Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
António Costa e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus receberam durante todo o dia os partidos com representação parlamentar para preparar o Conselho Europeu da próxima semana, em que se discutirão as candidaturas à adesão à União Europeia da Ucrânia, República da Moldova e Geórgia.
No final, e perante uma posição favorável "quase unânime" de todos os partidos, o primeiro-ministro anunciou que Portugal irá acompanhar o parecer da Comissão Europeia para que seja concedido à Ucrânia e à Moldova o estatuto de países candidatos à União Europeia.
"Este é só um primeiro passo que exige preenchimento de múltiplas condições. Confirma o que sempre dissemos, que vai ser um processo longo, incerto e muito exigente", apontou.
Questionado se a posição de Portugal é agora mais clara e menos ambígua, Costa recusou essa classificação.
"Portugal nunca teve uma posição ambigua desde a madrugada de 24 de fevereiro. Não fomos ambíguos na condenação absoluta da guerra, não fomos ambíguos na forma como temos apoiado a Ucrânia do ponto de vista financeiro, militar, político e humanitário", defendeu.
"A Comissão Europeia hoje apresentou o parecer, esse parecer é claro e inequívoco em enunciar um conjunto de condições que estes países vão ter de preencher e confirma o que, sem ambiguidades, sempre dissemos: este processo vai ser longo, vai ser exigente, vai ser incerto", afirmou.
António Costa realçou que disse o mesmo ao presidente da Ucrânia, quando esteve em Kiev, e aos restantes parceiros europeus.
"É fundamental que todos os países que acompanhem este parecer o façam de boa-fé e de corpo inteiro e não se gerem as tais falsas expectativas que podem ter, no futuro, um efeito de ricochete na credibilidade europeia e na confiança que os ucranianos têm na União Europeia", apelou.
Costa realçou que, no passado, processos semelhantes geraram "incompreensões relativamente" à UE.
"Por isso dizemos que, acompanhando o parecer da Comissão, não podemos desfocar do essencial: responder à emergência que a Ucrânia e os ucranianos estão a viver", disse, salientando que o estatuto de candidato "não resolve nenhum problema concreto".
(Agência Lusa)
Lloyd Austin reuniu-se em Bruxelas com os ministros da Defesa de Portugal e dos Bálticos, numa altura em que a Aliança Atlântica prepara uma maior presença no flanco oriental da Europa.
As importações russas podem cair 30% este ano, mas não chegarão a zero, avança a agência de notícias Tass, que cita Alexei Kudrin, ex-ministro das Finanças que agora chefia a Câmara de Auditoria do Estado.
Na semana passada, um grupo de lobby do setor bancário global previu que as sanções ocidentais reduziriam as importações russas em 28% em 2022.
Ruslan Edelgeriyev, conselheiro do Presidente russo vai encabeçar a delegação russa na conferência das Nações Unidas sobre os oceanos, que decorrerá em Lisboa no final do mês, disse à Lusa fonte oficial da Embaixada da Rússia.
O conselheiro do Kremlin (presidência russa) para os Assuntos Climáticos estará na capital portuguesa para a Conferência dos Oceanos, que se realiza entre 27 de junho e 01 de julho, encabeçando a delegação, referiu fonte oficial da embaixada da Rússia em Portugal.
A informação sobre a presença de Ruslan Edelgeriyev em Portugal foi noticiada inicialmente pelo jornal Expresso.
Com 46 anos de idade, Edelgeriyev já foi primeiro-ministro da República da Chechénia, entre 2012 e 2018, sendo desde então conselheiro de Vladimir Putin.
23h25 - Costa alerta que alargamento "exige reflexão" sobre futura arquitetura da UE
No final do encontro com todos os partidos com representação parlamentar, que serviu para preparar o próximo Conselho Europeu, o primeiro-ministro anunciou que Portugal irá acompanhar o parecer da Comissão Europeia para que seja concedido à Ucrânia e à Moldova o estatuto de país candidato à União Europeia, mas fez questão de deixar alguns alertas.
"Esta perspetiva de futura integração, não só da Ucrânia e Moldova, mas também dos países dos Balcãs ocidentais, exige uma reflexão sobre a futura arquitetura institucional e orçamental da União Europeia, de forma a criar boas condições para termos uma UE forte, unida, capaz de cumprir os seus objetivos e acolher novos países candidatos", defendeu.
