É este o desenho político do Parlamento
“É minha expectativa fundada que presidente me possa indigitar para formar governo”
“No nosso entendimento, os portugueses falaram e disseram: em primeiro lugar, queriam mudar de governo; em segundo lugar, que queriam mudar de políticas; em terceiro lugar, querem que os grandes partidos possam apresentar-se de forma renovada e com capacidade de inovar e em quarto lugar disseram que os partidos políticos, nomeadamente os que têm participação parlamentar, devem privilegiar mais o diálogo e a concertação entre líder e entre partidos”, declarou. “Face a isto e face à vitória eleitoral, é minha expectativa fundada que o presidente da República me possa indigitar para formar governo”, acrescentou.
Questionado pelos jornalistas sobre a posição da AD face ao Chega, que se consolidou como terceira força política do país, atingindo a fasquia de um milhão de votos, Montenegro reiterou: "Não é não".
Líder do PS assume derrota. "Nós vamos liderar a oposição"
"Apesar da diferença tangencial entre nós e a AD e sem desrespeitar os votos e os eleitores dos círculos eleitorais das nossas comunidades, tudo indica que o resultado não permitirá ao PS ser o partido mais votado. Quero por isso dar os parabéns e felicitar a AD pela vitória nestas eleições", declarou Pedro Nuno Santos.
"O PS será oposição, nós vamos liderar a oposição. Seremos oposição, renovaremos o partido e procuraremos recuperar os portugueses descontentes com o PS. Essa é a nossa tarefa daqui para a frente". No discurso da noite eleitoral no Hotel Altis, tradicional quartel-general dos socialistas, Pedro Nuno sublinhou que "só é vencido quem desiste de lutar". "Vamos ter muito combate pela frente", disse.
O PS, afiançou, viabiliza um governo minoritário da AD, não votando qualquer moção de rejeição a tal executivo, mas que vai liderar a oposição, sem suportar a próximo solução governativa no Parlamento: "A direita ou a AD que não conte com o PS para os suportar".
Ventura deixa recado a Montenegro: "Só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o PS governar"
Foto: Pedro Rocha - Reuters
Ventura diz que o PS perdeu estas eleições e observa que o PSD, coligado ao CDS, "ficará igual ou pouco acima do que ficou Rui Rio sozinho em 2022".
"Por isso, só há um dado de crescimento destas eleições: o Chega quadruplicou os resultados eleitorais", declarou.
"Independentemente de quem vença, haverá neste Parlamento já definida uma maioria clara. Essa maioria será entre o Chega e o PSD. Não é o que quereríamos, mas é o que o país tem neste momento", afirmou, deixando, de seguida, um recado a Luís Montenegro.
"Só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o PS governar quando temos na nossa mão a possibilidade de fazer um governo de mudança", asseverou.
"O país começará agora a ser libertado pouco a pouco em todas as instituições, porque a menos que o PSD se vergue a ela, começaremos já amanhã a libertar Portugal da extrema esquerda e da esquerda em Portugal", rematou.
No seu discurso, André Ventura atacou as empresas das sondagens e acusou a imprensa de "tentar fazer diminuir os votos do Chega".
"Enganaram-se, falharam e hoje somos mais de um milhão em Portugal", disse Ventura, afirmando que o Chega é "o partido mais perseguido em toda a história da democracia portuguesa".
"Seremos responsáveis nos cenários que se venham a colocar", clama Rui Rocha
"Seremos responsáveis nos cenários que se venham a colocar. Não será pela Iniciativa Liberal que não haverá uma solução estável de governação. Portanto, cabe aos outros assumirem", disse o líder dos liberais. O dirigente tratou ainda de frisar que a IL contribuirá para uma solução "naturalmente excluindo" as opções que sempre excluiu, numa referência ao Chega de André Ventura.
"Estaremos cá para assumir as nossas responsabilidades, para contribuir para as soluções, para tornar Portugal um país mais próspero. Aguardemos os próximos dias", enfatizou.
