Costa vai a Belém depois de reunir com todos os partidos

por Cristina Sambado - RTP
António Costa regressa na terça-feira à sede do PSD para mais um encontro com a coligação PSD-CDS Mário Cruz, Lusa

Cavaco Silva recebe esta segunda-feira o secretário-geral do PS em Belém. O encontro do Presidente da República com António Costa está marcado para as 16h00 e a audiência, que deverá incidir sobre a viabilização de um Governo estável para o país, acontece seis dias depois de o Chefe de Estado ter recebido Pedro Passos Coelho.

O encontro da delegação socialista com o Bloco de Esquerda está agendado para as 11h00 na sede bloquista, na Rua da Palma, em Lisboa. Às 14h30 António Costa vai reunir-se com o partido Pessoas-Animais-Natureza.

Estas duas reuniões surgem depois dos encontros mantidos na passada semana entre António Costa, Jerónimo de Sousa, Heloísa Apolónia, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

Terça-feira, o líder socialista regressa à sede do PSD para mais um encontro com a coligação Portugal à Frente.
As condições do BE

As condições do Bloco de Esquerda - terceiro maior grupo parlamentar - para aprovar um eventual governo socialista são quase as mesmas que Catarina Martins abordou no debate televisivo com António Costa, durante a campanha eleitoral.

“O Bloco vai para este encontro com uma agenda de medidas que correspondem aos tópicos essenciais apresentados por Catarina Martins”, afirmou Jorge Costa, dirigente do BE, citado na edição desta segunda-feira do Público.

“Ou seja: emprego (fim da proposta de despedimento conciliatório), pensões (não ao congelamento defendido no programa do PS) e Segurança Social (rejeição da diminuição da TSU)”, acrescenta.

No entanto, Jorge Costa revela que “para todas estas medidas que rejeita, o Bloco conta apresentar ao PS alternativas concretas para garantir que o impacto orçamental é nulo”.

O dirigente do Bloco espera que a reunião desta segunda-feira “permita avançar sobre matérias de política económica e orçamental e que possa resultar num caminho de descontinuidade com a austeridade”.

Ao contrário do PCP, que não fecha a porta a um governo de coligação com o PS, o Bloco de Esquerda já deixou bem claro que apenas viabilizará um executivo minoritário socialista.
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