Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O Secretário de Defesa norte-americana agradeceu aos Estados envolvidos.
O país já tinha dito que não pretendia prolongar o contrato, que expirava no final do ano, mas decidiu antecipar a decisão.
Recorde-se que, no passado mês Abril, Moscovo cortou o fornecimento a Varsóvia, pelo facto do país rejeitar fazer o pagamento em rublos.
A Polónia diz agora que "sempre soube que a empresa russa Gazprom não era um parceiro confiável".
A ministra do Ambiente desafia outros países da União Europeia a tomarem a mesma decisão que a Polónia.
O presidente ucraniano agradece a coragem dos combatentes que asseguram o contra-ataque e diz que as próximas semanas de guerra vão ser mais intensas do que na região do Donbass.
O general Mark Milley, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos da América, afirmou esta segunda-feira que, apesar da possibilidade de enviar tropas norte-americanas para a Ucrânia estar a ser estudada está ainda “muito longe” de se concretizar.
Boris Bondarev, de 41 anos, critica o que classifica de “guerra agressiva desencadeada” na Ucrânia pelo Presidente russo, Vladimir Putin e diz que nunca teve tanta vergonha do seu país como no dia 24 de Fevereiro.
O diplomata enviou, esta segunda-feira, uma carta aos colegas de missão onde escreve que "não podia continuar a participar nesta ignomínia sangrenta, idiota e absolutamente inútil."
"Se eles (o Ocidente) quiserem oferecer algo em termos de recuperação das relações, consideraremos seriamente se precisaremos ou não", disse Serguei Lavrov num discurso transcrito no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Segundo Lavrov, o objetivo de Moscovo agora é estreitar os laços com a China.
"Agora que o Ocidente assumiu uma 'posição de ditador', os nossos laços económicos com a China crescerão ainda mais rápido", disse Lavrov.
O presidente ucraniano afirmou que Vladimir Putin era a única autoridade russa que ele estava disposto a reunir-se com uma única questão na agenda: parar a guerra.
Numa participação por videoconferência para a audiência no Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, Volodymyr Zelensky também disse que organizar qualquer tipo de conversa com a Rússia está a tornar-se cada vez mais difícil à luz do que considera serem as provas das ações russas contra civis em territórios ocupados.
Zelensky também referiu que qualquer ideia de recuperar pela força a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, causaria centenas de milhares de vítimas.
"O Governo português continuará a prestar assistência e apoio ao povo ucraniano, nomeadamente, através do donativo de medicamentos e produtos médicos e acolhimento de doentes e refugiados", refere um comunicado do gabinete de Marta Temido, que participou na abertura 75.ª Assembleia Anual da Organização Mundial de Saúde (OMS) que está a decorrer na Suíça.
Marta Temido, que "condenou a agressão militar russa" à Ucrânia, salientou que "existe uma interdependência inegável entre a saúde e a paz" e alertou que os conflitos, para além das vítimas mortais, causam "fortes perturbações sociais e económicas".
A ministra defendeu ainda que os profissionais de saúde, os hospitais e os estabelecimentos de saúde "jamais podem ser alvo de ataques", afirmando ser necessário "trabalhar nos locais de conflito, desenvolvendo projetos que permitam alcançar resultados de saúde e a paz".
A edição deste ano da Assembleia Anual, o órgão de decisão da OMS e que junta os ministros da saúde de mais de 100 países, é a primeira em formato presencial desde o início da pandemia da covid-19 em 2020.
(agência Lusa)
"Estamos num quadro muito complicado da vida internacional e um quadro que afeta o globo inteiro e de maneira muito especial países no continente africano, países insulares, países que têm o hábito de importar cereais daquela região, da Ucrânia e da Rússia", afirmou João Gomes Cravinho, em declarações conjuntas com o homólogo cabo-verdiano, Rui Figueiredo Soares, no início de uma visita de três dias a Cabo Verde.
"Atualmente, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia e devido à ação militar da Rússia, nós temos um bloqueio de portos de exportação de cereais da Ucrânia e juntamente com a União Europeia vamos procurar trabalhar para que se encontrem soluções que permitam aliviar as dificuldades criadas pela Rússia. Portanto, isto é um desafio grande, mas é um desafio com relação ao qual Portugal sabe que a parceria com Cabo Verde será sempre uma parceria muito valiosa", acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa.
O Governo cabo-verdiano apelou no início de abril à mobilização de apoio orçamental internacional face ao "cenário desastroso" nas contas públicas provocado pela guerra na Ucrânia, estimando em 40 milhões de euros o impacto para conter a escalada de preços, sobretudo nos alimentos básicos, como os cereais, e nos combustíveis.
(agência Lusa)
A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, considera que o ciclo de "sanções e contra-sanções" está entre as principais ameaças ao crescimento económico que a guerra pode potenciar.
