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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Ataques contra Hezbollah são "presságio de guerra mais ampla"

por Cristina Santos - RTP
Fumo após um ataque aéreo israelita perto de Jibbain, no sul do Líbano. Kawnat Haju - AFP

As palavras são do ministro libanês das Relações Exteriores, citado pela Agência Nacional de Notícias Libanesa. Abdallah Bou Habib alertou para a gravidade da situação "porque surge depois das ameaças israelitas de alargar o campo da guerra contra o Líbano".

O ministro libanês comenta desta forma as explosões mortais de terça-feira com centenas de pagers, antes da notícia de novas explosões esta quarta-feira, mas com walkie-talkies. O chefe da diplomacia libanesa sublinha que as explosões surgem "depois das ameaças israelitas de alargar o campo da guerra contra o Líbano, o que mergulharia a região num ciclo mais amplo de violência e anunciar uma guerra mais ampla".

As Nações Unidas também alertam para o perigo de agravamento da guerra no Médio Oriente. Questionado sobre as explosões simultâneas de pagers, António Guterres não tem dúvidas a situação é “particularmente grave”, mas “não só pelo número de vítimas”. "Por mais importante que seja o evento em si, é um sinal que confirma que há uma séria escalada de risco no Líbano".
 
O secretário-geral da ONU insiste que “tudo deve ser feito para evitar esta escalada”. Por outro lado, o Alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu esta quarta-feira, uma investigação independente sobre as explosões de pagers que mataram pelo menos 12 pessoas na Síria e no Líbano. “Deve haver uma investigação independente, completa e transparente sobre as circunstâncias destas explosões em massa, e aqueles que ordenaram e executaram tal ataque devem ser responsabilizados”.


Volker Turk considera que o ataque simultâneo a milhares de pessoas, sem saber quem e onde, violou o direito internacional dos direitos humanos e possivelmente o direito humanitário internacional. 
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