Reportagem

Mau tempo em Portugal. A situação ao minuto

por RTP

Octávio Passos - Lusa

A depressão Elsa vai continuar a fustigar o país nas próximas horas. Desde quarta-feira foram registadas mais de 8.500 ocorrências. Há ainda a registar duas vítimas mortais e um desaparecido.

Mais atualizações

21h55 - Depressão Elsa. Avaliação sobre apoios financeiros será feita após fase de socorro

Em declarações à RTP3, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, explicou que o dia de sábado ainda será de monitorização e de resposta operacional.

"Espera-se que finalmente, no próximo domingo, possa haver um desagravamento mais substancial, uma inversão do cenário meteorológico que se tem feito sentir nas últimas 24 a 48 horas", disse a responsável.

Sobre a possibilidade de prestar apoio financeiro após os prejuízos, Patrícia Gaspar diz que será necessário "esperar pelo fim do socorro, na fase de resposta operacional".

"Haverá um momento de avaliação dos danos e de todo o impacto que esta situação terá seguramente causado", frisou.

Em relação à situação em Águeda, onde a autarquia diz ter sido surpreendida pela subida do nível das águas, a secretária de Estado salienta que os níveis de precipitação foram "muito elevados".

"Não sendo um fenómeno completamente atípico nesta altura do ano, foi um fenómeno com alguma gravidade", disse Patrícia Gaspar.

"Ao nível da Proteção Civil, que é tutelada pelo Ministério da Administração Interna, desde dia 18 que os avisos têm vindo a ser feitos" acrescentou a responsável, frisando que as barragens são coordenadas pela Agência Portuguesa do Ambiente, que estão sob a alçada de outro Ministério.

Garante, no entanto, que "o trabalho de monitorização está a ser feito" e há "uma comunicação entre esta agência e as entidades que gerem estas barragens".

No caso que se verifica por estes dias em Portugal, o fenómeno de mau tempo com "a junção das duas depressões" fez com que aumentasse o "impacto". Depois da depressão Elsa, o país será afetado pela depressão Fabien, sobretudo na zona centro do país, na zona de Lisboa e a sul do país. 

Patrícia Gaspar pede aos portugueses que mantenham uma "atitude vigilante".

"É fundamental que todos os portugueses adaptem os seus comportamentos, sigam as indicações das autoridades. Infringir regras pode trazer consequências muito negativas para quem o faz e para quem socorre", afirmou em declarações à RTP3.

Os conselhos da secretária de Estado vão sobretudo para quem se faz à estrada em vésperas de época natalícia. Patrícia Gaspar pede cuidados redobrados para quem conduz, com o planeamento atempado da viagem.

Não usar o telemóvel, não atravessar zonas inundadas e usar o cinto de segurança e os sistemas de retenção para crianças são algumas das principais indicações da responsável.

21h14 - Santarém. Rio galga mais de 40 metros além do leito habitual

Em Santarém, o comandante do Bombeiros Sapadores, José Guilherme, diz que o caudal a passar atinge 2500 metros cúbicos por segundo e prevê-se que se mantenha durante a noite.


20h46 - Intercidades descarrilou na zona de Fornos de Algodres

O descarrilamento de um comboio Intercidades na zona de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, que não provocou vítimas, está a obrigar à retirada dos passageiros pelos bombeiros, anunciou a Proteção Civil.

O descarrilamento ocorreu entre as estações de Fornos e Gouveia.

De acordo com as informações disponibilizadas no site da Proteção Civil, o alerta para o "descarrilamento ferroviário" foi dado às 19h47, estando envolvidos nas operações de socorro 28 operacionais e 11 viaturas.

Fonte da Infraestruturas de Portugal disse a Antena 1 que um dos rodados da locomotiva que descarrilou devido a uma pedra na linha.

O Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda acrescentou à Lusa que seguiam entre "50 e 70 passageiros" no comboio que fazia a ligação entre Fornos de Algodres e Coimbra.

20h40 - PR admite visitar zonas afetadas na próxima semana

O Presidente da República admitiu esta sexta-feira que poderá visitar as zonas afetadas pela depressão Elsa na próxima semana.

Aos jornalistas, disse que só não vai antes devido a "compromissos institucionais", não tendo esclarecido do que se trata, em concreto.

"Eu tenho um compromisso que tenho de cumprir nos próximos dias e, portanto, só a partir de segunda-feira à noite é que será possível ir acompanhando `in loco` a realidade", afirmou o chefe de Estado.

Falando aos jornalistas à margem de uma visita à festa de Natal da Comunidade Vida e Paz, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que "bem pode acontecer, se isto se prolongar", que tenha de "mudar a programação de 24 e 25, para acorrer a uma outra situação que se considere mais grave".

"Eu espero que isso não suceda, eu esperaria que não sucedesse para não ter de acorrer a essa situação e poder manter a programação que tenho para 24 e 25 que, como sabem, envolve várias instituições sociais e outros programas que todos os anos faço", declarou.

20h28 - Açores afetados por depressão na véspera de Natal

Uma nova depressão vai passar pelos Açores em 24 de dezembro, prevendo-se um aumento da intensidade da chuva e do vento nesse dia, segundo o coordenador nos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

"No dia 24, uma depressão, que vem de sul, irá provocar um aumento da intensidade do vento e da chuva, que será por vezes forte, principalmente nos grupos Central e Oriental", indicou à Lusa Carlos Ramalho, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

No dia 25 já se deverá registar uma "melhoria de tempo".

