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Reportagem

Milhares de professores e outros profissionais manifestaram-se em Lisboa

por Carlos Santos Neves - RTP

António Cotrim - Lusa

Dezenas de milhares de professores e outros trabalhadores do ensino voltaram este sábado a manifestar-se em Lisboa, numa marcha convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração aos concursos. Acompanhámos aqui, ao minuto, a ação de protesto.

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20h17 - A síntese da jornada de luta convocada pelo S.T.O.P.

Dezenas de milhares de professores e outros profissionais do ensino manifestaram-se em Lisboa. Protestam contra as propostas de alteração aos concursos e garantem que, se o Governo não recuar, voltam à rua. O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação diz que estiveram 100 mil professores em Lisboa.

A polícia, que no início da manifestação falou em 20 mil, não quis atualizar os números no final do protesto.
A marcha começou no Marquês de Pombal, desceu a Avenida da Liberdade e terminou no Terreiro do Paço.

Os professores acusaram a PSP e GNR de terem impedido a chegada a Lisboa de dezenas de autocarros com manifestantes. Os relatos falam de fiscalizações e revistas às mochilas.
PSP e GNR negam que tenha havido qualquer operação direcionada a autocarros com docentes.

António Costa afiançou durante a tarde que o Governo quer negociar com os sindicatos de professores. Enquanto decorria a marcha em Lisboa, o secretário-geral do PS discursava na reunião da Comissão Nacional do partido e prometeu maior estabilidade para o sector.
Vários partidos juntaram-se ao protesto com críticas ao Governo e pedidos de valorização da escola pública.

19h35 - Os últimos momentos da concentração no Terreiro do Paço



19h33 - PCP. Professores têm "razões de sobra" para estar em luta

O secretário-geral do PCP diz que os professores têm "razões de sobra" para estar em luta.
Paulo Raimundo considera que é uma luta de todos e não só dos docentes.

19h30 - PSD critica tom "persecutório" do Governo

Margarida Balseiro Lopes, do PSD, deixou "uma palavra de solidariedade com todos os profissionais do setor de Educação".
O Partido Social Democrata solidariza-se com quem se manifestou este sábado em Lisboa e acusou o governo de não estar da dar sinais positivos no que toca ao processo negocial que se retoma na próxima semana.

18h56 - Chega divulga projeto de lei em dia de marcha

O partido de André Ventura divulgou este sábado um projeto de lei que visa encurtar o prazo para a reforma antecipada dos educadores de infância e docentes dos ensinos básico e secundário.

O diploma ainda não deu formalmente entrada na Assembleia da República.

O Chega propõe que o Estatuto da Carreira Docente passe a prever a reforma antecipada para os profissionais que tenham, "pelo menos, 60 anos de idade e que, enquanto tiverem essa idade, tenham completado, pelo menos, 36 anos de exercício efetivo de funções".

A reforma poderia ser pedida "independentemente de submissão a junta médica e sem prejuízo da aplicação do regime de pensão unificada".

Esta alteração legislativa entraria em vigor "com o Orçamento do Estado para 2024", de acordo com o projeto do Chega, cujo teor é citado pela agência Lusa.

18h26 - "O S.T.O.P. nunca ataca as greves dos outros"

André Pestana refere-se a críticas de outras estruturas sindicais às formas de luta do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação. "Porque é que eles não estão aqui?", pergunta.


18h22 - "A escola unida jamais será vencida"

No discurso de encerramento da concentração na Praça do Comércio, o dirigente do S.T.O.P. voltou a evocar palavras do ministro da tutela, que apontou a "imprevisibilidade" da greve dos professores. André Pestana condenou em seguida "a imprevisibilidade" que "as políticas" do Ministério da Educação implica para as vidas dos profissionais do sector, "como a mudança de regras a meio do jogo".

"A escola unida jamais será vencida", grita-se no Terreiro do Paço.

18h12 - Farpas ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação

André Prestana recorda que o ministro da Educação, João Costa, veio na sexta-feira a público dizer que "não compreende uma greve tão forte em pleno período negocial".

"O Ministério da Educação tem recusado reunir-se sobre temas essenciais para quem trabalha nas escolas", acusou o dirigente do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, que em seguida criticou a passagem de competências em matéria escolar para entidades regionais.

André Prestana vaticinou ainda que o primeiro-ministro, António Costa, pode "acordar amanhã" para a realidade da contestação em massa dos professores e demais profissionais escolares.

18h07 - André Pestana discursa

O dirigente do S.T.O.P. André Pestana está neste momento a fazer o discurso que há-de encerrar a ação de protesto deste sábado.

"Aqui estamos, mais fortes do que nunca, muito mais do que 100 mil", clama o sindicalista, para depois agradecer aos participantes na manifestação pela "luta democrática".

17h41 - Professores concentrados na Praça do Comércio

Estão já a decorrer os discursos no palco montado na Praça do Comércio, onde se encontram agora os largos milhares de professores e outros profissionais do sector da educação que integraram a marcha de protesto.


17h33 - Manifestantes começam a encher a Praça do Comércio

Os professores em protesto estão já a concentrar-se na Praça do Comércio, destino da marcha desta tarde.
Mas ainda há milhares a percorrer o trajeto desde o Marquês de Pombal.

