Reportagem

Conflito a leste. A evolução ao minuto do conflito entre Rússia e Ucrânia

por RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a operação militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

1h31 - Militares russos cercam Kiev. Capital ucraniana continua a ser alvo de bombardeamentos

Continuam a ser ouvidas fortes explosões esta madrugada em Kiev. Estima-se que a ofensiva sobre a capital ucraniana se intensifique nas próximas horas com as tropas russas a tentarem ocupar os bairros da cidade.


1h23 - França vai mobilizar 500 militares para a Roménia em reforço da NATO

A França vai mobilizar 500 militares para a Roménia, no âmbito da NATO, para “fortalecer” a presença da Aliança Atlântica na região perante a invasão russa à Ucrânia, revelou esta sexta-feira o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas francesas.

“A NATO decidiu fortalecer a sua presença, enviar um sinal muito claro de solidariedade estratégia e posicionar forças na Roménia”, sublinhou o general, em entrevista à Radio France Internationale e France 24.

Os franceses ofereceram-se para representar o papel de país líder e implantar em breve um batalhão na Roménia, acrescentou Thierry Burkhard.

“Vamos mobilizar cerca de 500 homens, com viaturas blindadas, viaturas de combate, para dar apoio à Roménia, mas também para levar a mensagem de solidariedade estratégica de todos os membros da NATO”, realçou o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas francesas.

1h10 - Hungria disponibiliza-se para mediar paz entre Moscovo e Kiev

A Hungria ofereceu-se nas últimas horas para acolher negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, enquanto prossegue a invasão de território ucraniano pelas forças russas, levando as potências ocidentais a duvidar da possibilidade de negociações. O ministro húngaro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, disse esta noite ter contactado o seu homólogo russo Sergei Lavrov, e também o diretor da Presidência ucraniana, Andriy Yermak, tendo em vista iniciar um processo negocial.

"Propus [a Lavrov e Yermak] que as discussões se realizassem em Budapeste, um lugar seguro" para as duas delegações, disse Szijjarto num vídeo publicado nas redes sociais.

"Ambos agradeceram-me pela oferta e disseram que a considerariam", acrescentou o ministro.

"Esperamos que um acordo para iniciar as negociações seja alcançado nas próximas horas ou dias", referiu ainda.

A Hungria, membro da União Europeia e da NATO, tem vindo a aproximar-se da Rússia nos últimos anos, sob a égide do Primeiro-ministro Viktor Orban.

00h50 - Kiev reivindica ter abatido aviões russos, incluindo de transporte militar

A Ucrânia reivindicou nas últimas horas ter abatido vários aviões russos, incluindo um avião de transporte militar Il-76, de grande capacidade, com pára-quedistas a bordo. De acordo com um comunicado do Estado-Maior ucraniano, o avião de transporte foi abatido perto de Vasylkiv, uma cidade 40 quilómetros a sul de Kiev.

O Exército russo não respondeu ainda à reivindicação ucraniana. Segundo o governo da Ucrânia, em Donbass um sistema anti-aéreo S-300 abateu um caça russo Sukhoi Su-25 e um helicóptero, perto da meia-noite, hora local.

00h35 - Explosões ouvidas perto de Kiev

Foram ouvidas várias explosões nos arredores da capital da Ucrânia, Kiev. Segundo avança a CNN, passava pouco das 2h00 da manhã (hora local) quando as tropas russas avançaram na capital ucraniana a partir do norte e leste.

Contudo, a natureza exata e a localização das detonações ainda não são claras.

Também estão a ser relatados confrontos na zona mais a sul de Kiev, em Vasylkiv.



00h30 - Suíça endureceu pacote de sanções contra a Rússia

A Suíça endureceu o pacote de medidas contra a Rússia, para garantir que as sanções internacionais, após a invasão da Ucrânia, não são contornadas através de instituições suíças, revelou o Ministério da Economia.

Os helvéticos vão alargar as medidas ao abrigo de um decreto colocado em prática para evitar a evasão das sanções pelos russos e para ter “em consideração as várias decisões adotadas pela União Europeia (UE)”. Segundo um comunicado do Ministério da Economia, intermediários financeiros, como bancos ou seguradoras, ficam vedados de estabelecerem novas relações comerciais com 363 pessoas [alvo de sanções], bem como com as quatro novas entidades visadas pelas sanções.

Estas instituições terão ainda a obrigação de comunicar “imediatamente” à secretaria de Estado da Economia as ligações que têm com estes clientes alvo de sanções.

“Estas pessoas não têm mais o direito a entrar na Suíça”, destacou Guy Parmelin, responsável pelo Ministério da Economia, durante uma conferência de imprensa. O agravamento das medidas entrou em vigor às 17h00 de hoje.

00h05 - Rússia encerra espaço aéreo a aeronaves britânicas

A Rússia encerra o seu espaço aéreo às companhias aéreas britânicas a partir de hoje, em resposta a uma medida semelhante tomada por Londres, informou hoje a Agência Federal de Transporte Aéreo.

A agência, em comunicado, explicou que hoje "foi introduzida uma restrição à utilização do espaço aéreo da Federação Russa para voos de aeronaves pertencentes, arrendadas ou operadas por uma pessoa associada ao Reino Unido ou registada no Reino Unido, para voos para o território da Federação Russa, incluindo voos de trânsito através do espaço aéreo da Federação Russa". Essa medida, segundo o comunicado foi tomada de acordo com as disposições do Acordo Intergovernamental sobre Serviços Aéreos entre a Rússia e o Reino Unido "como resposta a decisões hostis" das Autoridades de Aviação do Reino Unido relacionadas com a restrição de voos regulares de aeronaves russas.

23h48 - Veículos militares pesados podem ter causado aumento de radiação em Chernobyl

As altas medições de radiação na central nuclear danificada de Chernobyl, controlada agora pelas forças russas na sequência da invasão à Ucrânia, podem ter sido causados pela passagem de veículos militares pesados, relatou esta sexta-feira o regulador ucraniano. Esta informação foi avançada pelo regulador ucraniano à Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), que reportou ainda que Chernobyl foi tomada por “forças armadas não identificadas”.

A Ucrânia já tinha alertado hoje que registou dados preocupantes de radiação na central nuclear danificada de Chernobyl, que caiu nas mãos do exército russo na quinta-feira, embora Moscovo tenha garantido que está tudo sob controlo. A agência internacional revelou que a autoridade reguladora da Ucrânia informou que a causa das mediações de radiação altas no local “podem ter sido causadas por veículos militares pesados que agitavam o solo ainda contaminado do acidente de 1986”.

A AIEA divulgou em comunicado que avalia que as leituras informadas pelo regulador – de até 9,46 microSieverts por hora – são baixas e permanecem dentro da faixa operacional medida na Zona de Exclusão desde que foi estabelecida e, portanto, não representam nenhum perigo para o público, pode ler-se no comunicado.