Para António Costa, "ignorar estas circunstâncias significa entrar num caminho sem saber qual o caminho que vamos percorrer".
"É preciso termos todos consciência de que não há alargamentos da UE sem que isso implique alterações da arquitetura europeia. A minha convicção é de que todos os meus colegas que têm, de forma tão emotiva, expresso os seus apoios à adesão da Ucrânia seguramente estão cientes de que essas alterações são absolutamente essenciais para que não haja frustração de expectativas", defendeu.
Como exemplos de questões a ponderar num futuro alargamento, apontou a necessidade de pensar se se terá de aumentar o número de deputados no Parlamento Europeu ou diminuir a atual representação de alguns países.
"Hoje há quem tenha dúvidas de que a Comissão Europeia possa funcionar com 27 elementos, muitos duvidarão que seja possível funcionar com 33 ou 34. Podemos ter uma Comissão Europeia no futuro em que haja países que não têm nenhum representante?", questionou.
A nível orçamental, terá de ser discutido se "os atuais contribuintes estão disponíveis para aumentar a dotação orçamental ou se o bolo existente passa a ter de ser repartido por um maior número de parceiros".
(Agência Lusa)
A Rússia cortou metade do gás que fornece à Eslováquia, informou hoje o diretor da Slovak Gas Company (SPP), Richard Prokypcak, que, por outro lado, descartou haver problemas de abastecimento no país atualmente.
Richard Prokypcak especificou que desde a última terça-feira tem havido uma queda crescente no fornecimento, que começou com 10%, na quinta-feira subiu para 30% e a partir de hoje só recebe 50% do volume de gás acordado com a gigante russa Gazprom.
A Eslováquia juntou-se, assim, a outros países europeus, como Alemanha, França, Itália e Áustria, que viram as entregas reduzidas de gás russo depois de a Gazprom ter anunciado reduções nos volumes fornecidos à Europa pelo gasoduto Nord Stream I.
A empresa russa atribui as interrupções ao atraso nos reparos da empresa alemã Siemens, que aderiu às sanções ocidentais contra a Rússia.
No entanto, vários responsáveis europeus, incluindo Richard Prokypcak, levantaram suspeitas de motivação política.
"Eu avisei que se anunciássemos que queremos encher os nossos depósitos na Europa para 80-90%, iríamos provocar a contraparte, que começaria a reduzir o fornecimento para nos impedir de cumprir o nosso objetivo", disse o diretor da SPP, numa feira de tecnologia.
Richard Prokypcak explicou que as jazidas de gás estão atualmente ocupadas em 52% da sua capacidade e admitiu o risco de Moscovo interromper completamente as suas exportações de gás natural para a União Europeia (UE).
Entretanto, assegurou que a atual redução não coloca em causa o abastecimento deste combustível, uma vez que o país tem contratos com a Noruega que lhe vão permitir receber gás do mar do Norte através da Alemanha e da República Checa, com os quais poderá reduzir a sua dependência russa em 65%.
Atualmente, do total de importações de gás natural, a Eslováquia recebe 85% de gás da Rússia.
(Agência Lusa)
As forças ucranianas tem registado muitas baixas nos combates intensos no Donbass. Kharkiv continua debaixo de fogo. #
Em conferência de imprensa, António Costa falou sobre a situação na Ucrânia e a adesão do país à União Europeia, descrevendo-o como "um processo longo e incerto". Para o primeiro-ministro é fundamental garantir as "necessidades urgentes" de Kiev, como o apoio militar, financeiro e humanitário.
Depois de ouvir os partidos, António Costa garante que há um "consenso quase unânime" quanto ao apoio português à recomendação da Comissão Europeia de tornar a Ucrânia um país candidato à UE.
Vladimir Putin diz que não lhe deram alternativa. A Rússia foi forçada a fazer aquilo que chama de "operação militar especial" para se defender. Putin diz que o Ocidente tem um plano anti-Rússia mas esse plano está a falhar.
A Rússia diz que eliminou 19 "mercenários" portugueses que combatiam pela Ucrânia, desde o início da invasão. O ministério russo da Defesa garante que 68 outros combatentes de nacionalidade portuguesa ainda estão em território ucraniano.