16h46 - "É histórico". S.T.O.P. assinala mobilização de docentes e critica autoridades

Ouvido pela RTP, durante a marcha de protesto dos professores em Lisboa, André Pestana, dirigente do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, denunciou o que descreveu como fiscalizações das autoridades a docentes que se dirigiam à capital.
Apontou também para mais de 100 mil pessoas na ação deste sábado.

16h28 - Balanços e relatos divergentes

A PSP apontou, cerca das 16h00, a estimativa de mais de 20 mil pessoas na marcha desta tarde em Lisboa, mas o S.T.O.P. adianta que serão já 100 mil.

Há também relatos de vários autocarros a ser submetidos a fiscalização por parte da GNR e da PSP, impedindo-se assim que mais professores se juntem aos protestos em Lisboa. Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana afiança que tal "não corresponde à verdade".
"Atendendo às notícias veiculadas nos Órgãos de Comunicação Social, na manhã de hoje, sobre as operações direcionadas aos autocarros que transportam os professores que seguem em direção a Lisboa, cumpre informar que a Guarda Nacional Republicana executou durante toda a manhã a sua atividade diária no âmbito da fiscalização rodoviária, e poderão ter sido aleatoriamente fiscalizados veículos pesados de passageiros, tais como vários outros veículos", lê-se na nota da Guarda.

"Não corresponde à verdade as alegações que estas operações visam as deslocações de professores e que é pretensão dificultar este movimento, atendendo a que as fiscalizações são completamente aleatórias".

Também a PSP veio desmentir "categoricamente" ter fiscalizado veículos em que os manifestantes se fizeram transportar. E agradeceu "a forma civilizada como os professores estão a exercer o seu direito de manifestação".

16h18 - Costa confiante em acordo com sindicatos de professores

António Costa ainda acredita num acordo com os sindicatos dos professores. E garante que as negociações continuam na próxima semana.

Na reunião da Comissão Nacional do PS, o secretário-geral socialista defendeu um novo modelo para a carreira docente, que evite professores deslocados.
António Costa voltou a sublinhar que é uma "fantasia" a ideia que as autarquias vão gerir os professores no processo de descentralização.

16h02 - Avenida da Liberdade repleta de professores em protesto


15h55 - Mais de 20 mil professores na marcha

A estimativa é avançada à agência Lusa pela oficial da PSP responsável pelo policiamento da concentração e da marcha dos professores.
As equipas de reportagem da RTP estão a acompanhar os protestos desde o início.

15h37 - Serviços mínimos?

Na véspera desta manifestação, o ministro da Educação deu uma conferência de imprensa para garantir que o Governo continua aberto a negociar.

João Costa afirmou que as greves estão a ter consequências mínimas para os professores e impacto máximo para alunos e famílias.
Camila Vidal - Antena 1

E o Governo não descarta também vir a pedir serviços mínimos.

15h15 - Marcha em curso

A marcha dos professores percorre, a esta hora, a Avenida da Liberdade rumo à Praça do Comércio.


15h10 - Vozes de protesto

Ouvem-se tambores e de buzinas na praça do Marquês de Pombal, onde os professores erguem lenços brancos para dizer "adeus ao senhor ministro". Empunham também cartazes a reclamar dignidade na profissão, em defesa da escola pública e pelo acesso ao topo das carreiras.

"Ministro, escuta, a escola está em luta", "não à municipalização" e "unidos pela educação" são palavras de ordem desta concentração.
Recorde-se que este é segunda manifestação em Lisboa no espaço de um mês. A primeira terá juntado mais de 20 mil professores, segundo a contagem do S.T.O.P.

14h45 - Bloco de Esquerda presente na marcha

Em declarações aos jornalistas, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou que "a forma como Partido Socialista tem tratado a escola é inaceitável".


14h33 - S.T.O.P fala de "marcha fantástica"

O sindicato espera chegar ao Terreiro do Paço com 50 mil pessoas integradas na manifestação desta tarde.
"Nós não somos radicais", afirmou o dirigente sindical André Pestana, face às críticas da tutela.

14h30 - PAN associa-se ao protesto

Presente na concentração, a dirigente do partido Pessoas-Animais-Natureza Inês de Sousa Real mostrou-se solidária com os docentes.


14h25 - Concentração de professores já enche o Marquês de Pombal

As equipas de reportagem da RTP mostraram os primeiros instantes da ação de protesto convocada pelo S.T.O.P., ao início da tarde deste sábado.


14h00 - Hora marcada para o início da marcha


Começa por esta hora, em Lisboa, a manifestação de professores. Esperam-se 50 mil pessoas no protesto nas ruas da capital.

A concentração tem lugar no Marquês de Pombal e a marcha de protesto segue, em seguida, até à Praça do Comércio, em Lisboa.

Pouco antes do início da concentração, a RTP ouviu os argumentos de professores na praça do Marquês de Pombal.
Esta é uma manifestação convocada pelo S.T.O.P - Sindicato de Todos os Profissionais da Educação e é a segunda no espaço de um mês. A estrutura sindical espera que docentes, não docentes, pais, alunos e profissionais de outros sectores participem na ação de protesto, que visa contestar as propostas de alteração aos concursos e defender a escola pública.

A marcha tem lugar num contxto de forte contestação dos docentes, que estão em greve desde 9 de dezembro. A paralisação foi alargada até final de janeiro.