23h35 - Rússia veta resolução do Conselho Segurança condenando agressão a Kiev

A Rússia vetou hoje uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a sua agressão à Ucrânia, isolada num votação que alcançou 11 votos a favor e três abstenções, incluindo da China. Em causa está uma resolução co-patrocinada pelos Estados Unidos e Albânia, condenando a Rússia, "nos termos mais fortes", pela sua "agressão contra a Ucrânia" e pedindo-lhe que retire "imediatamente" as suas tropas daquele país vizinho.

O texto, copatrocinado por dezenas de países de todo o mundo, obteve o apoio de 11 dos 15 membros do Conselho de Segurança, três abstenções e um único voto contra, da Rússia.

Sendo um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (P5), a Rússia tem poder de veto nas votações.

23h20 - Presidente ucraniano pediu a Joe Biden um reforço efetivo de sanções

Há informação de que Zelenskyi e Joe Biden terão conversado por telefone, esta sexta-feira. Segundo o correspondente da RTP nos EUA, o presidente ucraniano pediu ao homólogo norte-americano "um reforço efetivo de sanções" eficazes e absolutas, assim como "assistência concreta para a defesa da Ucrânia, com a possibilidade de um coligação anti-guerra".


22h40 - Zelensky fala à Ucrânia

O presidente ucraniano deixou uma mensagem aos compatriotas naquela que será a terceira noite de combates com as tropas russas.

"Esta vai ser uma noite dura. O inimigo vai dar tudo. Temos de aguentar. A noite será muito difícil mas o sol voltará a a nascer".

"Esta noite será ainda mais difícil que o dia. Muitas cidades do nosso estado estão sob ataque: Sumy, Kharkiv, as nossas raparigas e rapazes no Donbass, as cidades do sul e especial atenção para Kiev. Não podemos perder a capital", disse Zelensky.

"Dirijo-me aos nossos defensores, homens e mulheres de todas as frentes: esta noite o inimigo vai usar todas as suas forças para romper as nossas defesas da maneira mais vil, dura e desumana. Esta noite vão tentar tomar" Kiev.

21h50 - FMI revelou que Ucrânia fez pedido urgente de financiamento

A diretora do Fundo Monetário Internacional disse que as autoridades ucranianas pediram esta sexta-feira financiamento urgente a meio da invasão da Rússia a território ucraniano.

Kristalina Georgieva disse que o FMI está em conversações para ajudar da melhor maneira a Ucrânia.

21h40 - Zelensky quer discutir cessar-fogo com a Rússia

De acordo com o porta-voz do presidente Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia está em discussões com Vladimir Putin para escolher um lugar e uma data para discutirem a situação militar na Ucrânia.

"A Ucrânia esteve e está preparada para falar sobre um cessar-fogo e paz", disse Sergii Nyfyforov, numa publicação no Facebook, acrescentando que que a Ucrânia nunca recusou a oferta da Rússia para conversar.

"Concordámos com a proposta do presidente da Rússia. Neste momento, todas as partes estão a tentar alcançar um lugar e uma data para começar um processo de negociações. Quanto mais cedo as conversações começarem mais cedo teremos a possibilidade de voltar à vida normal".

21h33 - Portugueses continuam a tentar sair da Ucrânia

As fronteiras com a Polónia e a Moldávia são agora os destinos da maioria dos portugueses na Ucrânia, que tentam a todo o custo contornar as grandes filas de trânsito.

O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que estão a ser retirados "meia centena" de cidadãos portugueses.

21h30 - Refugiados ou cercados - o dilema de milhares de ucranianos

São muitos os testemunhos de ucranianos que à RTP falam de um cenário verdadeiramente assustador. Muitos estão cercados por tropas russas e outros permanecem refugiados em casa porque não conseguiram fugir da Ucrânia antes da chegada dos russos.


21h27 - Enviados da RTP mostram abrigos onde procuram refúgio quando soam as sirenes em Kiev

O abrigo em caves ou garagens é agora uma rotina na capital ucraniana. Os enviados especiais da RTP mostram para onde vão sempre que as sirenes tocam em Kiev.


21h17 - Múltiplas explosões ouvidas em Kiev

Explosões múltiplas estão a ser ouvidas em Kiev. As sirenes tocam na capital ucraniana e o repórter da Buzzfeed News fala em mísseis a ser disparados.

"Alerta de ataque em Kiev. Mísseis estão a ser disparados na capital. Contei três ataque nos últimos cinco minutos. Estou a ver isto acontecer da minha janela. Um rol de explosões reverberam pela cidade", conta Christopher Miller.


21h08 - Ucranianos em Lisboa pedem pedem o fim da invasão russa

No Terreiro do Paço, em Lisboa, ucranianos a viver em Portugal apelaram ao fim da invasão russa da Ucrânia. Os manifestantes contam as suas histórias e partilham o que sabem sobre a situação no terreno.

A embaixadora da Ucrânia em Lisboa nota que esta manifestação mostra um "apoio forte" da diáspora ucraniana e sublinhou que o governo de Kiev está com o povo ucraniano.

21h02 - Joe Biden anuncia sanções contra Vladimir Putin e Sergey Lavrov

O presidente dos Estados Unidos vai sancionar diretamente Vladimir Putin e Sergey Lavrov, presidente e ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, respetivamente.

A confirmação foi feita pela secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

Esta decisão de Joe Biden vem no seguimento da decisão da União Europeia avisar que sancionar diretamente Putin e Lavrov.

Jen Psaki anunciou que a decisão de Biden foi tomada em consonância com os aliados europeus.

20h58 - Grupo de hackers Anonymous anuncia que entrou no site do Ministério da Defesa da Rússia

O grupo de hackers Anonymous anunciou no Twitter que entrou no website do Ministério da Defesa da Rússia, acabando por divulgar um link com várias informações confidenciais.


20h54 - Demora em tomar Kiev é estratégia russa para minar confiança

O general Pinto Ramalho analisou a estratégia de combate do exército russo, enquanto a investigadora de estudos políticos Ana Santos Pinto as intenções políticas de Moscovo.

Apesar da rápida evolução das tropas russas no terreno ucraniano, ajudada pela sua superioridade aérea, a capital ainda continua por tomar. O general Pinto Ramalho considera que se trata de uma estratégia de Moscovo.

20h45 - Portugal participou na reunião de emergência dos aliados da NATO

António Costa avisa a Rússia que "não deve sequer sonhar" com uma agressão a países da NATO ou a parceiros, como a Finlândia e a Suécia.

O primeiro-ministro participou na reunião de emergência dos aliados e confirmou o envio de tropas portuguesas para a Roménia nas próximas semanas.

20h35 - Ofensiva russa atinge cidades a Norte, Sul e Leste da Ucrânia

A ofensiva russa faz-se sentir em pelo menos sete grandes cidades a Norte, Sul e Leste do país, para além da capital. Para já, autoridades ucranianas mantêm o controlo da situação.

A Rússia poderá estar a enfrentar mais resistência do que esperava. Por isso, o controlo da capital pode ser crucial para o desenrolar do conflito.

