Na oficina, Manel está de volta do carro de Xana e Sandro. Para desespero dos dois, o carro devia ir era para o ferro velho porque, para além de ter 20 anos e já não durar muito mais, há várias peças que têm de ser substituídas, incluindo o motor. Manel acrescenta que o arranjo será caro e demorado. No entanto, como Xana precisa mesmo do carro, a única solução é mesmo Manel mandar vir as peças e eles irem-lhe pagando aos poucos. Na barbearia, Tozé apara o cabelo de Moisés, que se olha ao espelho satisfeito por parecer mais novo. Tozé conta-lhe a sua ideia para tornar Beirais uma aldeia completamente original: criar um sotaque para identificar os Beiralenses como tais. Pensa pedir a Carlos para fazer um anúncio na rádio a dizer que Beirais já é a melhor aldeia de Portugal mas, com um sotaque, seria a melhor da Europa ou até do Mundo. Na sociedade, Matias tenta dar a mão a Lúcia, mas ela não se sente confortável à frente de toda a gente. Matias não a pressiona e combinam encontrar-se à noite. Surge o padre Justino, que pede um café a Marina. Esta comenta que, pela forma como os seus olhos brilham, os dois jovens ali só podem estar apaixonados. No minimercado, Xana desabafa com Alzira e Tânia. Nisto surge Manel a dizer que Sandro lhe ligou a dizer que afinal já não valia a pena arranjar o carro pois vão comprar outro. Xana é apanhada de surpresa e não percebe como vão arranjar dinheiro para isso. Na rádio, Carlos recebe com entusiasmado a ideia de Tozé. Este acredita que era um sinal espetacular de afirmação cultural cada Beiralense passar a falar com sotaque. A ideia é cada um usar o sotaque que quiser e depois, através de um processo de seleção, adoptarem o melhor. Carlos lança então a iniciativa "Vamos dar um sotaque a Beirais!", sendo que o mais importante é terem algo que os distinga das aldeias vizinhas. O padre Justino encontra Matias na rua e este acaba por confirmar que ele e Lúcia não são apenas amigos, mas que ainda se estão a conhecer. O padre mostra-se satisfeito por ele estar a dar uma nova oportunidade ao amor, mas Matias confessa que ambos têm medo de o assumir: ele não quer voltar a sair magoado Lúcia não se sente muito à vontade. O padre acha que isso não é motivo para não tentarem. Xana confronta Sandro que, por insistência desta, acaba por confessar que fez uma proposta à Dente Caliente, a empresa aceitou e vai pagar bem. Só não lhe contou logo porque gozou com ela quando criou a linha de lingerie comestível e não queria que ela fizesse o mesmo com ele. Explica-lhe que vai desenhar modelos de lingerie sensual e de luxo para clientes com dinheiro. Apesar de contrariado, Sandro dá finalmente razão à mulher, que lhe dá um beijo, feliz por saber que vai mesmo ter um carro novo. Na sociedade, Marina mostra-se contra a criação de um sotaque e acha até que vai dar confusão. Luís aparece a falar à Açoriano, pois não quer que o olhem de lado e acusem de traição. Aí, até Susana acha piada à ideia, apesar de não ter jeito nenhum para inventar e achar que um sotaque é algo que nasce com a pessoa. A pedido do padre Justino, Lúcia vai até à igreja e fica desagradada ao perceber que este já sabe o que se está a passar entre ela e Matias. O padre levanta-se com a desculpa de que vai buscar uns panfletos para eles lerem e meditarem essa noite. Discretamente, pega na mochila de Lúcia e depois tranca a porta do lado de fora do gabinete. Chocada, Lúcia afirma ter coisas para fazer e o padre promete destrancá-la assim que os dois conversarem. No minimercado, Carlos tenta convencer Alzira a fazer um sotaque, mas esta acha tudo uma parvoíce e que Beirais já se distingue por muitas outras coisas. Carlos acaba por dizer que a ideia partiu de Moisés e pergunta-lhe se tem lingerie da Dente Caliente. Alzira até já está a pensar encomendar, porque a procura é impressionante. Na barbearia, Tozé percebe que a sua ideia se descontrolou um bocado, pois era suposto Beirais se tornar ainda mais especial por ter um sotaque único.
MAIS INFOBem-vindos a Beirais
Quando não podes voltar a falhar, o sucesso é o único caminho possível.
Diogo Almada, um bem sucedido gestor de contas numa empresa de telecomunicações confronta-se com problemas graves de stress e ansiedade, originados pela constante pressão em que vive. A situação piora quando sofre um ataque cardíaco. No hospital, é alertado para o risco que corre: se não abrandar o ritmo, poderá vir a ter graves consequências. Numa tentativa de reaver a sua qualidade de vida, Diogo muda-se para a pequena aldeia de Beirais, em Vila Real arriscando uma nova vida como agricultor. No entanto, a sua namorada Teresa recusa deixar Lisboa e a sua carreira e, mesmo assim, Diogo prossegue com os seus planos.
