Sondagem. José Luís Carneiro é o preferido dos portugueses para líder do PS e primeiro-ministro

por Mariana Ribeiro Soares (texto), Sara Piteira (grafismo) - RTP
Pedro Sarmento Costa - Lusa

O atual ministro da Administração Interna é o preferido dos portugueses para líder do PS e também para primeiro-ministro, segundo revela a sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público. José Luís Carneiro surge à frente de Luís Montenegro na preferência para chefe de Governo e é o candidato que reúne mais votos para líder dos socialistas. No entanto, para os inquiridos que votaram PS nas últimas legislativas, o líder escolhido é Pedro Nuno Santos.

A 10 de março do próximo ano, os portugueses serão de novo chamados às urnas para escolher um novo Parlamento e um novo primeiro-ministro.

A sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público pôs em confronto Luís Montenegro e dois dos candidatos à liderança do PS (Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro).

Para a maioria dos portugueses inquiridos, José Luís Carneiro seria melhor chefe de Governo do que o líder dos social-democratas (42% contra 37%).

No entanto, se o confronto for com Pedro Nuno Santos, há um empate, com uma ligeira vantagem para Luís Montenegro (40% contra 39%). Nos dois cenários há um número significativo de indecisos (21%).
José Luís Carneiro preferido para a liderança do PS
Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro são os candidatos à liderança do Partido Socialista, depois de António Costa se ter demitido na sequência da “Investigação Influencer” e ter anunciado que não se recandidataria ao cargo.

A escolha do novo secretário-geral do PS será feita pelos militantes socialistas nos dias 15 e 16 de dezembro.

No entanto, se a nomeação do novo líder socialista estivesse nas mãos dos portugueses, o favorito seria José Luís Carneiro.

Segundo a sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público, 38% dos inquiridos preferem que seja o atual ministro da Administração Interna a suceder a António Costa.


Por sua vez, 29% escolheriam Pedro Nuno Santos para liderar os socialistas e 28% dos inquiridos disseram não saber ou não responderam.

No entanto, se a questão for feita apenas aos inquiridos que votaram PS nas eleições de 2022 e àqueles que admitiram votar no PS nas próximas legislativas, a tendência inverte-se.

De acordo com os dados da sondagem, 53% dos inquiridos cuja intenção de voto nas próximas legislativas é o PS preferem o antigo ministro das Infraestruturas para a liderança do partido. Pedro Nuno Santos é também o preferido entre os inquiridos que manifestaram intenção de votar no Bloco de Esquerda, CDU, Livre ou PAN nas próximas legislativas (45%).

No caso do PSD, a liderança do partido não está em jogo mas os portugueses não estão satisfeitos com o atual líder e consideram que Pedro Passos Coelho seria o melhor dirigente para enfrentar as próximas eleições (37%).
Em segundo lugar, os inquiridos nomeiam Carlos Moedas (24%) e Luís Montenegro surge em terceiro lugar, com apenas 18% dos votos.
A ordem mantém-se e a vantagem de Pedro Passos Coelho dilata-se se forem apenas contabilizados aqueles que votaram no PSD, Iniciativa Liberal ou CDS nas últimas legislativas. Entre os inquiridos que manifestaram intenção de votar na área não socialista nas eleições de 10 de março, o ex-primeiro-ministro é também quem recolhe o maior número de votos.

Ficha técnica:

Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 15 e 24 de novembro de 2023. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1102 inquéritos válidos, sendo 41% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 31% da região Norte, 20% do Centro, 33% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 5% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 31%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1102 inquiridos é de 3%, com um nível de confiança de 95%.
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