Já a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, notou que com a guerra, as condições financeiras mais difíceis e os choques de preços - em particular nos alimentos - claramente "escureceram" as perspectivas de crescimento global.
“Desde então, o horizonte escureceu”, disse Georgieva, ressaltando que o impacto da guerra na Ucrânia estava a ser amplificado por um aperto nas condições financeiras, o dólar em alta e uma desaceleração na China. “2022 será um ano difícil.”
As forças russas tentam cercar a cidade de Severodonetsk, o que lhes permitiria consumar a conquista da província de Lugansk e obter a sua primeira grande vitória na guerra.
Para conquistar Severodonetsk, os russos estarão aparentemente a usar bombardeamentos pesados como os efetuados contra Mariupol.
O julgamento dos militares ucranianos que se renderam na semana passada em Azovstal iniciar-se-á em Mariupol, disse hoje uma fonte familiarizada com o assunto à agência de notícias independente russa Interfax.
"Segundo os dados preliminares, o primeiro julgamento intermédio vai ser realizado em Mariupol", indicou a fonte.
O julgamento vai ser seguido de outras etapas, que poderão ocorrer noutras localidades, acrescentou.
Todos os militares que estiveram entrincheirados na siderúrgica Azovstal até se renderem na semana passada estão presos na autoproclamada República Popular de Donetsk, controlada pela Rússia, disse hoje o líder separatista Denis Pushilin à agência russa Interfax.
"Os prisioneiros de Azovstal estão no território da República Popular de Donetsk", afirmou.
Na quarta-feira passada, o jornal independente russo Meduza afirmava que 89 dos combatentes ucranianos que defenderam Azovstal estariam na cidade de Taganrog, na região russa de Rostov.
A Rússia anunciou, na sexta-feira, que um total de 2.439 militares ucranianos se renderam em Azovstal, uma metalúrgica com mais de 11 quilómetros quadrados que foi o último bastião dos combatentes ucranianos na cidade portuária de Mariupol.
Moscovo divulgou alguns vídeos e fotos, especialmente de feridos em hospitais, mas não avançou o local para onde foram transferidos.
De acordo com Pushilin, "está a ser preparado um tribunal internacional a instalar no território da república" de Donetsk para julgar os militares ucranianos de Azovstal, algo que ainda não foi confirmado por Moscovo.
A primeira-dama ucraniana denunciou junto da Organização Mundial de Saúde (OMS) os "horrores" causados pelas forças russas na Ucrânia, enquanto Moscovo denunciou uma "politização" desta organização.
A guerra da Rússia "mostrou horrores que não poderíamos imaginar", disse Olena Zelenska perante a Assembleia Mundial da Saúde, que reúne todos os Estados-membros da OMS.
"A OMS está empenhada em proteger os direitos humanos mais essenciais à vida e à saúde", mas "hoje" estes "são violados na Ucrânia", afirmou na sua intervenção.
Na Ucrânia, “os médicos não podem ter a certeza de que as suas ambulâncias não serão bombardeadas" e "nenhum ucraniano pode ter a certeza de que acordará amanhã”, salientou Zelenska.
Falou também das consequências a longo prazo da guerra, nomeadamente em termos de saúde mental, um desafio que o seu país pretende enfrentar com o apoio da OMS.
"Podia citar muitos exemplos terríveis, mas vou citar um que mostra a magnitude do fenómeno", prosseguiu a primeira-dama ucraniana.
"As pessoas esconderam-se no metro de Kharkiv durante três meses de guerra, (...) vivem lá com os seus filhos e animais de estimação. Porque durante todos estes meses, Kharkiv foi bombardeada. E agora que o metro tem de voltar ao serviço pela primeira vez desde a guerra, há centenas de pessoas que nunca vieram à superfície depois de todo este tempo" e que têm de se forçar a fazê-lo, afirmou.
Olena Zelenska exortou a comunidade internacional a apoiar a Ucrânia face a este desafio.
Falando também na Assembleia Mundial de Saúde, a vice-ministra da Saúde russa, Alexandra Dronova, denunciou as "tentativas de politização do trabalho da organização, bem como desvios do princípio de 'imparcialidade' no seu trabalho".
"Apelamos ao Diretor-geral para que impeça a OMS de se tornar uma plataforma política", disse, sublinhando que Moscovo considera "a OMS um parceiro fiável" para garantir que as populações afetadas pelos conflitos tenham "acesso igual e total" aos serviços de saúde.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia continuará a ocupar delegados na Assembleia Mundial de Saúde esta semana.
(agência Lusa)
O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos disse que o seu país retomou contactos com a Rússia, no campo militar, para evitar uma escalada entre os dois países.
O general Mark Milley fez a revelação durante uma conferência de imprensa conjunta com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, após uma reunião virtual com autoridades de 47 países aliados, para discutir a assistência militar à Ucrânia.