20h32 - Kiev, deserta, prepara-se para terceira noite de combate

O som de bombardeamentos a 10 quilómetros do centro de Kiev é escutado no centro da capital ucraniana. Os militares já tomam posição "para tentar preservar a cidade", testemunhou a enviada da RTP, Cândida Pinto.

O presidente da Ucrânia apelou à resistência dos habitantes da capital.

20h26 - Milhares de habitantes de Kiev estão refugiados em abrigos

A capital ucraniana é uma cidade deserta, devido ao receio do avanço das colunas militares russas. Milhares de pessoas estão, desde a noite passada, refugiadas nos abrigos de Kiev.


20h23 - Tentativa de conversações de Putin são uma falácia

O Departamento de Estado dos Estados Unidos desacreditou as palavras de Vladimir Putin em querer conversações ao mais alto nível com a Ucrânia, na Bielorrússia.

Ned Price, porta-voz do departamento, falou aos repórteres em Washington esta sexta-feira e disse que a diplomacia não pode ser aplicada com um cano de arma apontado. Price diz que para haver diplomacia, a Rússia tem de retirar as tropas da Ucrânia e essa seria uma indicação de que Putin quer conversar.

20h16 - Putin apela às forças armadas ucranianas para que assumam o poder

Moscovo mostrou abertura para negociar um acordo com a Ucrânia depois de o presidente ucraniano ter apelado à via diplomática. O avanço das tropas russas não pára.

Esta noite, voltaram a ser ouvidas fortes explosões em na capital ucraniana, Kiev.

Uma estação elétrica foi atingida por pelo menos cinco bombardeamentos.

Milhares de ucranianos fogem do avanço das tropas russas que já estão em Kiev.

19h57 - Ataques brutais mas Rússia não avançou como esperado

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos disse em conferência de imprensa que os ataques russos na Ucrânia esta sexta-feira foram mais forte e "brutais" mas que o exército invasor não avançou tanto quanto era esperado.

"O inimigo claramente foi surpreendido pelas forças armadas e voluntários que protegem a integridade do nosso país", disse Oksana Markarova em Washington DC.


A ambaixadora revelou também que as autoridades ucranianas estão a juntar provas de crimes de guerra por parte da Rússia para submeter em tribunais internacionais.

Em Chernobil, Markarova disse que central nuclear está sob a custódia russa e que sem haver observações os russos são responsáveis por quaisquer acidentes, revelando que 92 empregados da central foram feitos reféns.

19h25 - Câmara de Coimbra hasteia bandeira ucraniana no seu edifício

A Câmara Municipal de Coimbra solidarizou-se hoje com a Ucrânia, que foi invadida na madrugada desta quinta-feira pela Rússia, hasteando a bandeira ucraniana no seu edifício.

O município de Coimbra informa que está a acompanhar "com grande preocupação" os acontecimentos na Ucrânia, na sequência do ataque militar levado a cabo pela Rússia.

Este ataque é uma "clara violação dos princípios que regulam a coexistência pacífica entre as nações", sublinha a autarquia, numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

Por forma a manifestar a total solidariedade da Câmara de Coimbra para com a população ucraniana, expressando o desejo e apelo a que seja colocado um fim a este conflito e que se estabeleça a paz e o diálogo, o município hasteou no seu edifício a bandeira da Ucrânia.

O executivo municipal de Coimbra envia ainda uma mensagem de solidariedade à comunidade ucraniana residente na região.

19h23 - NATO promete manter apoio político e prático a Kiev 

Os chefes de Estado e de Governo da NATO sublinharam hoje que continuarão "a fornecer apoio político e prático à Ucrânia, enquanto esta continua a defender-se" da ofensiva militar russa iniciada na quinta-feira.

"Estamos em total solidariedade com o presidente, o parlamento e o Governo democraticamente eleitos da Ucrânia e com o seu corajoso povo que agora está a defender a sua pátria. Os nossos pensamentos estão com todos os mortos, feridos e deslocados pela agressão da Rússia, e com as suas famílias", indicaram no comunicado conjunto divulgado após a reunião que hoje mantiveram em Bruxelas para discutir a invasão da Ucrânia pela Rússia.


19h13 - Ministro das Finanças avisa que Portugal pode sofrer com aumento do gás

O ministro das Finanças, João Leão, disse hoje que Portugal pode sofrer as consequências do aumento dos preços do gás devido à invasão russa da Ucrânia e que Europa deve aproveitar este momento para apostar na transição energética.

"Para Portugal, a dimensão das exportações para a Rússia é menos de 1%, a utilização do SWIFT entre bancos portugueses e bancos russos é muito limitada, mas a questão é que não somos independentes, portanto, se o abastecimento de energia a estes países como a Alemanha ou Itália for muito afetado, vão ter de procurar alternativas e o preço do gás nos mercados mundiais vai fazer subir o preço do gás para todos nós", afirmou hoje o ministro em Paris.

João Leão está na capital francesa para participar na reunião informal dos ministros da Economia e Finanças da União Europeia, que teve a agenda modificada devido à recente invasão russa na Ucrânia.


19h00 - NATO ativa pela primeira vez força de reação rápida que inclui Portugal

A NATO mobilizou pela primeira vez elementos da sua força de reação rápida, que inclui militares portugueses, para "evitar transgressões em território da NATO", perante a invasão russa à Ucrânia, revelou hoje a Aliança Atlântica.

"Estamos a mobilizar a força de resposta de defesa coletiva pela primeira vez, para evitar transgressões em território da NATO", salientou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.

O responsável falava numa videoconferência com os líderes dos membros da NATO sobre esta força de reação, na qual Portugal participa.

18h59 - Ucrânia neutral é hipótese para negociações com a Rússia

O correspondente da RTP em Moscovo, Evguenei Mouravich, salienta o teor optimista dos relatos oficiais sobre a evolução da guerra, mas considera também que o essencial é a admissão da possibilidade de negociações por parte do Kremlin.


18h54 - OCDE fecha a porta a adesão da Rússia

A OCDE anunciou hoje que, devido à invasão russa da Ucrânia, vai pôr fim ao processo de adesão da Rússia, que já estava parado desde março de 2014 na sequência da anexação da Crimeia.

O Conselho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico também pediu ao secretário-geral, o australiano Mathias Cormann, que tome as medidas necessárias para encerrar o gabinete da OCDE em Moscovo e para acabar com os convites à Rússia a nível ministerial e nos órgãos em que o país estava como convidado.

"A OCDE mantém-se firmemente solidária com o povo ucraniano", refere a organização num comunicado em que condena "veementemente a agressão em grande escala da Rússia à Ucrânia".

A OCDE, com sede em Paris, integra 38 países, entre os quais não estão nem a Rússia nem a Ucrânia, cooperando ainda com cerca de uma centena.


18h21 - Leão diz que ministros das Finanças da UE vão estudar banir a Rússia do SWIFT

Vladimir Putin e o ministro russo dos Negócios Estrangeiros vão ver os ativos financeiros congelados. A informação foi avançada pelo ministro português das Finanças no final do Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros - ECOFIN -, em Paris.