A Comissão Europeia recomenda a concessão do estatuto de países candidatos à Ucrânia e à Moldova. A decisão, que já era esperada, deixa nas mãos do Conselho Europeu aprovar a recomendação do executivo de Bruxelas, já na reunião do final da próxima semana.
O primeiro-ministro ouviu os partidos sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia. O tema da próxima reunião do Conselho Europeu. A grande maioria dos partidos é favorável à atribuição do estatuto de candidato à Ucrânia mesmo que o processo de adesão seja lento.
A diplomacia russa acusou hoje a União Europeia (UE) de manipular a Ucrânia com a perspetiva de adesão ao bloco comunitário, após a decisão da Comissão Europeia (CE) de recomendar a concessão do estatuto de candidato a Kiev.
"Durante anos, a comunidade ocidental tem manipulando essa história do envolvimento da Ucrânia nas suas estruturas de integração e, desde então, a situação da Ucrânia está cada vez pior", disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, às agências de notícias locais.
"[A Ucrânia] não terá um futuro brilhante" dentro da UE, disse a porta-voz, descrevendo as garantias europeias à Ucrânia como "uma mensagem falsa que, na prática, não traz nada de bom".
A Comissão Europeia recomendou hoje ao Conselho que seja concedido à Ucrânia o estatuto de país candidato à adesão à União Europeia, emitindo parecer semelhante para a Moldova, enquanto para a Geórgia entende serem necessários mais passos.
O Ministério português dos Negócios Estrangeiros não confirma qualquer morte de cidadãos portugueses na Ucrânia, depois de Moscovo ter colocado Portugal na lista das baixas de mercenários estrangeiros com 19 combatentes mortos em confrontos na Ucrânia.
“Há registo de 7 cidadãos nacionais que contactaram os serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros informando da sua deslocação para a Ucrânia a título de ‘combatente voluntário’”, respondeu o MNE à RTP, acrescentando que “não há registo de mortes”.
A Ucrânia vai impor vistos para os russos a partir de 1 de julho, anunciou hoje o Presidente Volodymyr Zelensky, quando se aproximam os quatro meses da invasão russa do país.
"A Ucrânia vai introduzir um regime de vistos para os cidadãos russos a partir de 01 de julho com o objetivo de "contrariar as ameaças sem precedentes à segurança nacional, à soberania e à integridade territorial do nosso Estado", indicou no Telegram o chefe de Estado.
Uma hora e meia mais tarde, o primeiro-ministro Denys Chmygal anunciou a adoção pelo seu Governo de uma decisão formal relativa à rutura de um acordo sobre o regime "sem vistos" com a Rússia.
"Rompemos em definitivo as ligações com a Rússia", acrescentou.
A aprovação deste regime implica o fim das viagens sem visto para os russos que estava em vigor desde 1991, na sequência da independência da Ucrânia após a desintegração da União Soviética.
(agência Lusa)
A França, principal produtora agrícola da União Europeia, enviou 31 toneladas de sementes hortícolas para a Ucrânia, após ter-lhe fornecido, entre abril e maio, cerca de 600 toneladas de batatas de semente, anunciou hoje o Governo francês.
Estas ajudas destinam-se a combater os "efeitos desastrosos da invasão russa na segurança alimentar da Ucrânia" e foram oferecidas por empresas francesas especializadas na produção e distribuição de sementes, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês em comunicado.
As sementes hortícolas recentemente enviadas para o país em guerra (beterraba, cenoura, couve, tomate, etc.) permitirão o cultivo de mais de 9.500 hectares de terrenos agrícolas e hortas e a colheita de até 260.000 toneladas de produtos alimentares, acrescentou o ministério.
"A França está a fazer todos os esforços para apoiar a Ucrânia e permitir-lhe continuar o semeio e as colheitas para garantir a segurança alimentar do país e dos seus clientes", segundo o comunicado.
A guerra iniciada pelos russos na Ucrânia está a ter graves consequências para a agricultura do país e a privar também o mundo de cereais e fertilizantes, a fazer subir os preços e a ameaçar de fome milhões de pessoas em todo o planeta.