Inês Sousa Real responsabiliza Belém pela instabilidade política
"Sabemos que o contexto político é bastante adverso e não posso deixar de lamentar que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenha contribuído, de alguma forma, para toda a instabilidade política que temos vivido, para que a descrença das pessoas se tenha transformado num voto de protesto ao invés de um voto de confiança nas forças políticas do espetro democrático", arguiu Inês Sousa Real. A deputada reeleita afirmou, contudo, ter "a certeza absoluta, caso o país vá novamente a eleições, de que os portugueses vão olhar para aquilo que possam ser soluções construtivas na Assembleia da República e não por forças populistas não democráticas".
Mariana Mortágua: "Bloco fará parte de qualquer solução que afaste a direita"
Foto: João Relvas - Lusa
Nuno Melo diz que PS perdeu as eleições
"O CDS voltou à Assembleia da República de onde nunca devia ter saído", afirmou.
"É muito importante assegurar agora condições de governabilidade", acrescentou, apelando a que "todos estejam à altura das suas responsabilidades".
Rui Tavares considera que Livre "sabe crescer e sabe crescer bem"
Temido diz que projeções mostra "instabilidade" e "difícil situação" no país
Paulo Raimundo diz que vitória da AD constitui "um risco sério de empobrecimento democrático"
Foto: Manuel de Almeida - Lusa
Paulo Raimundo diz ainda que foi a "ação passada de PSD e PS" que favoreceu o Chega nestas eleições.
"O resultado agora obtido, a confirmar-se pela AD, é inseparável das ações da governação do PS. A promoção da política de direita ao longo destes últimos anos, de forma particular com a imposição da maioria absoluta, com o que gerou de injustiças e legítimo descontentamento e insatisfação, favoreceu o discurso demagógico, nomeadamente do Chega", declarou.
Paulo Raimundo considera ainda que o resultado da CDU "significa um desenvolvimento negativo, mas não deixa de constituir uma importante expressão de resistência".
"Os trabalhadores e o povo podem contar com a CDU", assegurou.
Albuquerque destaca "reforço da confiança" na coligação PSD/CDS-PP na Madeira
"Cumprimos todos os nossos objetivos. Elegemos três deputados, tivemos uma grande vitória na região e uma vitória expressiva, visto que o número de votos na nossa coligação [Madeira Primeiro -- PSD/CDS-PP] superou as nacionais de 2015, de 2019 e de 2022", afirmou Miguel Albuquerque.
O líder social-democrata madeirense falava num hotel, no Funchal, onde se reuniu a candidatura da coligação PSD/CDS-PP pelo círculo eleitoral da Madeira, que venceu as eleições na região autónoma com 35,38 % (52.992 votos), de acordo com os resultados totais provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna.
A coligação Madeira Primeiro elegeu três deputados, todos do PSD, sendo que o partido mantém assim o mesmo número de representantes na Assembleia da República, ao passo que PS (19,84 % - 29.723 votos) perdeu um, elegendo dois deputados.
O Chega, que foi a terceira força política mais votada na região (17,56 % - 26.296 votos), elegeu um deputado.
"Esta vitória é, de facto, um reforço da confiança no PSD e na nossa coligação", afirmou Miguel Albuquerque, sublinhando que a subida do Chega na região autónoma não resultou de uma disputa na área política dos social-democratas e centristas.
"Não são votos que foram disputados connosco, isso é uma ilação que a oposição tem que tirar", reforçou, para depois acrescentar: "Não foi o nosso espaço político que foi ocupado. O nosso espaço político cresceu. Quem perdeu foram os partidos da oposição."
Albuquerque destacou, em particular, a derrota do PS, que perdeu cerca de 10 mil votos em relação às legislativas de 2022.
"É importante sublinhar que os madeirenses e os porto-santenses mais uma vez rejeitaram o socialismo", disse.