João Leão indicou outras possíveis sanções que estão a ser discutidas, entre eles, a saída da Rússia do sistema SWIFT. A saída da Rússia do sistema SWIFT tem sido uma das exigências da Ucrânia, mas há reticências por parte dos países europeus.

João Leão disse que essa possibilidade está a ser estudada e pode mesmo acontecer. João Leão adiantou ainda que os ministros das Finanças dos 27 estão disponíveis para reforçar os apoios financeiros à Ucrânia.

18h08 – A rotina dos ucranianos quanto tocam as sirenes

18h07 - Rússia fora da edição deste ano do festival da Eurovisão

A Rússia "não irá participar" no 66.º Festival Eurovisão da Canção, marcado para maio em Turim, Itália, anunciou hoje a União Europeia de Radiodifusão (EBU), que promove o concurso.

"O Conselho Executivo da EBU tomou a decisão seguindo uma recomendação, de hoje, da organização do festival, baseada nas regras do evento e nos valores da EBU. A recomendação da organização conta também com o apoio do departamento de televisão da EBU", lê-se num comunicado divulgado hoje à tarde no 'site' oficial da EBU.

18h02 - Costa deu instruções para concessão de vistos imediatos para cidadãos ucranianos

O primeiro-ministro português anunciou hoje que deu instruções para que as embaixadas de Portugal na Ucrânia e nos países limítrofes concedam vistos imediatos para cidadãos ucranianos, estando o Governo numa "ação ativa" de "identificação de oportunidades de trabalho".

"Portugal, que tem o privilégio de há vários anos ter entre nós uma comunidade ucraniana tão bem inserida, tem reafirmado a total disponibilidade para acolher todos aqueles que queiram prosseguir a sua vida entre nós, e foram já transmitidas instruções, quer à nossa embaixada na Ucrânia, quer nos países limítrofes, para a concessão de visto imediato para poderem vir para Portugal", afirmou António Costa.

18h01 – “Temos de estar prontos para fazer mais, mesmo que isso signifique pagar o preço”, avisa NATO

O secretário-geral da NATO alertou hoje que “os objetivos do Kremlin não se limitam à Ucrânia” e considerou que a decisão do presidente Putin de continuar a sua agressão “é um erro estratégico tremendo pelo qual a Rússia irá pagar um preço elevado nos anos vindouros”.

Jens Stoltenberg lembrou que “os aliados da NATO e a União Europeia já tomaram sanções muito significativas e os nossos parceiros em todo o mundo juntaram-se a nós”.

“Temos de estar prontos para fazer mais, mesmo que isso signifique que tenhamos de pagar o preço, porque estamos nisto a longo prazo”, acrescentou o responsável.

17h58 - Costa adverte que Rússia "não pode sequer sonhar" em agressão à NATO ou aos seus amigos

O primeiro-ministro português advertiu hoje que a Rússia "não pode sequer sonhar" com uma agressão à NATO ou aos seus amigos, depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo ter afirmado que uma adesão da Finlândia à Aliança teria repercussões.

"A Rússia tem de compreender que, não só tem que parar a agressão militar contra a Ucrânia, como não pode sequer sonhar em ter qualquer ação agressiva relativamente a qualquer país da NATO, ou qualquer país amigo da NATO, como é o caso da Suécia e da Finlândia", vincou António Costa.

17h53 – NATO vai destacar mais elementos no mar, terra e ar. “Não haverá espaço para erros de cálculo”

O secretário-geral da NATO acaba de avançar que a Aliança vai “destacar mais elementos da força de resposta no mar, na terra e no ar, para fortalecermos a nossa posição e respondermos rapidamente a qualquer contingência”.

“Temos mais de 100 aviões caça em alto alerta, a funcionarem em mais de 30 localizações, assim como 120 embarcações desde o norte até ao Mediterrâneo, incluindo grupos de porta-aviões”, especificou Jens Stoltenberg.

“Não haverá espaço para erros de cálculo. Faremos o que for preciso para proteger e defender todo e qualquer aliado em todos os centímetros do território da NATO”, acrescentou.

17h26 – Governo deu instruções para “vistos imediatos” a ucranianos que queiram vir para Portugal

António Costa voltou a frisar que Portugal “tem total disponibilidade para acolher todos aqueles que queiram prosseguir a sua vida entre nós”, escapando assim ao conflito causado pela Rússia na Ucrânia.

“Foram já dadas instruções, quer à nossa embaixada na Ucrânia, quer nos países limítrofes, para a concessão de vistos imediatos” a quem queira vir para Portugal.

17h23 - Chefes da diplomacia da UE acordam sancionar Putin e Lavrov

Os chefes da diplomacia da União Europeia chegaram hoje a acordo para sancionar o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, com congelamento de ativos financeiros, após a invasão da Ucrânia.

A informação foi anunciada hoje pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, em conferência de imprensa em Bruxelas, no final de uma reunião extraordinária com os seus homólogos da UE.

17h08 – Portugal vai enviar companhia de infantaria para a Roménia

Portugal, para além das forças que este ano tem afetas ao comando europeu da NATO, “decidiu antecipar do segundo semestre já para o primeiro semestre a mobilização e o empenho de uma companhia de infantaria que atuará na Roménia e que será projetada nas próximas semanas”, avançou António Costa.

“Vários outros países estão neste momento ou a antecipar, ou a reforçar, ou a decidir reforçar a sua participação” de modo a haver unidade na dissuasão da ação russa.

Questionado sobre a dimensão desta força, António Costa confirmou que o número de militares que serão enviados "nas próximas semanas" será de 174, já previsto no plano da participação portuguesa em missões internacionais para 2022, ao abrigo da `Tailored Forward Presence` da NATO.

17h05 – NATO vai “reforçar as ações de dissuasão”, avança António Costa

No fim da reunião da NATO, António Costa avançou que “houve uma convergência total no entendimento que é fundamental reforçar as ações de dissuasão, tendo em conta esta clara violação do direito internacional” e o facto de “haver uma ação militar totalmente injustificada” por parte da Rússia.

“Houve uma unanimidade de todos os Estados tendo em vista a necessidade de reforçar a presença da NATO nas fronteiras da Ucrânia e em todos os países da Aliança que estão junto à região da Ucrânia”, acrescentou o primeiro-ministro português.

16h58 – Nações Unidas alertam para aumento de baixas civis em ofensiva russa

As Nações Unidas alertaram hoje para um aumento de baixas civis na ofensiva russa na Ucrânia, com pelo menos 25 mortos e 102 feridos em bombardeamentos, embora reconheçam que o número real será certamente maior.

A maioria das mortes foram relatadas em áreas controladas pelo Governo ucraniano nas regiões de Donetsk, Cherkasy, Chernihiv, Kharkov, Kherson e Lugansk, explicou a porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

"Os civis estão aterrorizados com uma possível escalada do conflito. Muitos deles estão a tentar deixar as suas casas e refugiarem-se da melhor forma possível", disse a porta-voz.

