Reportagem

A situação dos incêndios em Portugal minuto a minuto

por RTP

O ministro da Administração Interna anunciou que a coordenação do incêndio vai passar a ser feita a nível nacional, na dependência direta do comandante nacional. Os meios aéreos, helicópteros e aviões, já estão abastecer para começarem a combater as chamas em Monchique. O incêndio continua com duas frentes: a de Casais e a da Barragem de Odelouca. Cerca de 250 pessoas foram obrigadas a deixar as suas habitações. O presidente da Câmara de Monchique afirma que "menos de 10 casas de primeira habitação" foram consumidas pelas chamas.

Mais atualizações

22h10 - Interrompemos aqui o acompanhamento da situação dos fogos em Portugal.

  • O incêndio que lavra na serra algarvia há cinco dias continua com duas frentes ativas;
  • De acordo com o balanço feito ao início da noite pela segunda comandante nacional da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, continuam no terreno 1.200 operacionais;
  • Divididos em duas grandes áreas de atuação, a leste e a oeste do concelho de Monchique, encontram-se 412 meios terrestres, 13 meios aéreos e 25 máquinas de rasto;
  • Cada vez mais próximo de Silves, onde várias habitações foram evacuadas, o fogo continua difícil de domar, principalmente devido aos ventos fortes;
  • Desde sexta-feira já arderam cerca de 19 mil hectares. Ao quinto dia de combate às chamas, os bombeiros lançaram um pedido de ajuda, apelando a que sejam entregues no quartel de Portimão alguns bens de primeira necessidade para que sejam, depois, transportados até ao terreno;
  • A GNR recordou que as pessoas não devem regressar aos locais de risco e apelou a que as ordens em caso de evacuação sejam respeitadas.

21h21 – Combate às duas frentes de fogo em Monchique vai ter intervenção mais robusta

“Existem duas frentes de incêndio onde existem mais pontos quentes e onde vamos entrar de forma mais robusta, sendo no lado virado no [concelho] de Silves e no lado virado para a zona da Foia”, afirmou Patrícia Gaspar, segunda comandante operacional nacional da ANPC.

Segundo Patrícia Gaspar, embora tenha existido a mudança de comando, o combate às chamas vai seguir a mesma estratégia definida pelos anteriores comandantes distritais, sendo apenas reforçada a atuação das máquinas de rasto para a abertura de caminhos de modo a criar faixas de contenção que permitam a entrada dos meios terrestres com outras condições.

21h06 – Área ardida em Monchique já ronda os 19 mil hectares

O fogo, que se aproxima agora de Silves, já queimou em Monchique o equivalente a cerca de 17 mil campos de futebol.

 
20h42 – Energia elétrica reposta em 14 das 17 localidades afetadas em Monchique

Melão, Açor e Umbria são as localidades da serra de Monchique que continuam sem energia elétrica enquanto a EDP aguarda autorização para ativar oito dos dez geradores instalados na serra.

De acordo com a diretora de comunicação da EDP Distribuição, Fernanda Bonifácio, a empresa “mantém a estrutura operacional mobilizada na serra de Monchique”, tendo prolongado o “estado de alerta” em toda a região do Algarve pelo menos até quarta-feira.

20h36 – Proteção Civil diz que mudança do comando em Monchique é “normal”

A Proteção Civil assegura que a passagem do comando das operações relativamente ao incêndio de Monchique para um nível nacional é “normal” e está prevista no sistema, rejeitando qualquer ideia de “rotura”.

A segunda comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar, justificou a alteração com o facto de o incêndio ter uma complexidade que está a “estender-se no tempo e no espaço”.

20h12 – “Não é a quantidade de meios que faz a diferença” no combate aos fogos

Joaquim Sande Silva, professor da Escola Superior Agrária de Coimbra, desvaloriza a quantidade de meios que são aplicados no combate aos incêndios, colocando a pedra de toque do trabalho dos bombeiros no conhecimento técnico adequado e na tomada de decisões.

