas primeiras páginas dos jornais britânicos.

8h19 - As homenagens dos britânicos

As cerimónias fúnebres de Isabel II vão durar 10 dias. Durante este tempo, as bandeiras nos edifícios públicos ficam a meia haste e a própria programação televisiva e radiofónica é alterada. Esta manhã, têm sido muitas as homenagens à rainha junto do Palácio de Buckingham, Londres.

A rainha morreu na Escócia e por isso, numa primeira fase, o corpo vai ficar num pequeno palácio seguindo depois para Catedral de Saint Giles. Depois, Isabel II será levada para Londres de comboio.

Nessa, altura, o corpo irá para a sala do trono do Palácio de Buckingham. E de seguida para a abadia de Westminster durante quatro dias para que os súbditos prestem uma última homenagem. O funeral será no dia 18 de setembro.

7h30 – Reunião em Downing Street

Desta reunião dependerá a definição do programa em detalhe para os próximos dias de luto pela Rainha.

Carlos III deve falar hoje pela primeira vez como rei

Para esta sexta-feira estão marcados vários momentos de homenagem à Rainha Isabel II e uma primeira comunicação ao Reino Unido pelo novo Rei, Charles III.