O Governo ucraniano, por seu lado, elevou para pelo menos 137 o número de ucranianos mortos na invasão desencadeada pela Rússia, segundo o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

16h53 – Rússia vai limitar acesso da população ao Facebook

O regulador russo das Comunicações, Roskomnadzor, avançou hoje que irá limitar parcialmente o acesso ao Facebook, como resposta às restrições que a rede social impôs a Moscovo.

A Rússia acusa a plataforma de Mark Zuckerberg de “censura”.

16h50 – Chernobyl: Ucrânia diz que radiação aumentou, Rússia garante que está tudo sob controlo

“Houve um aumento nos indicadores acima dos níveis de controlo às 03h20”, disse o subdiretor do departamento ucraniano para questões de segurança em instalações nucleares, Alexander Grigorach.

“Não podemos verificar o que se passa, porque todos os funcionários foram retirados”, concluiu.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirma, por sua vez, que “a radiação na zona da central nuclear está dentro dos níveis normais”.


16h44 – A ONU alerta que mais de 50 mil pessoas abandonaram a Ucrânia em menos de 48 horas

16h39 – Ucrânia acusa militares russos de abrirem fogo sobre ambulâncias e hospital

O ministro da Saúde da Ucrânia acusou há pouco as tropas russas de dispararem sobre ambulâncias nas regiões de Zaporizhzhya e Chernihiv.

Viktor Lyashko disse ainda que as forças russas abrirem fogo num hospital psiquiátrico em Chernihiv.

16h27 - Ministros das Finanças europeus reforçam sanções contra a Rússia

Os ministros da Economia e das Finanças europeus decidiram hoje novas sanções adicionais contra a Rússia, com a França a anunciar também o congelamento de todos os bens de figuras da elite russa como dirigentes políticos e oligarcas.

"Os ministros das Finanças, que se reuniram esta manhã com a Comissão Europeia, com o Banco Central Europeu, vão pôr em prática todas as sanções adotadas. Vamos tocar todos os interesses russos, sempre e até quando for necessário [...] Tomámos também a decisão de preparar novas sanções ainda mais penalizadoras contra a as instituições financeiras russas", afirmou o ministro francês da Economia e das Finanças, Bruno Le Maire, em declarações aos jornalistas.

João Leão, ministro das Finanças de Portugal, também marcou presença neste encontro e, no final, explicou que “as sanções vão ter necessariamente impactos económicos” na população europeia.

16h24 - Rússia dispara contra dois navios estrangeiros no Mar Negro

A Rússia disparou hoje sobre dois navios estrangeiros junto ao porto de Pivdennyi, no Mar Negro, anunciou há minutos o Ministério ucraniano das Infraestruturas.

Segundo Kiev, a Rússia disparou sobre o “Namura Queen”, navio com bandeira do Panamá, e o “Millenial Spirit”, com bandeira moldava.

Ambos os navios foram evacuados e os seus tripulantes levados até ao porto de Chernomorsk pelos serviços de resgate ucranianos.

16h18 - Porta-voz da UE acusa Putin de comportar-se como os nazis

O porta-voz do chefe da diplomacia da União Europeia acusou hoje o presidente russo, Vladimir Putin, de "comportar-se como os nazis" e estar prestes a cometer um genocídio.

Vladimir Putin diz que "quer evitar o genocídio (contra os falantes russos no leste da Ucrânia), o que é um disparate total, porque está prestes a cometer um aí", contra os ucranianos, afirmou Peter Stano, porta-voz de Josep Borrell, que falava em Bruxelas na conferência de imprensa diária do executivo da UE.

"Basicamente, ele quer destruir a Ucrânia. Quer infligir danos e sofrimento ao povo ucraniano. É totalmente desumano", afirmou Peter Stano.

16h15 - Turistas da Ucrânia e Rússia retidos na Madeira sem voos e contas bancárias

Mais de 400 turistas ucranianos e russos estão retidos na Madeira.

Estes turistas não conseguem regressar a Kiev e Moscovo. Os voos estão cancelados e as contas bancárias também.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, diz que as autoridades estão a tentar ajudar estes turistas.

Nesta altura, na Madeira, há 220 turistas da Ucrânia e 189 da Rússia.

16h12 - UE com “cuidado extremo” nas sanções para que não façam ricochete

A comentadora da RTP Helena Garrido explica que a União Europeia está a ter “um cuidado extremo” relativamente às sanções contra a Rússia, tudo para que estas não façam ricochete e prejudiquem severamente a Europa.

A jornalista e economista explica ainda que a Rússia já planeava a invasão da Ucrânia há muito e que, por isso, começou a proteger-se das sanções ainda antes de estas terem sido anunciadas.

16h07 - Boris Johnson e aliados do Norte estimam ser necessárias "mais sanções"

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e os seus aliados do Norte da Europa concordaram hoje que "mais sanções" são necessárias contra a Rússia depois da invasão da Ucrânia, nomeadamente ao "círculo próximo" do Presidente russo Vladimir Putin.

Depois de uma chamada entre Boris Johnson e os seus aliados da Força Expedicionária Conjunta (JEF), que reúne dez Estados, entre os quais os bálticos, "os dirigentes concordaram que mais sanções são necessárias, concentrando-se sobretudo no círculo próximo do presidente Putin".

"Um apoio acrescentado deve ser dado à Ucrânia com toda a urgência", insistiu Boris Johnson, citado pela agência France-Presse (AFP), acrescentando que "os atos nefastos do presidente Putin não podem nunca ser normalizados e a sua agressão contra a Ucrânia tomada como um facto consumado".

15h54 - Rússia suspensa do Conselho da Europa

A Rússia acaba de ser suspensa do Conselho da Europa devido à invasão da Ucrânia. A informação acaba de ser avançada pelo ministro italiano dos Negócios Estrangeiros.

“O Comité de Ministros do Conselho da Europa, cuja presidência é neste momento da Itália, tomou a decisão de excluir a Federação Russa dos seus membros”, informou Luigi di Maio em comunicado.

O Conselho da Europa foi formado depois da II Guerra Mundial para proteger os Direitos Humanos e o Estado de Direito do continente. É uma entidade separada da União Europeia.

“A Itália considera esta uma medida necessária face à inaceitável agressão militar russa contra a Ucrânia”, acrescentou o ministro italiano.

15h45 - Rússia reivindica controlo de aeroporto militar e isolamento de Kiev

O Exército russo reivindicou hoje controlo de um aeroporto estratégico nos arredores da capital ucraniana e o bloqueio de Kiev, isolando-a da região ocidental.

A perda de controlo do aeroporto militar Antonov, em Gostomel, nos arredores de Kiev, foi reconhecida na quinta-feira pelas autoridades ucranianas, que já durante a noite reivindicaram a sua recuperação.