Meios de comunicação russos mostraram esta sexta-feira imagens de dois alegados norte-amerianos capturados pelas forças russas enquanto lutavam na Ucrânia.
O jornal Izvestia mostrou um pequeno excerto do que diz ser uma entrevista com Andy Huynh, de 27 anos, e a RT pubicou uma imagem de um homem identificado como Alexander Drueke, de Tuscaloosa, no Alabama.
Em discurso em São Petersburgo, o presidente russo disse esta sexta-feira não ter objeções com a entrada da Ucrânia na União Europeia, depois de a Comissão Europeia ter tomado a decisão de apoiar a candidatura ucraniana à União.
"Não temos nada contra isso [adesão da Ucrânia à UE]. Não é um bloco militar. É o direto de qualquer país de se juntar a uniões económicas", disse Vladimir Putin.
A Rússia tem lutado contra a vontade ucraniana em juntar-se à NATO, com o assunto a tornar-se um problema entre o ocidente e a Rússia.
Ainsa esta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a que a Rússia está a seguir atentamente o processo de adesão ucraniana à União Europeia, depois do aumento da cooperação de defesa entre os 27 membros estados.
A relação entre os Presidente da Bielorrússia e da Rússia é de "falsa amizade" e ambos se aproveitam mutuamente para extrair benefícios, disse hoje em entrevista à Lusa a líder da oposição bielorrussa Svetlana Tikhanovskaia.
"[O Presidente da Bielorrússia Alexander Lukashenko e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin] são duas pessoas que sempre tiveram falsas amizades, circunstanciais, sempre se aproveitaram um do outro para garantirem benefícios. E agora Lukashenko precisa de Putin como um apoio político, e Putin encara Lukashenko como um seu representante, para indicar não ser o único que está a combater na Ucrânia, mas antes através de uma coligação de países", assinalou.
"Podemos vez como se alterou a retórica de Lukashenko desde o início da guerra. No início eram declarações de bravura, dizendo que ele e Putin tomariam Kiev em três dias, e tendo a `guerra relâmpago` falhado tenta agora alterar a sua posição, dizer que não participa nesta guerra, e pretende assumir o papel de bombeiro", prosseguiu a ativista, 39 anos, que na quinta-feira iniciou uma visita de dois dias a Lisboa a convite do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.
A ex-candidata às eleições presidenciais de agosto de 2020, desde então exilada na vizinha Lituânia, denota assim uma nova abordagem da diplomacia de Minsk, mas que considera infrutífera.
(agência Lusa)
Em visita a Kiev, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disponibilizou-se para lançar uma grande operação de formação para as forças ucranianas.
De acordo com um comunicado de Downing Street, a operação tem capacidade para treinar até dez mil soldados a cada 120 dias.
"A minha visita hoje, nas entranhas desta guerra, é enviar uma mensagem clara e simples ao povo ucraniano: o Reino Unido está com vocês e estaremos do vosso lado até que a Ucrânia finalmente prevaleça", disse Johnson.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou no Telegram que discutiu com Johnson o envio de armas pesadas e novas sanções contra a Rússia.
"Vários dias desta guerra provaram que o apoio da Grã-Bretanha à Ucrânia é firme e resoluto. Fico feliz por ver o grande amigo do nosso país, Boris Johnson, em Kiev novamente", disse Zelensky.
O ministro ucraniano da Cultura, Oleksandr Tkachenko, insistiu que Kiev está preparada para receber o Festival Eurovisão da Canção de 2023 e criticou a decisão da União Europeia de Radiodifusão (EBU), que anunciou esta sexta-feira que o concurso não seria realizado na Ucrânia porque o país não cumpre “as garantias de segurança e operacionais exigidas”.
“A Ucrânia não concorda com a natureza de tal decisão quando fomos confrontados com o facto sem discutir a possibilidade de outras opções”, escreveu Tkachenko no Telegram.
“A Ucrânia acredita que tem todos os motivos para realizar novas negociações e encontrar uma solução conjunta que satisfaça todas as partes. Honestamente, vencemos a Eurovisão de 2022 e agora cumprimos todas as condições no tempo especificado para o processo de aprovação da sua realização na Ucrânia”, acrescentou.
