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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito entre Irão e Israel ao minuto
Reportagem

Conflito a leste. A evolução ao minuto do conflito entre Rússia e Ucrânia

por RTP

Carlos Barria - Reuters

Ao longo do dia de quinta-feira, acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o quadro de conflito em crescendo entre a Rússia, a Ucrânia e o Ocidente.

Mais atualizações

Acompanhe agora as atualizações aqui.

1h30 - Japão e Canadá anunciam sanções contra a Rússia

O Japão anunciou hoje novas sanções contra a Rússia face à invasão da Ucrânia, que abrangem o controlo das exportações de semicondutores e outros produtos usados para fins militares, bem como o congelamento de fundos de entidades financeiras russas.

“[…] Confirmamos que vamos responder em cooperação com a comunidade internacional. Consideraremos as respostas futuras em termos concretos, depois de avaliar a situação dos países relevantes e estabelecer uma comunicação e contactos eficazes com eles”, disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.

O governante apresentou hoje um novo leque de sanções contra Moscovo, que estão a ser implementadas em coordenação com G7 e surgem depois das já reveladas por Tóquio na quarta-feira.

“Dei instruções especialmente fortes nesta reunião sobre a importância de recolher informações de forma extensiva e proteger os nossos cidadãos”, indicou.

Fumio Kishida exortou ainda o Presidente russo, Vladimir Putin, a “retirar as suas tropas” da Ucrânia e “cumprir o direito internacional”, depois de ter participado na cimeira virtual do G7 para encontrar uma solução para a crise ucraniana.

Também o Canadá vai sancionar “58 pessoas e entidades russas” em resposta à invasão russa da Ucrânia, anunciou entretanto o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, mencionando “sanções severas”. As sanções têm como alvos “membros da elite russa”, “grandes bancos russos” e “membros do Conselho de Segurança da Rússia”, especificou o governante.

O país da América do Norte sancionará também os ministros russos da Defesa, Finanças e Justiça, bem como o Grupo Wagner, organização paramilitar próxima do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

“Estamos a suspender todas as licenças de exportação para a Rússia”, acrescentou, dizendo que a invasão russa da Ucrânia representa uma “grande ameaça [à] segurança e paz no mundo”.

Justin Trudeau disse que conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tendo ainda participado numa reunião com líderes do G7 e da NATO.

1h23 - EUA dizem que há reféns em Chernobyl

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, confirma a existência de reféns na Central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Numa conferência de imprensa, classificou de "ultrajante" que haja soldados russos a manterem reféns nas instalações de Chernobyl e exigiu a sua libertação.


1h15 - Banco da Rússia anuncia apoio a bancos russos sancionados pelo Ocidente

O Banco Central da Rússia (BCE) garantiu hoje que, juntamente com o Governo, vai dar o apoio necessário aos bancos sancionados pelo Ocidente devido à ofensiva militar lançada na quinta-feira na Ucrânia pelo Kremlin.

"O Banco da Rússia e o governo da Federação Russa fornecerão o apoio necessário aos bancos que sofreram sanções dos estados ocidentais", disse a entidade monetária em comunicado divulgado.

Esta assistência diz respeito, em particular, aos bancos VTB, Sovcombank, Novikombank, Otkritie Financial Corporation, Promsvyazbank e JSC CB Russia, bem como ao Sberbank.

"Todos os bancos desenvolveram um plano de medidas com antecedência para garantir uma operação ininterrupta perante as sanções, e avaliamos esses planos conforme apropriados à situação", observou o Banco da Rússia.

Segundo a instituição, todas as operações bancárias serão realizadas em rublos, os serviços correspondentes serão fornecidos a todos os clientes, como habitualmente, e serão mantidos os fundos de clientes em moeda estrangeira.

"O Banco da Rússia está pronto para apoiar os bancos com fundos em rublos e moeda estrangeira", afirmou no comunicado.

O banco central russo enfatizou que os bancos afetados pelas sanções "mantêm uma alta margem de estabilidade e têm um potencial significativo para o desenvolvimento de negócios em empréstimos à economia russa".

"O Banco da Rússia está pronto para tomar medidas adicionais para garantir a estabilidade e continuidade das operações bancárias e proteger os interesses de seus credores e depositantes", concluiu.

00h56 - MNE ucraniano discutiu sanções e envio de armas com Reino Unido

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, disse hoje que falou ao telefone com os ministros da Defesa da Ucrânia e do Reino Unido, onde foram discutidos as sanções e o envio de armas.

Numa pequena nota no Twitter, Dmytro Kuleba refere que “Londres trabalha muito intensamente” nas sanções e nas armas.

“O Reino Unido acredita na Ucrânia e na nossa vitória sobre o agressor [Rússia]”, acrescentou.



00h40 - Conselho de Segurança da ONU vota condenação da Rússia esta sexta-feira

Os Estados Unidos e a Albânia solicitaram para esta sexta-feira a votação, no Conselho de Segurança da ONU, do projeto de resolução para condenar a Rússia pelos ataques na Ucrânia e exigir a retirada das tropas russas. Segundo revelaram à agência France Presse (AFP) fontes diplomáticas, o projeto de resolução está fadado ao fracasso, devido ao direito de veto que a Rússia tem no Conselho de Segurança, enquanto membro permanente.

Mas para Washington, o uso desse veto pelos russos no Conselho de Segurança da ONU, marcado para as 20h00 de sexta-feira, demonstrará “o isolamento de Moscovo” no cenário internacional.

A votação de um texto semelhante deverá ocorrer na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde as resoluções não são vinculativas e onde o direito de veto não existe entre seus 193 membros. Segundo a resolução, divulgada pela AFP, o Conselho condenaria “nos termos mais duros possíveis a agressão da Rússia” e as violações à soberania e integridade territorial da Ucrânia e exigiria “que a Federação Russa retire, de forma imediata, completa e incondicional, as suas forças”.

00h16 - Macron exige a Putin que termine invasão “imediatamente”

O Presidente francês, Emmanuel Macron, exigiu hoje num telefonema com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que as operações militares na Ucrânia terminassem “imediatamente”, lembrando que a Rússia está exposta “a sanções maciças”.

Emmanuel Macron falou com Vladimir Putin depois de ter dialogado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

De acordo com o Palácio do Eliseu, o chefe de Estado francês telefonou a Putin à chegada ao Conselho Europeu em Bruxelas (Bélgica), antes do início da reunião de líderes da União Europeia (UE).

23h55 - Zelensky diz que já morreram 137 soldados ucranianos

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que, de acordo com números preliminares, pelo menos 137 soldados ucranianos foram mortos e 316 ficaram feridos.

Numa mensagem de vídeo, Zelensky disse que outros Estados estavam “com medo” de apoiar a adesão da Ucrânia à NATO.

O chefe de Estado também garantiu que iria permanecer na capital, apesar de afirmar que foi marcado pelo inimigo "como o alvo número 1, e a minha família é o alvo número 2".

"Fico em Kiev", rematou.



Soando sombrio e cansado, Zelensky continuou: “Quem está pronto para garantir a adesão da Ucrânia à NATO? Honestamente, todo o mundo está com medo".

“Perguntei a todos os parceiros do Estado se estão connosco. Eles estão connosco, mas não estão prontos para fazer uma aliança”, acrescentou.

“Não importa quantas conversas houve com líderes estrangeiros, ouvi algumas coisas. A primeira é que somos apoiados. Sou grato a cada Estado que nos ajuda concretamente, não apenas em palavras. Mas há um segundo – somos deixados sozinhos para defender o nosso Estado. Quem está pronto para lutar connosco? Honestamente - eu não acho", disse Zelensky.

“Hoje perguntei aos 27 líderes da Europa se a Ucrânia estará na NATO, perguntei diretamente. Todo o mundo tem medo, não responde. E não temos medo, não temos medo de nada”, disse Zelensky.

23h43 - OMS liberta fundos de emergência para comprar medicamentos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou estar profundamente preocupada com a saúde do povo ucraniano, para quem libertou hoje três milhões de euros para medicamentos urgentes para o país.

"Hoje libertei mais 3,5 milhões de dólares (3 milhões de euros) do Fundo de Contingência para Emergências (CFE) da OMS para comprar e entregar suprimentos médicos urgentes", afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesuas, em comunicado.

Tedros disse esperar que o apoio humanitário à saúde aumente na sequência de novas avaliações das necessidades na Ucrânia e lembrou que este novo apoio "complementa o trauma e fornecimentos médicos" para as unidades de saúde.

"Continuaremos a prestar cuidados e apoiar as pessoas em toda a Ucrânia afetadas por esta crise", motivada pelo lançamento pela Rússia na última madrugada de uma ofensiva militar em território da Ucrânia, adiantou o responsável da OMS.

23h11 - Governo ucraniano reivindica recuperação de aeroporto nos arredores de Kiev

O Governo ucraniano garantiu hoje que tem sob controlo o aeroporto de Hostomel, a 35 quilómetros de Kiev, que havia sido tomado por soldados russos como parte da operação militar lançada hoje de madrugada pela Rússia contra a Ucrânia.

"O aeroporto de Hostomel já é nosso", escreveu no Facebook conselheiro presidencial, Alexéi Arestóvich.

Anton Gershchenko, conselheiro do ministro do Interior, confirmou a informação noutra mensagem na mesma rede social, dizendo que o Exército ucraniano alcançou a sua "primeira grande vitória" ao reconquistar o Aeroporto Internacional Antonov.

O Exército Terrestre da Ucrânia assinalou que a Rússia se infiltrou no aeroporto com 200 paraquedistas.

Ao início da noite de hoje, as Forças Armadas russas anunciaram o controlo do aeroporto militar Antonov, em Gostomel, nos arredores de Kiev, e os serviços de informação ocidentais reconheceram que a superioridade aérea russa na Ucrânia era "total".

"As defesas aéreas da Ucrânia foram destruídas e não têm capacidade para se proteger. Nas próximas horas, os russos tentarão reunir uma força esmagadora em torno da capital", disse uma fonte de um serviço de informação ocidental.

"As tropas russas estão já a reunir-se à volta de Kiev. É uma questão de dias, ou horas", explicou a fonte, sublinhando a rapidez com que as forças de Moscovo se movimentam à volta da capital ucraniana, tomando posições como o aeroporto militar em Gostomel.

Durante o dia, o Exército ucraniano anunciou que estavam em curso combates pelo controlo do aeroporto militar Antonov, após ataque de forças russas.

"A luta está em curso no aeroporto de Gostomel", localizado poucos quilómetros a noroeste de Kiev, anunciou o chefe dos Exército ucraniano, Valery Zaloujny e imagens nas redes sociais mostram que o aeroporto militar terá sido atacado por vários helicópteros.

Horas depois, as autoridades ucranianas admitiram ter perdido o controlo do aeroporto, depois de uma unidade aérea russa ter atacado com helicópteros, com as portas abertas, de onde soldados dispararam metralhadoras, antes de descer por `rapel`, de acordo com testemunhas.

"Havia pessoas sentadas nos helicópteros, as portas abertas, a voar sobre as nossas casas", disse Sergiy Storojouk, um ucraniano que vive perto do aeroporto.

Os helicópteros russos chegaram no final da manhã, oriundos da Bielorrússia, roçando os telhados das casas e semeando o terror a caminho de Kiev, de acordo com o relato de um jornalista da agência France Presse.

O aeroporto Antonov, em Gostomel, fica no extremo norte de Kiev, provando que as forças russas se encontram muito perto do centro da capital ucraniana.

22h25 - Volodymyr Zelensky decretou a mobilização geral da população.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou a mobilização geral da população sujeita a "recrutamento militar e reservistas" para combater a invasão russa no país, iniciada na madrugada de quinta-feira.

Segundo o decreto publicado no `site` da presidência ucraniana, a medida abrange todas as pessoas sujeitas a "recrutamento militar e reservistas" e será aplicada dentro de 90 dias em todas as regiões da Ucrânia.

22h17 - Pelo menos 100.000 pessoas já abandonaram as suas casas na Ucrânia devido à invasão e vários milhares cruzaram as fronteiras rumo a países vizinhos, segundo dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Após o primeiro dia da intervenção militar russa na Ucrânia, ainda é difícil monitorizar os movimentos populacionais, que neste momento ocorrem "de forma esporádica e imprevisível", destacou a porta-voz do ACNUR, Shabia Montoo.

A mesma fonte, citada pela agência EFE, acrescentou que esta agência da ONU reforçou as suas operações na Ucrânia e países vizinhos, e que pode mobilizar ainda mais pessoal na região caso continue a escalada do conflito.

O alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, já tinha apelado hoje aos países vizinhos da Ucrânia para manterem "as suas fronteiras abertas para aqueles que procuram segurança e proteção".

"Estamos seriamente preocupados com a rápida deterioração da situação e a ação militar em curso na Ucrânia", afirmou hoje, em comunicado, acrescentando que "as consequências humanitárias para as populações civis serão devastadoras".

Segundo reiterou, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) "está a trabalhar com as autoridades, a ONU e outros parceiros na Ucrânia e está pronto para fornecer assistência humanitária sempre que necessário e possível".

Cidadãos ucranianos já começaram a procurar refúgio na Roménia, Hungria ou Eslováquia devido ao ataque russo ao seu território.

Segundo o governo ucraniano, desde o início da crise na Crimeia e no Donbass, em 2014, registaram-se 1,5 milhões de deslocados internos no país.

21h39 - O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, disse que morreram 57 ucranianos e 169 ficaram feridos como resultado da invasão militar russa em marcha desde a madrugada.

