País
Autárquicas 2025
Quem somos e como vivemos. Conheça os números da população, habitação e pressão turística
Portugal está em constante transformação. De Norte a Sul, do interior às ilhas, cada município conta uma história única sobre quem somos, onde vivemos e como nos visitam. A menos de um mês das eleições autárquicas, a RTP dá-lhe a conhecer os números da população, habitação e pressão turística no nosso país, com base no retrato dos municípios portugueses realizado pela Pordata.
População
Entre 2021 e 2024, apenas 120 dos 308 municípios viram crescer o número de jovens. Odemira e Vila de Rei lideram, com aumentos superiores a 12%.
Mas 99 municípios, quase um terço dos concelhos portugueses, perderam população em idade ativa. E o envelhecimento é uma realidade em muitos territórios — Vinhais é o exemplo mais extremo, com quase metade da população (46,30%) acima dos 65 anos.
A Ribeira Grande é o município mais jovem do país, com 143 jovens com menos de 15 anos por cada 100 idosos. No continente, o destaque vai para o Montijo, em que este rácio é de 85 jovens por cada 100 idosos.Habitação
Dos 308 municípios portugueses, Lisboa é o mais populoso. Com 575.739 habitantes registados em 2024, o seu número de residentes aumentou 5,6% desde 2021 (tendo a taxa de variação nacional sido de 3,2%). Sintra, com 400.947 habitantes, e Vila Nova de Gaia, com 312.984, são, a seguir a Lisboa, os dois mais populosos, ambos com aumentos populacionais desde 2021 na ordem dos 3,5% e 2,3%, respetivamente.
Mas nenhum município cresceu tanto em percentagem como Óbidos, que, entre 2021 e 2024, viu a sua população residente aumentar de 12.410 para 13.720, um crescimento de 10,5%.
E quantos residentes têm os municípios por km²?
A resposta espelha, uma vez mais, a diversidade do país. Alcoutim tem apenas 4 residentes por km². Já no extremo oposto estão o Porto, com 6.101 habitantes por km², e a Amadora, o concelho com maior densidade populacional, com mais de 7.600 habitantes por km², sendo também aí que se regista o maior número de casas de habitação por km²: 3.643.
Ponta do Sol, na Madeira, foi o município com o maior crescimento percentual do valor mediano do m² na avaliação bancária das casas de habitação: mais de 66% em apenas três anos. Lisboa, a capital portuguesa, tem o maior valor mediano do m² na avaliação bancária: em 2024, foi de 3.826€, um crescimento de quase 23% desde 2021 (quando era 3.113€). Já Celorico da Beira registou o valor por m² mais baixo do país: 574€.
Pressão turística
Gondomar multiplicou por sete as dormidas de turistas, passando estas de 14.320 para 106.503. Tarouca quadruplicou a capacidade de alojamento turístico, tendo passado a sua oferta de 70 para 262 camas. Alenquer viu a taxa de ocupação em junho, julho e agosto quase triplicar, passando de 17,6% para 48,4%. E, olhando para a distribuição das dormidas de turistas ao longo do ano, Mira é um município que se destaca como destino de Verão por excelência, com 58% das dormidas a ocorrerem nessa estação.
Com 6,3 milhões de dormidas em 2024, o Porto teve um crescimento de 36,9% neste indicador, desde 2019, o que representou em termos médios mais 17.204 pessoas por dia no município, equivalendo a 6,9% da população, também acima da média do país.
Dos 308 municípios do país, 295 têm alojamento local. E, entre os 119 municípios com dados relativos a alojamento local disponíveis, os três que tiveram um maior aumento de dormidas de turistas neste tipo de estabelecimento foram Lagoa (no Algarve), São Vicente (na Madeira) e Anadia.
Através dos retratos dos municípios portugueses, realizados pela Pordata, convidamo-lo a partir deste domingo a continuar a explorar o país e a sua diversidade na página das Eleições Autárquicas da RTP Notícias e no Telejornal.
Fonte dos indicadores: INE/PORDATA