Liga dos Quarentões

“The Sun Always Shines on T.V.” – A-ha

Num dia cinzento nasceu uma canção que brilhava mais do que o mundo real. É uma crítica crítica à ilusão televisiva. Foi um n.º 1 épico, imortalizado por um vídeo gótico e inspiração futura para “Beautiful Day” dos U2.

“Sul” – Vitorino

Levou o Alentejo ao mapa emocional do país. Aqui, a memória, o cante e a paisagem a celebrarem raízes e identidade. Vida vivida entre Lisboa, Paris e a terra-mãe, num hino duradouro à alma portuguesa.

“Russians” – Sting

Na sombra da Guerra Fria, Sting compôs uma súplica pela humanidade. Mistura Prokofiev, geopolítica e empatia para lembrar que até o “inimigo” ama os seus filhos. Protesto sereno que voltou com a guerra da Ucrânia.

“Kyrie” – Mr. Mister

Uma canção pop como oração antiga. “Kyrie” transformou memórias de infância, hinos episcopais e poesia em clamor por proteção. Os Mr.Mister criaram, um #1 espiritual camuflado. “Deus, tem piedade de nós!”

“Década de Salomé” – José Afonso

Do corpo frágil nasceu a lucidez. “. A despedida e resistência, Zeca a rir-se da história com ironia poética, provando que uma voz livre nunca se cala. Do álbum “Galinhas do Mato” preparado e cantado pelos amigos.

“Brothers in Arms” – Dire Straits

Entre ecos de guerra e guitarras em chamas, o tema do álbum mais popular do grupo liderado por Mark Knopfler. Cantando a fraternidade no campo de batalha, é lamento e consolo, um hino eterno à paz que nasce do caos.

“You’re Only Human (Second Wind)” – Billy Joel

De um erro nasceu uma lição. Billy Joel transformou a dor e a desistência, em nova oportunidade e força. Esta uma canção que ajudou muitos que ficaram no limite da vida. Lembra que cair é humano, recomeçar é essencial.

“How Will I Know” – Whitney Houston

Como saber? Whitney Houston transformou a incerteza em festa. Canção do LP que a colocou no mapa como diva da pop. Cantando a esperança, no instante em que o amor hesita. Ela sorri e dança, a dúvida soa luminosa.

“A Love Bizarre” – Sheila E.

Entre batidas e desejo, Sheila E. transformou o funk em arte e o amor em ritmo. “Um tema com assinatura de Prince. Uma paixão sem filtros e uma canção que vibra entre o corpo e a alma.

“Roque Santeiro” – Gilberto Gil

Em 1985, Gil vestiu o rock para cantar a liberdade. “Roque Santeiro” é o retrato do Brasil que renascia — entre guitarras e poesia, o baiano transformou rebeldia em liderança e a juventude em força cultural.

“Queen of the Night / Satisfaction” – Dollie de Luxe

Da Noruega para o mundo, duas amigas cruzaram ópera e rock e criaram uma alquimia improvável. Ousadia pura, a realeza da voz a dançar com a rebeldia da guitarra. Não é uma Ópera Rock. É Rock e Ópera juntas.

“The Captain of Her Heart” – Double

Dois músicos suíços e uma janela aberta. Um melro, um piano e o som da ausência transformaram-se numa das baladas mais elegantes dos anos 80. Uma despedida em forma de canção.