21h34 - Presidente ucraniano dirigiu-se aos líderes da UE por videoconferência

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dirigiu-se por videoconferência aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos em Bruxelas para discutir a reação à ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia, revelou o presidente do Conselho Europeu.

"O Presidente Zelensky dirigiu-se esta noite aos membros do Conselho Europeu. Louvamos a determinação e a coragem do povo de Ucrânia. A UE está unida na sua solidariedade com a Ucrânia", escreveu Charles Michel na sua conta na rede social twitter.

A publicação é acompanhada de três fotos nas quais se vê os chefes de Estado e de Governo da UE na principal sala de reuniões do Conselho Europeu e imagens nos ecrãs de Zelensky, de `t-shirt`, a dirigir-se aos líderes.

O Presidente ucraniano já pedira hoje aos líderes mundiais que deem ajuda à defesa da Ucrânia e protejam o espaço aéreo dos ataques russos, sublinhando que a Rússia "desencadeou uma guerra com a Ucrânia e com o mundo democrático".

Reunidos num Conselho Europeu convocado de urgência, os líderes dos 27 já adotaram conclusões, nas quais apelam à Comissão Europeia para avançar com "medidas de contingência" sobre fornecimento energético da Rússia, e com "rápida preparação de novo pacote de sanções" que abranjam também a Bielorrússia, por permitir a invasão russa da Ucrânia.

"O Conselho Europeu apela à prossecução do trabalho de preparação e prontidão a todos os níveis e convida a Comissão, em particular, a apresentar medidas de contingência, nomeadamente na energia", dada a dependência europeia do gás da Rússia, referem as conclusões da cimeira de líderes sobre a invasão russa da Ucrânia.

De acordo com o documento, os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) pedem ainda uma "rápida preparação e adoção de um novo pacote de sanções individuais e económicas que abrangerá igualmente a Bielorrússia", porque, segundo os 27, houve "envolvimento" de Minsk "nesta agressão contra a Ucrânia".

As sanções hoje acordadas pelos líderes serão formalmente adotadas na sexta-feira, num Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas.

21h16 - Portugueses na Ucrânia foram surpreendidos pelos ataques russos

Permanecem na Ucrânia cerca de 200 portugueses. Regressaram apenas 40 cidadãos portugueses na sequência dos primeiros conselhos do governo de Lisboa. Agora, a maioria quer sair o mais rápido possível do país.

21h12 - António Guterres pediu a Vladimir Putin "em nome da humanidade" que mande recuar as tropas russas. Um apelo após uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Por todo o mundo, multiplicam-se as condenações à invasão. A China foi a única grande potência a rejeitar a aplicação de sanções contra a Rússia.

21h04 - Presidente americano apresenta novas sanções à Rússia mas trava exclusão do SWIFT

O Presidente norte americano ainda não decidiu retirar a Rússia do sistema internacional SWIFT, que é considerada a máxima sanção. Joe Biden apresentou um novo conjunto de sanções fortes contra a finança e os oligarcas russos. O Pentágono vai enviar mais tropas para a Europa de Leste.

21h03 - Efeitos das sanções económicas contra a Rússia tardarão a fazer-se sentir

Os efeitos das sanções económicas far-se-ão sentir dentro de semanas ou meses, mas a propaganda de Putin já hoje trabalha para esses efeitos serem vistos como resultado de uma conspiração contra a Rússia.

20h59 - Rússia controla aeroporto militar e central nuclear de Chernobyl

Os russos controlam o aeroporto militar, nos arredores da capital, e a central nuclear de Chernobyl, onde em 1986 um acidente vitimou milhares de pessoas. São dois pontos simbólicos que o exército russo atacou para travar a liberdade de movimento da força aérea ucraniana, explica a enviada da RTP à Ucrânia Cândida Pinto.

20h53 - Conselho Português do Movimento Europeu condena invasão "veementemente"

O Conselho Português do Movimento Europeu (CPME) condenou "veementemente a invasão da República da Ucrânia pela Federação Russa" e manifestou ao povo ucraniano "toda a solidariedade neste momento extremamente difícil da sua existência".

Em comunicado do Conselho Diretivo, presidido por José Conde Rodrigues, a organização considerou que a invasão se trata de "um ato de guerra, ao arrepio do direito internacional, violador da democracia, da liberdade e da dignidade humana".

Para o CPME, "com esta atuação, violenta e sem qualquer fundamento legítimo, a Federação Russa e os seus dirigentes, põem em causa o equilíbrio geopolítico na Europa e no Mundo".

Esperam agora os seus dirigentes que a Organização das Nações Unidas, a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte se empenhem totalmente "para que se regresse rapidamente à paz, substituindo a força das armas pela força da razão".

20h40 - Opinião pública russa dividida sobre a guerra contra a Ucrânia

Foram hoje detidas cerca de 600 pessoas, sobretudo jovens, que protestavam contra o início da guerra na Ucrânia. Mas ao mesmo tempo há muitas pessoas que consideram a Ucrânia como mascote do Ocidente e parte duma grande conspiração contra a Rússia.

20h36 - Kiev prepara-se para uma nova noite de ataque russo

20h31 - Várias zonas da Ucrânia estão debaixo de fogo

20h26 - O Pentágono vai enviar cerca de 7.000 soldados adicionais para a Alemanha, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

20h24 - Os mercados mundiais registaram forte turbulência esta quinta-feira após a invasão da Ucrânia pela Rússia, com as bolsas em queda e as matérias-primas em alta.

20h21 - MNE da União Europeia reúnem-se amanhã para adoptar sanções contra Moscovo

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir-se amanhã em Bruxelas para adotar o novo pacote de sanções contra a Rússia que os líderes dos 27 decidirem hoje à noite, revelou o Alto Representante Josep Borrell.

"As [novas] sanções já foram mais ou menos acordadas pelos representantes permanentes dos Estados-membros, agora devem ser decididas pelos líderes, e amanhã [sexta-feira] serão formalmente aprovadas pelo Conselho de Negócios Estrangeiros, sob minha proposta, pois, como sabem, sanções são uma competência do Conselho", disse o chefe da diplomacia da UE, à chegada ao Conselho Europeu, em Bruxelas.

20h17 - Centenas de ucranianos protestam contra a invasão frente à embaixada russa em Lisboa

Centenas de ucranianos estão concentrados junto à Embaixada da Rússia em protesto contra a invasão da Ucrânia e a pedir o fim da guerra. Os manifestantes entoam palavras de ordem em ucraniano e exibem cartazes onde se lê "stop war" (parem a guerra), "stand with Ukraine" (apoiem a Ucrânia), "Ukraine will resist" (Ucrânia resistirá), havendo também imagens do Presidente russo, Vladimir Putin, caricaturado de Hitler.

Pelas 18h30 chegou o presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, que falou aos manifestantes em português e pediu o apoio de Portugal e da comunidade internacional.

20h16 - As forças armadas russas controlam o aeroporto militar Antonov, em Gostomel, nos arredores de Kiev, após uma operação de ataque com helicópteros.


20h12 - Líderes da UE já reunidos sem dispositivos eletrónicos para confidencialidade

Foi sem dispositivos eletrónicos, para garantir a confidencialidade, que arrancou a cimeira de urgência dos chefes de Governo e de Estado da União Europeia, em Bruxelas, para debater novas sanções à Rússia.

O porta-voz do presidente Charles Michel especificou que a cimeira de líderes arrancou com "uma troca de pontos de vista" com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, seguindo-se depois a discussão sobre as sanções.

"A discussão desta noite terá lugar sem dispositivos eletrónicos para assegurar a confidencialidade", adiantou Barend Leyts.

20h08 - Vários `sites` do governo russo, incluindo do Kremlin e Ministério da Defesa, ficaram desativados, de acordo um observatório das redes digitais.

Os incidentes ocorreram após o início de uma operação massiva de ataque cibernético contra a Ucrânia, que conseguiu interromper as telecomunicações em algumas das principais cidades do país.

20h06 - Bélgica defende sanções financeiras "que mordam" Moscovo

A Bélgica espera que o pacote de sanções à Rússia que o Conselho Europeu vai discutir hoje à noite seja implementado "tão rapidamente quanto possível", mas defendeu sanções financeiras adicionais, "não que ladrem, mas que mordam", disse o primeiro-ministro.

"Esta noite, não precisamos de grandes declarações, o que precisamos é de decisões fortes. E decisões fortes significa sanções duras. Não sanções que ladrem, mas sim que mordam, com grande impacto na Rússia", disse Alexander de Croo, à chegada à sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, onde hoje se realiza uma cimeira extraordinária dos líderes da UE para discutir a resposta dos 27 à agressão militar da Rússia à Ucrânia.

O primeiro-ministro disse que, "para a Bélgica, o pacote de sanções que está hoje sobre a mesa deve ser lançado tão rapidamente quanto possível", mas "é preciso reforçá-lo com sanções financeiras adicionais, para dificultar o acesso das instituições financeiras e empresas russas aos mercados financeiros internacionais".

"O que precisamos de decidir ao nível europeu é como contra-atacar. E devemos contra-atacar atingindo a elite na Rússia, o complexo económico militar, e isso podemos fazer com sanções. Creio que o pacote de sanções sobre a mesa é um bom pacote, mas deve ser alargado, e alargado com medidas financeiras. O nosso alvo não é a população russa, é o regime. O que é importante é atingir a economia russa", disse.

20h04 - Reino Unido já tem preparado um pacote de sanções contra a Rússia, em particular contra o setor bancário. Proibiu também a companhia de bandeira da Rússia de aterrar em território britânico.###1387048 ###

20h00 - O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrel, diz que o tempo da diplomacia já se esgotou, face ao ataque em curso das forças russas na Ucrânia. É agora o tempo das sanções, que devem visar o setor económico da Rússia, aquele onde as sanções doem mais.

19h53 - Washington sancionou 24 indivíduos e organizações bielorrussas pelo seu "apoio" à invasão russa da Ucrânia.

19h45 - Rússia anuncia que um avião de transporte militar se despenhou, todos os tripulantes morreram no acidente.

19h26 - Biden agrava sanções à Rússia e reforça dispositivo da NATO na Europa

O presidente norte-americano anunciou que Estados Unidos e aliados vão reforçar sanções à Rússia. Joe Biden disse que o dispositivo da NATO na Alemanha será reforçado com tropas norte-americanas.

"Putin escolheu esta guerra" na Ucrânia, e o Presidente russo e a Rússia "suportarão as consequências de novas sanções", disse Biden, numa declaração à comunicação social, garantindo que defenderá "cada centímetro do território da NATO".

19h12 - O presidente norte-americano, Joe Biden, escusou-se a responder esta tarde aos jornalistas que lhe perguntaram porque é que os Estados Unidos não sancionavam já diretamente Vladimir Putin.

19h04 - Os enviados da RTP estão a acompanhar a evolução da situação ucraniana no terreno.

19h04 - Kiev admite ter perdido controlo da central nuclear desativada de Chernobyl

Conselheiro do presidente ucraniano disse que a Ucrânia perdeu hoje o controlo sobre a central nuclear de Chernobyl, depois de uma batalha feroz para tentar repelir as forças militares russas.

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente Volodymyr Zelenskyy, disse que não se conhece em que condições estão, depois dos combates, as instalações da central, onde há um abrigo de proteção e o armazenamento de resíduos nucleares.

Um reator nuclear daquela central explodiu em abril de 1986, quando a Ucrânia fazia ainda parte da antiga União Soviética, expondo resíduos radioativos em toda a Europa no pior desastre nuclear do mundo.

O reator que explodiu foi coberto por um abrigo de proteção para evitar fugas radioativas e a produção parou na central, que foi desativada.

Podolyak disse que depois de "um ataque absolutamente sem sentido dos russos neste local, é impossível dizer se a central nuclear de Chernobyl está segura".

O conselheiro ucraniano acusou a Rússia de poder usar a central para lançar provocações e descreveu a situação como "uma das ameaças mais graves à Europa".

18h58 - Biden diz que a agressão de Putin sair cara à Rússia

"As acções de Putin mostram uma visão sinistra para o nosso mundo, em que as nações conseguem o que querem pela força bruta", acusa o presidente norte-americano, Joe Biden.

18h54 - Polícia russa detém centenas de manifestantes em várias cidades

A polícia russa deteve cerca de 800 pessoas que protestavam contra a invasão da Ucrânia em dezenas de cidades da Rússia, disse uma organização não-governamental citada pela AFP. A organização OVD-Info disse que pelo menos 788 pessoas foram detidas em 42 cidades, quase metade delas em Moscovo.

Milhares de pessoas desafiaram uma proibição de manifestações anunciada pelo governo, face a apelos divulgados nas redes sociais para protestos contra a decisão do presidente Putin de ordenar a invasão da Ucrânia.

O Ministério do Interior tinha advertido que os protestos contra a guerra na Ucrânia seriam considerados ilegais e que a polícia "tomaria todas as medidas necessárias para assegurar a ordem pública".

18h50 - Kiev reconhece baixas civis e militares

A Ucrânia reconheceu que 13 civis e nove soldados foram mortos hoje na região de Kherson, parcialmente controlada por forças militares russas.

As autoridades de Odessa registaram a morte de pelo menos 22 pessoas, como resultado de um ataque aéreo russo contra uma sua unidade militar na região.

Horas antes, a Presidência ucraniana tinha noticiado a morte de mais de 40 soldados, durante os ataques contra aeródromos e bases militares no seu território.

