Reportagem

Eleições na Madeira. Acompanhe em direto

por RTP

O PSD venceu as eleições deste domingo para a Assembleia Legislativa da Madeira, mas deixou escapar, pela primeira vez em 43 anos, a maioria absoluta. Os social-democratas elegem 21 deputados. O PS elege 19. E o CDS-PP posiciona-se para um entendimento à direita.

Mais atualizações

Pode consultar aqui os resultados oficiais das eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

23h15 - Rui Rio: "Há todas as condições para um governo de maioria"

O líder do PSD começou por saudar os dirigentes do PSD da Madeira, em particular Miguel Albuquerque. Rui Rio quis ainda assinalar "o legado extraordinário" de Alberto João Jardim.

"Ouvi muito recentemente o presidente do Partido Socialista, Carlos César, dizer que já lhe cheirava a vitória do PS na Madeira. Espero que relativamente às eleições de 6 de outubro lhe esteja a cheirar exatamente à mesma coisa", ironizou Rio.

"O resultado do voto útil ditou o desparecimento do Bloco de Esquerda, uma brutal queda do Partido Comunista e a derrota do Partido Socialista", avaliou seguidamente o presidente do PSD.

Rui Rio disse ter informações de que "há todas as condições para que se forme um governo de maioria" na Madeira resultante de "negociações com o CDS".

"Não podíamos esperar que, ao fim de quase meio século, o PSD tivesse sistematicamente maiorias absolutas", assinalou.

Também questionado sobre o eventual impacto das eleições madeirenses nas legislativas de outubro, Rui Rio sublinhou que "cada eleição é uma eleição".

23h02 - "Algo absolutamente histórico" na Madeira

"O CDS é o partido que, no espaço de centro-direita, consegue garantir uma maioria", afirma Assunção Cristas, para acrescentar que "respeita a autonomia" do braço madeirense no partido.

"O centro-direita tem uma maioria. A esquerda foi derrotada", vincou ainda a líder do CDS-PP, insistindo que "foi claríssimo o que aconteceu na Madeira".

22h55 - Costa reclama "resultado histórico" do PS

O secretário-geral do PS começou por dizer que felicitou quer Miguel Albuquerque, quer Rui Rio, pelo desfecho das eleições deste domingo na Madeira.

António Costa assinalou, em seguida, que Paulo Cafôfo conseguiu um "resultado histórico".

Questionado pela RTP sobre o facto de o PS não ter conseguido superar o PSD na Região Autónoma, Costa insistiu na ideia de que o resultado obtido este domingo revela um crescimento histórico dos socialistas madeirenses.

"Cada eleição é uma eleição. Daqui a 15 dias veremos quais são os resultados para a Assembleia da República", afirmou depois, em resposta a uma pergunta sobre eventuais reflexos das eleições regionais nas legislativas de 6 de outubro.

Quanto às hipóteses de Paulo Cafôfo poder vir a chamar o CDS-PP para um acordo pós-eleitoral, António Costa remeteu para a estrutura madeirense do PS.

22h47 - Albuquerque abre portas a acordo com CDS

O PSD, clama Miguel Albuquerque, pouco depois do discurso de Paulo Cafôfo, "constituirá governo num quadro de estabilidade parlamentar".

O dirigente dos social-democratas da Madeira deu por derrotados "o Partido Socialista e a extrema-esquerda".

Questionado sobre a possibilidade de selar um acordo pós-eleitoral com o CDS-PP, Albuquerque confirma que deverá ser constituído um Governo Regional de coligação: "Com certeza que será um entendimento no quadro de uma negociação que irá acontecer".

"A esquerda foi, de forma clamorosa, derrotada aqui na Madeira", enfatiza.

22h42 - PS dispõe-se a coligar-se com a oposição para governar

Paulo Cafôfo propõe-se "criar uma base com os partidos da oposição e concretizar a mudança".

O objetivo declarado dos socialistas é o afastamento do PSD do Governo Regional: "Estamos disponíveis e por isso fica aqui o desafio a todos os partidos da oposição. Queremos uma solução de consenso".

22h41 - Paulo Cafôfo agradece "a coragem" de quem votou no PS

O número um dos socialistas na Madeira reivindicou "um resultado histórico", embora o partido não tenha sido o mais votado.