Segundo Silva, é durante a noite que surgem as melhores oportunidades para se extinguirem frentes de fogo, utilizando técnicas que não requerem a utilização de água mas sim de ferramentas manuais.

20h03 – Governo nega a existência de Plano de Intervenção em Monchique por aprovar

Miguel João Freitas, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, garantiu que os requisitos da candidatura “não foram cumpridos”. Pediu ainda serenidade ao presidente da Associação dos Produtores Florestais do Barlavento Algarvio (ASPAFLOBAL), acusando-o de “faltar à verdade”.

18h48 – Bombeiros lançam pedido de ajuda

Nas últimas horas têm surgido apelos para ajudar os bombeiros que estão em Monchique a lutar contra as chamas.

Os bombeiros de Portimão pedem para que sejam entregues no quartel alguns bens de primeira necessidade, tais como água, barras energéticas, fruta, pomadas para queimaduras, soro fisiológico e pensos rápidos, para serem depois transportados para o terreno.

18h18 – Campanha em curso para ajudar animais afetados pelo incêndio

Os veterinários da associação das formações sanitárias precisam de alimentos e material de cuidados médicos, como seringas, compressas, ligaduras e pomadas.

O veterinário Nuno Paixão indicou à Antena1 que existem dois pontos de recolha, um em Lisboa e outro na Charneca da Caparica.

17h28 – Presidente da Câmara de Monchique salienta importância da ajuda de Espanha

O autarca Rui André explicou à Antena1 que a mudança para um comando nacional não vai levar a mudanças na estratégia de combate ao incêndio. Salientou ainda a importância da chegada de meios aéreos e terrestres espanhóis para apoiar na luta contra as chamas.


17h20 – GNR apela à população para que respeite ordens em caso de evacuação

A Guarda Nacional Republicana (GNR) apelou à população, sobretudo à do concelho de Monchique, para que obedeça às orientações das autoridades em caso de evacuação devido aos incêndios.

"Em caso de evacuação preventiva, por indicação das autoridades, as pessoas devem cumprir com as instruções dadas e não devem nunca voltar atrás, para uma área já evacuada. Devem manter a calma, auxiliar crianças, idosos ou familiares com limitações de mobilidade e levar os seus animais de companhia. Não devem perder tempo a recolher objetos desnecessários e, se possível, deixar acesas as luzes exteriores da habitação", apela a GNR em comunicado divulgado esta terça-feira.

16h58 – Fogo desaloja habitantes em Silves

O incêndio que teve início em Monchique já obrigou à retirada de pessoas das suas casas no concelho de Silves, tendo a situação mais preocupante sido registada na zona de Falacho de Cima, revelou à agência Lusa a presidente da Câmara.

A autarca Rosa Palma afirmou que já foram enviados para a região meios aéreos e terrestres que estão a tentar controlar o incêndio. “Temos entrado em contacto com as populações mais afetadas para as colocar em locais mais seguros enquanto tentamos regularizar a situação”, declarou.

À RTP, a presidente da Câmara contou que tem havido dificuldade na intervenção devido aos ventos fortes.

Silves é um dos três concelhos do distrito de Faro afetados pelo fogo rural, além de Monchique e Portimão.

16h18 - "Poeira, areia e fumo"

O astronauta Alexander Gerst deixa uma legenda curiosa a esta outra foto tirada a partir da Estação Espacial: “Um quadro dramático do clima em Portugal. Como uma mistura de poeira, areia e fumo”. Monchique está exactamente no centro da imagem


 
16h03 - Fumo é visível do espaço

A ESA - Agência Espacial Europeia disponibilizou na sua página do Facebook uma imagem que ajuda a perceber a dimensão do incêndio de Monchique (a ponta de Sagres no canto inferior direito)



15h00- Arderam mais de 17 mil hectares em Monchique

O Copernicus, sistema de emergência da União Europeia de navegação por satélite, revelou que até a manhã desta terça-feira a área queimada pelo incêndio de Monchique ultrapassa os 17 mil hectares.