20h05 - Situação no Douro preocupa as autoridades. Barragens no limite

José Cruz Martins, comandante da Capitania do Douro, esclarece em declarações aos jornalistas, que o nível da água deverá continuar a subir devido a uma "saturação de água em toda a bacia do Douro".



"São mais de 200 quilómetros de rio que tem diversas barragens, barragens essas que estão praticamente na sua capacidade máxima. Está a ser feita uma gestão de descarga dessas barragens de forma a não causar situações demasiado graves em vários sítios", explicou.

O comandante refere ainda que o nível da água irá subir "o suficiente para invadir zonas onde até agora a água ainda não tinha chegado", o que explica o alerta vermelho implementado durante a tarde desta sexta-feira.

A barragem de Crestuma, que é a mais próxima da foz do Douro, está "no limite" e tem de fazer descargas, o que vai agravar a subida da água.

"É um efeito de dominó ao longo de 14 barragens em toda esta região. Está a ser feita a gestão possível para causar o menor número de danos possível", completou.

20h01 - Quase todos os problemas de falta de luz estão resolvidos

A EDP Distribuição disse hoje que estão resolvidos 95% dos 400 mil casos de falta de eletricidade, provocados pela passagem da depressão Elsa, sendo Viseu e Coimbra os distritos mais afetados.

Em declarações à agência Lusa, ao final da tarde, o presidente do conselho de administração da EDP Distribuição, João Torres, referiu que os distritos mais críticos neste momento são os de Viseu e de Coimbra e que permanecem inoperacionais 67 linhas de alta e média tensão.

19h12 - MAI alerta para cuidados na estrada

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, acompanha em Alverca o início da operação de Natal da GNR. Em declarações à RTP, o ministro salienta a existência de "condições atmosféricas muito difíceis".

Essas condições exigem ainda mais uma condução "muito defensiva, no respeito estrito pelas instruções dadas a cada momento pelas forças de segurança". 

Eduardo Cabrita apela ao planeamento das viagens e ao respeito pelos limites de velocidade, bem como não utilizar telemóveis e outros dispositivos durante a condução.

16h07 - Restabelecida circulação nas linhas do Norte e Beira Alta na Mealhada

A circulação de comboios foi restabelecida junto à Mealhada às 18h00 de hoje, após uma redução do nível de água nas vias, que afetava as linhas do Norte e Beira Alta, afirmou hoje fonte da Infraestruturas de Portugal.

A inundação das vias junto à estação da Pampilhosa, no concelho da Mealhada, tinha levado ao corte da circulação, às 17h20, na Linha do Norte, entre Mealhada Norte e Souselas (Coimbra), e na Linha da Beira Alta, entre Mealhada Norte e Mortágua.

19h02 - Veículos submersos em Mirandela devido à subida do rio Tua

A subida das águas do rio Tua submergiu varias viaturas na zona ribeirinha de Mirandela, obrigando à retirada de alguns veículos que estavam num parque de estacionamento.

Registaram-se 168 ocorrências, sobretudo em Bragança, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Mirandela.

A informação foi avançada à Antena 1 pelo segundo comandante de Operações e Socorro de Bragança, Rómulo Pinto.

18h41 - Linha do Norte e linha da Beira Alta. Circulação cortada

O mau tempo continua a afetar a circulação ferroviária no país. Na Linha do Norte, foi hoje cortada a circulação entre a Mealhada e Souselas, em Coimbra, e entre Oliveira do Bairro e Mofogores, concelho de Anadia.

Também a circulação na Linha da Beira Alta está a ser fortemente afetada, tendo sido suspensa entre Mealhada Norte e Mortágua e entre o Luso e Santa Comba Dão.

18h11 - Régua receia novas cheias

A Régua está à espera da subida das águas do Rio Douro, segundo José Manuel Gonçalves, presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua.

Já foram retirados os bens da zona ribeirinha e que desde o início desta depressão as águas já subiram oito metros.

José Manuel Gonçalves contou à RTP que as autoridades regionais estiveram reunidas para discutir o que fazer quando o Douro voltar a galgar as margens.

17h56 - Constrangimentos nas pontes sobre o Tejo

Devido ao mau tempo, o Serviço Municipal da Proteção Civil de Lisboa informa que a ponte Vasco da Gama tem neste momento a velocidade limitada de 90 quilómetros por hora.

Na ponte 25 de Abril, a circulação de pesados faz-se alternadamente.



17h49 - Inundações afetam linha do Norte e linha da Beira Alta

A inundação da linha ferroviária junto à Pampilhosa está a afetar os comboios da linha do Norte e da linha da Beira Alta.

A CP confirmou à RTP que dois comboios já foram suprimidos e os que estavam em circulação estão parados.

A CP - Comboios de Portugal anunciou esta sexta-feira que está a conceder reembolsos aos clientes que tenham comprado bilhetes para hoje e pretendam desistir da viagem, devido às perturbações previstas por causa do mau tempo.

Em comunicado, a operadora adiantava que "devido à previsão de agravamento das condições climatéricas durante o dia 20 de dezembro estão previstas fortes perturbações na circulação de comboios nas linhas do Norte e da Beira Alta".

A CP avançou ainda que "aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos e que pretendam desistir da viagem, a CP permitirá, durante o dia de hoje, o reembolso do valor do bilhete, ou a sua revalidação, sem custos".

A operadora aconselha os utentes a apresentar os pedidos nas bilheteiras ou na página da Internet da CP, na qual a operadora está ainda disponível para "qualquer esclarecimento ou sugestão".

Os utentes podem ainda ligar para a linha de atendimento (707 210 220).