Ainda assim, Paulo Cafôfo dá por terminado o ciclo político de sucessivas maiorias absolutas dos social-democratas em solo madeirense.

"A esmagadora maioria da população não votou no PSD. E é por isso que não desisto da mudança desta terra. Não desisto de mudar a Madeira", clamou Cafôfo.

22h35 - Jerónimo de Sousa garante "determinação"

Perante o resultado da CDU na Madeira - onde a coligação entre PCP e PEV elegeu um deputado à Assembleia Legislativa -, o secretário-geral dos comunistas queixou-se de uma "bipolarização artificial".

Depois de prometer preservar a "determinação" do apoio aos comunistas da Madeira, Jerónimo de Sousa criticou o que considerou ser uma corrida desigual na Região Autónoma.

22h26 - Bloco fora da Assembleia Legislativa

Sem ter conseguido chegar ao Parlamento regional, o Bloco de Esquerda admite que não foi capaz de "penetrar a barreira da bipolarização" na Madeira. Expressão empregue quer nas estruturas do partido na Região Autónoma, quer no continente.

Questionada sobre eventuais reflexos dos resultados madeirenses na corrida das eleições de outubro, a coordenadora do Bloco procurou desvalorizar tal impacto.

"O Bloco de Esquerda não alcançou os objetivos que tinha nestas eleições", reconheceu Catarina Martins.

22h22 - CDS-PP toma posição

"Não há maioria absoluta sem o CDS", afirma Rui Barreto, o número um da lista dos democratas-cristãos na Madeira, sinalizando assim que o partido está disponível para negociar um entendimento com o PSD de Miguel Albuquerque.

"O CDS não vai para o governo a qualquer custo ou a qualquer preço", ressalvou ainda Rui Barreto.

22h14 - Resultados finais. PSD vence sem maioria absoluta

Está fechado o apuramento de resultados das 54 freguesias da Região Autónoma da Madeira.

O PSD vence as eleições com 39,42 por cento dos votos, alcançando 21 assentos na Assembleia Legislativa.

O PS é a segunda força mais votada com 35,76 por cento dos sufrágios. Elege 19 deputados.

O CDS-PP elege três deputados, com 5,76 por cento dos votos.

O JPP obtém 5,47 por cento e elege também três deputados à Assembleia Legislativa.

A CDU alcançou 1,80 por cento. Elege um deputado.
 
21h15 - CDS admite coligação com partido vencedor

José Manuel Rodrigues afirma que "o CDS está disponível" para um eventual acordo de coligação pós-eleitoral com a formação que vier a vencer as eleições.

O número dois da lista dos democratas-cristãos rejeita, todavia, "partidos radicais, partidos comunistas, Bloco de Esquerda e geringonças".

20h20 - Oposição madeirense desvaloriza projeções

Em síntese, os partidos que estão na oposição na Madeira desvalorizam as projeções.

Consideram, no entanto, positivo o fim da maioria absoluta do PSD e lamentam a concentração de votos nos social-democratas e nos socialistas.

19h42 - JPP à espera

O Juntos Pelo Povo sublinha que será necessário "aguardar o fecho final das urnas" para perceber a composição da Assembleia Legislativa da Madeira.

19h40 - CDU reage

Questionada sobre o cenário de perda de mandatos traçado pela projeção, a estrutura madeirense da CDU, pela voz do mandatário regional João Lizardo, diz que esse é um repto para "mais trabalho".

19h36 - Projeções lidas no Rato

Face à projeção de resultados na Madeira, a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, começou por "saudar a taxa de participação" nas eleições.

"Acabou ao final de 43 anos o poder absoluto na Região Autónoma da Madeira e isso é um bom sinal também", acrescentou, em seguida, a dirigente socialista, a partir da sede do partido no Largo do Rato, em Lisboa.

"A confirmarem-se as projeções, será o melhor resultado de sempre do PS nas eleições regionais da Madeira", vincou.

19h23 - A reação do BE

O Bloco de Esquerda sublinha o facto de esta ser apenas uma projeção, manifestando a expectativa de que os números não se confirmem quando o escrutínio estiver concluído.

19h17 - PS espera para ver

"Ainda é muito cedo para antecipar o que será a composição da Assembleia Legislativa", sublinham os socialistas madeirenses, perante os números da projeção da Universidade Católica para a RTP.

