As autoridades de saúde identificaram este mês “mais de 20 casos suspeitos de infeção pelo vírus Monkeypox” na região de Lisboa e Vale do Tejo, revelou esta quarta-feira, em comunicado, a Direção-Geral da Saúde. Cinco destes casos foram já confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
“A Direção-Geral da Saúde identificou o alerta e centraliza, nesta fase, todas as ações de deteção, avaliação, gestão e comunicação de risco relacionadas com estes casos, através do Centro de Emergências em Saúde Pública (CESP)”, acrescenta-se na mesma nota.“A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos”, enfatiza a DGS.
A DGS explica que “o vírus Monkeypox [varíola dos macacos] é do género Ortopoxvírus e a doença é transmissível através de contacto com animais ou ainda contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados”.
“Aconselhamento clínico”
A entidade liderada por Graça Freitas aconselha “os indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”, a procurarem “aconselhamento clínico”. “Perante sintomas suspeitos, o indivíduo deverá abster-se de contactos físicos diretos. A abordagem clínica não requer tratamento específico, sendo a doença habitualmente autolimitada em semanas”, refere a DGS.
“O Reino Unido reportou casos semelhantes de lesões ulcerativas, com a confirmação de infeção por vírus Monkeypox. A DGS está a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias”, conclui a nota.