17h36 - Lugar em Arcos de Valdevez foi evacuado por risco de deslizamento de terras

Vinte e seis pessoas do lugar de Frades, na freguesia de Portela, em Arcos de Valdevez, foram hoje retiradas por prevenção face ao perigo de deslizamento de terras.

De acordo o autarca João Manuel Esteves, responsável pela proteção civil municipal, a decisão foi tomada, "face à chuva que tem caído nas últimas horas e à previsão de mais pluviosidade" para os próximos dias.



17h31 - Marinha reforça alerta nos Açores e norte de Portugal Continental

A Marinha e Autoridade Marítima Nacional reforçaram o alerta de agravamento do estado do mar nos grupos ocidental e central do arquipélago dos Açores e na costa norte de Portugal continental.

"Está previsto um agravamento excecional das condições meteorológicas e do estado do mar para o arquipélago dos Açores, nomeadamente nos grupos ocidental e central, entre a noite de hoje e a noite de sábado, dia 21 de dezembro", avançou a Marinha.

A ondulação poderá atingir os dez metros. A Marinha e a Autoridade Marítima Nacional aconselham, em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, o regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução.

17h10 - Equipas de resgate interrompem trabalhos em Castro Daire

A Proteção Civil confirmou esta sexta-feira aos jornalistas que vai interromper os trabalhos em Castro Daire entre as 17h30 e as 08h00 de sábado.

"As condições meteorológicas estão bastante adversas e não há segurança. A condição base para esta operação ter continuidade é a condição permanente de segurança de todos os operacionais", frisou o comandante distrital, Miguel Ângelo David.

O condutor de uma retroescavadora está desaparecido em Ribolhos, Castro Daire, no distrito de Viseu, onde ocorreu um aluimento de terras cerca das 21h30 de quinta-feira.

A Proteção Civil confirma ainda que o terreno continua "instável", havendo mesmo risco de novas derrocadas.

"Enquanto houver esta instabilidade não podemos colocar os mergulhadores dentro de água, até que se reduzam os caudais do rio e as correntes", acrescentou.

O comandante confirmou ainda que a família do trabalhador desaparecido está a receber apoio psicológico e informação constante sobre a evolução da situação no terreno.

16h53 - Lousã sem abastecimento

Cerca de metade do concellho da Lousã, no distrito de Coimbra, está sem abastecimento público de água devido a estragos causados pela depressão Elsa.

Segundo o comandante Carlos Luís Tavares, uma parte da conduta de abastecimento foi danificada e o abastecimento está a ser feito com recurso a autotanques da proteção civil distrital..

16h00 - MAI lamenta acidentes que provocaram perda de vidas humanas

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, lamentou hoje os acidentes que provocaram a perda de vidas humanas devido aos efeitos da depressão Elsa, que já provocou mais de sete mil ocorrências até hoje.

"Lamentamos a perda de vidas humanas. O que é fundamental é que se mantenham os comportamentos preventivos que evitem riscos. Tivemos, ao longo do dia de hoje, nas primeiras horas algum abrandamento e haverá algum agravamento da situação durante a tarde e uma nova situação de alguma dificuldade no sábado. Comportamentos de segurança e uma grande articulação das estruturas de Proteção Civil locais e nacionais são o essencial para prevenir danos mais significativos", afirmou Eduardo Cabrita a jornalistas em Mação, distrito de Santarém, onde se deslocou com a ministra da Coesão territorial, Ana Abrunhosa, para assistir à sessão "Fundo de Solidariedade da União Europeia - Apresentação de Resultados".

"Temos tido uma resposta do dispositivo, quer da Proteção Civil municipal nas áreas mais diretamente atingidas, quer na monitorização da evolução das bacias hidrográficas no Douro, Tejo e Mondego fundamentalmente, com o aviso atempado às populações. E, nas zonas mais afetadas em municípios como Amarante, Águeda ou na região de Coimbra tem sido garantida a intervenção preventiva que permite salvaguardar a segurança e limitar os danos", disse o ministro.

15h15 - CP reembolsa quem desista de viajar hoje nas linhas do Norte e Beira Alta

A CP - Comboios de Portugal irá conceder reembolsos aos clientes que tenham comprado bilhetes para hoje e pretendam desistir da viagem, devido às perturbações previstas por causa do mau tempo.

Em comunicado, a operadora adiantou que "devido à previsão de agravamento das condições climatéricas durante o dia 20 de dezembro estão previstas fortes perturbações na circulação de comboios nas linhas do Norte e da Beira Alta".

A CP avançou ainda que "aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos e que pretendam desistir da viagem, a CP permitirá, durante o dia de hoje, o reembolso do valor do bilhete, ou a sua revalidação, sem custos".

A operadora aconselha os utentes a apresentar os pedidos nas bilheteiras ou na página da Internet da CP, na qual a operadora está ainda disponível para "qualquer esclarecimento ou sugestão".

Os utentes podem ainda ligar para a linha de atendimento (707 210 220).

O mau tempo que tem assolado o país está a provocar perturbações nos transportes a nível nacional.

15h00 - Subida do rio Ave corta estrada que serve zona industrial de Vila do Conde

O rio Ave galgou hoje as margens na freguesia de Touguinha, em Vila do Conde, distrito do Porto, forçando o corte de uma estrada que dá acesso à zona industrial local, confirmou o comandante dos bombeiros vilacondenses.

"O caudal subiu e obrigou a fecharmos a estrada que serve de acesso a algumas empresas, condicionando a sua atividade. Nessa zona não se verificaram inundações nos edifícios, e a tendência é que o nível das águas baixe até às 16h00 e a estrada possa ser, entretanto, reaberta", disse à agência Lusa Joaquim Gomes, comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde.