O general explicou que tanto ele como o chefe do Pentágono estão focados em controlar riscos e em evitar uma possível escalada com a Rússia, nomeadamente através da retoma de “comunicações a nível militar”, incluindo telefonemas com altos responsáveis militares russos.
O chefe do Estado-Maior dos EUA indicou que este é um passo "significativo" e que "vale a pena", sublinhando que o seu país continua “comprometido” no seu apoio à Ucrânia.
Washington tem apoiado Kiev com assistência militar e humanitária para combater a invasão russa iniciada em 24 de fevereiro.
(Agência Lusa)
O líder de oposição russa, Alexei Navalny, chamou ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, “louco malvado” com armas nucleares e direito de veto na ONU, num artigo publicado hoje na revista norte-americana Time.
“Os líderes mundiais falaram hipocritamente durante anos sobre o pragmatismo e as vantagens do comércio internacional. Assim, posicionaram-se para beneficiar do petróleo e gás russos, enquanto o domínio de Putin se foi tornando cada vez maior”, disse Navalny no artigo.
O opositor acrescentou que agora “a questão com que nos deparamos é: como deter um louco malvado com um exército, armas nucleares e um membro do Conselho de Segurança da ONU?”, questionou.
“Esta [questão] ainda não foi respondida. E somos nós que o devemos fazer”, disse.
Putin “lembrou-nos mais que uma vez que o caminho que começa com ‘um pouco de fraude eleitoral’ conduz sempre a uma ditadura", disse, acrescentando: "E as ditaduras conduzem sempre a guerras. É uma lição que não deveríamos ter esquecido".
Navalny, que cumpre uma pena de nove anos de prisão, recordou que “entre as sanções, a ajuda militar e económica, esta guerra custará centenas de vezes mais que todos os contratos lucrativos cuja assinatura costumava ser regada com champanhe”.
“Putin recordou-nos a todos do teste do pato: se algo se parece com um pato, nada como um pato e grasna como um pato, então provavelmente ele é um pato”, comentou.
Da mesma forma, acrescentou “se alguém destrói a imprensa independente, organiza assassinatos políticos e se dá a delírios imperialistas, então é um louco capaz de causar um banho de sangue”.
“Não o deveriam ter acolhido de braços abertos em fóruns internacionais. Neste momento, Putin está a ensinar a lição de como desfazer os ganhos económicos que um país tem feito durante 20 anos”, disse Navalny sobre a forte contração devido às sanções ocidentais sobre a invasão militar da Rússia na Ucrânia.
Putin, que lançou a 24 de fevereiro o que intitulou de “operação militar especial” russa no país vizinho, foi incluído pela revista Time na lista das 100 personalidades mais influentes do mundo em 2022.
A lista inclui também o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o comandante das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, e o jornalista russo Dmitry Muratov, que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2021.
Considerado uma das vozes mais críticas do Kremlin (Presidência russa), Navalny está a cumprir, desde fevereiro de 2021, uma pena de prisão de dois anos e meio por outro caso de alegada fraude em 2014.
No Fórum Económico Mundial, em Davos, Iryna Venediktova disse que as autoridades ucranianas têm uma lista de cerca de 600 suspeitos de envolvimento em crimes de guerra, enquanto dois casos envolvendo três pessoas já estão a ser julgados nos tribunais.
"Todas as provas indicam que a elite militar e política russa tornou incondicionalmente às brutais táticas de guerra da violência. As populações e bens civis – incluindo hospitais, edifícios educacionais e residenciais – são alvos internacionalmente de uma forma generalizada e sistemática", disse.
Venediktova acrescentou que as violações russa documentadas pela sua equipa demonstram a “crueldade e violência deliberadas indescritíveis contra civis".
"Isso é particularmente evidente em territórios que estavam na linha de frente da guerra, que praticamente se tornaram um matadouro", detalhou.
Segundo a procuradora-geral ucraniana, 4.600 civis morreram em resultado da guerra, incluindo 232 crianças, mas o número será provavelmente mais elevado.
A Ucrânia acusa a Rússia de atrocidades e brutalidade contra civis durante a invasão do país, que começou há três meses. A Rússia nega visar civis ou qualquer envolvimento em crimes de guerra praticados durante a designada "operação militar especial" na Ucrânia.
Não foi nomeado nenhum substituto.
O país báltico expulsou o representante diplomático da Rússia no dia 4 de abril.
Na altura, o governo lituano referiu que pretendia diminuir o nível de representação diplomática entre os dois países.
O acordo, conhecido na Ucrânia como Pacto de Kharkiv, permitiu que a Rússia mantivesse a sua frota do Mar Negro no porto de Sebastopol, na Crimeia.
Yanukovich, que fugiu para a Rússia em 2014 na sequência de protestos em massa, já tinha sido sentenciado à revelia a 13 anos de prisão por traição. Esta situação deveu-se a uma carta enviada ao presidente russo Vladimir Putin, a 1 de março de 2014, a pedir que usasse o exército e as forças policiais russas para restaurar a ordem na Ucrânia.