Esta terça-feira, as chamas avançam em diversas frentes nos concelhos Monchique, Portimão e Silves.

14h30 – António Costa não vai a Monchique

O primeiro-ministro anunciou que não vai a Monchique para não perturbar as operações e seguir as indicações do relatório técnico sobre Pedrógão.

No entanto, António Costa estará 4ª feira, ao final da manhã, na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, ao lado do ministro da Administração Interna durante o briefing da ANPC.

14h00 - Falhas nas redes móveis

Várias localidades na serra de Monchique estão sem telecomunicações móveis, estando as operadoras a aguardar autorização da Proteção Civil para intervir no terreno e restabelecer a totalidade das comunicações, afirmaram hoje as empresas.

Contactada pela agência Lusa, fonte da NOS confirmou que o incêndio afetou "um 'site' móvel e alguns dos serviços fixos", estando a empresa a aguardar autorização para poder reparar os danos causados.

"Neste momento, os serviços que ainda não estão repostos -- um 'site' móvel e alguns serviços fixos -, dependem apenas de autorização da Proteção Civil para que possamos iniciar os trabalhos de reparação da infraestrutura danificada e restabelecer, o mais rápido possível, os serviços aos clientes que foram afetados", informou.

Fonte da Vodafone disse à agência Lusa que "desde esta manhã há duas estações em baixo", devido à falha de energia que "poderão causar interrupções no serviço".

"Não conseguimos prever quando será solucionado o problema porque estamos dependentes do parceiro. Não se trata de serviços nossos queimados, mas sim de falta de energia que coloca as nossas estações em baixo", afirmou.

De acordo com a mesma fonte, as duas estações localizam-se nas Caldas de Monchique, no concelho de Monchique.

Contactada pela agência Lusa, fonte da Altice Portugal afirmou que "está ativamente a colaborar com todas as autoridades" tendo alocado a Monchique, desde sexta-feira, "cerca de uma centena de técnicos especializados que acompanham o evoluir da situação no terreno".

A mesma fonte confirmou que na madrugada de hoje foram "danificadas estruturas de comunicação móvel", estando a ser feita a reposição do serviço.

"Neste momento, o serviço móvel tem sido todo reposto e reforçado através da unidade móvel (transportável) da Altice Portugal, que foi prontamente acionada e que continuará a dar apoio nesta região afetada, com a instalação da mesma na zona urbana de Monchique. No terreno, estão também várias dezenas de técnicos especializados da Altice Portugal em coordenação com as autoridades no teatro das operações", informou a empresa num comunicado enviado à Lusa.

Ainda de acordo com fonte da Altice Portugal, "o sucesso da operação de reposição", das comunicações móveis, depende da validação da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) para que possam intervir no terreno.

A Altice Portugal informou ainda que se "mantém atenta à operacionalidade da rede SIRESP" (utilizada pelas forças de segurança e socorro), que "até ao momento se encontra operacional e sem falhas relevantes".

13h30 - GNR lança apelos à população

A GNR lembra que é a forma de não colocar em risco vidas e também a própria ação das forças de segurança.

O capitão Bruno Ribeiro da GNR recorda que as pessoas ao regressarem ao lugar de risco estão-se a “colocar em perigo”.

“Esse tipo de comportamentos, que nós aconselhamos que as pessoas não adotem. Que respeitem todas as nossas orientações, porque também nos dificulta depois o apoio a outras pessoas que estão a necessitar no momento de assistência”.

13h15 - Incêndio com duas frentes ativas

O incêndio de Monchique está com duas frentes ativas. Uma delas está a cinco quilómetros das Caldas de Monchique e lavra em direção a Portimão.

As constantes projeções, as mudanças de direção do vento e o terreno acidentado dificulta o trabalho aos mais de 1200 operacionais no terreno.