15h37 - Santos Silva confirma que sanções a Putin estão sobre a mesa em Bruxelas

Os chefes da diplomacia europeia poderão hoje colocar o próprio presidente russo, Vladimir Putin, na lista de indivíduos alvo de sanções pela agressão militar à Ucrânia, confirmou o ministro Augusto Santos Silva à chegada ao Conselho.

Reunidos pela terceira vez esta semana, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 deverão hoje aprovar o segundo pacote de sanções à Rússia.

"Confirmo que é uma das propostas que vamos discutir, no conjunto de novas sanções que vamos aprovar, seguindo, aliás, as orientações que saíram ontem do Conselho Europeu", declarou o chefe da diplomacia portuguesa.

15h25 - Letónia está disponível para acolher Governo ucraniano em caso de exílio

A Letónia está disposta a acolher um eventual Governo ucraniano no exílio, se for obrigado a deixar Kiev por causa da invasão russa, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Edgars Rinkevics.

No pior cenário, se os líderes políticos ucranianos tiverem de deixar o país porque Kiev caiu nas mãos das tropas russas, a Letónia está disposta a assumir o papel de anfitrião do Governo no exílio, disse Rinkevics.

"Se o Governo ucraniano tiver de sair de Kiev, lutará de qualquer lugar do país. Mas se os líderes legítimos da Ucrânia tiverem de sair temporariamente, a Letónia está pronta para recebê-los", disse Rinkevics, que espera que esta seja apenas uma hipótese teórica.

Rinkevics visitou a Ucrânia esta semana e saiu deste país por estrada, na quinta-feira, após o início da guerra, tendo manifestado a sua satisfação por ter podido viajar para Kiev na quarta-feira, ao mesmo tempo em que um avião com mísseis antiaéreos Stinger doados pela Letónia chegava à capital ucraniana.

O chefe da diplomacia da Letónia disse que o seu país, bem como outros países da NATO, estão a estudar como fornecer equipamento militar à Ucrânia, agora que o espaço aéreo na região fechou.

15h12 - Polónia vai encerrar espaço aéreo a voos russos

 O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, anunciou hoje que o espaço aéreo polaco será encerrado aos aviões russos, o que impedirá que descolem ou aterrem no país.

"Ordenei a preparação de uma resolução do conselho de ministros que levará ao encerramento do espaço aéreo da Polónia às companhias de aviação russas", escreveu Morawiecki numa breve mensagem na sua conta da rede social Facebook.

15h10 - Putin pede ao exército ucraniano que “tome o poder” em Kiev

"Tomem o poder nas vossas mãos. Parece-me que será mais fácil negociar entre mim e vocês", lançou Putin ao exército ucraniano numa intervenção transmitida pela televisão russa, afirmando não combater unidades do exército, mas formações nacionalistas que se comportam "como terroristas" usando civis "como escudos humanos".

Putin também classificou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os seus ministros como "uma panelinha de viciados em drogas e neonazis, que se estabeleceram em Kiev e fizeram refém todo o povo ucraniano".

Apesar de Zelensky ter origem judaica, Moscovo chama "neo-nazis" ou "junta" às autoridades ucranianas desde 2014, quando começou a guerra no leste da Ucrânia, entre separatistas pró-Rússia e forças de Kiev.

As acusações de "viciado em drogas" referem-se a declarações feitas pelos detratores de Zelensky durante as eleições presidenciais de 2019, que o presidente ganhou com larga margem.

15h01 -Papa esteve na embaixada russa para expressar a sua preocupação com o conflito

O Papa esteve hoje pessoalmente na embaixada russa junto ao Vaticano para expressar ao embaixador a sua preocupação com a invasão da Ucrânia pela Rússia, confirmou o departamento de comunicação do Vaticano.

O gesto sem precedentes do Papa Francisco de visitar a embaixada russa, localizada na Via de la Conciliazone, em Roma, faz parte do esforço do Vaticano pelo diálogo e pelo retorno à mesa de negociações das partes envolvidas no conflito em torno da Ucrânia.

O embaixador russo junto ao Vaticano, Alexander Avdeev, está a preparar o segundo encontro entre Francisco e o Patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa, mantendo o Papa constantemente informado sobre o conflito na Ucrânia.

14h52 -Ucrânia afirma que Rússia perdeu quase 2.800 militares nos ataques

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia afirmou que as forças russas perderam cerca de 2.800 militares, 80 tanques, 516 veículos blindados de combate, 10 aeronaves e sete helicópteros.

14h45 - Ucranianos residentes em Portugal organizaram vigílias e apelaram à paz

Os ucranianos que vivem em Portugal apelam à comunidade internacional para pôr fim à invasão russa da Ucrânia. Ontem, manifestaram-se no Porto, em Lisboa e em Faro.

A embaixada e o consulado da Rússia foram dois dos palcos das manifestações. Mas foi a Praça do Município, na capital, que juntou mais manifestantes.

14h25 – Muitos refugiados ucranianos dirigem-se para a Polónia

Prevê-se que um milhão de ucranianos possa atravessar a fronteira. A Polónia está a impedir a entrada de homens entre os 18 e os 60 anos, como constatou o enviado da RTP, José Rodrigues dos Santos.

14h23 – MNE rejeita críticas de lentidão da resposta europeia, dizendo existir “unidade e rapidez”

O ministro português dos Negócios Estrangeiros rejeita as acusações lançadas pelo presidente da Ucrânia, que considerou hoje “lenta” a resposta de Bruxelas ao conflito.

Augusto Santos Silva diz que há duas características “que pontuam a reação europeia”: a unidade e a rapidez. O responsável compreende, porém, a situação de Volodymyr Zelensky.

“Eu compreendo as palavras do presidente ucraniano, que está neste momento, para todos os efeitos, cercado – visto que as tropas russas estão às portas de Kiev -, numa guerra que não provocou e de que é apenas vítima, e em condições muito difíceis de condução do seu povo, que está a ser alvo de um brutal agressão”.

14h07 - As diferenças de poderio militar entre Rússia e Ucrânia

Em conflito no leste da Europa estão dois países com poderio militar completamente diferente.

Os russos ficaram com os mísseis, as armas nucleares e nunca deixaram de investir nas Forças Armadas. Os ucranianos estão limitados a algumas das armas que herdaram há mais de 30 anos, quando acabou a União Soviética.

14h00 – Austrália acusa Pequim de ser a "bóia de salvação" de Moscovo

O Japão anunciou que vai proibir as exportações de semicondutores para a Rússia. E a Austrália acusa a China de estar a "ajudar" Vladimir Putin a "contornar" algumas sanções anunciadas pelos aliados.

13h55 – Veículos militares ucranianos entram em Kiev para defender cidade

Veículos militares ucranianos estão a começar a entrar na cidade de Kiev para a defenderem das tropas russas que se aproximam.

A informação acaba de ser avançada pelo ministro do Interior da Ucrânia.

O presidente da Câmara de Kiev disse, momentos antes, que a capital entrava agora “numa fase defensiva”.