O antigo presidente, que sempre rejeitou todas as acusações, não pôde ser contatado imediatamente para comentar a nova ordem.
O gabinete do procurador-geral ucraniano disse que um tribunal de Kiev ordenou agora a prisão de Yanukovich porque o Pacto de Kharkiv permitiu que a Rússia aumentasse o número de tropas que tinha na Ucrânia e anexasse a Crimeia em 2014.
As ações de Yanukovich violaram a Constituição e "em detrimento da soberania, integridade territorial e inviolabilidade da defesa, Estado e segurança económica da Ucrânia, prestaram assistência a um Estado estrangeiro".
Entre os que anunciaram novos pacotes estão a Itália, a Dinamarca, a Grécia, a Noruega e a Polónia, disse Lloyd Austin. A Dinamarca vai fornecer um lançador de arpões e mísseis para defender a costa da Ucrânia, acrescentou.
As autoridades ucranianas avisam que há uma intensificação da ofensiva nesta zona do país. Várias cidades de Zaporizhia têm sido ocupadas.
O exército russo avança na região de Zaporizhia.
A Rússia mantém o controlo de uma central hidráulica estratégica, apreendida em final de fevereiro, assegurando o fornecimento de água à região anexada da Crimeia, constatou a agência France-Presse.
Três meses depois de ter sido apreendida pelas forças militares russas, as turbinas da central hidráulica, localizada em Nova Kakhovka, na região de Kherson, no sul da Ucrânia, estão a funcionar, com as instalações intactas e a água a fluir e a desaguar no rio Dnieper.
(Agência Lusa)
Depois de uma autoridade ucraniana ter referido um potencial ataque norte-americano à Marinha russa no Mar Negro, o Pentágono dos Estados Unidos nega a afirmação. A notícia é avançada pelo Jerusalem Post esta segunda-feira.
O conselheiro do Ministério dos Assuntos Internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, afirmou nas redes sociais que os EUA estariam a preparar “um plano para destruir a frota do Mar Negro”.
Esta segunda-feira, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, rejeitou essa alegação.
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na qual apelou à união da comunidade internacional para evitar que o conflito na Ucrânia conduza a uma nova guerra mundial, foi hoje divulgado.
"A Bielorrússia exorta os países do mundo a unirem-se para evitar que o conflito regional na Europa se transforme numa guerra mundial em larga escala", escreveu Lukashenko na missiva, citada pela agência de notícias estatal Belta.
O advogado do soldado russo que foi condenado esta segunda-feira a prisão perpétua já anunciou que vai recorrer da sentença. Vadim Chichimarine foi julgado na Ucrânia por crimes de guerra e foi hoje condenado por ter matado um civil ucraniano desarmado.
"É a sentença mais severa e qualquer pessoa sensata apresentaria um recurso. Vou pedir que o veredicto seja anulado", anunciou o advogado do soldado, Viktor Ovsiannikov.
Vadim Chichimarine tem 21 anos e foi o primeiro soldado russo a ser julgado por crimes de guerra na Ucrânia desde o início da invasão russa. Foi acusado de matar a tiro um civil ucraniano de 62 anos numa aldeia na região de Sumy.
Em tribunal, foi considerado culpado de crimes de guerra e de homicídio premeditado.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, afirmou que a comunidade internacional tem de ajudar a garantir o transporte seguro para navios de exportação de alimentos num corredor fora da cidade portuária de Odessa para ajudar a Ucrânia e a evitar a fome no mundo.
“Levaríamos cinco, seis ou sete anos a exportar todos estes produtos agrícolas. É extremamente importante desbloquear os portos marítimos”, citou a BBC. “Precisamos de uma garantia dos parceiros, uma garantia de Defesa e Segurança”.
A Starbucks anunciou, esta segunda-feira, que vai abandonar o mercado russo depois de quase 15 anos, juntando-se a grupos como o McDonald's Corp. A Starbucks, com sede em Seattle, tem 130 lojas na Rússia, totalmente detidas e operadas pelo Alshaya Group, com quase dois mil funcionários no país.
No início de março, a Starbucks fechou as lojas e suspendeu todas as atividades comerciais na Rússia, incluindo o envio de produtos para o país após a invasão da Ucrânia por Moscovo. A empresa assegura, contudo, que vai continuar a apoiar e a pagar aos funcionários.
O ministro alemão das Finanças anunciou esta segunda-feira que cada refugiado ucraniano a viver na Alemanha poderá converter até 10 mil hryvnia ucranianos em euros sem pagarem qualquer taxa de câmbio.
Durante três meses, os refugiados ucranianos que cheguem ao país vão poder beneficiar deste programa, estabelecido em parceria entre o Ministério alemão das Finanças, a banca alemã com a Ucrânia e a banca ucraniana.