Miguel Albuquerque não estabeleceu relação entre a vitória da coligação Madeira Primeiro e a atual crise política na região autónoma, que decorre da sua demissão de presidente do Governo Regional, depois de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago, o que levou à queda do seu executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.
"Eu estou, como sempre estive, animado na liderança. Não sou pessoa de me deprimir e tenho a determinação e a capacidade de saber, com toda a humildade, aquilo que este partido em coligação e no Governo está a fazer, quer no último mandato, quer neste que foi interrompido", declarou.
Albuquerque recusou-se a falar das eleições internas no PSD regional, às quais se recandidata, e, por outro lado, considerou que "há várias hipóteses em equação" em relação ao Governo Regional de gestão, uma vez que o Presidente da República só indicará se dissolve a Assembleia Legislativa da Madeira depois 24 de março.
"Nós fazemos as coisas neste partido por etapas. Neste momento, o nosso objetivo era ganhar e ganhámos estas eleições. Agora, vamos entrar num novo ciclo e nesse novo ciclo vamos analisar todas as circunstâncias", explicou.
Em relação às eleições de hoje, Miguel Albuquerque destacou o "exemplo cívico dos madeirenses", considerando a grande afluência às urnas (58,85% - 149.783 votantes num total de 254.502 inscritos), o que classificou como "exemplo da democracia e do pluralismo" na região autónoma.
"Estes deputados eleitos pela nossa coligação são sempre, inequivocamente, os primeiros a pôr os interesses da Madeira e do seu povo acima dos interesses partidários, como é nossa tradição, e estaremos mais uma vez sempre na defesa da Madeira em todas as circunstâncias", disse.
Albuquerque afiançou que os três representantes social-democratas eleitos pelo círculo da região -- Pedro Coelho, Paula Margarido e Paulo Neves -- serão uma "voz forte e determinada" na defesa dos interesses da população do arquipélago na Assembleia da República.
"Provavelmente, não será hoje conhecido o resultado final"
"Em termos de mandatos há praticamente um empate entre o PS e a AD. Em termos de votos, há uma proximidade muito grande", sustentou.
O ainda primeiro-ministro quis enfatizar que a "única certeza" que se pode ter é que, "tendo em conta o volume de votos que chegarão nos próximos dias dos círculos da emigração, provavelmente não será hoje" que se saberá o resultado das legislativas.
"A não ser que nas votações que ainda não conhecemos das grandes freguesias urbanas de Lisboa e do Porto a margem se torne tal que seja superior àquilo que seja o número de votos que ainda vão ficar por apurar", disse, apesar de insistir que "tudo indica neste momento que não é provável que se saiba hoje o resultado final".
João Gomes Cravinho diz que "Portugal sai mais frágil destas eleições"
José Luís Carneiro: "Quando o PS perde, perdemos todos"
O adversário direto de Pedro Nuno Santos para a liderança do PS foi até à sede da noite eleitoral socialista para "dar um abraço fraterno e solidário" ao secretário-geral do partido.
Fernando Medina diz que projeções apontam para um cenário de "fragilidade e instabilidade"
Sobre os cenários de governabilidade, Medina defende que o debate tem de ser feito após apuração dos resultados eleitorais finais, mas considera que "a pior coisa que poderíamos fazer no nosso sistema político era qualquer tipo de bloco central formal ou informal".
Ativistas do clima atiraram tinta à entrada do hotel escolhido pela Aliança Democrática
A equipa de reportagem da RTP no local testemunhou a ação dos ativistas.
Os seguranças do hotel fecharam quase de imediato as portas para o exterior, onde um grupo das juventudes partidárias do PSD e do CDS-PP entoava o hino da campanha, enquanto os ativistas se manifestavam. A Polícia de Segurança Pública confirmou à RTP que não há neste momento detidos, mas foram levadas quatro pessoas para serem identificadas.