13h52 – Cem mil ucranianos fugiram do país

A ONU estima que cerca de cem mil ucranianos tenham fugido de casa. Ontem, assistiu-se a deslocações massivas nas fronteiras com a Polónia e a Roménia.

O diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino, admite que o número de deslocados, poderá ultrapassar os três milhões de pessoas.

13h49 – Protestos em Moscovo e em São Petersburgo contra a invasão da Ucrânia

A Rússia está disposta a negociar, mas só se a Ucrânia depuser as armas. A garantia é do ministro russo dos Negócios Estrangeiros. Lavrov reafirma que o objetivo é desnazificar a Ucrânia.

Um argumento contestado dentro da própria Rússia em manifestações que terminaram com 1.500 detidos.

13h47 - Kremlin vai analisar declarada disponibilidade de Kiev para falar de neutralidade

O porta-voz do presidente russo disse hoje que Moscovo vai analisar a declaração do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a disponibilidade para discutir a neutralidade do seu país.

"É uma nova declaração. Demos-lhe atenção. É um passo para o lado positivo. Agora cabe-nos a nós analisá-lo. Não posso dizer mais no momento", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

13h45 - Vários portugueses já conseguiram sair da Ucrânia

Neste momento vários portugueses já conseguiram sair da Ucrânia. Outros estão a tentar fazê-lo. Seguem de autocarro e nem todos sabem o destino antes de embarcarem.

Dizem que o importante é passar a fronteira.

13h42 – Moscovo quer novo Governo em Kiev

A Ucrânia está aberta ao diálogo com a Rússia e até admitiu a posição de neutralidade face à NATO. Mas o Governo russo não parece muito interessado em dialogar com o executivo de Zelensky.

O correspondente da RTP em Moscovo, Evegueny Mouravitch, dá conta dos últimos desenvolvimentos.

13h39 – Presidente Zelensky lamenta que resposta europeia seja "lenta"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou hoje que a resposta da Europa à invasão russa esteja a ser muito lenta e convidou os europeus com experiência de combate a viajar para a Ucrânia e repelir o exército russo.

"Como é que vocês se vão defender, se são tão lentos a ajudar a Ucrânia?", perguntou Volodymyr Zelensky, numa comunicação a jornalistas internacionais, em que criticou a resposta europeia à invasão russa em curso.

"Cancelar vistos para russos? Desconexão do SWIFT (rede interbancária)? Isolamento total da Rússia? Chamada de embaixadores? Embargo de petróleo? Hoje, tudo deve ser feito, porque se trata de uma ameaça para todos nós, para toda a Europa", pediu Zelensky.

"A Europa é suficientemente forte para resistir a esta agressão", frisou Zelensky, no momento em que as tropas russas continuam a progredir em várias partes de território ucraniano.

13h34 – Rússia pronta para enviar a Minsk uma delegação para negociações com a Ucrânia

O porta-voz do Kremlin diz que a Rússia está pronta para enviar uma delegação até à capital da Bielorrússia, Minsk, para levar a cabo conversações com a Ucrânia.

Segundo Dmitry Peskov, essa delegação incluirá funcionários dos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.

Segundo fontes citadas pela agência Reuters, a Ucrânia já se disse disponível para se declarar um país neutro. Dmitry Peskov frisa que a desmilitarização terá obrigatoriamente de ser parte dessa neutralidade.

13h15 – Kiev é uma cidade deserta. População dorme em abrigos

As sirenes que avisam para o perigo de raides aéreos têm estado a tocar toda a manhã na capital da Ucrânia. Kiev é uma cidade deserta. Os que não fugiram estão escondidos em abrigos e estações de metro.

13h12 – Tropas russas muito próximas do centro de Kiev

Está em curso o cerco a Kiev: as tropas russas estão cada vez mais perto do coração da capital da Ucrânia.

A noite foi de explosões em várias zonas da cidade e há relatos de trocas de tiros junto aos edifícios do governo.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, diz que é o alvo número um dos russos, mas garante que não vai sair do país.

12h56 – Polónia alvo de ciberataques no Governo e no sistema bancário

Os servidores dos computadores do Governo polaco e do sistema nacional de pagamentos foram alvo de mais ciberataques, avançou esta sexta-feira o responsável pela cibersegurança no país.

As autoridades ainda não identificaram os autores dos ataques, que acontecem na altura em que a ofensiva Rússia continua a avançar pela Ucrânia.

A Polónia já declarou o seu apoio ao povo ucraniano e tem estado a receber quem atravessa a fronteira em busca de proteção em solo polaco.

12h45 – UE prepara mais sanções contra a Rússia e planeia congelar bens europeus de Putin

A União Europeia está a preparar um terceiro pacote de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.

A informação foi avançada à agência Reuters por um funcionário, pouco depois de o presidente ucraniano ter lamentado o que considera “uma reação insuficiente” por parte de Bruxelas.

Segundo a fonte da Reuters, o terceiro pacote de sanções deverá congelar os bens europeus do presidente Vladimir Putin e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov.

“Estamos a mover-nos tão rápido quanto possível”, indicou o funcionário da UE, acrescentando que o Bloco irá bloquear “muitos mais” oligarcas.

Este novo conjunto de sanções, segundo a mesma fonte, irá atacar ainda mais os setores da energia e das finanças da Rússia.

12h36 – Primeiro-ministro de Israel falou com presidente da Ucrânia

O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, falou hoje com o presidente ucraniano ao telefone e ofereceu ajuda humanitária.

“O primeiro-ministro Bennett reiterou a sua esperança de um rápido fim deste conflito, dizendo ainda que apoia a população da Ucrânia nestes dias difíceis”, lê-se num comunicado.

Israel tem vindo a apelar a uma solução pacífica, enquanto critica abertamente a posição russa.

12h31 – Mais de 1.800 manifestantes detidos na Rússia por protestos contra a guerra

Mais de 1.800 manifestantes contra a guerra na Ucrânia foram detidos na Rússia, declarou hoje o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que pediu a libertação das pessoas ainda detidas.

"Nós estamos preocupados com as múltiplas detenções arbitrárias de manifestantes na Rússia que, na quinta-feira, estavam a protestar", disse a porta-voz do OHCHR (siga em inglês), Ravina Shamdasani.

"Nós sabemos que mais de 1.800 manifestantes foram detidos. Não ficou claro se algum deles já foi libertado", acrescentou.

A porta-voz sublinhou que "a detenção de pessoas que exercem o seu direito à liberdade de expressão ou de reunião pacífica constitui uma privação arbitrária de liberdade".

"Nós apelamos às autoridades que garantam a libertação imediata de todos os detidos arbitrariamente por exercerem esses direitos", disse Ravina Shamdasani.

12h09 – Xi Jinping falou ao telefone com Vladimir Putin

O presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje ao telefone a Vladimir Putin que Pequim apoia os esforços russos para resolver a crise na Ucrânia por via do diálogo.

