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Aluno esfaqueia seis colegas em escola de Azambuja

por Cristina Santos - RTP
Nuno Patrício - RTP

Um aluno de 12 anos da escola básica da Azambuja esfaqueou seis colegas. Uma das vítimas está em estado grave com ferimentos no tórax, mas não corre risco de vida. O presidente da República afirma que "nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal ato de violência". O primeiro-ministro condena "um ato isolado (...) mas que deve fazer refletir".

O incidente aconteceu ao início da tarde desta terça-feira no interior do estabelecimento de ensino. O autarca de Azambuja, Silvino Lúcio, em direto na RTP3 conta que o aluno com 12 anos, matriculado no sétimo ano, foi almoçar a casa voltou à escola tirou uma faca da mochila onde também tinha um colete à prova de bala que disse ser do pai.

De acordo com o autarca, o aluno começou a esfaquear indiscriminadamente os colegas que estavam no corredor junto às salas de aula. As vítimas têm entre os 11 e os 14 anos (cinco meninas e um menino).

A vítima em estado grave não corre risco de vida, é uma aluna de 12 anos que foi transportada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Os feridos ligeiros foram encaminhados para o Hospital de Vila Franca de Xira.

A GNR foi chamada à Escola Básica da Azambuja pelas 14h30 onde encontrou seis menores feridos. A GNR diz que ainda é cedo para avançar mais pormenores e o aluno que esfaqueou os colegas "está calmo", o caso passa para as mãos da Polícia Judiciária.

O Presidente da República defende que "nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal ato de violência" e que o esfaqueamento "deve ser devidamente apurada e merece não só a condenação, como a reflexão sobre a necessidade de educar para a paz, a concórdia, a tolerância e a civilidade". Marcelo Rebelo de Sousa lamenta e repudia o incidente e sublinha que "tudo devemos fazer para que comportamentos como o vivido hoje, envolvendo a agressão física a colegas, professor e outro trabalhador da escola, se não repitam".

Na nota divulgada na página da Presidência da República, pode ler-se que "a Família, como a Escola, a Comunidade local e outras instituições essenciais para a nossa vida comum não podem ser dominadas pela violência, pela agressão, pela violação dos direitos das pessoas".

Em comunicado, a diretora do Agrupamento de Escolas de Azambuja garante que "a situação ocorrida no dia de hoje na Escola Básica foi um acto isolado". Neste comunicado, disponível na página do Agrupamento, "estando a situação normalizada" a escola vai retomar "amanhã as atividades letivas".

Na rede social X, o primeiro-ministro condena "nos termos mais veementes o ataque ocorrido na Escola Básica na Azambuja e faço votos de plena e rápida recuperação aos alunos feridos". Para o primeiro-ministro, "tratou-se de um ato isolado e de um fenómeno estranho à sociedade portuguesa, mas que deve fazer refletir com sentido de responsabilidade todos os que atuam no espaço público".

Em comunicado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação adianta que o ministro, Fernando Alexandre, "está a acompanhar a evolução do estado de saúde dos alunos feridos, desejando-lhes a recuperação plena" e, à semelhança de Luís Montenegro, "condena (de forma) veemente qualquer ato de violência dentro ou fora de uma escola".



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