PS é o partido mais votado em Beja com 31,70% dos votos
PCP perde único deputado por Beja
João Dias, que tem formação em enfermagem, tinha sido eleito pelo distrito de Beja entre a XIII e a XV legislaturas.
Depois de perder João Oliveira nas últimas legislativas de 30 de janeiro de 2022, que era cabeça de lista pelo distrito de Évora, o PCP perdeu o único deputado que tinha no Alentejo, que durante décadas foi considerado um bastião dos comunistas.
Secretário-geral do PS é o primeiro líder partidário a ser eleito
Pedro Nuno Santos foi o primeiro deputado do PS a ser eleito pelo círculo de Aveiro, quando o partido que lidera conquistou 26,16 % dos votos já apurados e a AD (coligação PSD/CDS/PPM) vai à frente com 31,4%.
O secretário-geral do PS foi o cabeça de lista do PS por Aveiro, distrito de onde é natural.
Naquele distrito, a coligação AD (PSD/CDS/PPM) também já elegeu Emídio Ferreira dos Santos Sousa, com 37,38%.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), estavam inscritos para votar 10.819.122 eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa.
Concorreram a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.
Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.
Ana Catarina Mendes considera que PS deve ser "oposição fortíssima"
Partido celebra na rede social X a eleição de Nuno Melo
🇵🇹 Estamos de volta, com a confirmação que o nosso Presidente, @NunoMeloCDS, está eleito.
— CDS-PP (@_CDSPP) March 10, 2024
Uma noite de vitória, um dia de mudança! Obrigado pela confiança, mais uma vez! 💙#CDSPP #Direita #Portugal #MudançaSegura #Legislativas2024 #aliançademocrática pic.twitter.com/oqlI1eaupQ
"Uma noite de vitória, um dia de mudança! Obrigado pela confiança, mais uma vez! ", acrescenta o partido.
Manuel Alegre diz que o PS deve preparar alternativa para as próximas eleições
Quanto à subida do Chega que dá um grupo parlamentar que pode aproximar-se da meia centena de deputados, o socialista disse apenas que "como homem do 25 de Abril vejo com tristeza o resultado do Chega".
O resultado, diz, acontece face à "situação muito adversa para o PS e para Pedro Nuno", que, apesar de tudo, defende, "fez uma boa campanha".
Questionado sobre a possibilidade, face às combinações de resultados e à ascensão do partido de André Ventura, de novas eleições para breve, Manuel Alegre considera que "isso depende da capacidade da AD de formar governo".
"Fiz o meu papel", resume Gonçalo da Câmara Pereira
"Fiz o meu papel, o papel do PPM foi apostar num líder que falasse por nós (...) Fazer qualquer coisa era fazer barulho sem necessidade, a nossa voz esteve sempre na boca dele, ele falou por nós", disse Câmara Pereira Câmara Pereira à chegada ao hotel próximo do Marquês de Pombal, em Lisboa, onde a Aliança Democrática está a seguir a noite eleitoral.
PAN mantém linha vermelha sobre viabilização de um Governo da AD
"Não estaremos disponíveis para viabilizar um Governo que, de alguma forma, afronte com os valores que o PAN representa na Assembleia da República", vincou, garantindo que o partido "não renuncia às suas causas e valores".
A projeção da Católica para a RTP põe como hipótese que o PAN abandone o Parlamento. Sobre esta conjuntura, Inês Sousa Real lembrou que ainda é cedo para se tirar conclusões e disse que vai "aguardar com serenidade" o apuramento dos resultados.
Hugo Soares diz que projeções apontam "para grande sentimento de mudança"
Ventura diz que portugueses "querem um governo do Chega e da AD"
"Hoje é o dia em que se assinala o fim do bipartidarismo em Portugal", continuou, congratulando o facto de ir haver "uma maioria forte da direita para governar".
André Ventura considera que a partir desta noite, "temos de começar a trabalhar para que haja um governo estável em Portugal".
