O Parlamento Europeu elegeu esta quarta-feira David-Maria Sassoli como presidente para os próximos dois anos e meio. O eurodeputado italiano, com 63 anos, foi eleito reuniu uma maioria absoluta de 345 votos, anunciou o presidente cessante, Antonio Tajani.
O social-democrata David-Maria Sassoli só foi eleito após duas votações pelos eurodeputados durante a primeira sessão plenária do Parlamento Europeu, já com os novos elementos.Após as nomeações para os altos cargos da UE, o PPE não apresentou qualquer candidato à presidência do Parlamento Europeu. Tal como o grupo Renovar a Europa.
Na corrida estavam também a deputada ecologista alemã Ska Keller, que recolheu 119 votos na segunda volta, a espanhola Sira Rego, do Grupo da Esquerda Unitária, que obteve 43 votos, e o conservador eurocético da República Checa Jan Zahradil, que reuniu 160.
Antigo jornalista televisivo de Florença, o eurodeputado italiano passou os últimos dez anos na instituição de Estrasburgo. Na primeira intervenção depois de ser eleito, apelou à “coragem” para “relançar o projeto de integração”.
“Devemos fazer evoluir a nossa União”, clamou Sassoli, defendendo um projeto comunitário mais atento “às exigências dos cidadãos”.
Ao abrigo do entendimento carimbado na terça-feira pelos chefes de Estado e de governo dos países-membros, após três dias de intensas negociações para a distribuição de cargos nos diretórios da União, a presidência do Parlamento Europeu ficou reservada ao S&D, o bloco socialista e democrata.
Todavia, o nome aventado a partir de Bruxelas era o do búlgaro Sergei Stanishev, à frente do Partido Socialista Europeu. O S&D quis fazer por si a escolha, que acabou por recair em Sassoli.
O compromisso do Conselho Europeu passará por endossar a presidência do Parlamento ao PPE a meio do mandato. Ou seja, o eurodeputado italiano poderá ter de abandonar o cargo em janeiro de 2022.
c/ agências