Mundo
Suíça quer parceria de segurança e defesa com a União Europeia
O Governo suíço anunciou esta quarta-feira a intenção de iniciar conversações com a União Europeia (UE) para uma parceria de segurança e defesa, alegando que o acordo não seria incompatível com a sua neutralidade. O anúncio surge em plena cimeira da NATO, à qual a Suíça não pertence, e dois dias depois de a UE e o Canadá terem assinado um acordo semelhante.
Em comunicado de impresa, o Conselho Federal, o Governo suíço, avança que na sua reunião desta quarta-feira "decidiu encetar conversações exploratórias com a UE sobre uma parceria de segurança e defesa”.
"Através destas parcerias, a UE oferece a países terceiros um quadro para uma cooperação mais estreita neste domínio", explica o Conselho Federal, adiantando que espera iniciar estas discussões com Bruxelas "o mais rapidamente possível".
Recorde-se que, no mês passado o Reino Unido e a UE assinaram uma parceria de defesa semelhante e que a Austrália e a UE anunciaram, na semana passada, o início de negociações para a celebração de outra parceria.
Segundo o Governo suíço, este tipo de parecia "é uma condição essencial para a aquisição conjunta de armamento" e visa reforçar a capacidade de defesa da Suíça, sem comprometer o princípio de neutralidade da Suíça.
Tensões geopolíticas forçam Suíça a procurar alianças
Sem integrar a UE ou a NATO, a Suíça procura aprofundar a cooperação europeia num contexto de crescentes tensões geopolíticas, particularmente devido à guerra na Ucrânia.
Uma sondagem publicada a 17 de junho pelo Departamento Federal de Defesa mostra que 53 por cento dos suíços apoiam uma maior aproximação à NATO, embora apenas 32 por cento defendam a adesão à aliança militar.