13h10 - Mais de 250 pessoas retiradas de casa na última noite

O vento empurrou as chamas para junto de muitas habitações e mais de 250 pessoas foram retiradas de casa por precaução. O fogo está descontrolado e já provocou 30 feridos, um dos quais em estado grave.


Desde sexta feira, já foram assistidas 79 pessoas.

Até agora, ardeu um número indeterminado de casas.

Os mais de 1200 operacionais no terreno não conseguiram evitar que as chamas alastrassem ao concelho de Portimão.

13h00 - Ministério Público e Polícia Judiciária investigam fogo de Monchique

"O Ministério Público do DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Faro vai investigar os incêndios de Monchique, para determinar as suas causas e o seu eventual enquadramento legal", refere a Procuradoria-Geral da República, numa resposta escrita à agência Lusa.

Fonte oficial da PJ confirmou que a polícia "está a investigar" o incêndio, no âmbito desta investigação titulada pelo DIAP de Faro.

12h40 - Coordenação do incêndio passa para comandante nacional

O MAI anunciou que a coordenação do incêndio de Monchique, que se iniciou na sexta-feira, passa a partir de agora para um nível de coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional. Em causa a capacidade de reforçar a mobilização de meios, indica Eduardo Cabrita, bem como os critérios de duração e extensão de meios envolvidos.

Questionado sobre a razão de só ao quinto dia ser alterada a coordenação para nível nacional, Eduardo Cabrita deixou um elogio ao trabalho desenvolvido pelo comandante distrital Luís Vaz Pinto, pela capacidade técnica e dedicação, acrescentando que houve uma equipa adicional que prestou auxílio ao comando de Faro. Além disso, garantiu que o Comando Nacional tem acompanhado todos os momentos da operação de combate às chamas.

Admitindo que o combate ao incêndio "decorre em condições muito adversas", o ministro enalteceu a "notável resposta" operacional, tanto em Monchique como em outros incêndios "de dimensão perigosa", que deflagraram sábado na zona de Vale do Tejo e que "passaram rapidamente à fase de rescaldo". De acordo com o ministro, foram cerca de 500 ocorrências.

"Houve uma intervenção operacional muito significativa", disse Eduardo Cabrita, recordando que desde o início do ano houve mais de sete mil fogos, todos sem vítimas, ressalvando, contudo, que, neste momento, "é tempo de combate e não de balanço".


12h30 - MAI elogia interligação dos agentes

O ministro da Administração Interna está a fazer um balanço sobre o combate ao incêndio de Monchique. Garante que tem acompanhado toda a operação e elogia a "capacidade de interligação entre todos os agentes de proteção civil".

12h15 - Vento forte e errático dificulta operações

O vento tem sido o principal obstáculo dos bombeiros no terreno.


Segundo a meteorologista Paula Leitão a Serra de Monchique é uma zona particularmente imprevisível, quer na direção quer na intensidade do vento.

12h05 - Meios aéreos já estão no ar

Os meios aéreos, helicópteros e aviões, já estão abastecer para começarem a combater as chamas em Monchique. O incêndio continua com duas frentes: a de Casais e a da Barragem de Odelouca.

Em relação à população que foi obrigada a deixar as suas habitações, o presidente da Câmara de Monchique afirma que ontem foi necessário “fazer algumas evacuações de emergência”.

As cerca de 250 pessoas que foram retiradas das suas casas, “muitas passaram pelo centro de acolhimento, cerca de 100 pessoas da zona da vila e da zona da Nave. Essas pessoas já regressaram, a maior parte delas, às suas casas. Apenas 41 ficaram a dormir no centro de acolhimento”.

No Arena, em Portimão, ficaram 122 pessoas. “Na Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo estão 26 pessoas e na de Monchique 28. E no centro de dia de Marmelete ficaram duas pessoas”, acrescentou o presidente da Câmara.

O autarca voltou a frisar que as evacuações das populações são “por precaução”. “Sempre que possível temos que salvaguardar a vida das pessoas primeiro”.