Também nessa zona estão os armazéns centrais dos serviços de recolha de lixo e limpeza urbana da Câmara de Vila do Conde, que devido ao corte da estrada têm a sua atividade condicionada.

Já na parte ribeirinha da cidade, junto à foz do rio Ave, a subida das águas provocou inundações em algumas garagens e caves, numa situação onde, segundo Joaquim Gomes, "não há muito a fazer senão esperar que o nível das águas baixe".

14h33 - Marcelo acompanha situação "em ligação permanente" com MAI

O Presidente da República afirmou hoje que está a acompanhar "em ligação permanente" com o ministro da Administração Interna as situações provocadas pelo mau tempo, e apontou que a Proteção Civil "tem tentado acorrer" às ocorrências.
  "Já não é uma (depressão), são duas, segue-se a uma outra que hoje se vai agravar à tarde, pelo que parece. Tenho acompanhado isso em ligação permanente com o senhor ministro da Administração Interna, e através dele com a Proteção Civil", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à margem da reunião anual do Conselho da Diáspora, no Palácio da Cidadela, em Cascais.

De acordo com o chefe de Estado, "dentro do que é possível as câmaras, as freguesias e o Estado têm tentado acorrer às milhares e milhares de ocorrências e problemas que surgiram por todo o país".

Questionado sobre a necessidade de medidas preventivas, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "é muito difícil tomar medidas preventivas porque, por exemplo, previa-se que a passagem fosse mais rápida pelo território português, não se previa que tivesse durado como durou até às tantas horas da madrugada".

"A previsão era uma previsão menos complicada do que aquela que ocorreu, e ninguém previa também que viesse logo a seguir uma outra depressão que apanhasse o fim da tarde de hoje e o começo da noite", acrescentou, advogando que "isto vai mudando a um ritmo tal que o que se pode fazer de prevenção é sempre muito aleatório, é muito contingente, é muito difícil".

14h15 - Passagem da depressão Elsa faz três mortos em Espanha

Pelo menos três pessoas morreram até ao momento em Espanha devido ao mau tempo provocado pela depressão Elsa, registando-se igualmente elevados danos materiais e vários cortes de estradas, segundo um novo balanço das autoridades espanholas.

Na quinta-feira, as autoridades espanholas confirmaram uma vítima mortal, um homem que tinha morrido na localidade de Puenxo, nas Astúrias.

O novo balanço, citado pela agência espanhola EFE, precisou que uma das duas novas vítimas mortais é um homem de 51 anos que morreu esta sexta-feira em Vegas del Condado, na província de León, quando o trator que conduzia caiu num rio local.

A outra vítima mortal foi registada, ainda na quinta-feira, em Santiago de Compostela (região da Galiza).

A par dos ventos fortes, a passagem da depressão Elsa em Espanha provocou inundações, cortes de estradas, encerramento de escolas - mais de mil crianças estão sem aulas - e queda de árvores.

14h10 - Suspensa ligação fluvial entre Trafaria e Belém

A ligação fluvial entre a Trafaria, em Almada, e Belém, em Lisboa, encontra-se suspensa desde as 13h00 de hoje devido às condições atmosféricas que se fazem sentir, anunciou a Transtejo.

Numa resposta à Lusa, a empresa indicou ainda que "as restantes ligações da Transtejo e Soflusa estão operacionais".

Segundo a página da empresa na internet, "de momento, não é possível prever a retoma do serviço" entre a Trafaria e Belém.

14h05 - Rio galga avenida do Douro na Régua

O caudal do rio Douro galgou a avenida do Douro, em Peso da Régua, e os comerciantes da principal artéria da cidade, a João Franco, foram avisados para retirar os seus bens, disse o presidente da câmara.

"A previsão é que a água do rio vá subir, ainda não conseguimos ter uma perceção até onde, mas na zona da João Franco já toda a gente foi contactada para retirar os pertences, pelo menos do rés-do-chão", afirmou José Manuel Gonçalves.

A autarquia cortou ao trânsito as avenidas do Douro, onde o caudal do rio já entrou na parte mais baixa, a da Galiza e ainda a João Franco, que é a principal artéria da cidade.

O autarca disse que se está em "alerta vermelho", que as previsões para as próximas horas são de um agravamento das condições meteorológicas, e ainda que a comissão de proteção civil vai reunir e pode ativar o plano de emergência.

"Vamos tentar minimizar o mais possível aquilo que possam vir a ser os estragos", frisou.

Mais acima, na vila do Pinhão, no concelho de Alijó, o rio também inundou a zona ribeirinha, atingindo bares e restaurantes, bem como uma loja de vinhos e stands de venda de viagens de barco, uma zona de lazer e parque infantil.

O vice-presidente da Câmara de Alijó, Vítor Ferreira, disse que se está a "monitorizar constantemente a subida do rio".

14h00- Situação estável em Soure

A depressão Elsa provocou inundações também no distrito de Coimbra. Em Soure, a água está já junto às habitações devido à subida nos caudais dos rios Anços e Arunca, que começaram a transbordar durante a tarde de sexta-feira.

Mário Jorge Nunes, presidente da Câmara Municipal de Soure, explicou à RTP que a água continua a subir, mas lentamente, e diz-se satisfeito por os principais problemas elétricos da região estarem resolvidos, depois de algumas localidades terem ficado 20 horas sem energia.
"Temos uma situação estável e esperemos que isto amanhã passe", afirmou.