O ministro da Cultura sublinhou que a realização da Eurovisão na Ucrânia “é um forte sinal para o mundo inteiro de que as pessoas apoiam a Ucrânia”.
“Exigiremos que esta decisão seja revogada, pois acreditamos que conseguiremos cumprir todos os compromissos que assumimos. É por isso que exigimos negociações adicionais”, asseverou.
Em comunicado, a EBU anunciou que está a ser ponderada a hipótese de o evento ser realizado no Reino Unido, que ficou em segundo lugar no festival.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, em comunicado, que dos 103 mercenários portugueses que chegaram à Ucrânia, 19 foram “eliminados” desde o início da invasão.
Dos restantes 84, 16 abandonaram a Ucrânia e 68 continuam a combater, de acordo com o documento, citado pela imprensa portuguesa.
Já dos EUA, chegaram à Ucrânia 530 norte-americanos, dos quais 214 morreram e 227 já saíram do país.
Mr President, Volodymyr,
— Boris Johnson (@BorisJohnson) June 17, 2022
It is good to be in Kyiv again. pic.twitter.com/wbpMuf6YqY
O chefe da administração militar de Severodonetsk disse esta sexta-feira que estão em curso negociações para um cessar-fogo que permita a retirada de civis do complexo fabril químico Azot.
"Um cessar-fogo e um corredor humanitário estão a ser negociados, mas há muitas provocações e 'jogos' por parte dos russos", disse Roman Vlasenko, citado pela CNN.
Moscovo declarou no início desta semana que abriria um “corredor humanitário” para a retirada de civis da Azot, mas apenas para território controlado pela Rússia.
O governador de Lugansk, Sergei Haidai, disse esta sexta-feira que é "impossível e fisicamente perigoso" a retirada de civis da fábrica de produtos químicos em Severodentsk devido aos "constantes bombardeamentos e combates". Haidai sublinhou que a evacuação da fábrica “só será possível com um cessar-fogo completo”.
No Telegram, o responsável local indicou que permanecem no abrigo da Azot 568 civis, incluindo 38 crianças.
A partir de 1 de julho, a Ucrânia irá adotar um regime de vistos para a entrada de cidadãos russos no país, anunciou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky esta sexta-feira.
O governo ucraniano deve aprovar ainda esta sexta-feira uma decisão formal "para combater as ameaças sem precedentes à segurança nacional, soberania e integridade territorial de nosso Estado", disse Zelensky no Telegram.
O Festival Eurovisão da Canção de 2023 não será realizado na Ucrânia devido à guerra em curso no país, anunciou a União Europeia de Radiodifusão (EBU) esta sexta-feira, acrescentando que está a ser ponderada a hipótese de o evento ser realizado no Reino Unido, que ficou em segundo lugar no festival.
"As garantias de segurança e operacionais exigidas para o emissor hospedar, organizar e produzir o Festival Eurovisão de Canção sob as regras do próprio não podem ser cumpridas pela UA:PBC [emissora pública nacional da Ucrânia]", disse a EBU num comunicado publicado no Twitter.
The EBU has issued the statement below regarding the hosting of next year’s Eurovision Song Contest
— EBU (@EBU_HQ) June 17, 2022
Find it online here ➡️ https://t.co/kPWQzTM218#Eurovision #ESC2023 pic.twitter.com/9AV5X9R1Be
Agradecendo à estação púbica ucraniana pela sua “cooperação e compromissos sinceros em explorar todos os cenários nas semanas que passaram desde a vitória da Kalush Orchestra, a 14 de maio, em Turim”, a EBU “partilha da sua tristeza e deceção por o concurso do próximo ano não se poder realizar na Ucrânia".
“Como resultado desta decisão, de acordo com as regras e de modo a garantir a continuidade do evento, a EBU vai agora começar as discussões com a BBC, por [o Reino Unido] ter sido segundo classificado, para potencialmente organizar o Festival Eurovisão da Canção de 2023 no Reino Unido”, lê-se ainda no comunicado.
I commend the positive @EU_Commission Conclusion on 🇺🇦’s candidate status. It’s the 1st step on the EU membership path that’ll certainly bring our Victory closer. Grateful to @vonderleyen & each EC member for a historic decision. I expect the positive result from #EUCO next week.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 17, 2022
Ukraine has already implemented roughly 70 % of 🇪🇺 rules, norms and standards.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) June 17, 2022
Yet important work remains to be done, on the rule of law, oligarchs, anti-corruption and fundamental rights.
