O líder do PSD anunciou esta terça-feira que o partido irá votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2020 apresentada pelo Governo, considerando que a mesma "não tem um rumo estratégico", mas uma "tática". O documento será votado na generalidade pela Assembleia da República na próxima sexta-feira.
"Naturalmente, a minha proposta é que PSD vote na generalidade contra o Orçamento do Estado", anunciou Rui Rio, no encerramento das jornadas parlamentares de um dia que o PSD realizou na Assembleia da República.
O presidente e candidato à liderança do PSD considera que “esta proposta de Orçamento de Estado não tem um rumo estratégico, tem uma tática” e “não usa a política orçamental para objetivos de natureza económica”.
Rui Rio afirma que “o voto contra do PSD tem argumentos sólidos” que se apoiam em sete pontos cruciais: redução da carga fiscal, redução do peso da despesa pública, combate ao endividamento externo, evolução do défice, evolução quantitativa e qualitativa do investimento público, propostas de reforma da administração pública e uma avaliação de se o Orçamento "é real ou uma peça fictícia".
O presidente e candidato à liderança do PSD considera que “esta proposta de Orçamento de Estado não tem um rumo estratégico, tem uma tática” e “não usa a política orçamental para objetivos de natureza económica”.
Rui Rio afirma que “o voto contra do PSD tem argumentos sólidos” que se apoiam em sete pontos cruciais: redução da carga fiscal, redução do peso da despesa pública, combate ao endividamento externo, evolução do défice, evolução quantitativa e qualitativa do investimento público, propostas de reforma da administração pública e uma avaliação de se o Orçamento "é real ou uma peça fictícia".
De todos estes pontos, o líder do PSD apenas considera positivo que o documento caminhe para não ter défice, mas ainda assim refere que "a maioria do mérito" não pode ser atribuído ao Governo, mas aos juros baixos e aos dividendos do Banco de Portugal
Começando com a carga fiscal, o líder do PSD defende que “aquilo que pretendemos é que se vá reduzindo de Orçamento para Orçamento”, o que, na sua opinião, não se verifica. De acordo com as contas do candidato à liderança do PSD, “o Estado vai cobrar mais 1740 milhões de euros do que aquilo que propunha em 2018”.
Segundo Rio continua a argumentar, outro dos pontos cruciais nas contas de Estado consiste em incentivos à poupança “e este Orçamento não faz”. Para além disso, o presidente do PSD aponta que este Orçamento não faz “uma aposta efetiva nas Pequenas e Médias Empresas”.
"Evaporação" dos 590 milhões de euros
Rui Rio deixou duras críticas a Mário Centeno, a quem acusou de "inverdades". O líder do PSD voltou a acusar o ministro das Finanças de não responder às contas feitas pelo seu partido, que apontam para uma diferença de 590 milhões de euros em dois quadros do Orçamento do Estado.
Rui Rio diz que Mário Centeno “não tem resposta para dar à evaporação” do valor e que na explicação à sua questão se fez de “desentendido”.
“O senhor ministro das Finanças, quando diz que eu não entendo nada disto, que explique então a quem entende, o que é que fez ao 590 milhões, e quando diz que isto foi assim ao longo da história de Portugal (…), não é verdade porque isso só aconteceu duas vezes: o ano passado e agora este ano”, continuou a argumentar Rio.
O líder do PSD deixou ainda uma previsão: "Os quatro orçamentos antes deste foram elaborados para agradar à esquerda e executados para agradar a Bruxelas. Este orçamento é apresentado para agradar à esquerda e será executado para agradar a Bruxelas se o Dr. Mário Centeno cá ficar o tempo todo, que eu acho que não vai ficar o ano todo. A perceção que eu tenho é que vai ser executado por um protagonista diferente daquele que tivemos nos últimos quatro anos".
A votação da proposta de Orçamento do Estado para 2020 acontece na sexta-feira, um dia antes das eleições diretas no Partido Social-Democrata, marcadas para o próximo sábado, em que Rui Rio concorre contra Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz.
c/ Lusa