"Nós estamos disponíveis para construir um governo em Portugal", afirmou ainda o líder do Chega, sem confirmar que viabiliza um governo da AD.
Na interpretação de Ventura, "os portugueses disseram claramente que querem um governo de dois partidos: do Chega e da AD".
"Agora cabe aos líderes políticos interpretarem a vontade política do que hoje foi expresso".
Ainda sem resultados finais destas eleições, o líder partidário acrescentou que há "uma maioria para construir, um orçamento para aprovar e que isso só pode ser feito com o apoio do Chega".
Secretário-geral adjunto do PS reconhece que resultado da projeção "fica aquém das expectativas"
Naquela que foi a primeira reação formal do PS à projeção da Católica para a RTP, o secretário-geral adjunto do PS começou por saudar a descida da abstenção e agradeceu a todos os que confiaram o voto no PS.
CDU diz que "resultados ainda estão longe de serem apurados"
Chega destaca "noite histórica e de viragem à direita"
O deputado do Chega ressalva, no entanto, que "ainda é muito cedo" e a "noite é longa" e, por isso, não antecipar cenários e deixa para mais tarde as respostas sobre governabilidade.
Projeção da Católica para a RTP dá vitória à AD com máximo de 33%
Rui Tavares considera que maior afluência às urnas "beneficia a democracia"
Catarina Martins vê como "bom sinal" baixa abstenção
Mas o mais importante para a anterior coordenadora do BE, é o "imenso orgulho desta campanha do Bloco de Esquerda".
"A Mariana Mortágua esteve extraordinária em cada dia desta campanha. Foi a líder política mais preparada que este país já conheceu e tenho a certeza que o Bloco de Esquerda com ela continuará a ser a esquerda de confiança, combativa e incansável que toda a gente conhece".
Chega. Rui Paulo Sousa diz que baixa abstenção mostra que portugueses estão "muito preocupados"
"Acreditamos que estamos numa altura que preocupa muito os portugueses. Eles sentiram isso e que era seu dever votar e dar uma resposta aos acontecimentos destes últimos anos no nosso país", declarou Rui Paulo Sousa na sede do Chega, em Lisboa.
Francisco Louçã considera "bom indício" menor abstenção
AD aguarda resultados com "toda a serenidade, confiança e otimismo"
Abstenção. Projeção da Universidade Católica prevê 32% a 38% de abstenção
De acordo com dados do Ministério da Administração Interna, cerca de 51,96% dos eleitores inscritos nas eleições deste domingo tinham votado até às 16h00.
Segundo o MAI, até às 16h00 votaram 51,96% dos eleitores, uma percentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 45,66%.
Este valor corresponde a 5,6 milhões de eleitores, quando há dois anos às 16h00 tinham votado 4,9 milhões de pessoas.
As mesas de voto abriram às 8h00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19h00. Nos Açores abriram uma hora mais tarde, fechando também uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa.
De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), estavam em condições de votar 10,8 milhões de eleitores.
Pedro Nuno Santos chegou ao quartel-general do PS
"É um grande dia para Portugal", disse ainda, não respondendo às questões da comunicação social, alegando que as urnas ainda "estão abertas".
Nuno Melo diz estar "muito confiante" para a noite eleitoral
Montenegro já está no hotel onde vai assistir à noite eleitoral
"É sinal de que fomos todos suficientemente apelativos para que os portugueses pudessem sentir vontade de tomar a decisão que é relevantíssima para os próximos anos", afirmou aos jornalistas, à chegada ao hotel.
Questionado se está preparado e confiante para qualquer cenário, Montenegro assegurou que o estava "desde a primeira hora e até à última".
Luís Montenegro já saiu da sede do PSD em Lisboa
"É o percurso normal", assegurou, acrescentando que não havia necessidade de fazer alterações ao trajeto para evitar passar na sede do partido adversário.