13h50 - Nível das águas do rio Tâmega não pára de subir

Em Chaves, o mau tempo deverá agravar-se durante a tarde desta sexta-feira, prevendo-se mais precipitação. O nível das águas do rio Tâmega não pára de subir, tendo subido oito centímetros em apenas uma hora.
O comandante dos bombeiros de Chaves, Artur Nogueira, explicou à RTP que foram 25 os pedidos de socorro desde a última madrugada, nomeadamente por inundações, desabamentos e resgates de pessoas e animais.

As autoridades não têm registo de pessoas desalojadas, apesar de várias casas e estabelecimentos terem sido afetados pelas cheias.

13h45 - Amarante faz contas aos danos do mau tempo

No centro histórico de Amarante, a manhã foi de limpezas e contabilidade dos prejuízos.
O Rio Tâmega galgou as margens na última madrugada e inundou casas e lojas.

13h35 - Os estragos provocados em Lisboa

A passagem da depressão Elsa provocou vários estragos em Lisboa.

No Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), parte do telhado da entrada ruiu à hora do encerramento do museu, não fazendo vítimas.
Para prevenir acidentes, a autarquia de Lisboa está a demolir um muro na antiga feira popular.

O muro com várias estruturas de metal de publicidade corria o risco de ruir por pressão dos ventos fortes previstos para estes dias.

A principal estrada da Serra de Sintra está encerrada, com queda de árvores e deslizamentos de terra a condicionar a circulação.

13h30 - Subida do Tâmega inunda casas e lojas de Chaves

O presidente da Câmara Municipal de Chaves teme que a situação se agrave nas próximas horas, uma vez que continua a chover.
A população afirma que não se lembra de uma cheia tão grande.

13h25 - Baixa de Águeda inundada

Foram insuficientes as precauções e os alertas da Proteção Civil aos comerciantes.
O presidente da Câmara diz que Águeda foi surpreendida pelas descargas da Barragem de Ribeiradio.

13h20 -Aumentou para vermelho o alerta de cheias no Douro

Em Miragaia, no Porto, o estado do tempo melhorou mas, entretanto, aumentou para vermelho o alerta de cheias no Douro, prevendo-se que ao final da tarde desta sexta-feira as condições meteorológicas possam piorar.
"Temos estado a monitorizar toda a situação na bacia hidrográfica do Rio Douro, que sofre as descargas de água de uma série de rios fluentes, o que leva a que, neste momento, as albufeiras ao longo de toda a bacia estejam quase no seu nível máximo", explicou o comandante da Capitania do Porto, Cruz Martins.

13h15 - Proteção Civil alerta para agravamento durante a tarde

O número de desalojados devido ao mau tempo que assola Portugal continental desde quarta-feira aumentou para 77, registando-se até às 12h00 de hoje cerca de sete mil ocorrências, com dois mortos e um desaparecido.

A informação foi dada aos jornalistas por Pedro Nunes, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), numa altura em que a depressão Elsa continua em deslocação de norte para sul.

"Até às 12h00 registaram-se sete mil ocorrências, envolvendo 21 mil operacionais", disse Pedro Nunes.
  O comandante referiu que os distritos mais afetados são Porto, Aveiro, Coimbra, Viseu, Braga e Lisboa, sendo a maior parte das ocorrências relacionadas com inundações e quedas de árvores.

Pedro Nunes referiu também que foi acionado o plano de cheias para a bacia do Tejo e admitiu a possibilidade para "estradas nacionais e regionais cortadas" no distrito de Santarém, no final do dia.

"Até às 20h00 deverá existir um agravamento do estado do tempo, sendo depois expectável que comece a estabilizar", afirmou.

Pedro Nunes indicou a possibilidade de inundações no Douro, com especial atenção para Régua e a foz, nas duas margens, afirmando que os caudais "não estão a estabilizar", podendo agravar-se a situação "durante a tarde e a noite".

Em relação ao rio Tâmega, Pedro Nunes referiu que o caudal baixou no período da manha, mas que em Chaves e Amarante poderá agravar-se novamente.

13h10 - Cerca de uma centena de linhas da EDP continuam inoperacionais

Cerca de uma centena de linhas de alta e média tensão ainda continuam inoperacionais, devido à passagem da depressão Elsa, sendo os distritos de Viseu, Coimbra e Guarda os mais afetados, informou hoje a EDP Distribuição.

Segundo um comunicado da empresa, pelas 13h00, a EDP tem mobilizados no terreno "mais de 1.500 operacionais" e já instalou cerca de 60 geradores nas zonas mais afetadas para fazer face aos problemas de iluminação.

"O número de consumidores sem energia tem vindo a reduzir, embora ainda seja muito elevado, na ordem dos milhares", aponta a empresa, adiantando que "não existe ainda previsão para a resolução integral do fornecimento de energia".

Os distritos mais afetados, ainda com cerca de uma centena de linhas de alta e média tensão dadas como inoperacionais, são os de Viseu, Coimbra e Guarda, com postes danificados.

A EDP sublinha que se mantém atenta à evolução meteorológica, em articulação com as autarquias e com as autoridades nacionais e locais de segurança e proteção civil.

13h00 - Acionado Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo

A Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém acionou hoje o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo no seu nível Amarelo, devido ao "aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo".

Em comunicado, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém afirma que a subida dos caudais do Tejo, "especialmente nos provenientes de Espanha e rio Ocresa", causada pela precipitação que se tem sentido em Portugal e em Espanha, torna "elevada a probabilidade de cheia" na região.

A nota afirma que, desde as 23h00 de quinta-feira, os caudais lançados no rio Tejo estão acima dos 1.500 metros cúbicos, tendo atingido os 3.085 metros cúbicos por segundo às 00h00 de hoje, sendo expetável que, a manter-se a situação atual, possam atingir os 2.900 metros cúbicos por segundo em Almourol, ao longo do dia de hoje.