De acordo com Alexei Arestovich, assessor presidencial, a maioria das vítimas morreu durante o bombardeamento aéreo desta manhã, mas os ataques não terão conseguido minar o potencial defensivo das Forças Armadas.

18h47 - O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que as suas forças terrestres se movimentaram da Crimeia para a Ucrânia, no que foi a primeira confirmação de Moscovo de que tropas da Rússia concretizaram a invasão do país vizinho.

Até agora, a Rússia apenas tinha admitido alguns ataques aéreos e com mísseis contra bases ucranianas, tendo anunciado a destruição de 83 instalações militares no país vizinho.

Pela primeira vez desde o início da invasão, o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, confirmou que as tropas russas entraram na Ucrânia, informando que avançaram em direção à cidade de Kherson, a noroeste da Crimeia. 

"Todas as tarefas atribuídas aos grupos militares das Forças Armadas da Federação Russa para este dia foram coumpridas com sucesso",, disse Konashenkov.

18h41 - A Air France reduziu as ligações aéreas Paris-Moscovo de 12 para sete voos semanais.

18h31 – Conselho de Segurança da ONU vai votar condenação da Rússia

O Conselho de Segurança da Nações Unidas vai votar na sexta-feira uma resolução para condenar a Rússia pelos ataques na Ucrânia e exigir a retirada das tropas russas, mas o projeto deverá ser vetado.

De acordo com um responsável norte-americano, citado pela Associated Press, os Estados Unidos defendem a importância de levar a votação o projeto de resolução, apesar da expectativa de que o diploma seja vetado pela Rússia.

Ainda assim, adianta que os Estados Unidos irão responder a esse resultado com uma resolução na Assembleia Geral, onde não existe poder de veto.

A resolução "condena nos termos mais duros possíveis a agressão da Rússia" e as violações à soberania e integridade territorial da Ucrânia e "exige que a Federação Russa retire, de forma imediata, completa e incondicional, as suas forças", segundo o mesmo responsável, que falou à agência norte-americana em anonimato.

18h29 – Jerónimo diz que declarações de Putin "desferem um ataque à União Soviética"

O secretário-geral do PCP considerou hoje que as declarações de Vladimir Putin refletem um "país capitalista" e representam "um ataque à União Soviética", defendendo a via do diálogo para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia.

"O PCP sublinha ao mesmo tempo as declarações de [Vladimir] Putin, que refletindo a posição da Rússia como país capitalista, desferem um ataque à União Soviética e à notável solução que esta encontrou para a questão das nacionalidades e o respeito pelos povos e as suas culturas", sustentou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista reiterou que o conflito no leste europeu é "inseparável de décadas de crescente tensão e de confrontação" dos Estados Unidos da América e da NATO contra a Rússia.

18h27 – Reino Unido proíbe Aeroflot e congela bens do banco VTB

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou hoje que que vai proibir a companhia aérea russa Aeroflot no Reino Unido e congelar os ativos do banco VTB, num novo pacote sanções para castigar a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Numa declaração no Parlamento, Johnson disse que as novas sanções vão "excluir totalmente os bancos russos do sistema financeiro britânico", impedindo que os pagamentos passem pelo Reino Unido.

O VTB é um dos maiores bancos da Rússia, com ativos estimados de 154.000 milhões de libras (184.000 milhões de euros), tendo estado envolvido no processo das "dívidas ocultas" em Moçambique.

As medidas vão ser tomadas em conjunto com os EUA, vincou, com o objetivo de atingir as empresas russas, cujas transações são feitas, em cerca de metade, em dólares norte-americanos e libras esterlinas.

O Governo vai também proibir empresas estatais e privadas russas de angariar financiamento ou comercializar títulos no Reino Unido e limitar o valor monetário que pode ser depositado em contas bancárias no Reino Unido.

18h21 – Rússia destaca “sucesso” dos objetivos militares definidos para hoje

Num novo comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia fala em “sucesso” por ter alcançado todos os objetivos definidos para as forças militares esta quinta-feira.

Segundo Moscovo, foram desativadas hoje 83 infraestruturas militares ucranianas e abatidas várias aeronaves, assim como outros equipamentos aéreos.

O Ministério confirmou ainda que as tropas russas entraram já na cidade ucraniana de Kherson. “Isto permitiu desbloquear o Canal da Crimeia do Norte e restabelecer o abastecimento de água à Península da Crimeia”, adiantou.

18h09 – Na Alemanha, centenas de manifestantes pedem paz

Em Berlim, junto às Portas de Brandeburgo, centenas de manifestantes juntaram-se para pedir o fim dos confrontos. Os manifestantes pedem ainda a imposição de fortes sanções à Rússia.


17h47 – Governo português garante que abastecimento de gás e petróleo está salvaguardado se Rússia interromper fornecimento

O Governo disse hoje que está salvaguardado o abastecimento dos sistemas nacionais de gás e de petróleo, caso a Rússia corte o fornecimento à União Europeia.

Numa nota, o Governo lembrou que em 2021 apenas 10% das importações de gás natural em Portugal foram provenientes da Rússia, "pelo que não se antevê que uma potencial interrupção do fornecimento por parte da Rússia represente uma disrupção no fornecimento de GN a Portugal".

No que diz respeito ao gás natural liquefeito (GNL), que entra em Portugal através do terminal de Sines, o executivo realçou que não foram registadas quaisquer falhas nas entregas programadas, nem alterações à calendarização de entregas para fevereiro e março.

Já quanto ao petróleo bruto (crude) e derivados, "não se anteveem problemas de abastecimento, dado que Portugal não importa crude da Rússia desde o ano 2020".

17h39 – Antiga central nuclear de Chernobyl tomada pela Rússia

A antiga central nuclear de Chernobyl foi tomada pelas forças russas, avançou há minutos um conselheiro da Presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak.

“É impossível dizer se a central nuclear de Chernobyl está segura depois de um ataque sem sentido por parte dos russos”, adiantou.

O responsável acrescentou que “esta é hoje uma das mais sérias ameaças à Europa”.

17h16 - Putin diz que invasão era a única solução

O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que o seu país "não tinha outra maneira" de se defender a não ser lançar um ataque na Ucrânia, confirmando que o Exército russo está em processo de invasão daquele país vizinho.

"O que está a acontecer agora é uma medida coerciva. Porque não temos outra forma de fazer o contrário", disse Putin, durante uma reunião com empresários, em Moscovo, que foi difundida pelas estações televisivas.

O líder disse mesmo que a Rússia “foi forçada a tomar estas medidas” mas que, apesar disso, “a Rússia continua a fazer parte da economia global”.

“Não planeamos danificar o sistema ao qual pertencemos”, assegurou. “Os nossos parceiros deviam compreender isso e não devem empurrar-nos para fora desse sistema”.

17h06 - Líderes do G7 dizem que Putin “reintroduziu a guerra no continente europeu”

Numa declaração conjunta após uma cimeira virtual, os líderes da França, Alemanha, Japão, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, assim como a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu Charles Michel e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenaram veementemente a invasão russa.

Esta crise “é uma séria ameaça à ordem internacional, com ramificações muito para além da Europa”, alertaram os líderes do G7, para quem Vladimir Putin “se colocou do lado errado d história”.

“Condenamos o presidente Putin pela sua recusa em envolver-se num processo diplomático, apesar das nossas repetidas ofertas”, lê-se no comunicado.

“Permanecemos unidos aos parceiros, incluindo a NATO, a UE e os seus Estados-membros e a Ucrânia, e continuamos determinados a fazer o que for necessário para preservar a integridade da ordem internacional”, acrescentam.

17h00 – Os impactos do conflito na bolsa

A bolsa de Moscovo caiu 45 por cento e a negociação chegou a estar suspensa. No resto da Europa, as bolsas também estão em queda, enquanto os preços do petróleo e do gás estão a disparar.

É a reação dos mercados ao início da ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, que a RTP está a acompanhar de perto.

16h58 - Temos de estar preparados para "todos os cenários" , diz Santos Silva

O ministro português dos Negócios Estrangeiros alertou hoje que os países ocidentais e membros da NATO têm de estar preparados "para todos os cenários", trabalhando ao mesmo tempo no plano da defesa e no das sanções económicas e financeiras.

"Lamento dizê-lo, mas não posso dizer outra coisa: hoje temos que trabalhar com todos os cenários em cima da mesa porque o que acontece é que a ação de [Vladimir] Putin não apenas excede as suas palavras, a ação de Putin em cada momento está a exceder o máximo que prevíamos como possível nessa mesma ação", sustentou Augusto Santos Silva.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros insistiu na necessidade de trabalhar "ao mesmo tempo em dois pilares".

"O pilar da nossa própria defesa, que passa pela nossa própria capacidade de dissuasão, e o plano das sanções económicas e financeiras propriamente ditas", acrescentou.

16h55 – Recolher obrigatório em Kiev

O presidente da Câmara de Kiev ordenou esta tarde o recolher obrigatório na capital.

O embaixador ucraniano nos Estados Unidos assegurou, porém, que a cidade está totalmente sob controlo ucraniano e que helicópteros russos foram há pouco abatidos nos arredores.

16h45 - Imagens do espaço aéreo mostram desvios dos voos comerciais que evitam Ucrânia

O site RadarBox, que faz a monitorização dos espaços aéreos em tempo real, mostra neste momento uma enorme mancha vazia sobre o território ucraniano. Todos os aviões comerciais estão a contornar o país, fazendo trajetos mais longos para chegarem aos seus destinos.

16h43 - Presidente da Turquia condena "golpe na paz e estabilidade regionais"

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou hoje a invasão da Ucrânia pelo exército russo como "um golpe na paz e estabilidade regionais" e reiterou o apelo para que o conflito seja resolvido "através do diálogo".

"Rejeitamos esta operação inaceitável", disse Erdogan numa declaração transmitida pela televisão turca.

O chefe de Estado turco disse que falou hoje de manhã com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem "reiterou o apoio da Turquia à luta da Ucrânia para proteger a sua integridade territorial".

16h38 – Estudante portuguesa na Ucrânia espera por repatriamento

Dária Pachenco é uma portuguesa a estudar na Ucrânia, filha de pai ucraniano. Ainda não sabe quando pode voltar para Portugal e espera por repatriamento.

Está calma e sublinhou à jornalista Natércia Simões que já viveu uma situação pior do que sentiu esta madrugada.

16h33 - Moscovo promete resposta severa a sanções da UE e diz que estas “não impedirão” avanço russo

A Rússia prometeu hoje uma resposta severa às sanções europeias que venham a ser tomadas, garantindo que "não impedirão" a assistência de Moscovo aos separatistas na guerra contra a Ucrânia.

"De acordo com o princípio da reciprocidade, que é a base do direito internacional, tomaremos medidas severas de retaliação", disse o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

"As medidas hostis da União Europeia contra a Rússia (...) não podem impedir o desenvolvimento gradual" dos laços entre Moscovo e os separatistas na Ucrânia, bem como a "prestação de assistência a estes últimos", acrescentou a nota da diplomacia russa.

16h30 – Autoridades russas prometem reprimir manifestações anti-guerra

As autoridades russas anunciaram hoje que reprimirão qualquer manifestação "não-autorizada" que se realize na Rússia contra a guerra na Ucrânia, onde Moscovo lançou esta madrugada uma ofensiva militar de grande envergadura.

O Ministério do Interior, o Ministério Público e o Comité de Investigação russos advertiram os cidadãos russos contra qualquer ação de protesto.

O Comité de Investigação sublinhou que os participantes em concentrações sobre "a situação tensa em matéria de política externa" ou em distúrbios enfrentarão processos judiciais.

"Recordamos que os apelos para participar e a participação direta em tais ações não-autorizadas trarão graves consequências judiciais", alertou.

Por sua vez, o Ministério Público indicou ter feito "advertências" às pessoas que incitam à participação em manifestações de protesto contra a guerra na Ucrânia.

O Ministério do Interior avisou que as concentrações serão "ilegais" e que a polícia "tomará todas as medidas necessárias para garantir a ordem pública".

16h28 – Rússia a tomar medidas "para garantir a segurança do país e do povo russo"

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que a Rússia está a tomar medidas "para garantir a segurança do país e do povo russo" e que "espera" que "ainda seja possível voltar ao direito internacional".

"Tivemos discussões tensas e detalhadas com os nossos colegas norte-americanos e com outros membros da NATO. Esperamos que ainda exista a possibilidade de voltar ao direito internacional e aos compromissos internacionais", disse Lavrov, citado pela agência Efe.

De acordo com um comunicado do ministério russo, Lavrov assinalou que por agora a Rússia toma medidas "para garantir a segurança do país e do povo russo".

"Mas estaremos sempre prontos para um diálogo que nos devolva a justiça e os princípios da Carta das Nações Unidas", afirmou.

16h22 – Europa preparada para receber milhares de refugiados do conflito

Vários países europeus, sobretudo os mais próximos da Ucrânia, estão já a receber ou preparam-se para acolher milhares de refugiados, na sequência do ataque russo iniciado esta madrugada em três frentes daquele país.

Logo nas primeiras horas do dia, várias centenas de pessoas - muitas das quais com nacionalidade romena - cruzaram a fronteira com a Roménia para se refugiarem em casa de amigos ou familiares ou mesmo nas suas próprias casas.

Na vizinha Moldávia, cerca de 2.000 refugiados ucranianos cruzaram a fronteira hoje, segundo o ministro do Interior, situação semelhante à que aconteceu na Eslováquia, onde engarrafamentos para cruzar a fronteira se formaram logo às primeiras horas da manhã.