Carlos César destaca afluência às urnas como "boa notícia para a democracia"
Carlos César criticou ainda as declarações na imprensa atribuídas ao presidente da República sobre cenários governativos ainda antes das eleições. Para Carlos César, Marcelo Rebelo de Sousa "foi além do que devia".
CNE remete declarações de Miguel Albuquerque para o Ministério Público
A CNE recebeu "várias participações" relativas às declarações de Miguel Albuquerque. Perante as declarações transmitidas pela CNN Portugal e no Diário de Notícias da Madeira, a CNE, afirma esta estrutura em comunicado citado pela agência Lusa, decidiu "remeter os elementos do processo ao Ministério Público por haver indícios do crime de propaganda em dia de eleição e junto à assembleia de voto e determinar aos órgãos de comunicação social que cessem a divulgação de tais declarações".
Miguel Albuquerque considerou que a crise política na região não iria afastar os madeirenses do voto, mostrando-se confiante na vitória de um partido e atribuindo a um outro partido um "grande desgaste". No entender da CNE, as declarações a duas candidaturas às eleições "podem interferir no processo de formação de vontade dos eleitores e, assim, inserir-se no âmbito da proibição de realização de propaganda no dia da eleição".
Equipas de reportagem da RTP mostram ambiente em mesas de voto de norte a sul do país
Atualização ao minuto no site RTP Notícias
Legislativas 2024. Os momentos decisivos
Esta noite, a estação pública vai trazer todas as informações sobre todos os instantes decisivos com recurso a nova tecnologia e um estúdio transformado. A contagem dos votos e as reações dos partidos são seguidas ao minuto.
17h50. Ponto de situação
Para estas eleições legislativas foram chamados mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro. Em jogo estão 230 assentos parlamentares e a definição do próximo governo.
Até às 12h00, a afluência às urnas era de 25,21 por cento, segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Nas últimas legislativas, realizadas a 30 de janeiro de 2022, a afluência média, à mesma hora, estimava-se em 23,27 por cento.
Pelas 16h00, a afluência estava calculada em 51,96 por cento, igualmente acima dos valores de há dois anos, quando se registaram 45,66 por cento.
Os líderes dos partidos dirigiram-se durante a manhã às respetivas secções de voto.
À direita, houve um apelo generalizado para que as pessoas não deixassem de votar, apesar do mau tempo previsto para algumas regiões do país. À esquerda, as figuras de proa nas listas descreveram este dia como uma oportunidade única para celebrar os 50 anos do 25 de Abril e reforçar a democracia. O primeiro-ministro cessante, António Costa, votou já depois do meio-dia, apelando aos portugueses para que não ficassem em casa. Disse ainda que, pela primeira vez em 30 anos, seria somente "adepto de bancada". Quem também votou ainda durante a manhã foi Aníbal Cavaco Silva. O ex-presidente da República admitiu ter ficado impressionado com a afluência às urnas. Por sua vez, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, quis sublinhar que este seria o dia de respeitar o que o "o povo decidir". Agradeceu ainda aos 65 mil voluntários a trabalhar nas mesas de voto.
No sábado, o presidente da República, que votou antecipadamente no fim de semana anterior, fez uma declaração ao país para defender que ninguém pode condicionar a vontade do povo e apelar ao voto de todos os que se afastaram e desiludiram. O chefe de Estado lembrou a importância de combater a abstenção, num discurso centrado na degradação da situação internacional e no impacto das guerras.
Ao longo do dia, fomos acompanhando aqui os principais acontecimentos - a votação em todo o país e as declarações de figuras políticas.
Queixas sobre siglas no boletim de voto. CNE delibera que comunicação social não pode referir siglas e partidos a este respeito
"As denominações, siglas e símbolos dos partidos e coligações que constam dos boletins de voto são, como legalmente têm que ser, as que se encontram no registo do Tribunal Constitucional. O tema não deve ser abordado nem discutido em dia de eleições, sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral", disse a CNE em comunicado.