Liga dos Quarentões

“p:Machinery” - Propaganda

Sintetizadores industriais, distopia e resistência: Em 1985 previu um mundo dominado por máquinas, conquistou as pistas de dança. Obra-prima visionária com poesia de David Sylvian e a voz etérea de Claudia Brücken.

“Maria Magdalena” - Sandra

De trio pop a rainha das pistas, tudo graças a DJs alemães nas ilhas gregas que fizeram deste hino de independência feminina com batida eletrónica um sucesso viral, espalhando-se como fogo pelas tabelas europeias.

“Os Meus Olhos Ficaram Mar” - Raul Ouro Negro

Após perder o parceiro do Duo Ouro Negro, Raul renasceu a solo em lágrimas e luto branco, com esta balada que fez do mar metáfora da amizade e da dor. Um tributo emocionante a Milo e à história do duo nascido em Angola.

“Into the Groove” - Madonna

Nasceu num impulso romântico de Madonna, conquistou nº1 no Reino Unido e como Lado B catapultou o single "Angel" ao Top 5 nos EUA. Um hino à liberdade, uniu o underground à pop e marcou um verão inesquecível.

“I Got You Babe” – UB40 & Chrissie Hynde

Tema de 1965 por Sonny & Cher, a ode ao amor ressuscitou em 1985 com o toque reggae dos UB40 e a voz rouca de Chrissie Hynde. O charme britânico com aroma pop-jamaicano, rumo ao topo das tabelas.

“We Don’t Need Another Hero” – Tina Turner

Ícone de força, transformando dor em poder. Um grito de liberdade em pleno Mad Max. Gravado em Abbey Road, com coro de crianças e alma de sobrevivente, um manifesto eterno contra a espera por salvadores.

“Dunas” – GNR

Um riff inesquecível, olhares furtivos e amores de verão. Um hino pop-rock gravado nas dunas da memória coletiva. É mais do que praia – é o retrato íntimo de uma geração em câmara lenta.

“Money for Nothing” – Dire Straits

Um desabafo banal escutado num armazém, criou uma sátira genial ao estrelato. Um clássico de guitarras afiadas, sarcasmo cortante e crítica ao fascínio fácil pelo sucesso. Verdade ou inveja?

“In Between Days” – The Cure

Quando o pop encontrou a melancolia, surgiu esta leveza escondia um lamento. Robert Smith reinventou a banda com esta canção sobre perda e mudança. A juventude corre, mas o tempo sempre nos apanha.

“White Wedding” – Billy Idol

Estética gótica e batida crua, um grito de frustração. Virou clássico, ironicamente tocado em casamentos, dos quais no fundo duvida. Uma resposta amarga, um hino rock, e a consagração de Billy Idol nos anos 80.

“Televisão” – Titãs

A crítica mordaz ao poder hipnótico da TV a antecipar a alienação digital atual. Arnaldo Antunes, ainda jovem, capturou o vício do ecrã com ironia e lucidez. Hoje, poderia chamar-se "Redes Sociais"

"Road to Nowhere" - Talking Heads