Até ao momento, apenas se registou a submersão do parque de estacionamento junto ao rio Zêzere, junto à vila de Constância, afirma.

Para as próximas horas, o CDOS admite que se possa verificar, no concelho de Santarém, a submersão da Estrada Nacional (EN) 365, em Ponte do Alviela e em Palhais/Ribeira de Santarém, da Estrada Municipal (EM) que liga a Ribeira de Santarém a Vale de Figueira e do parque de estacionamento da Ribeira de Santarém.

A EN 365 pode ainda ficar submersa na ligação entre os concelhos de Santarém e da Golegã, "com possibilidade de isolamento da povoação de Reguengo do Alviela", afirma.

"É expetável nas próximas horas uma manutenção dos caudais do rio Tejo, mantendo-se assim a elevada probabilidade de cheia", acrescenta o comunicado.

O CDOS Santarém recomenda às populações das zonas que podem vir a ficar inundadas para que retirem equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens, que levem os animais para locais seguros, não atravessem com viaturas ou a pé estradas ou zonas alagadas e que se mantenham informadas através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos agentes de Proteção Civil.

12h45- Edifício do MAAT encerrado até 27 de março

O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), encerrado desde quinta-feira devido a fortes rajadas de vento que derrubaram parte do teto, reabre no dia 27 de março, após as obras de manutenção que estavam previstas para fevereiro.

"O novo edifício do MAAT vai estar temporariamente encerrado e reabre a 27 de março", devido aos estragos provocados pela depressão Elsa, que obrigam o museu a antecipar obras de manutenção previstas para fevereiro, anunciou o MAAT, em comunicado.

O MAAT adianta não terem sido registados quaisquer danos pessoais.

12h30 - Câmara de Chaves alerta para "subida significativa" do Tâmega durante o dia

A Câmara de Chaves alertou hoje para o agravamento das condições climatéricas "com precipitação constante e intensa durante todo o dia", que irá manter o rio Tâmega com "previsão de subida significativa" nas próximas horas.

A autarquia do distrito de Vila Real adiantou que o rio assume agora uma quota de 3,20 metros acima do normal.

"Em função de nova avaliação dos serviços de Proteção Civil, em articulação com técnicos espanhóis, o caudal do rio Tâmega manterá nas próximas horas uma subida significativa, agravando a condição de cheias", refere a nota.

O município transmontano reforça ainda a necessidade de "aplicação de medidas de autoproteção e salvaguarda de bens, nomeadamente em habitações e comércios localizados nas margens do rio".

Por volta das 10h00 de hoje o rio que atravessa aquela localidade do distrito de Vila Real continuava a subir, mas com menos intensidade, agora a "um centímetro por hora", face aos 10 centímetros por hora que se registaram durante a noite.

"Temos já uma área inundada bastante significativa, atingindo níveis das cheias de 2010", explicou o comandante da Proteção Civil municipal, Sílvio Sevivas.

Além da inundação de alguns estabelecimentos comerciais no centro histórico, junto à zona ribeirinha, a preocupação prende-se com o condicionamento do trânsito na Avenida Dom João I e numa rua paralela, Dom Afonso III, zona que concentra várias superfícies comerciais e restaurantes.

Também o trânsito está condicionado desde quinta-feira à tarde na envolvente do rio por motivos de segurança.

A subida do rio Tâmega causou a inundação da Veiga de Chaves, que ocupa uma área de 2.500 hectares e que tem cerca de 8,5 quilómetros de comprimento e três de largura, deixando algumas habitações circundadas por água.

"Há habitações que estão circundadas por água, mas as pessoas continuam no seu interior, depois de terem salvaguardado os seus bens, graças à prevenção feita na quinta-feira", vincou Sílvio Sevivas.

12h15 - Buscas por condutor desaparecido mantêm-se em "operação muito complexa"

As buscas para encontrar o condutor de uma retroescavadora que está desaparecido em Ribolhos, Castro de Aire, continuam a decorrer, numa "operação muito complexa" que exige muitos cuidados de segurança, disse hoje a secretária de Estado da Administração Interna.

"O condutor continua desaparecido, as operações estão em curso", começou por explicar Patrícia Gaspar, que falava aos jornalistas após a reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Oeiras, distrito de Lisboa.
  Segundo a secretária de Estado, trata-se de uma "operação muito complexa, que exige muitos cuidados em termos de segurança para os operacionais" que se encontram a fazer as busca na localidade de Ribolhos, no distrito de Viseu.

Patrícia Gaspar adiantou ainda que a zona é "muito escarpada" e o rio "tem uma corrente muito forte", salientando que "neste momento todo o cuidado é pouco".

"Estão a fazer o melhor que podem para encontrar quer a máquina, quer o condutor que está desaparecido", sublinhou.

A secretária de Estado da Administração de Interna enalteceu ainda o trabalho dos mais de "21 mil operacionais" que estão no terreno desde as 15h00 de quarta-feira, lembrando que já se registaram até ao início da manha de hoje "mais de seis mil ocorrências".

"O trabalho no terreno tem sido absolutamente excecional", frisou a governante.

O aluimento de terras em Ribolhos ocorreu cerca das 21h30 de quinta-feira.

12h00 - Queda de árvore obriga a realojar duas pessoas em Leiria

Uma família foi realojada na madrugada de hoje em Leiria devido à queda de uma árvore no telhado da sua casa, confirmou à Lusa o município.

