Colégio de Oncologia frisa que racionalizar é diferente de cortar

por Sandra Henriques

Racionalizar é completamente diferente de cortar. É desta forma que Helena Gervásio, do Colégio da Especialidade de Oncologia Médica, da Ordem dos Médicos, encara o parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) que recomenda o racionamento do acesso a tratamentos mais caros para pessoas com cancro, Sida e doenças reumáticas.

Em declarações à Antena1, Helena Gervásio considera que deve ponderar-se se a administração de um determinado tratamento beneficia o doente em termos de qualidade de vida e controlo da doença. “Se o ganho for inferior àquilo que eventualmente se possa induzir, nesse caso não se justifica fazer a terapêutica”, observa.

O documento, a que a Antena1 teve acesso, revela que o CNECV defende que o racionamento de tratamentos é legítimo e deve ser feito depois de ouvidos os médicos, os gestores e os doentes. Tudo depende do custo dos tratamentos e da avaliação de se prolongam a vida durante tempo suficiente para justificar os gastos.

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