A verdade que estraga os “factos alternativos”

Na linguagem destes dias adotamos os “factos alternativos” para sinónimo de mentira. É menos feio dizer assim e até permite outras leituras. Na campanha francesa Marine Le Pen tropeçou na realidade do plágio descarado de um discurso de François Fillon, mas procurou “factos alternativos” para justificar o injustificável.

É verdade que a generalidade da imprensa francesa tem tomado partido por Macron, mas também é verdade que esse inclinar de opinião é feito sem esconder a realidade.

Vamos falar disso hoje no Jornal 2 na leitura das principais publicações com a Felisbela Lopes. Acho que devemos pensar seriamente nisto, em nome de uma comunicação social credível, verdadeiramente influente e ligada sempre à verdade.

O comportamento mimético de jornais, rádios e televisões não fortalece este lado fundamental do jornalismo. A leitura tem que ser plural. Os jornalistas devem seguir a sua linha, segura, de investigação, sem estarem condicionados pela pressão do que os outros órgãos de informação estão a fazer naquele momento.

A necessidade do imediatismo está a minimizar o fundamental rigor e a criatividade que só nasce quando temos a capacidade de investigar toda uma história para realmente a perceber.

É interessante ver o sucesso das publicações que se assumem claramente fora da lógica de “manada”, trilhando o seu caminho, conquistando os leitores e os espectadores que sabem que ali terão efetivamente outra leitura e outra atenção para o que realmente é importante.

A cópia é sempre pior que o original e o caminho será ter sempre o melhor dos produtos, difícil de copiar.

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