De acordo com a BBC, os bancos alemães vão aceitar notas de 100, 500 e 1.000 hryvnias para efetuar o câmbio.
A forças armadas bielorrussas começaram a verificar se tem equipamento militar em condições para estarem preparadas para potenciais combates.
“A inspeção pretende determinat as condições do equipamento e de preparação”, informou o Ministério da Defesa do país.
Essa força, que não poderia ser coordenada pela NATO, contaria com o contributo de vários países, incluindo o Reino Unido ou o Egipto, por exemplo, que será um dos países mais afetados com a incapacidade de Kiev em exportar produtos agrícolas.
Um diplomata russo renunciou ao cargo que tinha nas Nações Unidas admitindo que nunca teve “tanta vergonha” do seu país e condenando Vladimir Putin pela “guerra agressiva” contra a Ucrânia. Boris Bondarev, ex-conselheiro da missão russa na ONU em Genebra, criticou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, onde exerce funções há 20 anos, pelas “mentiras e falta de profissionalismo”.
Numa declaração divulgada pela ONU Watch lê-se:
“Durante vinte anos de minha carreira diplomática vi diferentes reviravoltas na nossa política externa, mas nunca senti tanta vergonha do meu país como desde 24 de fevereiro deste ano. A guerra agressiva desencadeada por Putin contra a Ucrânia, e de fato contra todo o mundo ocidental, não é apenas um crime contra o povo ucraniano, mas também, talvez, o crime mais grave contra o povo da Rússia, com uma letra Z em negrito cruzando nossa todas as esperanças e perspectivas de uma sociedade próspera e livre em nosso país”.
Para Bondarev, todo os que “ conceberam esta guerra querem apenas uma coisa – permanecer no poder para sempre, viver em palácios pomposos de mau gosto, navegar em iates comparáveis a toneladas e custo de toda a Marinha russa, desfrutando de poder ilimitado e total impunidade”.
E para tal “estão dispostos a sacrificar quantas vidas forem necessárias. Milhares de russos e ucranianos já morreram só por isso”.
BREAKING: 🇷🇺 Russia’s Counsellor to the United Nations in Geneva has resigned.
— Hillel Neuer (@HillelNeuer) May 23, 2022
Boris Bondarev: “Never have I been so ashamed of my country.”
UN Watch is now calling on all other Russian diplomats at the United Nations—and worldwide—to follow his moral example and resign.
🧵: pic.twitter.com/ZuKqq0gJO8
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, disse esta segunda-feira estar preocupado com o que chamou de movimentos do Ocidente para "desmembrar" a Ucrânia e acusou a Polónia de tentar tomar a parte ocidental do país.
Numa nota à comunicação social, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informou que já "atribuiu, desde o início do conflito na Ucrânia, 38.278 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam naquele país. Desses pedidos, 25.026 são mulheres e 13.252 homens.
Oitenta e sete pessoas morreram num ataque aéreo russo em Desna na última terça-feira, disse o presidente ucraniano, durante discurso a líderes empresariais globais em Davos.
Mais de 6,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão da Rússia no final de fevereiro, disse a agência para os refugiados das Nações Unidas.
Desde a invasão da Rússia a 24 de fevereiro, 6.538.998 refugiados deixaram a Ucrânia, com a maioria deles a dirigir-se para a Polónia.
O Governo da Nova Zelândia anunciou hoje que vai enviar para o Reino Unido cerca de 30 instrutores militares para treinar artilheiros ucranianos.
Estes instrutores da Nova Zelândia vão formar cerca de 230 militares ucranianos que servem na artilharia a utilizarem os canhões ligeiros de 105 mm L119, segundo informou o executivo neo-zelandês.
As armas foram concebidas no Reino Unido nos anos 1970, sendo que as alterações aos modelos mais atuais foram efetuadas pelos Estados Unidos.
O treino aos militares ucranianos vai prolongar-se até ao final do mês de julho.
A Nova Zelândia já enviou um avião Hércules C-130 e militares para a Europa para missões logísticas e de recrutamento de apoio a Kiev.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que disparou quatro mísseis Kalibr de um submarino no Mar Negro para destruir o equipamento militar de uma brigada ucraniana, citou a agência de notícias TASS.
O Kremlin considera que soldados russos têm de estar alerta para "ataques terroristas" depois de o prefeito indicado pela Rússia da cidade ocupada de Enerhodar, no sul da Ucrânia, ter sido ferido numa explosão no domingo.
"Os nossos soldados devem estar alerta e tomar medidas para prevenir tais ataques terroristas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
A Rússia pediu informações ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) sobre os prisioneiros de guerra russos na Ucrânia e ajuda para que possam ser visitados, anunciou hoje a Provedora de Justiça russa, Tatiana Moskalkova.
“Contactámos o presidente do CICV, Peter Maurer, para obter informações sobre os prisioneiros de guerra russos e para sermos autorizados a visitá-los”, disse Moskalkova, citada pela agência russa Interfax.
