Hoje é o dia em que os britânicos vão decidir se querem continuar nesta Europa, ou abrir um novo caminho que vai abalar toda a arquitetura da união.
As sondagens não permitem tirar conclusões, mas o debate sobre a necessidade de uma reforma profunda na União Europeia terá de ser aberto já amanhã. E não poderá ser coisa longa, sem empenhos, como aconteceu na crise financeira, ou na ainda gritante tragédia dos refugiados. A Alemanha assiste a um desaparecimento de Merkel e ninguém sabe o que vai nascer a seguir. Temos sinais preocupantes na tradicional França, com os movimentos mais xenófobos a continuarem a construir muros neste sonho de uma grande Europa livre.
Por cá tentamos mediar os efeitos económicos, sempre as contas, sem perceber que é muito mais que isso que está em causa e que nos deveria mobilizar a todos, povos europeus, na busca de uma união mais justa, solidária e democrática.