The process is merits-based. So progress depends entirely on Ukraine. pic.twitter.com/JA2djcmxlq
No mais recente relatório sobre a situação no terreno, o Ministério britânico da Defesa adianta que, "nas últimas 24 horas, as forças russas terão continuado a tentar reconquistar o ímpeto no eixo de Popasna, através do qual procuram cercar a bolsa de Severodonetsk, a partir do sul".
Os dados dos serviços de informações militares do Reino Unido acrescentam: "A guerra acelerou a trajetória de longo prazo do Estado para o autoritarismo".
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 17 June 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 17, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/pljjAjMaRI
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/b1WU2PBxHY
Por outro lado, "o ceticismo face à guerra será particularmente forte entre a elite empresarial e a comunidade oligarca da Rússia".
7h31 - Ponto de situação
- A Comissão Europeia deverá revelar esta sexta-feira a avaliação da candidatura da Ucrânia à adesão à UE. O que acontecerá um dia depois da deslocação a Kiev do presidente francês, Emmanuel Macron, do primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, e do chanceler alemão, Olaf Scholz. Os três líderes comprometeram-se a apoiar o dossier ucraniano.
- Centenas de civis permanecem abrigados no complexo fabril químico Azot, em Severodonetsk. O governador da região de Lugansk, Serhiy Haidai, adiantou, em declarações à norte-americana CNN, que estão naquelas instalações 568 pessoas, incluindo 38 crianças. Um líder separatista afirmou que as forças pró-russas vão permitir a reabertura de um corredor humanitário, segundo a agência noticiosa Interfax, mas as autoridades ucranianas consideram que as constantes barragens de artilharia das tropas de Moscovo impedem quaisquer movimentos de retirada de civis.
- O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou, em entrevista à britânica BBC, que a Rússia “não tem vergonha” de mostrar “o que é”. “Não invadimos a Ucrânia. Declarámos uma operação militar especial porque não tínhamos qualquer outra forma de explicar ao Ocidente que arrastar a Ucrânia para a NATO seria um ato criminoso”, vincou.
- A NATO garante estar empenhada em fornecer mais equipamento militar à Ucrânia e em destacar mais tropas para o flanco leste. O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, condenou o que descreveu como “uma incessante guerra de desgaste contra a Ucrânia”.
- Pelo menos três civis morreram e outros sete ficaram feridos num ataque aéreo russo sobre Lugansk, no Donbass. O governador local, Serhiy Haidai, adianta que o bombardeamento atingiu um edifício que abrigava civis.
- Um outro ataque aéreo russo atingiu um subúrbio da cidade de Sumy, no norte da Ucrânia. Morreram pelo menos quatro pessoas e outras seis ficaram feridas. Segundo o governador regional, Dmytro Zhyvytskyi, rockets russos abateram-se também sobre o distrito de Dobropillia, próximo da fronteira com a Rússia.
- Crianças que tenham nascido na região ucraniana de Kherson desde 24 de fevereiro, dia do início da invasão do país, recebem automaticamente a cidadania russa, de acordo com Kirill Stremousov, vice-chefe da administração ali imposta pelos russos.
- O Reino Unido anunciou um novo pacote de sanções contra a Rússia, visando pessoas alegadamente envolvidas no “tratamento bárbaro de crianças na Ucrânia”, entre as quais Maria Lvova-Belova, comissária russa dos direitos da criança, e o patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Kirill.
- Londres adquiriu também mais de 20 sistemas de armamento de longo alcance M109 à Bélgica, que serão enviadas aos ucranianos.
- Moscovo avisou que o fluxo de gás para a Europa, através do gasoduto Nord Stream 1, pode vir a ser interrompido, alegando problemas na reparação de turbinas.
- Um holograma do presidente ucraniano surgiu perante centenas de pessoas na conferência tecnológica VivaTech, em Paris, apelando ao investimento na reconstrução da Ucrânia, enquanto “democracia digital”.
- Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de excluir quaisquer vias para a paz, pretendendo “decidir por si própria quando a guerra deve acabar”.