Segundo Moskalkova, até agora não há “nenhuma informação” sobre os militares russos capturados pelas forças ucranianas, apesar dos pedidos enviados à Cruz Vermelha sobre o assunto.
“Nem nós, nem os seus familiares sabemos quem os representantes do CICV visitaram e em que estado físico e psicológico se encontram”, disse Moskalkova, segundo a agência espanhola EFE.
Moskalkova referiu que visitou, em abril, 30 prisioneiros de guerra ucranianos numa unidade da frota do Mar Negro para verificar se os direitos estavam a ser respeitados ao abrigo da Convenção de Genebra sobre o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra. Disse que a Rússia também apoiou o trabalho do CICV no registo dos prisioneiros ucranianos, incluindo os militares do batalhão Azov que foram retirados da fábrica de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, entre 17 e 20 de maio.
“Será muito doloroso perceber que uma organização tão respeitada como o CICV, tendo esquecido os princípios universais do humanismo, como muitas outras estruturas internacionais, é guiada por dois pesos e duas medidas em relação aos nossos prisioneiros”, acrescentou, segundo a Interfax.
O Kremlin disse, esta segunda-feira, que o Ocidente desencadeou uma crise alimentar global ao impor as mais severas sanções da história moderna à Rússia por causa da guerra na Ucrânia. Vladimir Putin, disse o Kremlin, concordou com a avaliação das Nações Unidas de que o mundo enfrenta uma crise alimentar que pode causar fome.
"A Rússia sempre foi um exportador de grãos bastante confiável", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Nós não somos a fonte do problema."
Os corpos de 150 pessoas foram recuperados dos escombros de 98 locais na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, uma das zonas mais bombardeadas pelas forças russas desde o início da invasão, indicaram hoje as autoridades locais. Os corpos foram recuperados por equipas de resgate do serviço estatal de emergências de Kharkiv, após completarem a limpeza dos escombros dos locais atingidos pelos bombardeamentos russos, segundo as agências ucranianas, que citam fontes locais.
"Em Kharkiv, as nossas unidades removeram completamente os escombros em 98 locais”, disse Anatoli Torianyk, vice-chefe do serviço de emergências da região, citado pela agência de notícias Interfax-Ucrânia.
A região de Kharkiv e a sua capital, com o mesmo nome e a segunda cidade mais importante do país, foi uma área particularmente muito bombardeada pelos russos, que pretendiam obter acesso às regiões pró-russas no Donbass. O chefe dos serviços de emergências também informou que cinco pessoas morreram "no cumprimento do dever".
(Agência Lusa)
Vadim Shishimarin, um comandante de tanque russo de 21 anos, declarou-se culpado de matar um idoso civil desarmado em Chupakhivka, no nordeste da Ucrânia, a 28 de fevereiro.
"É claro que estamos preocupados com o destino do nosso cidadão, mas, repito, não temos a capacidade de proteger os seus interesses pessoalmente", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa conferência de imprensa.
O líder da República Popular de Donetsk, na Ucrânia, disse esta segunda-feira que os combatentes que se renderam na siderúrgica Azovstal, em Mariupol, serão julgados na região separatista, informou a agência de notícias Interfax.
"Os prisioneiros de Azovstal estão detidos no território da República Popular de Donetsk", disse Denis Pushilin, citado pela Interfax. "Também está prevista a organização de um tribunal internacional no território da República".
A Rússia garante estar pronta para retornar as negociações com a Ucrânia "assim que Kiev mostrar uma posição construtiva", informou o vice-chanceler Andrey Rudenko, citado pela agência russa RIA.
Volodymyr Zelensky participou, em videoconferência, no Fórum Económico Mundial num a conferência sobre “Casa dos Crimes de Guerra da Rússia”.
“A Rússia tornou-se um Estado criminoso”, afirmou o presidente ucraniano, dirigindo-se à plateia de Davos. “Em vez de necessidades prósperas há apenas ruínas na Ucrânia”.
“Temos empurrado o agressor para fora das nossas fronteiras”, continuou, acrescentando que se os países ocidentais tivessem aplicado “sanções agressivas” à Rússia teriam impedido a invasão.
Zelensky agradeceu “todo o apoio” e a “unidade e a pressão” sobre a economia russa, mas considera que se tivessem agido mais cedo se tinham evitado todas as perdas humanas e materiais que ocorreram até agora.
“Não esperem que a Rússia use as suas armas mais destruidoras (…). É preciso proteger a liberdade e a ordem pacífica regular do mundo. Façam-no o mais cedo possível. As sanções devem ser máximas para que a Rússia e qualquer outro agressor saiba quais as consequências imediatas para as suas agressões”.
Segundo Zelensky, “todos os bancos russos devem sancionados, não deve haver qualquer comércio com a Rússia, deve estabelecer-se um precedente de sanções que funcione de forma convincente nas próximas décadas e que mantenha a paz”.