Por agora, o PS evita avançar com cenários de eventuais entendimentos partidários para assumir o Governo Regional.

19h11 - PSD reage

Na primeira reação à projeção avançada pela RTP, o PSD/Madeira preferiu salientar que ainda está a um passo de garantir a estabilidade política na Região Autónoma.


19h00 - Projeção de resultados. PSD perde histórica maioria absoluta

O PSD, aponta a projeção do CESOP da Universidade Católica para a RTP, surge colocado para vencer as eleições deste domingo com um resultado que pode ir de um mínimo de 37 por cento dos votos a um máximo de 41 por cento. Elege assim entre 19 a 32 deputados, aquém, portanto, dos 24 assentos necessários para garantir uma maioria absoluta.

O PS obtém entre 34 e 38 por cento, elegendo 17 a 21 deputados à Assembleia Legislativa da Madeira.

Um dos cenários possíveis passaria por um empate entre as duas forças mais votadas.

O CDS-PP conquista cinco a sete por cento e elege dois a três deputados.

O Juntos Pelo Povo (JPP) obtém três a cinco por cento, podendo assim eleger um a dois deputados.

A CDU alcança um a três por cento. Pode ficar arredada do Parlamento insular ou eleger um deputado. O mesmo acontece com o BE.



O PAN obtém um a dois por cento. No máximo, poderá garantir um assento parlamentar.



Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo CESOP-Universidade Católica Portuguesapara a RTP no dia 22 de setembrode 2019. O universo alvo é composto pelos votantes na eleição para a Assembleia Legislativa da região Autónoma da Madeira. Foram selecionadas dezanove freguesias do R.A.M. de modo a garantir que as médias dos resultados eleitorais das últimas eleições nesse conjunto de freguesias (ponderado o peso eleitoral de cada freguesia) estivessem a menos de 1 ponto percentual dos resultados das cinco candidaturas mais votados em cada eleição. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente à saída dos seus locais de voto e foi-lhes pedido uma simulaçãode voto em urna. Foram obtidos 6406 inquéritos válidos. A taxa de resposta foi de 66.2%.

18h02 - Estimativa de participação

Uma estimativa da Universidade Católica para a RTP situa a participação nestas eleições entre um mínimo de 54 por cento e um máximo de 59.

Com estes números, a abstenção situar-se-ia entre os 41 e os 46 por cento.

Há quatro anos, a abstenção foi de 50,3 por cento.

O Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica refere que "a estimativa de participação foi calculada com base nos resultados de participação eleitoral às 16h00 publicados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna às 17h00".

Às 19h00, na RTP3, será divulgada a projeção de resultados.

17h02 - Afluência até às 16h00


São já conhecidos números da afluência eleitoral na Região Autónoma da Madeira até às 16h00: 40,79 por cento, num acréscimo de 3,3 por cento face a 2015, à mesma hora.


15h56 - A votação no Jardim do Mar

Na freguesia do Jardim do Mar, no concelho da Calheta, o repórter Cesário Camacho ouviu um dos membros da mesa de voto sobre a afluência às urnas até ao início da tarde.


15h30 - Emissão especial na RTP3

Quando faltar um minuto para as 19h00 deste domingo, arranca na RTP3 uma emissão especial dedicada às eleições regionais.

A jornalista Carolina Freitas detalha os pontos desta operação de acompanhamento das eleições insulares.

15h21 - Em São Roque

Na freguesia de São Roque, a afluência era de 38,6 por cento até às 14h00, apurou a reportagem da RTP no local.


15h12 - Vários líderes partidários já votaram

Alguns responsáveis políticos votaram na mesma escola durante a manhã, mas não se encontraram.

15h05 - RTP acompanha eleições na Madeira em emissão especial

A RTP3 vai ter uma emissão especial dedicada às eleições regionais da Madeira. A programação especial começa às 19h00, hora em que encerram as urnas na Madeira e em Porto Santo.



15h02 - Reclamações à CNE

A votação decorre com normalidade, mas foram já apresentadas algumas reclamações junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) devido à presença de cartazes de campanha perto de secções de voto, mas também devido às longas filas de espera.

A percentagem de eleitores que já votaram até às 12h00 nestas eleições já ultrapassou os número de 2015.