Também a Polónia, onde vivem atualmente 250.000 ucranianos de forma permanente, se está a preparar para a possível chegada de milhares de ucranianos.

Já o ministro do Interior da República Checa, Vit Rakusan, assegurou hoje que, caso cheguem mais de 5.000 refugiados, será necessário declarar estado de emergência no país.

16h16 – Marcelo disse à embaixadora da Ucrânia sentir-se orgulhoso da “excecional” comunidade ucraniana em Portugal

Numa reunião em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa disse à embaixadora da Ucrânia sentir-se “orgulhoso de ser presidente da República portuguesa, tendo em Portugal uma comunidade excecional como é a comunidade ucraniana”.

O presidente assegurou que o Ministério português dos Negócios Estrangeiros e as autoridades em geral têm acompanhado a situação dos cidadãos portugueses – a maioria com dupla nacionalidade -, cerca de 200, que “estão a sair ou já saíram do território ucraniano”.

O chefe de Estado relembrou que foi autorizada a participação portuguesa nas missões da NATO, “em território da NATO, numa função de dissuasão, e não de intervenção agressiva, obviamente”.

Essa participação comporta forças da Armada, Exército e Força Aérea e mostra o “empenho e solidariedade” de Portugal para com a Ucrânia, frisou Marcelo.

16h03 – Bruxelas recolhe assistência médica de países da UE após pedido urgente de Kiev

A Comissão Europeia disse hoje ter recebido um "pedido urgente" apresentado pela Ucrânia para assistência médica, apelando à cooperação dos Estados-membros da União Europeia para envio de artigos para o país invadido pela Rússia.

"Após a invasão russa completamente injustificada de hoje, a Ucrânia apresentou um pedido urgente de artigos de ajuda médica através do Mecanismo de Proteção Civil da UE", anunciou o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.

Numa publicação feita na rede social Twitter depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, que arrancou hoje de madrugada, Janez Lenarcic apelou "a todos os Estados-membros da UE e aos Estados participantes [neste Mecanismo de Proteção Civil da UE] que respondam imediatamente com ofertas de assistência".

"O tempo para ajudar é agora", vincou Janez Lenarcic.

15h58 – MNE português condena "sem ses, nem mas" e lamenta dezenas de vidas já perdidas

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, condenou hoje, "sem ses, nem mas", a "invasão militar" da Rússia a um Estado independente e lamentou as "dezenas e dezenas" de vidas já perdidas neste conflito.

Numa audição no Parlamento, o chefe da diplomacia portuguesa fez uma condenação veemente do ataque russo e disse que esta é "a maior crise de segurança por que a Europa passa deste a II Guerra Mundial".

"Lamento com consternação pelas vidas que já foram perdidas", manifestou Santos Silva, adiantando que já há informação de "dezenas e dezenas de pessoas que perderam a vida".

15h56 – Embaixadas de Ucrânia e Portugal em contacto para retirarem cidadãos portugueses

Depois de uma reunião com o presidente da República português, a embaixadora ucraniana Inna Ohnivets diz ter deixado apelos de ajuda a Marcelo Rebelo de Sousa.

Referiu ainda que existem cerca de 200 cidadãos portugueses a viver na Ucrânia, que “agora estão à espera de ir para Portugal”. Nesse sentido, a embaixada portuguesa em Kiev está em contacto com a embaixada ucraniana em Portugal.

Inna Ohnivets diz não ter a informação de que haja forças russas em Kiev. “Posso dizer que hoje de manhã os russos bombardearam o aeroporto de Boryspil, perto de Kiev”, adiantou.

15h46 – “Se Ucrânia for ocupada pela Rússia, que país será a seguir?”, questiona embaixadora ucraniana em Portugal

A embaixadora da Ucrânia em Portugal fala a esta hora aos jornalistas.

Lembrando que a Ucrânia não pertence à NATO, a responsável alerta que se o país for ocupado pela Rússia, “que país será o seguinte?”. “Pode ser um membro da NATO” o próximo a ser invadido, avisa.

“Por isso, a Ucrânia agora defende, não só o nosso território, mas toda a Europa. Por isso precisamos do apoio de Portugal e pedimos também assistência e armas”, assim como “assistência humanitária”, afirmou.

15h40 – Rússia tenta tomar antiga central nuclear de Chernobyl

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, acaba de avançar que as forças militares do país estão a lutar para impedir que as tropas russas capturem a antiga central nuclear de Chernobyl.

Um conselheiro do ministério do Interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, já tinha afirmado que havia registo de combates perto do depósito de resíduos nucleares de Chernobyl, a que a Rússia chegou a partir da Bielorrúsia.

"As tropas dos ocupantes entraram desde a Bielorrússia na zona da central de Chernobyl. Os membros da guarda nacional que protegem o depósito estão a resistir obstinadamente", escreveu o conselheiro na rede social Telegram, citado pela agência France-Presse (AFP).

15h38 – Exércitos lutam por controlo de aeroporto militar nos arredores de Kiev

O Exército ucraniano anunciou hoje que estão em curso combates pelo controlo do aeroporto militar de Gostomel, nos arredores de Kiev, quando a Rússia já reclama a destruição de 74 instalações militares na Ucrânia.

"A luta está em curso no aeroporto de Gostomel", localizado poucos quilómetros a noroeste de Kiev, anunciou o chefe dos Exército ucraniano, Valery Zaloujny e imagens nas redes sociais mostram que o aeroporto militar terá sido atacado por vários helicópteros.

De acordo com Zaloujny, a situação também é "tensa" no sul da Ucrânia, onde os combates estão a travar-se nas cidades de Genitchesk, Skadovsk e Chaplynka, na região de Kherson, perto da Crimeia.

O Exército russo assegura que destruiu 74 instalações militares, incluindo 11 aeródromos, na Ucrânia, onde as tropas de Moscovo lançaram uma grande operação militar, esta manhã.

"Como resultado dos ataques das Forças Armadas russas, 74 instalações terrestres da infraestrutura militar ucraniana foram desativadas. Isso inclui 11 aeródromos da Força Aérea", disse o general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, durante uma entrevista televisiva.

15h17 – Ferro considera ação militar russa "maior ataque e paz e à estabilidade" na Europa

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, condenou hoje "a agressão militar russa à Ucrânia", que classificou como "o maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas".

Ferro Rodrigues que enviou esta manhã uma mensagem ao seu homólogo ucraniano, na qual transmitiu "a mais veemente condenação pela agressão militar russa à Ucrânia".

"O maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas, que o é a um Estado soberano, livre e independente", classificou, tendo também transmitido "a mais calorosa e profunda solidariedade com o povo ucraniano e o Parlamento que o representa".

15h14 – Navio turco atingido à bomba na costa de Odessa, no Mar Negro

Moscovo tinha já colocado tropas no porto de Odessa para controlarem essa zona estratégica.

Especialistas acreditam que Rússia e Ucrânia vão acusar-se mutuamente quanto à responsabilidade deste ataque.

15h10 – Ofensiva russa na Ucrânia

Com filhos pela mão ou animais de estimação em maletas, a população das regiões ocupadas pelos militares russos tenta sair do país, rumo à Polónia ou Hungria. Kiev está a transformar-se numa cidade vazia com a fuga das pessoas.


14h58 – CDS-PP quer solução "efetiva, rápida e consequente" para fim do conflito

O CDS-PP considerou hoje que a ação militar da Rússia contra a Ucrânia é "um ataque infame" e uma "violação grosseira do direito internacional" e defendeu uma "solução efetiva, rápida e consequente" para acabar com o conflito.

"A guerra iniciada hoje pela mão da Rússia na Ucrânia representa um ataque infame a um país soberano e uma violação grosseira do direito internacional que ninguém pode deixar de condenar", afirma o vice-presidente centrista Pedro Melo.

14h52 – Manifestação de ucranianos frente à Embaixada da Rússia em Lisboa

"Stop Putin" são as palavras improvisadas em cartazes dos manifestantes frente à Embaixada.

14h39 – Vídeo com discurso de invasão de Putin pode ter sido gravado há três dias

Vladimir Putin apareceu no vídeo do discurso de invasão, divulgado na última madrugada, com a mesma roupa que usava há três dias, quando reconheceu as repúblicas separatistas do Donbass.

Vários órgãos de comunicação estão a especular sobre se o discurso de invasão foi gravado há três dias. Na internet circulam já metadados que evidenciam que o discurso foi gravado dia 21.

Poderá tratar-se de uma estratégia de prevenção por parte do presidente russo, conforme constata o correspondente da RTP em Moscovo, Evgueni Mouravitch.

14h37 - Políticos do Brasil lamentam ação militar russa e Bolsonaro em silêncio

Políticos brasileiros que disputarão a presidência em outubro próximo lamentaram a ação militar da Rússia na Ucrânia, enquanto o atual chefe de Estado do país, Jair Bolsonaro, não emitiu opiniões públicas sobre o assunto.

"Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha", escreveu na rede social Twitter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não se manifestou sobre os conflitos na Europa envolvendo ações militares perpetradas pela Rússia na Ucrânia.

Numa visita realizada a Moscovo em que se encontrou com Vladimir Putin, no passado dia 16, o Bolsonaro chegou a declarar: "Somos solidários à Rússia. Temos muito a colaborar em várias áreas. Defesa, petróleo e gás, agricultura e as reuniões estão acontecendo".

14h31 – Embaixada portuguesa na Ucrânia tem em marcha plano de evacuação

A embaixada portuguesa na Ucrânia pôs em marcha um plano de evacuação, mas pede a quem tenha viaturas próprias para as utilizar. A saída do território não é fácil, dado que o ataque russo abrange vários pontos do país.

Os militares reservistas ucranianos, homens e mulheres, têm estado durante todo o dia a dirigir-se em grupos até locais de concentração.

A enviada especial da RTP a Kiev, Cândida Pinto, está a acompanhar todos os desenvolvimentos.

14h18 - Marcelo Rebelo de Sousa recebe embaixadora da Ucrânia hoje às 15h00

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai receber hoje a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, no Palácio de Belém, em Lisboa, pelas 15h00.

Esta informação foi divulgada por fonte oficial da Presidência da República, depois de uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.

14h03 – Ucrânia. A análise ao ataque russo

Três comentadores ajudam a compreender o que está em causa no ataque russo à Ucrânia.

13h53 – Conselho Superior de Defesa Nacional autoriza participação das forças portuguesas em missões da NATO

Já terminou a reunião extraordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional, que deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas no âmbito da NATO.

As forças portuguesas vão participar, assim, na ativação da Very high readiness Joint Task Force (“Força Conjunta de Elevada Prontidão”) e do Initial Follow-On Forces Group (“Grupo de Forças de Acompanhamento Inicial”).

Esta ativação serve para o “eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da NATO”, informa o Conselho Superior de Defesa Nacional.

Foi ainda aprovada a “eventual antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de uma companhia do Exército para a Roménia”.
A reunião extraordinária foi presidida por Marcelo Rebelo de Sousa.

13h51 - PS condena ataque da Rússia e pede retirada imediata das suas forças militares

O PS condenou hoje a ação militar da Rússia contra a Ucrânia e apelou a uma retirada imediata das suas forças de território ucraniano e o fim do reconhecimento russo das regiões de Donetsk e Lugansk.

Em comunicado, o PS "condena veementemente toda e qualquer violação do direito internacional" e "considera que no século XXI a solução para qualquer visão alternativa ou desentendimento deve ser sempre a via diplomática".

Neste contexto, os socialistas portugueses condenam "fortemente o ataque militar da Rússia contra a Ucrânia" e apelam a uma "retirada imediata das forças militares russas da Ucrânia". "O respeito pelo direito internacional deve ser a bitola quanto ao reconhecimento de novos países pelo que solicita à Rússia que reverta seu reconhecimento unilateral das regiões de Donetsk e Lugansk da Ucrânia", refere-se no comunicado.

O PS defende depois que "só o quadro do direito internacional, dos acordos internacionais anteriormente estabelecidos, a retoma imediata do caminho da diplomacia e das resoluções pacíficas podem ser o caminho para o futuro pacífico e próspero de toda a região".

13h47 - Rússia afirma que destruiu 74 instalações militares na Ucrânia

O Ministério da Defesa russo revelou que destruiu 74 instalações militares ucranianas acima do solo, entre as quais 11 aeródromos.

13h36 -Nélson Monte. Jogador português do Dnipro procura deixar a Ucrânia

O jogador de futebol foi entrevistado na edição desta quinta-feira do Jornal Tarde. Nélson Monte procurava ainda uma solução para deixar o território ucraniano, debaixo de uma ofensiva militar da Rússia.


13h24 - Presidente checo diz que Vladimir Putin é "louco" e deve ser internado

O Presidente da República Checa, Milos Zeman, disse hoje que é preciso "internar o louco" referindo-se ao chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, por quem chegou a demonstrar admiração em várias ocasiões.

"É preciso internar o louco", disse Zeman referindo-se a Putin, numa mensagem transmitida pela televisão e dirigida ao país, na qual acusou a Rússia de ter cometido um "delito contra a paz" e expressou "total apoio à Ucrânia", ao "governo e povo". 

Zeman admitiu que não acreditava na invasão russa e que chegou a questionar o profissionalismo dos serviços de informações dos Estados Unidos que alertaram sobre o ataque. 

"Esta decisão irracional da Rússia vai provocar danos consideráveis ao Estado russo", disse o Presidente checo, que até ao momento era defensor de uma diplomacia económica com Moscovo.