A Rússia atacou dezenas de alvos no leste da Ucrânia com ataques aéreos e artilharia ao mesmo tempo que as forças terrestres tentavam cercar a cidade de Sievierodonetsk, no Donbass, disse o Ministério da Defesa russo.
No leste da Ucrânia, a força aérea russa atingiu quatro centros de comando, um ponto de comunicação, um sistema de mísseis antiaéreos e 87 áreas onde tropas e equipamentos militares ucranianos estariam, além de sete depósitos de munição, informou o Ministério da Defesa citado pela Reuters. Já a artilharia atingiu 73 pontos de comando, 578 áreas onde estariam tropas e equipamentos militares ucranianos, assim como 37 unidades de artilharia e morteiros em posições de tiro, disse o Ministério da Defesa. A Rússia disse que derrubou três jatos Su-25 ucranianos.
Também foram lançados mísseis de longo alcance que atingiram a estação ferroviária de Malin, no oeste da Ucrânia, que estavam a ser transportadas para o leste e as forças russas já teram chegado aos arredores de Sievierodonetsk.
Um dos líderes dos separatistas pró-russos terá aventado que todos os prisioneiros de guerra ucranianos retirados do complexo siderúrgico de Mariupol serão julgados na autoproclamada República Popular de Donetsk.
9h55 - Severodonetsk fustigada pelos russos
Serhiy Haidai, governador de Lugansk, no leste da Ucrânia, recorreu à plataforma Telegram para fazer uma atualização de informações sobre Severodonetsk, uma das cidades mais castigadas por bombardeamentos das forças russas.
"Os russos danificaram cinco arranha-céus e zonas comerciais do mercado central. Um homem idoso ficou ferido. A 22 de maio, foram repelidos 11 ataques inimigos e foram destruídos seis tanques, dez unidades de veículos blindados de combate e seis unidades de veículos motorizados. As unidades da defesa aérea abateram um UAV Orlan-10 e um Su-25 do inimigo", escreveu o responsável.
9h41 - Báltico. O valor estratégico da ilha sueca da Gotlândia
No meio do Báltico, a ilha sueca da Gotlândia é um ponto estratégico para controlar a região. No século XIX, chegou a ser invadida pela Rússia e durante a Guerra Fria esteve em alerta constante. Joana Carvalho Reis, enviada especial da Antena 1
Agora este destino turístico volta a ver o contingente militar reforçado. Uma estratégia que contrasta com o modo de vida dos vizinhos do quartel, uma comunidade pacifista que pede jardins em vez de guerras.
9h34 - Disciplina orçamental. Bruxelas propõe que suspensão perdure em 2023
A Comissão Europeia recomendou esta segunda-feira que as regras de disciplina orçamental se mantenham suspensas até final de 2023, perante os efeitos económicos da guerra na Ucrânia - desde logo a escalada dos preços da energia e as disrupções nas cadeias de abastecimento.
Este pacote leva já em linha de conta as previsões macroeconómicas publicadas há uma semana por Bruxelas, que reviu em baixa as perspetivas de retoma da economia europeia.
"A Comissão considera que estão reunidas as condições para manter a cláusula geral de escape do Pacto de Estabilidade e Crescimento em 2023 e para a desativar a partir de 2024. O aumento da incerteza e os fortes riscos de deterioração das perspetivas económicas no contexto da guerra na Ucrânia, a subida sem precedentes dos preços da energia e as contínuas perturbações na cadeia de abastecimento justificam a extensão da cláusula até 2023", lê-se na comunicação de Bruxelas.
Equipas de engenharia militar estão efetuar operações de desminagem no perímetro do que resta do complexo siderúrgico Azovstal, em Mariupol, anuncia o Ministério russo da Defesa.
A Azovstal, com mais de 11 quilómetros quadrados, foi o último bastião dos soldados ucranianos naquela cidade portuária do sul do país.
Moscovo indica que foram neutralizados "mais de uma centena de artefactos" - que não especificou - na fábrica, depois da retirada das forças ucranianas.
A Rússia anunciou na passada sexta-feira a "completa rendição" dos defensores da Azovstal. Os últimos 531 combatentes ucranianos aí entrincheirados entregaram-se às tropas russas.
8h48 - OMS faz contas aos danos da guerra
A missão da Organização Mundial da Saúde na Ucrânia recorreu ao Twitter para adiantar que "verificou 30 ataques adicionais aos cuidados de saúde" no país invadido pelos russos.
.@WHO has verified 30 additional attacks on health care in #Ukraine.
— WHO Ukraine (@WHOUkraine) May 23, 2022
As of 23 May, 248 attacks on health care have been verified in Ukraine. These attacks took place between 24 February and 19 May & caused 75 deaths and 59 injuries.