Quanto ao número de casas de primeira habitação foram destruídas pelas chamas. O presidente da Câmara de Monchique revela que se salvaram muitas casas, apesar de terem ardido algumas em ruína e armazéns. “Infelizmente há a lamentar algumas casas de primeira habitação”. No entanto, acrescenta que certamente “serão menos de 10”.

11h20 - Altice MEO está sem rede

A jornalista Rosa Veloso dá conta que as comunicações estão dificultadas e que a operadora Altice MEO está sem rede.

As condições meteorológicas adversas não estão a ajudar no combate às chamas. O vento forte que parece “não querer amainar” e pode “até aumentar durante a tarde”.

10h45 - Prioridade é proteger na vida das pessoas

Para o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, a prioridade é combater este incêndio e proteger a vidas das pessoas.

O governante alerta para o facto de ser necessário respeitar as “orientações da autoridade, nomeadamente os que estão a procurar retirar, atempadamente, as pessoas das zonas de risco”.

“Nomeadamente aqueles que estão a cortar as vias, as estradas. De maneira a que ninguém tenha acesso à zona de risco. É essa a grande prioridade”, salientou.

O secretário de Estado da Proteção Civil considera que “os cidadãos têm colaborado, na medida do possível e no geral muito bem com as forças da autoridade da Proteção Civil. E nós queremos continuar a apelar a esse trabalho de colaboração” .

10h30 - Meios aéreos com dificuldade de atuação

O vento forte está a provocar constrangimentos a nível operacional. Segundo Luís Vaz Pinto, comandante distrital da Proteção Civil, “ontem a operação ficou comprometida porque não tínhamos teto para os meios aéreos operarem. Hoje está comprometida porque temos bastante vento”.

O comandante distrital da Proteção Civil esclareceu que existe “alguma dificuldade no combate” às chamas devido à turbulência que não permite que os meios aéreos operem nos locais onde se pretende que operem”.

“Há situações que os meios aéreos não podem operar. No caso de hoje devido à turbulência”.

“Foram identificados no plano estratégico de ação, seis pontos quentes, nas zonas a sul da Nave, em direção a Casais e na zona da Barragem de Odelouca. São estes os locais que mais nos preocupam”, acrescentou.

Luís Vaz Pinto voltou a frisar que a prioridade das autoridades “é a salvaguarda das pessoas, dos seus bens e do ambiente. Esta é a nossa prioridade”.

“Não é por falta de meios que o incêndio não é extinto. Tem-se feito tudo. Todas as entidades”.

O comandante da Proteção Civil não adiantou o número de casas que tiveram de ser evacuadas, mas apontou para cerca de 250 o número de pessoas que foram retiradas de casa por precaução.

Em relação às queixas das populações sobre a falta de comunicações móveis, Luís Vaz Pinto afirmou que “a rede SIRESP foi reforçada”. No entanto admitiu que “há falhas, mas não houve falhas que tivessem comprometido a operação”.

“Ao nível das comunicações as coisas estão organizadas, o plano de comunicações funciona de acordo com o que foi desenhado”.

10h15 – Onze incêndios ativos

Onze incêndios estão neste momento ativos em todo o território nacional. No combate às chamas estão mais de 1400 operacionais, apoiados por 419 meios terrestres e 17 aéreos.

Dos onze incêndios ativos, dois estão em curso e nove em fase de conclusão.

O incêndio de Monchique, que continua fora de controlo e já se alastrou a Silves e Portimão, continua a ser o que preocupa mais as autoridades. Neste momento está a ser combatido por 1.204 operacionais, apoiados por 371 meios terrestres e 17 aéreos. Três aviões Canadair espanhóis estão a apoiar as operações.

A intensidade do vento tem provocado fortes reativações.