Fonte da Câmara de Leiria informou que, na sequência da queda de um telhado num apartamento na zona de São Romão, foi necessário realojar uma idosa e o filho no Centro de Emergência de Alfeizerão da Segurança Social, no concelho de Alcobaça, também no distrito de Leiria.

"Neste momento, ainda não é possível indicar quando será possível regressarem à sua habitação, sendo que esta é uma situação que está a ser acompanhada de perto tanto pela Segurança Social como pelo município", referiu a mesma fonte.

O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes (PS), revelou que foram registadas 17 inundações e 60 quedas de árvores, mas "nada de grave".

"A maioria dos casos foi de imediato resolvida pelos serviços da proteção civil e juntas de freguesia", disse.

Gonçalo Lopes apelou à população para evitar a zona pedonal do Polis, afastando-se das margens do rio, uma vez que o Lis apresenta um caudal elevado e "com a continuação das chuvas há risco de transbordo".

11h55 - Oito pessoas realojadas em casa de familiares em Vidigueira

Oito pessoas que viviam num acampamento na periferia de Vila de Frades, no concelho de Vidigueira (Beja), e ficaram desalojadas devido ao mau tempo foram para casa de familiares, disse hoje à agência Lusa o presidente do município.

Na quinta-feira, "o vento forte levantou coberturas do acampamento onde viviam 30 pessoas de etnia cigana, mas só duas famílias, de oito pessoas, ficaram desalojadas", explicou Rui Raposo, presidente da Câmara de Vidigueira, no distrito de Beja.

Segundo o autarca, o Serviço Municipal de Proteção Civil e a Cruz Vermelha "tentaram resolver a situação, mas as duas famílias conseguiram arranjar solução e foram para casa de familiares" também em Vila Frades.

Rui Raposo disse que o Serviço Municipal de Proteção Civil e a Cruz Vermelha estão "em fase de prevenção" para atuar caso ocorra outra situação do género no acampamento e mais pessoas fiquem desalojadas devido ao mau tempo.

11h50 - Suspensa circulação na ponte Rainha D. Amélia entre Cartaxo e Salvaterra de Magos

A circulação na ponte Rainha D. Amélia, que liga os concelhos do Cartaxo e de Salvaterra de Magos, no distrito de Santarém, foi hoje suspensa devido ao mau tempo.

Em comunicado, os municípios afirmam que a decisão, com efeitos a partir das 11h00 de hoje, foi tomada em coordenação com a GNR e o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, dada a previsão de ocorrência de ventos fortes e do aumento da corrente do rio Tejo, devido à subida do caudal.

A nota refere que os níveis hidrométricos e os caudais do Tejo devem aumentar nas próximas horas, "devido ao inesperado e súbito início das descargas das barragens espanholas e portuguesas".

A decisão é ainda justificada pelas "questões de segurança das fundações, pilares e estruturas de apoio do tabuleiro", acrescenta, salientando que os presidentes dos dois municípios, Pedro Magalhães Ribeiro (Cartaxo) e Hélder Esménio (Salvaterra de Magos), "consideram a segurança das pessoas o primeiro valor a preservar".

11h45 – Várias localidades do concelho de Soure estão isoladas

Em Soure, as chuvas fortes provocaram cheias no parque da vila de Soure. Vários estabelecimentos foram obrigados a encerrar.

O presidente da Câmara de Soure afirma que está "é uma situação recorrente".
"Estamos numa zona de cheia" e a população está habituada "a conviver com esta situação".

Durante o dia de hoje a água vai continuar a subir e "esperam-se mais de uma dezena de centímetros".

"Desde o castelo até ao campo de futebol está tudo inundado".

O encerramento de várias estradas nacionais preocupa o autarca. Várias localidades estão isoladas.

11h30 - Câmara de Lisboa derruba muro que desabou

A câmara municipal de Lisboa derrubou parte do muro do terreno da antiga Feira Popular de Lisboa como medida de prevenção.
O muro era antigo e já apresentava algumas fissuras.

11h15 - Buscas para encontrar homem desaparecido em Castro D'Aire prosseguem

Em Castro D'Aire prosseguem as buscas para encontrar o manobrador de uma retroescavadora que caiu no rio.
  As buscas, que começaram ao início da manhã, estão a decorrer com muitas dificuldades devido às condições atmosféricas adversas.

O homem de 56 anos estava a começar a fazer uma limpeza na berma  da Estrada Nacional 2 e foi apanhado por uma derrocada.

Estrada Nacional 2 cortada em Castro Daire na zona das buscas por desaparecido

11h00 - Cheias nas zonas ribeirinhas de Porto e Gaia previsíveis até sábado

As inundações em zonas ribeirinhas do rio do Douro, no Porto e Vila Nova de Gaia, deverão persistir ao longo do dia de hoje e no sábado, devido à necessidade de descargas das barragens, que estão praticamente na sua capacidade máxima.
  Cruz Martins, comandante da Capitania do Porto, explicou que ao longo dos 200 e muitos quilómetros navegáveis do Douro existem várias barragens e albufeiras que estão quase na capacidade máxima e estão a ser realizadas descargas controladas.

"É expectável que durante todo o dia de hoje e o dia de amanhã (sábado) tenhamos situações pontuais de alagamentos nestas zonas que já estão identificadas. As populações estão prevenidas para estas ocorrências", alertou.

A última vez que o Douro galgou as margens e provocou cheias desta dimensão foi em 2006.

10h45 - Douro galga margens no Pinhão e atinge bares

O rio Douro galgou hoje as margens no Pinhão, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, e entrou em quatro bares da zona ribeirinha, disse à agência Lusa o comandante dos bombeiros voluntários.

Carlos Pereira referiu que o "rio transbordou as margens e, pelo menos, quatro bares já estão com água".