Health care should never be a target. pic.twitter.com/7WvoAK3EdL
"Até 23 de maio, foram verificados na Ucrânia 248 ataques aos cuidados de saúde. Estes ataques tiveram lugar entre 24 de fevereiro e 19 de maio e causaram 75 mortes e 59 ferimentos. Os cuidados de saúde nunca deveriam ser um alvo", lê-se no tweet da organização.
8h32 - Rússia "deve pagar preço a longo prazo"
A cumprir um périplo asiático, o presidente norte-americano defendeu esta segunda-feira, em Tóquio, que a Rússia "deve pagar um preço a longo prazo" pela "barbárie na Ucrânia" - o que deverá ser obtido por via de sanções impostas por Estados Unidos e aliados.
"Não se trata apenas da Ucrânia", afirmou Joe Biden. Trata-se também de fazer a China perceber "o custo de uma tentativa de tomada de Taiwan pela força".
8h22 - A guerra e os alimentos. Portugal recorre a outros países para suprimir quebras
Portugal importava da Ucrânia cerca de 30 por cento das necessidades. Agora passou a recorrer a mercados alternativos: Canadá, Brasil e, no final deste mês, vai chegar um carregamento da África do Sul.
São soluções mais caras que acabam por criar dificuldades. Não haverá escassez, considera Jaime Piçarra, da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos por Animais, mas vai levar muito tempo até estabilizar os preços. Antena 1
O dirigente da IACA questiona "onde está a Organização Mundial do Comércio".
8h04 - Ucrânia é país convidado do Fórum Económico Mundial de Davos
A invasão russa e os impactos da guerra na economia mundial estão no centro das atenções da reunião das elites mundiais, que decorre até sexta-feira em Davos, Suíça.
O Fórum Económico Mundial regressa de forma presencial ao fim de dois anos em videoconferência, por causa da pandemia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é o primeiro Chefe de Estado a intervir em Davos - por videoconferência. A Ucrânia faz-se representar no Fórum Económico Mundial por uma delegação chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Dmytro Kuleba.
7h56 - Ucranianos que regressam
Maksym Kozytskyi, governador de Lviv, no oeste da Polónia, adianta que, nas últimas 24 horas, saíram da Ucrânia 32 mil pessoas. No mesmo período, regressaram 44 mil.
Durante a noite, as sirenes que alertam para a ameaça de bombardeamentos aéreos soaram por duas vezes em Lviv: uma por suspeita de um ataque com mísseis a partir do Mar Negro; outra por causa de um alegado "perigo" com origem no território da Bielorrússia.
7h49 - Artilharia de fabrico norte-americano destruída pela Rússia
Segundo o Ministério russo da Defesa, citado pela agência estatal RIA, as forças destacadas para a Ucrânia destruíram, nas últimas horas, uma unidade ucraniana de peças de artilharia Howitzer M777, produzidas pelos Estados Unidos.
7h35 - "Terra queimada" em Lugansk
Volodymyr Zelensky afirma que estão a morrer diariamente, na frente leste da guerra, entre 30 a 100 ucranianos, numa aparente referência a baixas militares.
Os combates mais intensos decorrem nas cidades de Severodonetsk e Lysychansk, na região de Lugansk - esta é uma das duas regiões que formam o Donbass.
Em declarações emitidas por uma estação televisiva local, o governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, acusou as forças russas de estarem a submeter a região a uma estratégia de "terra queimada".
7h23 - Ponto de situação
- No seu mais recente relatório, os serviços de informações militares do Reino Unido estimam que, nos primeiros três meses da ofensiva contra a Ucrânia, a Rússia tenha sofrido tantas baixas como aquelas que sofreu na campanha de nove anos no Afeganistão - a então União Soviética perdeu pelo menos 15 mil operacionais em território afegão.
- As tropas russas prosseguem a ofensiva no Donbass, região do leste da Ucrânia. Os ataques têm-se concentrado sobretudo na cidade de Sveredonetsk.
- As autoridades ucranianas reiteram que não estão dispostas a aceitar qualquer trégua que implique cedências de território à Federação Russa.
- O presidente polaco, Andrezej Duda, foi aplaudido de pé ao discursar perante o Parlamento ucraniano, em Kiev. Foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a fazê-lo.
- O Parlamento ucraniano aprovou o prolongamento da lei marcial no país por mais 90 dias. Ficará agora em vigor pelo menos até 23 de agosto.
- A guerra na Ucrânia fez crescer para mais de 100 milhões o número de pessoas deslocadas em todo o mundo, segundo o Alto comissariado da ONU para os Refugiados.
- A invasão russa da Ucrânia, indica o ACNUR, obrigou oito milhões de pessoas a deslocarem-se entre as fronteiras do país. Mais se deis milhões deixaram o território ucraniano.
- O ACNUR sublinha que estes números devem servir de alerta para a necessidade de pôr fim ou prevenir conflitos armados.