09h50 - EDP cortou eletricidade nalgumas zonas de Monchique

A EDP teve de cortar o abastecimento nalgumas localidades na zona do fogo de Monchique por questões de segurança e abasteceu de madrugada outras localidades com geradores, segundo fonte oficial da empresa.

De acordo com a diretora de comunicação da EDP Distribuição, Fernanda Bonifácio, houve zonas em que o abastecimento de eletricidade foi cortado por questões de segurança "e a pedido da Proteção Civil", nomeadamente Fóia e Caldas de Monchique, distrito de Faro.

A mesma responsável adiantou ainda à agência Lusa que há zonas sem abastecimento porque houve estruturas que ficaram destruídas pelo fogo, tendo a EDP colocado geradores nalgumas vilas durante a madrugada.

A EDP conta ter um balanço mais pormenorizado da situação ainda durante a manhã de hoje.

09h37 – Estrada que liga Monchique a Portimão é a situação mais preocupante

A estrada que liga a vila de Monchique à cidade de Portimão, principalmente o troço que vai até Casais, é neste momento a situação que mais preocupa as autoridades.

Todas as habitações na berma da estrada foram evacuadas. Em declarações ao jornalista Duarte Baltazar, uma habitante da localidade de Ladeira, a três quilómetros de Casais, afirmou que durante as últimas horas não viu nenhum bombeiro.

Apesar dos avisos, a população insiste em ficar nas habitações. Algumas casas de habitação poderão ter sido destruídas pelas chamas.

As chamas avançam agora em direção a oeste, em direção a Portimão.

8h45 – Nove fogos ativos

Segundo a página da Proteção Civil na internet, estão ativos nove fogos, dos quais oito estão em fase de conclusão e um, o que lavra em Monchique desde sexta-feira, em curso.

No terreno a combater as chamas estão quase 1.400 operacionais, apoiados por 418 meios terrestres e 12 meios aéreos.

08h30 - Habitantes de Monchique revoltados

Os habitantes da vila de Monchique estão revoltados e mostram-se impotentes perante o fogo que lavra há quatro dias. Afirmam que o Governo obrigou os proprietários a limpar os terrenos, mas nada fez relativamente a mata que pertence ao Estado.

O jornalista da Antena 1, Pedro Sá Guerra, ouviu alguns elementos da população que dizem ter gasto dinheiro nas limpezas, e nas matas a cuidado do Governo nem corta fogos existem.

08h15 – Povoação de Lameira pode ser evacuada

O vento forte que se faz sentir na zona da Lameira está a dificultar o combate às chamas. Todas as estradas de acesso a Monchique estão cortadas. A população prepara-se para ser evacuada, por uma questão de precaução de forma a evitar a inalação de fumos.

Os populares afirmaram ao repórter da RTP, Duarte Baltazar, que as chamas se dirigem para uma zona que já foi fustigada pelos incêndios em 2016.

08h00 – Ponto da situação

O incêndio que começou sexta-feira em Monchique continua descontrolado. Nas últimas horas, o vento forte tem provocado várias reativações. As situações mais preocupantes são na zona da Fóia e na Cascalheira, no concelho de Monchique. E na Barragem de Odelouca, no concelho de Silves.

Há ainda outra situação preocupante para as autoridades, nas Caldas de Monchique, onde as chamas estão a lavrar com muita intensidade.

O número de assistências médicas a pessoas na sequência do incêndio subiu para 95, dos quais, 66 são pessoas que apenas receberam assistência e 29 são feridos, todos ligeiros.

No combate às chamas estão mais de mil operacionais apoiados por 340 viaturas.

A Estrada Nacional (EN) 266 no Sítio do Porto de Lagos, no concelho de Portimão, foi cortada no sentido de Monchique.

A Proteção Civil prolongou até quarta-feira à noite o estado de alerta especial vermelho, o mais grave, relativo aos meios de combate a incêndios florestais, para os distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda e Portalegre.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil justifica a subida do nível de alerta com a "persistência de tempo muito quente e seco", favorável à deflagração e propagação de incêndios.