Câmara de Torres Novas rejeita encerramento da Urgência de Pediatria da ULS Médio Tejo

A posição pública do município contra fecho da urgência pediátrica surge no âmbito da consulta pública da proposta de "Rede de Referenciação Hospitalar - Pediatria", colocada em discussão pelo Ministério da Saúde.

Arlinda Brandão - Antena 1 /

Foto: Nuno Patrício - RTP

A Câmara de Torres Novas rejeita o encerramento da Urgência Pediátrica da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo. A autarquia alerta que fechar o Serviço "obrigaria muitas famílias a deslocações longas e difíceis, com impacto direto na resposta a situações urgentes". O encerramento é uma decisão que não está tomada, mas a autarquia perante "sinais" de que possa acontecer quer reforçar a sua posição.

A posição do município surge depois de ter sido sugerida uma reestruturação dos serviços da Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo, incluindo o eventual encerramento da urgência pediátrica de Torres Novas.

Ouvido pela Rádio Pública, José Trincão Marques, o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, fala de uma decisão que se acontecer é "injusta para as famílias e para as crianças da região colocando em causa a proximidade no acesso aos cuidados de saúde". E acrescenta que a acontecer "significaria um prejuizo enorme para as populações".

O município defende que a manutenção da Pediatria em Torres Novas garante o equilíbrio entre os três polos hospitalares da ULS Médio Tejo; Abrantes, Tomar e Torres Novas. A Câmara rejeita assim o possível encerramento da Urgência Pediátrica da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo.

A ULS Médio Tejo serve cerca de 170 mil utentes dos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei, dispondo de três unidades hospitalares situadas a cerca de 30 quilómetros entre si.
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