13h58 - Afluência de 20,97% até às 12h00

De acordo com a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, a afluência dos eleitores às urnas era de 20,97% até às 12h00.

Nas últimas eleições, em 2015, a taxa de participação era de 17,21% à mesma hora.

No total, estão registados 257.758 eleitores, dos quais 252.606 na ilha da Madeira e 5.152 na ilha do Porto Santo.

Relativamente a 2015 estão inscritos mais 526 eleitores. As mesas de voto estarão abertas entre as 08h00 e as 19h00.

12h34 - Miguel Albuquerque, do PSD, também já votou

O candidato do PSD e atual líder do Governo regional destaca a "boa afluência" e o "espírito cívico" com que estão a decorrer as eleições.

Miguel Albuquerque considera que a abstenção não será muito elevada neste escrutínio e destaca que há muitos eleitores inscritos na Madeira que residem fora do país.

"Há esta circunstância de termos muitos dos nossos conterrâneos que vivem no estrangeiro", ressalva, mas acredita que a abstenção será desta vez inferior a 50 por cento.

Miguel Albuquerque disse aos jornalistas que não está nervoso que o PSD vai ganhar as eleições.

12h30 - Paulino Ascenção, do Bloco de Esquerda: "Não deixem a decisão em mãos alheias"

O candidato do Bloco de Esquerda à liderança do Governo Regional da Madeira, também já votou e fez um apelo. Paulino Ascenção pede aos eleitores que não deixem as decisões por mãos alheias.


12h20 - Edgar Silva, da CDU, espera uma forte participação eleitoral

O candidato da CDU já votou e disse que espera que estas eleições contribuam para que haja mais e melhor democracia na Madeira.

Edgar Silva considera que este voto específico conte com uma participação eleitoral mais alargada.

11h52 - Rui Barreto, do CDS-PP, também já votou

Rui Barreto disse que este é o momento para votar e decidir e pede aos cidadãos para que exerçam o seu direito de voto. "A decisão que tomarmos hoje vai-nos acompanhar nos próximos quatro anos", frisou

"Dos dados que disponho a esta hora (...), a afluência é boa", destacou ainda o candidato do CDS-PP.

11h11 - Paulo Cafôfo, candidato pelo PS, já votou

O candidato do PS às eleições regionais da Madeira assume preocupação com a abstenção. Paulo Cafôfo pede aos madeirenses para que não despedicem a oportunidade e sublinha a importância do direito de voto.

"Estamos a viver um momento único na nossa região. Foi uma campanha muito disputada, esta é aquela que eu considero ser a eleição mais importante desde o 25 de Abril", disse o candidato.

Candidato pela primeira vez às eleições regionais, Paulo Cafôfo diz que está "completamente sereno".

10h53 - Madeira. Baixa afluência às urnas

Às primeiras horas das eleições regionais, a afluência às urnas no Funchal ainda erra pouco significativa. Na Madeira, os números tendem a aumentar depois da hora de almoço.

9h00 - De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna, estão registados 257.758 eleitores, dos quais 252.606 na ilha da Madeira e 5.152 na ilha de Porto Santo.

Relativamente a 2015, quando se realizaram as últimas regionais na Madeira, estão inscritos mais 526 eleitores.

8h00 - Nestas eleições concorrem 16 forças partidárias e uma coligação. Todos disputam os 47 lugares disponíveis no Parlamento Regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas eleições regionais de 29 de março de 2015, quando se registou uma abstenção recorde de 50,42%, os social-democratas seguraram a maioria absoluta - que governa a Madeira há mais de quarenta anos - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares (44,36% dos votos).

Nesse ano, a segunda força política foi o CDS-PP, com 13,71% e sete mandatos, seguida pela coligação Mudança, que juntou PS, PTP, PAN e MTP, com 11,43% e seis mandatos.

O JPP alcançou 10,28%, elegendo cinco deputados, enquanto a CDU ficou com 5,54% e dois mandatos, à frente do BE, com 3,8% dos votos e também dois mandatos.

Os 2,7% conquistados pela Nova Democracia permitiram a eleição de um deputado.

PCTP/MRPP (1,68%), MAS (1,34%), PNR (0,82%) e Plataforma Cidadãos, que juntou PPM e PDA (0,71%), não conseguiram eleger representantes.