Milos Zeman foi o único chefe de Estado da União Europeia a participar nas celebrações dos 70 anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em Moscovo, em 2015, após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, na sequência da intervenção militar do ano anterior.

13h20 - Filas e dúvidas entre as populações do leste da Ucrânia

Em Lugansk e Donetsk, a população foi aconselhada a ficar em casa, ou a dirigir-se para abrigos. Na manhã desta quinta-feira, houve filas no abastecimento de automóveis e nas caixas multibanco.


13h13 - Ucrânia regista mortes de 40 militares e dez civis

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, promete resistência e apela a todos os civis que se juntem para defender o país.


13h11 – As reações internacionais à invasão russa da Ucrânia


13h09 – MNE chinês diz "entender preocupações" da Rússia com a sua segurança

A China "entende as preocupações de segurança da Rússia", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, ao homólogo russo, Sergei Lavrov, horas após o início da invasão russa da Ucrânia.

"A China sempre respeitou a soberania e a integridade territorial de todos os países", disse Wang, de acordo com uma transcrição divulgada pelo ministério chinês.

"Mas também vimos que a questão ucraniana tem uma história especial e complexa. Entendemos as preocupações de segurança razoáveis da Rússia", apontou.

13h08 – Kremlin confia numa rápida estabilização dos mercados russos

O Kremlin espera que os mercados russos estabilizem logo após o que descreveu como uma "reação emocional inevitável" à operação militar lançada pelo Presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia.

"Sim, é uma reação emocional inevitável, mas ao mesmo tempo irá certamente estabilizar e tornar-se mais equilibrada e calma em breve", disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov numa conferência de imprensa telefónica, comentando o mergulho na bolsa de Moscovo, que chegou a cair até 45,2%.

"Foi criada a necessária reserva de força", disse.

13h05 – Divulgadas imagens do avião militar abatido em Kiev

Créditos: Press service of the Ukrainian State Emergency Service via Reuters

13h00 – Von der Leyen diz que UE quer “suprimir o crescimento económico da Rússia”

Ursula von der Leyen diz que as sanções impostas pela Europa irão “suprimir o crescimento económico da Rússia”.

A presidente da Comissão Europeia explicou, em conferência de imprensa, que a UE pretende cortar a ligação da Rússia à indústria da tecnologia, “necessária para a construir o futuro”.
12h43 – Chanceler alemão diz que Putin está a colocar em causa a paz na Europa

A invasão da Ucrânia pela Rússia "coloca em risco a vida de inúmeras pessoas inocentes" e "põe em causa a paz" na Europa, afirmou hoje o chanceler alemão, Olaf Scholz.

"O presidente russo está mais uma vez a violar de maneira flagrante o direito internacional", denunciou o chanceler alemão, em declarações à imprensa em Berlim, sublinhando ainda que "nada pode justificar tudo isso".

"É a guerra de Putin", afirmou o líder alemão, que convocou o Bundestag (Câmara Baixa) alemão para uma sessão extraordinária no domingo.

12h40 – Macron alerta para “profundas e duráveis” consequências das ações de Putin na Europa

Emmanuel Macron acaba de garantir que a França vai manter-se do lado da Ucrânia e alerta que as ações de Vladimir Putin contra a Europa “vão ter profundas e duráveis” consequências para o continente europeu.

12h34 – Avião militar ucraniano abatido em Kiev, cinco mortos

Um avião militar ucraniano com 14 pessoas a bordo foi abatido e cinco pessoas morreram, de acordo com os serviços de emergência e as autoridades policiais do país.

O incidente aconteceu enquanto as Forças Armadas da Ucrânia tentavam defender-se de uma operação militar russa.

12h26 – Ucrânia evacua embaixada em Moscovo

A Ucrânia já retirou o seu pessoal da embaixada em Moscovo. Num comunicado publicado na página oficial, o Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que deu inicio ao processo de rutura de relações diplomáticas com a Rússia, em resposta "à invasão das forças armadas da Rússia para destruir a Ucrânia".

12h22 – Quartel-general dos serviços de informação do Ministério ucraniano da Defesa atacado

O quartel-general dos serviços de informação do Ministério da Defesa em Kiev, Ucrânia, foi atacado. Para já não existem mais informações sobre este ataque.

Um assessor da Presidência ucraniana avançou há pouco que o país receia que as forças russas entrem no país por via aérea para penetrarem o distrito governamental de Kiev.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia disse entretanto que os guardas fronteiriços ucranianos abandonaram todas as instalações na fronteira.

12h18 – Quartel-general dos serviços de informação do Ministério ucraniano da Defesa atacado

O quartel-general dos serviços de informação do Ministério da Defesa em Kiev, Ucrânia, foi atacado. Para já não existem mais informações sobre este ataque.

12h16 – “Ação hedionda e bárbara de Putin tem de acabar em falhanço”, diz Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico assegurou há momentos que o Reino Unido trabalhará com os seus aliados “pelo tempo que for necessário” para garantir que a soberania e a independência da Ucrânia são restauradas.

“Esta ação hedionda e bárbara de Putin tem de acabar em falhanço”, defendeu Boris Johnson. Por essa razão, “em conjunto com os aliados, o Reino Unido vai concordar em aplicar um enorme pacote de sanções económicas que ataquem a economia russa”.

O líder britânico disse ainda que fará o possível, nos próximos dias, para fornecer à Ucrânia equipamento de defesa.

Johnson acredita que Vladimir Putin “lançou a guerra no continente europeu” e, por isso, o Ocidente deve “acabar com a dependência de petróleo e gás russos”.

12h13 - Bruxelas apoia acolhimento de refugiados e agradece prontidão a cinco países da UE

A Comissão Europeia disse hoje estar "pronta" para, se necessário, apoiar os Estados-membros da União Europeia no acolhimento de refugiados ucranianos, após a invasão russa do país, agradecendo a cinco países a "vontade de proporcionar proteção imediata".

"A Comissão Europeia está pronta para apoiar os Estados-membros na preparação do acolhimento à medida que a situação evolui na Ucrânia", anunciou a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, numa publicação na rede social Twitter.

Na mensagem, publicada horas depois de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, Ylva Johansson agradece "à Polónia, República Checa, Roménia, Eslováquia e Hungria pela sua prontidão e vontade de proporcionar proteção imediata".

"A UE está com o povo ucraniano", adianta.

12h06 – Presidente da Câmara de Kiev recorda que cidade está em "lei marcial"

Desde que chegaram notícias de explosões em Kiev, centenas pessoas começaram a fugir da capital ucraniana. Apesar dos apelos do autarca de Kiev para que a população ficasse em casa, formaram-se longas filas no centro da cidade.

Parte da população dirigiu-se para os pontos de abrigo definidos como estações de metro e parques de estacionamento subterrâneos e outros cerca de cinco mil locais disponíveis. Algumas centenas de pessoas dirigiram-se para uma das principais estações de comboio de Kiev para aí se abrigarem, mas muitas delas também para tentar deixar a cidade.

Há também uma autêntica corrida aos postos de abastecimento, caixas de multibanco e outros serviços.

11h57 – UE vai apresentar ainda hoje novo pacote de sanções à Rússia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considera Vladimir Putin “responsável por trazer a guerra de volta à Europa” e diz que ainda hoje será anunciado um novo pacote se sanções à Rússia.

“Esta madrugada, as forças russas invadiram a Ucrânia, um país livre e soberano. Mais uma vez, no centro da Europa, mulheres, homens e crianças inocentes estão a morrer ou a temer pelas suas vidas. Condenamos este ataque bárbaro, assim como os argumentos cínicos utilizados para o justificar”, escreveu a responsável num comunicado.

Segundo von der Leyen, “o que enfrentamos é um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo da Rússia não é apenas a região de Donbass, o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem pacífica internacional. Por isso, vamos responsabilizar o presidente Putin”, assegurou.

“Ainda hoje, apresentaremos aos líderes europeus um pacote de sanções maciças e direcionadas, para aprovação. Com este pacote, iremos visar setores estratégicos da economia russa, bloqueando o seu acesso a tecnologias e mercados que são essenciais para a Rússia”.

“Iremos enfraquecer a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização. Além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus. Tal como aconteceu com o primeiro pacote de sanções, estamos estreitamente alinhados com os nossos parceiros e aliados”.

“Estas sanções são concebidas para ter um pesado impacto nos interesses do Kremlin e na sua capacidade para financiar a guerra”, acrescenta o comunicado.

11h50 – Autoridades moldavas encerram espaço aéreo

As autoridades da Moldávia anunciaram hoje que encerraram o seu espaço aéreo e que também pediram ao Parlamento a introdução do estado de emergência no país, após a invasão da vizinha Ucrânia pela Rússia.

Maia Sandu disse que o ataque da Rússia à Ucrânia é uma "flagrante violação das normas internacionais".

A presidente pediu aos cidadãos moldavos na Ucrânia que regressem a casa. A Moldávia, uma ex-República soviética e uma das nações mais pobres da Europa, tem uma população de cerca de 3,5 milhões e não é membro da NATO.

Existem agora preocupações na Moldávia de que o conflito no país vizinho possa desencadear um fluxo de refugiados. Sandu disse que "nos pontos de passagem de fronteira com a Ucrânia há um aumento no fluxo do tráfego".

A Presidente moldava acrescentou que o país vai "ajudar as pessoas que precisarem".

11h45 – Ucranianos manifestam-se junto ao consulado russo no Porto

Uma manifestação, convocada pelas redes sociais, junta centenas de ucranianos junto do consulado russo na cidade do Porto. Exigem a retirada das tropas russas da Ucrânia.

11h39 – “Este é o novo normal para a nossa segurança”, diz NATO

Stoltenberg avançou ainda que vai haver uma cimeira virtual dos líderes da NATO amanhã para “ver qual o caminho futuro”.

“A Rússia depara-se agora com custos e consequências tremendos impostos por toda a comunidade internacional”, declarou. “O objetivo do Kremlin é restabelecer a sua esfera de influência, destruir as regras globais que há décadas nos mantêm seguros e subverter os valores que todos nós acarinhamos”.

“Este é o novo normal para a nossa segurança. A paz não pode ser tomada por garantida. A liberdade, a democracia, são postas em causa pelos regimes autoritários e a concorrência estratégica está a crescer. Temos de responder com uma resolução e união cada vez mais fortes, a América do Norte e a Europa, em conjunto, na NATO”, concluiu o secretário-geral.

11h33 – NATO tem centenas de jatos e 120 navios em alerta e diz que fará “o que for necessário” para proteger Aliança

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte acaba de assegurar que a NATO vai “continuar a fazer tudo o que for necessário para proteger a Aliança da agressão”.

Jens Stoltenberg considera este “um passo defensivo para proteger as nossas nações durante estas crises e irá permitir que sejam utilizadas forças e capacidades, incluindo a força de resposta da NATO, onde seja mais necessária”.

“Em resposta à escalada militar russa, temos de fortalecer a nossa segurança coletiva na terra, no ar e no mar”, justificou.

“Os aliados da América do Norte e Europa enviaram tropas para o leste e colocaram os planos de guerra em stand-by. Nós temos centenas de jatos em alerta para proteger o nosso espaço aéreo e mais de 120 navios aliados desde o Mar do Norte até ao Mediterrâneo”, adiantou o responsável.

11h26 – Hospitais polacos preparam-se para receber feridos vindos da Ucrânia

O Ministério polaco da Saúde disse esta quinta-feira que os hospitais do país estão a preparar-se para receber possíveis feridos do conflito vindos da Ucrânia.
"A Polónia está a preparar-se para aceitar imigrantes da Ucrânia, incluindo cidadãos ucranianos afetados pelo conflito armado", disse o ministério em um e-mail enviado à agência Reuters.

"Faremos tudo para garantir que todas as pessoas que entrem no território polaco tenham acesso a cuidados de saúde, incluindo hospitalizações. Há camas a serem preparadas nos hospitais para a admissão dos feridos”, adiantam ainda os responsáveis polacos.

11h23 - O mapa da situação atual na Ucrânia
11h18 – Kremlin diz que operação militar russa durará o tempo que for necessário

O Governo russo acaba de avançar que a operação militar na Ucrânia vai durar o tempo que for necessário, dependendo dos “resultados” e da sua “relevância”.

O Kremlin disse ainda acreditar que a população russa vai apoiar esta ofensiva ao país vizinho.

Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da Presidência, Dmitry Peskov, explicou que Moscovo pretende impor um “estatuto neutro” à Ucrânia, a sua desmilitarização e a eliminação dos “nazis” que diz estarem nesse país.

O Kremlin classificou ainda de “previsível” a reação nos mercados financeiros globais.

11h16 - Presidente da Ucrânia compara Rússia à Alemanha nazi

"A Rússia atacou o nosso estado de forma traiçoeira esta manhã, tal como a Alemanha nazi fez na II Guerra Mundial. A partir de hoje, os nossos países estão em lados opostos da história mundial. [A Rússia] embarcou no caminho do mal, mas [a Ucrânia] está a defender-se e não vai desistir da sua liberdade, não importa o que Moscovo pensa", escreveu Volodymyr Zelensky no Twitter.
11h09 - Amnistia Internacional apela ao respeito pelos direitos humanos. "Os nossos piores receios tornaram-se realidade"

Em comunicado, Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional, assume grande preocupação. "Os nossos piores receios tornaram-se realidade. Após semanas de escalada, começou uma invasão russa que provavelmente levará a consequências horríveis para vidas humanas e para os direitos humanos”.