Segundo o comandante, atingiu ainda os 'stands' de venda de bilhetes para os barcos turísticos que se encontram na zona do cais fluvial do Pinhão.

"Isto às vezes é também um pouco por teimosia das pessoas que estão alertadas, mas que acham que o rio não vai subir e à última hora é que andamos aqui a tentar tirar as coisas", referiu.

O responsável disse ainda que os bombeiros e elementos da Proteção Civil Municipal ajudaram também a retirar os carros que estavam estacionados naquela zona.

Carlos Pereira referiu que as previsões de quinta-feira apontavam para que o caudal do Douro chegasse "aos passeios", mas não que "galgasse os passeios e a estrada", como veio a acontecer, havendo alguns sítios em que se estende já por cerca de "seis a sete metros".

Os afluentes do Douro, como o rio Tua, estão também, neste momento, a debitar muita água.

Mais abaixo do Pinhão, em Peso da Régua, o rio já submergiu os estabelecimentos localizados no cais fluvial, um bar e uma loja de artesanato, que já se encontravam vazios.

As atenções das autoridades centram-se agora na Avenida do Douro, a primeira artéria a ser afetada se o rio continuar a subir, podendo condicionar esta via de ligação a Mesão Frio.

10h30 - Estradas encerradas na serra da Estrela devido à queda de neve

Algumas estradas de acesso ao maciço central da serra da Estrela foram hoje encerradas devido à queda de neve e às condições meteorológicas adversas, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco.

De acordo com a mesma fonte, os troços Piornos/Torre e Torre/Lagoa Comprida, na Estrada Nacional 338, estão encerrados desde às 9h00, não havendo previsão para a reabertura.

A fonte informou ainda que a ligação entre Piornos/Manteigas está condicionada, já que a chuva intensa fez aumentar o risco de derrocada.

10h10 - Tâmega galga as margens e inunda centro histórico de Chaves

Na zona histórica de Chaves há várias habitações e estabelecimentos inundados. Toda a zona junto à ponte romana está totalmente alagada.

Várias ruas ficaram submersas o que está a condicionar a circulação rodoviária na cidade.
A Proteção Civil afirma que vai demorar algum tempo até que a situação normalize. O Tâmega subiu a um nível mais elevado do que há 10 anos e está mais de três metros acima do normal.

Os habitantes recordam que há muitos anos que o Tâmega não inundava a zona histórica da cidade.

Além do Tâmega, também o rio Tua em Mirandela e o Sabor galgaram as margens.

10h00 - EDP mantém 117 linhas de média e alta tensão fora de serviço

A região Centro do país é a mais afetada pelos estragos provocados pelo mau tempo na rede elétrica e, apesar de a situação ter melhorado, a EDP Distribuição ainda tem 117 linhas de média e alta tensão fora de serviço.

Segundo fonte da empresa, depois do pico de avarias, que ocorreu até cerca das 00:00 de hoje, a situação melhorou, mas milhares de pessoas ainda estão sem energia elétrica, uma vez que a rede ficou "bastante danificada" por causa da passagem da depressão Elsa.

Na região centro, os concelhos mais afetados são Cantenhede, São Pedro do Sul, Tondela, Viseu e Aguiar da Beira.

A mesma fonte acrescentou que na região Norte a situação tem vindo a ser normalizada e que a região Centro é a mais afetada, sobretudo os distritos de Viseu, Coimbra, Guarda, Castelo Branco e parte do Porto.

Para responder às falhas no serviço, a empresa está a instalar geradores de emergência, em particular em estações elevatórias, onde o restabelecimento é mais difícil.

Os problemas de falta de energia deverão manter-se nos próximos dias, apesar da melhoria do estado do tempo, uma vez que o Instituto Nacional do Mar e da Atmosfera (IPMA) já alertou para os efeitos de uma nova depressão, denominada Fabien, que atingirá Portugal no sábado.

9h55 - Estradas cortadas na Serra de Sintra

Na zona de Sintra várias estradas estão cortadas ao trânsito devido a derrocadas.
O Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros, que ontem estiveram encerrados, poderão reabrir hoje.

9h50 - Vento arrancou placas exteriores e obrigou ao encerramento do MAAT

Parte do teto da entrada do Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, ruiu devido ao vento forte e à chuva intensa.

Na altura do incidente, cerca das 19h00 de quinta-feira, não se encontrava ninguém no local.
Os trabalhos de limpeza estão a decorrer e de seguida vai ser realizada uma vistoria. As obras de recuperação só avançam depois.

Para já, o MAAT está encerrado por tempo indeterminado.

9h40 - Cortado troço do IC3 na cidade de Coimbra

O troço do IC3 entre o Pinhal de Marrocos e a Ponte da Portela, na cidade de Coimbra, está encerrado ao trânsito devido à inundação da via, afirmou hoje fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

O troço do Itinerário Complementar 3 (IC3), situado junto ao Polo II da Universidade de Coimbra, foi cortado nas duas passagens interiores daquela estrada, que ficaram inundadas, disse à agência Lusa fonte do CDOS de Coimbra.

De acordo com a mesma fonte, há várias estradas condicionadas ou cortadas no distrito, mas "quase tudo estradas secundárias".

Devido ao mau tempo, registaram-se várias árvores caídas e algumas inundações de casas e garagens, mas sem necessidade de realojar pessoas, não havendo registo de qualquer ferido, afirmou fonte do CDOS de Coimbra.

Segundo fonte do Comando Territorial de Coimbra da GNR, as estradas que foram cortadas na quinta-feira na Lousã continuam condicionad