As Horas Extraordinárias

Os relógios já não existem

Sempre gostei de relógios.O hábito chama ao pulso essa necessidade de controlo do tempo O controlo absolutamente imaginado e falso..de ter na mão a constância da vida, só poderia ser um engano Ao mesmo tempo descobri-lo

O que está escrito num romance não é o que está à vista

Resolvido fica assim o enigma da vontade de ler e também da vontade de escrever, dias e noites, sem minutos ou sombras, isolamentos ou salas de gente …

O cinema também resolve mistérios…

O documentário “João Ayres, pintor independente” do realizador Diogo Varela Silva,para dar a conhecer um artista plástico, poeta, escritor,que viveu entre Moçambique e Portugal, durante um tempo colonial e de revolução…

O frio movimentado plo baloiço do jardim

Acompanha esta crónica a música Canção de Embalar, de 1968, “Cantares de Andarilho”, disco que costumava ouvir na casa de uma amiga da escola primária lá em 1978/1979…. sem saber quem Zeca… Zeca Afonso era.

Ser alegre era a profissão que mais queria...

Serve esta história para celebrar a primeira vez, que o cinema português é nomeado para os óscares de Hollywood. O filme de animação “Ice Merchants” realizado por João Gonzalez. Não tem palavra… só génio.

Sem renda nem capacidade,mais acção e destino...,

…. o ato de escrever, tem probabilidade e ambição, de ser uma pagina aberta em tempo sem definição. … o poerma chama-se “Desen-Canto”. Natália Correia, O livro “O Sol nas Noites e o Luar nos Dias”.

O que existe sem nome

.... Tem uma história por contar. Ignorância, não será. Acompanha esta crónica a música “Canção sem nome” do AP Quarteto, para o disco “Lento”.

Uma estrada vermelha leva-nos ao percurso de um país.

… que Eneida Marta nos canta, em suspiro continuo. A voz que conta o sonho do mundo. O novo disco de Eneida Marta chama-se “Family” … É apresentado dia 28 janeiro, sábado, no capitólio em Lisboa.

Serve o cinema o movimento desconhecido da história de um país.

“Amadeo” do realizador Vicente Alves do Ó conta a vida de um homem que entre tintas e telas, nega esse tempo cinzento de uma Europa no precipício da primeira guerra mundial..

Este homem que fala…

Sabe que está a morrer. O compositor Ryuichi Sakamoto…. anuncia, de viva voz, a doença irreversível. No verão de 2020, soube que tinha cancro… Afastou-se dos palcos…

Pegar um tesouro plos dedos

Sou apenas uma feliz leitora que encontrou o livro perdido de Malcom Lowry “Debaixo do Vulcão”.

É coisa que se sente a partir dos olhos, do sublime.

Convento de S. Francisco, em Coimbra. Concerto de apresentação do disco Ibéria 20, 20 anos de celebração.