"Vidas civis, casas e infraestrutura devem ser protegidas; ataques indiscriminados e o uso de armas proibidas (...)  não devem ocorrer. Também repetimos o nosso apelo para que se permita e facilite o acesso de agências humanitárias para prestar assistência a civis afetados pelas hostilidades", acrescemta. 

11h07 – Dezoito pessoas morrem em ataque de míssil na cidade de Odessa

As autoridades regionais estão a avançar que 18 pessoas morreram num ataque com míssil na cidade ucraniana de Odessa.

Pelo menos outras seis pessoas terão morrido na cidade de Brovary, junto à capital Kiev.

11h01 - Chega "condena veementemente a agressão" da Rússia

"A soberania de um país é um dos pilares fundamentais do ADN europeu e a invasão que está em curso é um atentado a este princípio", considera o partido de André Ventura.

O Chega diz estar "solidário com o povo ucraniano" que enfrenta, neste momento, um dos momentos mais difíceis da sua existência enquanto nação independente.

"A posição assumida pela Rússia deve ser alvo, não só das mais severas condenações públicas e políticas, como também de duras sanções económicas", considera ainda o partido.

10h42 - Iniciativa Liberal solidária com Ucrânia

Numa publicação no Twitter, o partido considera que é necessário ajudar a Ucrânia.
10h41 - Rui Rio diz que “é preciso deixar claro que estas acções acarretam fortes punições”

Numa publicação no Twitter, o líder do PSD considera este “um dos dias mais tristes do pós-Guerra Fria”

10h40 – NATO deverá hoje identificar forças portuguesas que pretende utilizar

A composição da força de reação rápida portuguesa que vai integrar a NATO para fazer face à ameaça russa “está já definida e tem a devida autorização do Conselho Superior de Defesa Nacional”, disse há minutos António Costa.

“Hoje, se o Conselho do Atlântico Norte assim o autorizar, o comando militar da NATO identificará as forças em concreto das Forças Armadas Portuguesas que pretende utilizar e em que missão as pretende utilizar”, acrescentou o primeiro-ministro.

10h35 - A reação do Governo português. Esta é uma ocasião para olhar a questão da segurança energética da UE, diz António Costa

Em resposta aos jornalistas, o primeiro-ministro português garantiu que Portugal será solidário com os países de leste e que manterá a política de acolhimento tal como noutras crises de refugiados.

"Os cidadãos ucranianos que aqui têm família, amigos e conhecidos são bem-vindos a Portugal", adiantou, prometendo facilitar a emissão de vistos.

António Costa destacou ainda que esta é uma "ocasião" para a União Europeia olhar para a questão da segurança energética, aludindo à dependência em relação ao gás russo.

O primeiro-ministro português salientou a importância de "diversificar as fontes de energia" e "acelerar o processo de descarbonização", mas também aumentar as interconexões entre Portugal, Espanha e o resto da Europa ao nível da energia.

Sobre eventuais medidas a adotar por Portugal, António Costa diz que resposta deve ser "veemente", mas deve manter esforços e canais diplomáticos.

10h30 – Portugal com “prontidão a cinco dias” para integrar forças de reação rápida da NATO

O chefe de Governo português frisou que, durante o dia de hoje, haverá reuniões do Conselho Europeu nas quais se irá debater sanções a aplicar à Rússia.

“Por outro lado, está reunido o Conselho do Atlântico Norte, ao nível de embaixadores, que definirá qual é a medida de empenho de forças de dissuasão que a NATO adotará para proteger todos os países da NATO que têm fronteira com a Ucrânia ou que estão no conjunto de toda uma vasta região que se estende da Islândia à Turquia”, adiantou.

“Como é sabido, Portugal integra este ano as forças de reação rápida da NATO, e nesse quadro temos um conjunto de elementos que estão disponibilizados com uma prontidão a cinco dias para, se for essa a decisão do Conselho do Atlântico Norte, serem colocados sob as ordens do comando da NATO para a realização dessas missões de dissuasão”.
10h28 – Portugal disponível para acolher ucranianos e habitantes de países vizinhos

Portugal deu às embaixadas da Ucrânia e países vizinhos instruções para que seja facilitada a emissão de vistos “para quem pretenda vir para Portugal” devido ao início de um ataque russo, anunciou hoje António Costa.

Relativamente aos portugueses e luso-ucranianos residentes na Ucrânia, o primeiro-ministro disse estar estabelecido “um processo de evacuação para o caso de vir a ser necessário, que é do conhecimento da embaixada” e que será ativado quando e se a situação o exigir.

“Queria também dar uma palavra de confiança à comunidade ucraniana que reside em Portugal, dizendo-lhes que contarão com toda a nossa solidariedade, que têm sido muito bem-vindos a Portugal e que os seus familiares e conhecidos que entendam que devem procurar, em Portugal, a segurança e o destino para dar continuidade às suas vidas, são também muito bem-vindos”.

10h22 - Bélgica sugere que UE deixe de emitir vistos para cidadãos russos

A Bélgica sugeriu que a União Europeia cesse de emitir vistos para os cidadãos russos como resposta à operação na Ucrânia. O impedimento de emissão de vistos atingiria estudantes, trabalhadores e mesmo turistas.

"O ataque imprudente da Rússia obriga a um cuidado com os russos que querem vir para a Bélgica", disse em comumicado o ministro de Asilo e Migração, Sammy Mahdi.

"Neste momento, os russos não são bem-vindos. Uma proibição geral de vistos para os russos não deve ser visto como um assunto tabu", sublinhou o ministro belga.

10h19 - Lituânia vai declarar estado de emergência

A Lituânia disse na quinta-feira que vai impor um estado de emergência em seu território após o ataque russo à Ucrânia.

"Hoje vou assinar um decreto que impõe o estado de emergência", disse o presidente lituano Gitanas Nauseda após uma reunião do Conselho de Defesa Nacional.

Acrescentou que "a Lituânia vai solicitar a ativação do artigo 4º da NATO", que prevê consultas de emergência em caso de ameaça de um membro da Aliança Atlântica.

10h16 - Presidente Ucraniano pediu ajuda ao mundo ajuda para defender país e proteger espaço aéreo

Numa declaração esta manhã, o presidente ucraniano pediu aos líderes mundiais que deem ajuda à defesa da Ucrânia e protejam o espaço aéreo dos ataques russos, sublinhando que a Rússia "desencadeou uma guerra com a Ucrânia e com o mundo democrático".

10h13 - Marcelo Rebelo de Sousa reúne-se com ministro Defesa e CEMGFA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai reunir-se às 10h30 com o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) para preparar a reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.

De acordo com uma nota de agenda enviada hoje à comunicação social, esta "reunião de preparação do Conselho Superior de Defesa Nacional" terá lugar no Palácio de Belém.

Marcelo Rebelo de Sousa condenou hoje a operação militar da Rússia na Ucrânia e convocou para as 12h00 uma reunião do seu órgão de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.

10h06 - O mapa da situação atual na Ucrânia
10h03 - China apela ao diálogo e critica Estados Unidos por agravarem a situação

A China voltou hoje a apelar ao diálogo para resolver a crise na Ucrânia, mas recusou criticar o ataque da Rússia, acusando os Estados Unidos e os seus aliados de agravarem a situação.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Hua Chunying disse, em conferência de imprensa, que a "questão da Ucrânia é complexa, no seu contexto histórico (...) e que o que se está a ver hoje deve-se à interação de fatores complexos".

"Ainda esperamos que as partes envolvidas não fechem a porta para a paz e se envolvam no diálogo e consulta, e impeçam que a situação se agrave ainda mais", afirmou.

Embora a China não tenha apoiado o reconhecimento de Vladimir Putin da independência das áreas separatistas do leste da Ucrânia ou a decisão do presidente russo de enviar forças militares para o país, Hua Chunying disse que a China "pediu às partes envolvidas que respeitem as preocupações legítimas de segurança dos outros".

10h00 - Alemanha pronta para dar ajuda "massiva" à Polónia no acolhimento no refugiados

A Alemanha está pronta para "ajudar massivamente" os países vizinhos, nomeadamente a Polônia, para o caso de um grande fluxo de refugiados vindos da Ucrânia. A garantia é da ministra alemã do Interior, Nancy Faeser.

"Estamos a acompanhar de perto a possibilidade de movimentos de refugiados para os nossos países vizinhos", afirmou a governante em comunicado.

9h53 - Refugiados na fronteira entre a Ucrânia e a Polónia

Nos países que fazem fronteira terrestre com a Ucrânia, dezenas de refugiados começam a chegar para fugir do conflito. Estas imagens da agência Reuters retratam a chegada de ucranianos à fronteira com a Polónia.
Kacper Pempel - Reuters

9h40 - Ucrânia corta relações diplomáticas com a Rússia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou quinta-feira, em discurso à nação, o corte das relações diplomáticas com Moscovo.

9h27 - "Não há uma vida normal" em Kiev

Os enviados especiais da RTP à Ucrânia têm testemunhado esta manhã o ambiente de elevada tensão em Kiev.

9h19 - "Estou contra esta guerra", afirma Alexei Navalny numa audiência em tribunal

O principal opositor de Vladimir Putin disse esta quinta-feira que se opõe à guerra lançada por Moscovo contra a Ucrãnia.

"Estou contra esta guerra. Esta guerra entre a Rússia e a Ucrânia está a ser travada para encobrir o roubo dos cidadãos russos e desviar a atenção dos problemas que existem dentro do país, com a deterioração da economia", afirmou Navalny durante uma audiência em tribunal.

Navalny está envolvido em mais um processo judicial desde a semana passada, segundo adiantam responsáveis da oposição russa.

9h16 - Sirenes de emergência ouvidas na cidade polaca de Medyka

As sirenes de emergência foram ativadas na cidade de Medyka, na Polónia, junto à fronteira com a Ucrânia. A informação está a ser avançada pela agência Reuters.

9h09 - Exército ucraniano diz que matou "50 ocupantes russos"

O exército ucraniano disse esta quinta-feira que matou cerca de cinquenta "ocupantes russos" na região de Lugansk.

"A 24 de fevereiro, cerca de 50 ocupantes russos foram mortos perto da cidade de Shchastia”, no leste da Ucrânia, assegura o exército em comunicado.

Não se sabe ao certo se a Ucrânia se refere a soldados enviados pela Rússia ou separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

8h54 - Milhares de pessoas tentam sair de Kiev

Na manhã desta quinta-feira, enquanto ganhava corpo a ofensiva militar da Rússia, milhares de habitantes de Kiev procuravam deixar a capital da Ucrânia, entupindo vias rodoviárias.

8h49 - Ministro ucraniano da Defesa convoca civis para o combate

Oleksii Reznikov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, disse nesta quinta-feira que qualquer pessoa que esteja pronta e capaz de pegar em armas pode juntar-se às fileiras das forças de defesa territoriais.

8h41- Forças bielorrussas não estão envolvidas em ataque à Ucrânia, garante Lukashenko

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, afirmou esta quinta-feira que as forças armadas bielorrussas não estão a participar na operação militar da Rússia contra a Ucrânia.

"As nossas tropas não estão a participar nesta operação", afirmou Lukashenko, citado pela agência Belta.

Nas últimas horas, a Ucrânia adiantou que está a ser atacada por tropas russas através da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, mas também entre a Bielorrússia e Ucrânia. 

8h36 - Moldávia prepara-se para declarar estado de emergência e diz-se pronta para acolher refugiados

A presidente moldava, Maia Sandu. disse esta quinta-feira que a Moldávia irá introduzir o estado de emergência e que está pronta para receber dezenas de milhares de pessoas vindas da vizinha Ucrânia.

"Vamos ajudar as pessoas que necessitam da nossa ajuda e apoio", afirmou a responsável.

De acordo com a agência Reuters, que cita vários sites de notícias do país, há já dezenas de carros a fazer fila na fronteira entre a Ucrânia e a Moldávia.

8h34 - Declarações de Marcelo Rebelo de Sousa à RTP

Marcelo Rebelo de Sousa disse à RTP que perante o ataque da Rússia, apresenta toda a solidariedade para com a Ucrânia. O Presidente diz que marcou a reunião do Conselho de Defesa Nacional para esta quinta-feira, depois de um pedido do Governo, que irá apresentar ao Conselho uma proposta.

8h30 - Ativista russa apela a protestos contra a guerra em várias cidades da Rússia

Uma ativista da oposição russa convocou protestos contra a guerra na Ucrânia em várias cidades russas. Os protestos estão marcados para a noite de quinta-feira, avança a Reuters.

"Vamos estar a tratar desta confusão nos próximos anos. Não apenas nós, mas também os nossos filhos e netos. Tudo o que vemos é a agonia de um homem moribundo. Infelizmente, a Rússia está num momento de agonia", escreveu Marina Litvinovich no Facebook.

8h27 - Letónia também vai pedir ativação do artigo 4 da NATO

Tal como a Polónia, também a Letónia vai ativar o Artigo 4 da NATO, que exige consultas conjuntas sobre assuntos militares quando "a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada".

8h20 - Países Bálticos pedem que Rússia deixe de ter acesso ao sistema de pagamento SWIFT

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Lituânia e Estónia exigem que se impeça o acesso da Rússia ao sistema de pagamento SWIFT e apelam ao fornecimento de armas e munições à Ucrânia.

A comunidade internacional deve "impor as sanções mais fortes possíveis à Rússia, incluindo desvincular a Rússia da SWIFT", defenderam os três ministros num comunicado conjunto.

