Venezuela. MNE rejeita acusações à TAP e a Lisboa e MAI abre averiguação

por RTP

Foto: Manaure Quintero - Reuters

O ministro português dos Negócios Estrangeiros já reagiu às acusações da Venezuela sobre a presença de explosivos a bordo de um avião da TAP. Augusto Santos Silva diz que a acusação não faz qualquer sentido. Já esta manhã, o ministro da Administração Interna pediu ao IGAI a realização de uma "averiguação para apuramento dos factos".

"Julgo que os factos são evidentes e portanto devemos todos considerar-nos esclarecidos", disse Santos Silva.

O ministro português acrescentou que "o embaixador de Portugal na Venezeula age por instruções do Governo português e em conformidade absoluta com o que dispõe o Direito Internacional e, portanto, espero que este pequeno incidente seja rapidamente ultrapassado".Caracas, pela voz de Diosdado Cabello, acusa a TAP de ter violado "padrões internacionais", ao permitir o transporte de explosivos e ocultar a identidade de Juan Guaidó num voo para a Venezuela.

Santos Silva afirmou esperar para ver se "a Venezuela nos dirige algum pedido de esclarecimento. Naturalmente, nenhuma nota verbal que é apresentada às autoridades portugueses fica sem resposta".

O ministro português dos Negócios Estrangeiros afirmou também que "as autoridades policiais portuguesas competentes averiguarão se houve ou não alguma falha de segurança no transporte da companhia aérea.

"Quanto à acusação que foi dirigida pelo presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela ao Governo português e ao embaixador português, não faz qualquer sentido. O governo português, nem por ação nem por omissão, contribui na Venezuela para qualquer outra coisa que não seja facilitar o diálogo político entre forças que se degladiam para que aja uma transição política pacífica que, a nosso ver, só se consegue com eleições que sejam justas, transparentes e livres".

Em comunicado enviado às redações, esta manhã, o Ministério da Administração Interna avança que "face às declarações das autoridades venezuelanas referindo uma alegada falha de segurança num voo com origem em Lisboa", o ministro da Administração Interna "determinou à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a realização de uma averiguação para apuramento dos factos".
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