Na quarta-feira, a BBC explicava que o sistema SWIFT é usado por milhares de instituições financeiras em todo o mundo. A exclusão da Rússia dificultaria de forma singificativa o acesso dos bancos russos a negócios externos. No entanto, poderia lesar países como os Estados Unidos e a Alemanha, com ligações bancárias a Moscovo.

8h05 - Embaixada de Portugal pede aos cidadãos portugueses que abandonem a Ucrânia via terreste pela Polónia ou Roménia

A informação é avançada esta quinta-feira pela jornalista Cândida Pinto, enviada especial da RTP na capital ucraniana.
"Aconselhamos os cidadãos portugueses a que saiam da Ucrânia através das fronteiras terrestres com a União Europeia, preferencialmente na direção da Polónia e da Roménia", lê-se no site da representação portuguesa em Kiev.

Em caso de necessidade, a embaixada disponibiliza dois pontos de concentração que poderão ser utilizados, em Rivne e Khmelnytskyi.

7h58 - Presidente da República condena ataque à Ucrânia

"O Presidente da República, em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do Secretário-Geral das Nações Unidas António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o Povo da Ucrânia", lê-se na nota publicada no site da presidência.

7h51 - Espanha condena "agressão" russa na Ucrânia

O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, condenou esta quinta-feira a "agressão" russa na Ucrânia e afirmou que está em contacto com os restantes países da União Europeia e da NATO para "coordenar" a sua resposta.

"O governo da Espanha condena a agressão da Rússia contra a Ucrânia e está solidária com o governo e o povo da Ucrânia", disse Sánchez no Twitter.


7h42 - Ucrânia pede à Turquia que feche o acesso do Mar Negro à Rússia

A Ucrânia pediu à Turquia para encerrar os estreitos de Bósforo e Dardanelos aos navios russos, adiantou o embaixador da Ucrânia em Ancara, Vasyl Bodnar, esta quinta-feira.

A Turquia, membro da NATO, compartilha fronteiras marítimas no Mar Negro com a Ucrânia e a Rússia, opõe-se à aplicação de sanções pelo ocidente, mas considera inaceitáveis as medidas russas contra a Ucrânia.

Ancara tem controlo sobre os estreitos e pode limitar as passagens de navios de guerra se estiver ameaçada ou em guerra.

7h40 - China pede moderação na Ucrânia mas rejeita "invasão"

A China reiterou nesta quinta-feira um apelo para que todas as partes envolvidas na situação na Ucrânia exerçam moderação, mas rejeitou a descrição por parte de um jornalista estrangeiro das ações da Rússia como uma invasão.

7h38 - Kiev diz que militares bielorrussos participam na operação russa

O serviço de fronteiras da Ucrânia denunciou hoje o apoio de soldados bielorrussos à Rússia em ataques de artilharia, equipamento pesado e armas de fogo lançados hoje contra a Ucrânia, a partir da Bielorrússia, refere a Lusa.

"Aproximadamente às 05:00 (03:00 em Lisboa), a fronteira do Estado da Ucrânia na área perto da Federação Russa e da República da Bielorrússia foi atacada por tropas russas com o apoio da Bielorrússia", disse o serviço, numa publicação na rede social Facebook.

Efetivos daquele serviço, juntamente com tropas das Forças Armadas e da Guarda ucranianas repeliram o inimigo, acrescentou.

A Bielorrússia acolheu dezenas de milhares de tropas russas para a realização de manobras militares conjuntas, que deviam ter terminado no domingo.

7h36 - Alemanha diz que ataque russo é "flagrante violação do direito internacional"

O chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou o ataque russo à Ucrânia, que descreveu como uma "flagrante violação do direito internacional" que "não pode ser justificada em circunstância alguma".

"A Alemanha condena nos termos mais fortes este ato irrefletido do Presidente Putin", acrescentou. "A Rússia deve cessar imediatamente esta ação militar", disse o chanceler, que classificou o dia de hoje como "terrível para a Ucrânia e um dia negro para a Europa".

Scholz acrescentou que a questão seria discutida na reunião virtual dos líderes do G7 marcada para hoje.

7h30 - Varsóvia exige a ativação do artigo 4 do tratado da NATO

O Artigo 4 exige consultas conjuntas sobre assuntos militares quando "a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada".

7h25 - Pelo menos oito mortos e nove feridos após primeiros bombardeamentos, diz a Ucrânia

Pelo menos oito pessoas morreram e nove ficaram feridas após bombardeamentos russos, adiantou um assessor do ministro ucraniano de Assuntos Internos na quinta-feira.

Um guarda de fronteira adiantou, separadamente, que várias colunas militares russas cruzaram a fronteira ucraniana nas regiões de Chernihiv, Kharkiv e Luhansk.

7h17 - MNE português denuncia "agressão injustificada" e "grosseira violação do direito internacional"


7h05 - Macron pede fim "imediato" das operações russas

O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou nesta quinta-feira as ações militares da Rússia na Ucrânia.

"A França condena veementemente a decisão da Rússia de fazer guerra à Ucrânia", disse Emmanuel Macron na quinta-feira, pedindo a Moscovo que "cesse imediatamente as operações militares".

"A França está solidária com a Ucrânia. Está ao lado dos ucranianos e atua com os seus parceiros e aliados para acabar com a guerra", acrescentou o chefe de Estado em duas publicações no Twitter.


6h59 - Presidente da República convoca Conselho Superior de Defesa Nacional

Na sequência dos últimos acontecimentos na Ucrânia, o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas convocou o Conselho Superior de Defesa Nacional para hoje, 24 de fevereiro, às 12h00 no Palácio de Belém.

A informação é confirmada na página da presidência portuguesa.

"Estando a acompanhar o que se passa no leste europeu, em permanente contacto com o senhor primeiro-ministro, entendi dever imediatamente convocar o Conselho Superior de Defesa Nacional para as 12h00 de hoje, no Palácio de Belém, em Lisboa, realizando-se a sessão presencialmente para todos os senhores conselheiros que possam comparecer, mas também por videoconferência para aqueles cuja participação presencial não seja possível", disse Marcelo Rebelo de Sousa em declarações à agência Lusa.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas acrescentou: "Era essa a imediata resposta que se impunha, em função do acompanhamento feito em conjunto com o senhor primeiro-ministro e daquilo que era a posição e a solicitação também do Governo, correspondendo à visão que tinha e que tenho da situação vivida".

6h56 - Separatistas apoiados pela Rússia dizem que capturaram duas cidades no leste da Ucrânia

Separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia adiantaram esta quinta-feira que capturaram as cidades de Shchastia e Stanytsia Luhanska na região ucraniana de Luhansk, informou a agência de notícias RIA.

6h53 - Preços do alumínio atingem recordes em Londres

O preço do alumínio a três meses na Bolsa de Metais de Londres, atingiu recordes de 3,3888 dólares a tonelada na sessão desta quinta-feira e às 06h16 subia 2.4% para 3.370 dólares a tonelada.

6h50 - Rússia limita movimento de navios comerciais no mar de Azov

A Rússia restringiu o movimento de embarcações comerciais no mar de Azov até novo aviso. O mar de Azov fica situado junto à Ucrânia e a Rússia, ao largo da Península da Crimeia.

6h48 - Polícia de Kiev avisa população com megafones

A polícia está a pedir à população para não sair de casa e se proteger, se possível em abrigos. As sirenes de emergência anti-aérea soaram logo ao amanhecer.
6h47 - Ataque à Ucrânia "faz tremer as fundações da ordem internacional"

O primeiro japonês, Fumio Kishida, afirmou que o seu país condena nos termos mais fortes as ações unilaterais da Rússia.

Kishida revelou ainda ter dado instruções às autoridades japonesas relevantes para fazerem o possível para garantir a segurança dos cidadãos japoneses na Ucrânia.

O ataque russo na Ucrânia "faz tremer as fundações da ordem internacional", considerou.

6h43 - Wizz Air suspende todas as operações na Ucrânia

A Wizz Air suspendeu todas as operações na Ucrânia nesta quinta-feira. "Devido aos eventos atuais na Ucrânia e ao fechamento do espaço aéreo, a Wizz Air lamenta informar aos nossos clientes que a companhia aérea deve suspender temporariamente todas as operações de voo no país", adiantou a companhia aérea húngara.

6h29 - Putin telefonou a Lukachenko antes de iniciar ataques

A presidência da Bielorrússia afirma que o Presidente russo falou ao seu homólogo e aliado Alexandre Lukachenko a informá-lo de que ia lançar uma operação militar na Ucrânia.

"Cerca das 5h00 (2h00 em Lisboa) de hoje, teve lugar uma conversa telefónica entre os presidentes bielorrusso e russo. Durante o telefonema, Vladimir Putin informou o seu colega bielorrusso da situação na fronteira com a Ucrânia e no Donbass", indicou Minsk, em comunicado.

O Kremlin não publicou qualquer informação sobre este telefonema.

6h27 - Suécia condena ataque

A Suécia já veio dizer que “condena veementemente a invasão da Ucrânia pela Rússia”.

“Os atos da Rússia são também um ataque à segurança europeia. [Esta acção] terá uma resposta unida e robusta em solidariedade para com a Ucrânia. A Rússia e apenas a Rússia será responsável pelo sofrimento humano”.

6h19 - Rússia diz ter destruído bases aéreas e defesa anti-aérea da Ucrânia

O Exército russo disse esta quinta-feira que destruiu os sistemas de defesa anti-aérea e deixou "fora de serviço" as bases aéreas da Ucrânia.

"A infraestrutura militar das bases aéreas das Forças Armadas da Ucrânia foi desativada. As instalações de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia foram destruídas", disse o Ministério russo da Defesa , citado por agências de notícias russas.

6h18 - Turquia promete acolher refugiados

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia anunciou que irá providenciar o apoio necessário e orientação a cidadãos que desejem abandoinar a Ucrânia.

O Ministério aconselhou ainda os cidadãos turcos a permanecerem em casa ou em local seguro e a evitarem deslocações. A companhia aérea Turkish Airlines anunciou o cancelamento de todos os voos para a Ucrânia, devido ao encerramento do espaço aéreo ucraniano.

6h17 - Novas condenações da agressão russa

O primeiro-ministro da Bélgica Alexander De Croo exprimiu na rede Twitter a sua tristeza, afirmando que o ataque russo à Ucrânia levou a Europa de regresso a uma situação que o continente julgava há muito ultrapassada.

"Esta é a hora mais negra da Europa desde o fim da II Grande Guerra", afirmou. "Esta agressão russa é desnecessária e não provocada. Os nossos corações e pensamentos estão com o povo da ucrânia".

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Checa, Jan Lipavsky, considerou as ações russas "um acto bárbaro de agressão".

"A decisão do Kremlin de lançar um ataque completamente não provocado é inaceitável e contradiz a lei internacional". tweetou.

6h10 - PM polaco pede sanções "o mais violentas possível"

O primeiro-ministro polaco Mateus Morawiecki apelou quinta-feira a uma reação imediata à agressão russa à Ucrânia, pedindo as sanções "o mais violentas possível".

"Temos de responder imediato à agressão criminosa da Rússia à Ucrânia", escreveu Morawiecki no Twitter.

"A Europa e o mundo livre têm de deter Putin. Hoje o Conselho Europeu deverá aprovar as sanções mais violentas possível. O nosso apoio à Ucrânia tem de ser real", acrescentou.

6h08 - Cinco aviões russos e um helicóptero abatidos, adianta a Ucrânia

6h02 - Sirenes de alerta de bombardeamento em Lviv, Ucrânia, junto à fronteira com a Polónia

5h59 - PM português condena ação militar da Rússia

No Twitter, o primeiro-ministro português condenou a ação militar da Rússia contra a Ucrânia.

"Irei reunir com o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o Ministro da Defesa Nacional e o CEMGFA. E solicitei ao senhor Presidente da República reunião urgente do Conselho Superior de Defesa Nacional", acrescentou ainda.

António Costa fala também de um ataque "injustificado e lamentável". 5h58 - Responsáveis norte-americanos reafirmam compromisso com a NATO

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken e o secretário da Defesa Lloyd Austin falaram ao telefone com o secretário-geral da NATO Jens Stoltenberg "para condenar o ataque premeditado, não provocado e injustificado da Rússia contra a Ucrânia e debater a resposta coordenada da Aliança" atlântica, anunciou o porrta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price.

Blinken sublinhou neste contacto que o compromisso dos EUA com o artigo 5º da NATO é "firme". O artigo 5º estabelece que um ataque a um país da NATO é um ataque a todos os restantes membros.

Blinken e Stoltenberg "debateram igualmente as próximas etapas para garantir a segurança do território aliado, particularmente o flanco leste da NATO" precisou Ned Price.

5h47 - Depósito de munições em Kiev está em chamas, alertam serviços de emergência da capital ucraniana

5h43 - António Guterres na hora "mais triste" do mandato

O secretário-geral da ONU pediu diretamente ao Presidente da Rússia para não atacar a Ucrânia e "dar uma oportunidade à paz" e afirmou que este é o "momento mais triste" desde que assumiu o cargo.

"Se, de facto, uma operação está a ser preparada, só tenho uma coisa a dizer do fundo do meu coração: Presidente Putin, impeça as tropas de atacar a Ucrânia. Dê uma oportunidade à paz. Muitas pessoas já morreram", disse António Guterres, durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

5h38 - Bolsa de São Petersburgo suspensa

Bolsa de São Petersburgo, a segunda da Rússia, anuncia "a proibição das ofertas e contratos para todos os modelos de negociação e para todos os tipos de títulos" a partir desta quinta-feira, pouco depois da bolsa de Moscovo suspender até nova ordem todas as operações.

5h35 - Guardas-fronteiriços ucranianos indicam que o país está sob ataque nas fronteiras russas e bielorrussas

Fontes no terreno citadas pelas agências internacionais apontam para guardas ucranianos da fronteira atacados por forças russas apoiadas por forças bielorrussas.

De acordo com os guardas fronteiriços da Ucrânia, a Rússia está também a atacar através da Crimeia, território unilateralmente anexado por Moscovo em 2014.

5h27 - Putin "escolheu um caminho de derramamento de sangue"

No Twitter, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson acusa Vladimir Putin de seguir o caminho de derramamento de sangue e destruição" ao lançar este ataque sobre a Ucrânia.

"Estou chocado com os terríveis acontecimentos na Ucrânia e falei com o Presidente Zelenskyy para discutir os próximos passos", adiantou ainda.

"O Reino Unido e os nossos aliados vão responder de forma decisiva", acrescentou.


5h24 - Conversa telefónica entre Biden e Zelensky

De acordo com Joe Biden, o presidente Zelensky ter-lhe-á pedido para “apelar aos líderes mundiais para se manifestarem claramente contra a agressão flagrante do presidente Putin e para se colocarem do lado do povo da Ucrânia”.

Biden acrescentou após o telefonema com Volodymyr Zelensky: “Amanhã vou encontrar-me com os líderes do G7. Os Estados Unidos e os seus aliados vão impor sanções severas à Rússia. Continuaremos a prestar apoio e assistência à Ucrânia e ao povo ucraniano”.

5h19 - Chanceler alemão pede fim imediato da ação militar

O chanceler alemão Scholz afirma que este é um dia terrível para a Ucrânia e um dia negro para a Europa. "A Rússia tem de cessar imediatamente esta ação militar", exigiu.

Scholz anunciou igualmente uma consulta ainda esta quinta-feira entre os aliados da NATO, do G7 e os membros da União Europeia.

O chanceler considera o que está a suceder "uma violação flagrante" do direito internacional.

5h16 - O relato em direto dos enviados especiais da RTP a Kiev

Em Kiev foram ouvidas várias explosões. Os enviados especiais da RTP à Ucrânia foram aconselhados a irem para um abrigo do hotel. A apreensão é grande com a operação militar russa em marcha na zona de Donbass.
5h14 - Sirenes de alerta de bombardeamentos soaram em Kiev

5h11 - Moscovo suspende Bolsa

Moscovo suspendeu a sua Bolsa, em todos os mercados, os quais serão retomados, conforme afirmaram os seus responsáveis, em hora a anunciar.

O rublo caiu 5.77 por cento nas últimas horas para um mínimo recorde de 86.1198 por dólar.

O index de Hong Kong, o Hang Seng, caiu mais de 5% desde o início das operações militares russas desta madrugada

5h10 - "Não entrem em pânico", "vamos vencer", diz o presidente Zelensky aos ucranianos

O presidente Volodymyr Zelenskiy disse nesta quinta-feira que a Rússia realizou ataques com mísseis contra a infraestrutura ucraniana e os guardas de fronteira do país.

A lei marcial foi declarada em todo o país, anunciou ainda o presidente ucraniano. Foram ouvidas várias explosões em diversas cidades do país, adiantou.

5h08 - Ofensiva em Shchastia, zona controlada pela Ucrânia em Luhansk

Separatistas russos apoiados por Moscovo anunciaram o lançamento de uma ofensiva na cidade de Shchastia na zona controlada pela Ucrânia da região de Luhansk, anunciou a agência russa de notícias Interfax.

5h03 - Santos Silva apela a portugueses e lusos ucranianos na Ucrânia a protegerem-se

Entrevistado ao telefone pela RTP horas depois de admitir que um ataque russo à Ucrânia estaria iminente, o ministro português dos Negócios Estrangeiros considerou a situação atual "muito, muito, muito grave no terreno".

Santos Silva revelou que já falou com o embaixador português na Ucrânia e exprimiu a solidariedade de Portugal com o povo ucraniano, apelando depois aos cidadãos portugueses e luso-ucranianos que ali se encontrem que se mantenham "vigilantes e se protejam e aguardem indicações da nossa embaixada".
Estarão na Ucrânia cerca de 40 portugueses e de 120 cidadãos luso-ucranianos registado e cujo paradeiro é conhecido da embaixada de Portugal, revelou o ministro,

Augusto Santos Silva reconheceu que ainda não está a par de pedidos de retirada, remetendo "para as próximas horas" outra reação.

"Estamos já a concertar com os parceiros a avaliação da dimensão desta operação e depois naturalmente a reação a ela", acrescentou, acrescentando que espera uma "reação firme" dos aliados na próxima reunião da NATO marcada para esta manhã.

"Deixo aqui também um apelo às autoridades russas que terminem de imediato com esta agressão", afirmou.

O responsável pela diplomacia portuguesa mostrou-se ainda indignado com os ataques das últimas horas da Rússia à Ucrânia. "Não é possível que um Estado se possa comportar desta maneira ao arrepio tão evidente, tão flagrante das regras mínimas do direito internacional".

"Quando o agressor invoca direitos de defesa está tudo dito", resumiu.

"Agora é hora de recolher o máximo de informação possível e perceber o que está a suceder. Vamos aguardar" afirmou o ministro.

5h01 - Reação da União Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, usou o Twitter para condenar a ação russa.

“Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas sombrias, os nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as mulheres, homens e crianças inocentes que enfrentam este ataque não provocado e o medo pelas suas vidas. Responsabilizaremos o Kremlin”.

4h57 - Rússia está a atacar infraestruturas militares na Ucrânia com "armas de alta precisão"

A Rússia está a atacar a infraestrutura militar da Ucrânia com armas de alta precisão, mas não está a visar cidades ucranianas, adiantou a agência de notícias russa RIA, citando o Ministério russo da Defesa.

4h55 - Biden ao telefone com Zelensky

O presidente norte-americano Joe Biden está neste momento ao telefone com o presidente ucraniano Zelensky.

4h51 - Kiev. Autarca pede aos cidadãos para se manterem em casa

O presidente da câmara de Kiev pediu aos residentes da capital para se manterem em casa e não saírem à rua.

4h49 - Europa alerta companhias aéreas para não voarem sobre ou perto da Ucrânia

A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) alertou esta quinta-feira as companhias aéreas para evitarem sobrevoar a Ucrânia e terem "extrema cautela" no espaço aéreo junto às fronteiras entre a Ucrânia e a Bielorrússia e entre a Ucrânia e a Rússia.

4h39 - “Criminosos de guerra vão diretamente para o Inferno”

O embaixador ucraniano para as Nações Unidas dirigiu-se diretamente ao homólogo russo na reunião desta noite do Conselho de Segurança para lhe dizer que “os criminosos de guerra vão diretamente para o Inferno”.

“Não há purgatório para criminosos de guerra”, disse o embaixador ucraniano Sergiy Kyslytsya ao embaixador russo Vasily Nebenzya. “Eles vão diretamente para o Inferno, embaixador”, acrescentou.

Neste ponto, Nebenzya, o atual presidente do conselho, suspendeu a reunião.

4h38 - Projeto de resolução a condenar a Rússia foi entregue na ONU

O projeto de resolução a condenar a Rússia será entregue esta quinta-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com a votação aguardada para sexta-feira, anunciou Washington

4h30 - MNE ucraniano diz estar em curso "invasão em grande escala" da Ucrânia

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kouleba, anunciou na quinta-feira o início de uma "invasão em larga escala da Rússia", com ataques a várias cidades do país.

"Cidades pacíficas da Ucrânia estão a ser atacadas. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai defender-se e vencer. O mundo pode e deve parar Putin. É hora de agir agora", escreveu Kouleba no Twitter.
O MNE disse ainda que os seus aliados têm de ativar de imediato um novo pacote de sanções.

4h27 - Japão e Austrália prometem acionar reservas de petróleo

Japão e a Austrália prometem acionar as suas reservas de petróleo, juntamente com outros membros da Agência Internacional da Energia, se a produção global sofrer o impacto das hostilidades na Ucrânia.

Os preços do crude atingiram áximos de sete anos de 100 dólares o barril, depois de Putin autorizar operações militares no leste da Ucrânia e terem sido ouvidas explosões na capital Kiev e noutras cidades ucranianas.

4h23 - António Guterres pede fim dos ataques a Vladimir Putin

O secretário-geral da ONU pediu diretamente ao Presidente da Rússia para não atacar a Ucrânia e "dar uma oportunidade à paz" e afirmou que este é o "momento mais triste" desde que assumiu o cargo.

"Se, de facto, uma operação está a ser preparada, só tenho uma coisa a dizer do fundo do meu coração: Presidente Putin, impeça as tropas de atacar a Ucrânia. Dê uma oportunidade à paz. Muitas pessoas já morreram", disse António Guterres, durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres deixou também uma mensagem no Twitter:

“Nestas circunstâncias, devo alterar o meu apelo: Presidente Putin, em nome da humanidade, leve as suas tropas de volta à Rússia. Este conflito tem de acabar agora”.

4h20 - Stoltenberg afirmou que os aliados NATO irão reunir-se para enfrentar as consequências das "ações agressoras" de Moscovo.

Num comunicado esta madrugada, o secretário-geral da NATO afirmou que "uma vez mais, apesar dos nossos avisos repetidos e esforços diplomáticos incansáveis, a Rússia escolheu o caminho da agressão contra um país independente e soberano".

O texto apela à Rússia para cessar imediatamente as suas ações militares e respeitar a soberania ucraniana e a sua integridade territorial.

"Os aliados da NATO irão reunir-se para decidir quais as consequências das ações agressivas da Rússia. "Estamos com o povo da ucrânia nesta hora terrível. A NATO fará tudo o que poder para proteger e defender os sesu aliados", acrescentou Stoltenberg.

4h18 - Conselho de Segurança da ONU está reunido de emergência

O embaixador da França junto das Nações Unidas lamentou esta noite na sede em Nova Iorque o “desprezo” que Putin demonstrou pela organização.

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se ao início da madrugada (hora de Lisboa) a pedido de Kiev. Em cima da mesa a crise entre a Rússia e a Ucrânia, ponto único deste segundo encontro em três dias.

O Ocidente acusa Moscovo de quebrar os Acordos de Minsk, assinados por Kiev e pelos separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, sob a égide da Alemanha, França e Rússia.

Os acordos de Minsk visavam uma solução para a guerra entre Kiev e os separatistas apoiados por Moscovo que começou em 2014, pouco depois de a Rússia ter anexado a península ucraniana da Crimeia.

Em 2014, os separatistas declararam a independência dos territórios ucranianos de Donetsk e Lugansk, que a Rússia reconheceu na segunda-feira, numa decisão vista pelo Ocidente como um sinal de uma nova invasão da Ucrânia.

A guerra no Donbass já provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados desde 2014, segundo as Nações Unidas.

4h14 - Ucrânia encerra espaço aéreo à aviação civil

O Ministério ucraniano das Infraestruturas anunciou o encerramento do espaço aéreo citando "um elevado risco de segurança" em comunicado.

4h06 - Mísseis atingem Kiev e Kharkiv, avançam agências russas

Locais militares das cidades de Kiev e Kharkiv foram atingidos por ataques de mísseis. A informação é avançada pelo site de notícias Ukrainska Pravda, que cita uma autoridade do Ministério ucraniano do Interior.

4h02 - Reação do Reino Unido

O embaixador do Reino Unido para a Ucrânia afirmou que "um ataque completamente não provocado" ao país estava a iniciar-se.

"Está a ocorrer um ataque absolutamente não provocado a um país pacífico, a Ucrânia. Horririzado", escreveu na rede Twitter a embaixadora britânica na rede Twitter. "O facto de se estar preparado e de se ter pensado nesta possibilidade por semanas e meses não significa que não seja chocante quando acontece"

3h50 - Ucrânia. Explosões ouvidas nas cidades de Kiev e Mariupol

Várias explosões foram ouvidas na cidade portuária de Mariupol, no leste da Ucrânia, na quinta-feira, pouco depois de Vladimir Putin anunciar uma operação militar contra a Ucrânia.

Este porto é a maior cidade ucraniana da linha de frente, com meio milhão de habitantes.

Foram ainda ouvidas explosões na capital do país, Kiev, avança a agência France Presse.

O aeroporto de Kiev está a cancelar voos, anunciou a agência Interfax.
Ponto de situação

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na quinta-feira uma operação militar na Ucrânia para defender os separatistas no leste do país.

"Tomei a decisão de uma operação militar especial", afirmou Putin numa declaração-surpresa na televisão ao início da manhã (na Rússia), sem especificar se essa intervenção seria limitada ao leste da Ucrânia ou se seria mais ampla.

Durante o dia de quarta-feira, o Kremlin anunciou que os líderes das autoproclamadas "repúblicas" separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia pediram a "ajuda" de Vladimir Putin para "repelir a agressão ucraniana".

O presidente dos EUA, Joe Biden, denunciou imediatamente um "ataque injustificado" que causará "sofrimento e perda de vidas humanas".

"O mundo vai responsabilizar a Rússia", prometeu.

O Presidente dos EUA acrescentou que irá anunciar quinta-feira novas consequências a serem impostas à Rússia pelos Estados Unidos e os seus aliados.

Na segunda-feira, o presidente russo reconheceu a independência dessas "repúblicas" separatistas de Donetsk e Lugansk, obtendo no dia seguinte da câmara alta do Parlamento russo a luz verde para o envio de forças.