O líder russo disse, por sua vez, estar disponível para conversações de alto nível com a Ucrânia.

“Os Estados Unidos e a NATO ignoram há muito as razoáveis preocupações da Rússia sobre a segurança e repetidamente renegaram os seus compromissos, continuando a avançar com militares para o leste e desafiando a linha de combate russa”, disse Putin a Jinping.

“A Rússia está disponível para conduzir negociações ao mais alto nível com a Ucrânia”, acrescentou.

12h00 – Ex-chanceler alemã condena guerra que marca “rutura” na Europa

A ex-chanceler alemã, Angela Merkel, condenou hoje a "guerra de agressão" travada pela Rússia contra a Ucrânia, que marca uma "rutura profunda na história da Europa".

"É com a maior preocupação que acompanho o desenvolvimento da situação após o novo ataque, que se segue ao de 2014 (contra a Crimeia), pela Rússia liderada pelo presidente, [Vladimir] Putin, contra a integridade territorial e a soberania da Ucrânia", afirmou Merkel, num comunicado divulgado hoje pelos seus serviços.

"Esta guerra de agressão liderada pela Rússia marca uma rutura profunda na história da Europa após o fim da Guerra Fria", considerou Angela Merkel, que deixou o poder em dezembro após 16 anos a liderar a Alemanha.

"Esta flagrante violação do direito internacional não tem justificação e condeno-a nos termos mais fortes", afirmou Merkel, que, enquanto chanceler, teve relações muito próximas e difíceis com Vladimir Putin.

11h56 – Site da embaixada ucraniana em Portugal alvo de ciberataque

A embaixada da Ucrânia em Portugal acaba de confirmar à RTP que o seu site foi alvo de um ataque informático.

De acordo com informação recolhida, o site é gerido na Ucrânia.

Fonte da embaixada recomenda aos ucranianos que acedam a informação através do site do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

11h44 – Ordem dos Advogados preocupada com profissionais ucranianos

A Ordem dos Advogados manifestou hoje “a sua mais veemente condenação pela agressão de que a Ucrânia está neste momento a ser vítima” e expressou “profunda preocupação pela situação dos advogados ucranianos”.

Em comunicado, o bastonário da Ordem considerou ainda que a situação dos advogados ucranianos se reveste de “enorme complexidade, não só pela necessidade de protegerem as suas famílias, mas também pelo imperativo de fornecerem assistência jurídica aos cidadãos desprotegidos num quadro altamente incerto”.

“Nesta hora tão difícil para a Ucrânia e concretamente para os advogados ucranianos, a Ordem dos Advogados exige o respeito pela sua vida e segurança e apela a que lhes sejam asseguradas as prerrogativas necessárias para o exercício da sua profissão, incluindo nos territórios ocupados por forças estrangeiras, manifestando a sua disponibilidade para os apoiar no que seja necessário”, acrescenta a entidade.

11h38 - Forças armadas alemãs questionam preparação face a eventual conflito

Várias figuras ligadas às forças armadas da Alemanha questionaram a preparação do Exército federal (Bundeswehr) perante um eventual conflito, depois da incursão militar russa na Ucrânia, que começou esta semana.

O general retirado Egon Ramms afirmou hoje que, no caso de uma agressão, o Exército alemão não seria capaz de defender o país de um hipotético ataque, segundo uma entrevista à televisão pública ZDF, citada pela agência Efe.

A Bundeswehr "pode atualmente cumprir os compromissos que tem com a NATO, mas não muito mais do que isso", afirmou Ramms, que atribuiu a situação à falta de financiamento, à redução do tamanho do exército e a uma menor produção de munições e peças suplentes.

11h35 – Kremlin lamenta retirada da final da Liga dos Campeões a São Petersburgo

O Kremlin qualificou hoje de "lamentável" a decisão da UEFA de retirar a organização da final da Liga dos Campeões de futebol de 2021/22 a São Petersburgo, atribuindo-a a Paris, devido à ofensiva militar da Rússia na Ucrânia.

"É lamentável que tenha sido tomada tal decisão. São Petersburgo poderia ter oferecido condições ideais para a realização de um festival de futebol", criticou o porta-voz Kremlin, Dmitri Peskov, pouco tempo depois do anúncio da UEFA.

11h28 - Centro de Kiev "arrepiantemente calmo"

Os correspondentes da RTP estão num abrigo de um hotel em Kiev, quando já se ouvem som de bombardeamentos que indiciam a chegada de tropas russas a Kiev. No entanto, na cidade, as ruas estão desertas, num silêncio. As pessoas estão resguardadas em casa ou abrigos ou já abandonaram a cidade.

A expetativa é grande sobre o avanço dos russos na capital da Ucrânia.

11h26 – Hungria anuncia que vai receber e proteger refugiados da invasão russa

A Hungria anunciou hoje que vai receber e proteger todos os cidadãos ucranianos que estejam a fugir da invasão russa e também os cidadãos de países terceiros que se encontrem legalmente naquele país.

A Hungria, que faz fronteira a oeste com a Ucrânia, assumiu no passado uma posição firme contra todas as formas de imigração e tem-se recusado a aceitar refugiados e requerentes de asilo do Médio Oriente, de África e da Ásia.

No entanto, o Governo publicou, na quinta-feira à noite, um decreto que abre as portas do país a ucranianos e a cidadãos de países terceiros residentes legalmente na Ucrânia, o que permite, por exemplo, que os refugiados bielorrussos que vivem na Ucrânia recebam proteção na União Europeia.

O primeiro-ministro, o ultranacionalista Viktor Orban, disse que a Hungria não participará no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas que aceitará os refugiados que cheguem às suas fronteiras.

11h15 – Companhias britânicas proibidas de sobrevoarem espaço aéreo da Rússia

As companhias de aviação britânicas foram proibidas de aterrar ou cruzar o espaço aéreo russo. A IAG, que detém a British Airways e a Iberia, já anunciou que cancelou todos os voos para Moscovo e redirecionou os restantes.

A Rússia afirma que a medida é uma resposta às “decisões hostis das autoridades de aviação do Reino Unido”.

Na quinta-feira, o Governo de Boris Johnson proibiu a companhia aérea da Rússia, Aeroflot, de aterrar no Reino Unido. Uma decisão que faz parte das sanções introduzidas após a invasão da Ucrânia.

11h03 – Tropas russas entraram em Kiev

Os soldados russos acabam de entrar em Kiev, segundo o Ministério ucraniano da Defesa.

As autoridades referem-se em específico a uma zona residencial dez quilómetros a norte do centro da capital da Ucrânia.

10h54 – Von der Leyen e Michel solidários com PR ucraniano em "momento difícil"

Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestaram-se hoje solidários com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo "momento difícil" após invasão russa e escalada da ofensiva militar esta manhã.

"Esta manhã, falei com o corajoso presidente Volodymyr Zelensky enquanto ele continua a liderar o seu país face à invasão russa. Neste momento difícil, assegurei-lhe a nossa solidariedade e apoio", escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social Twitter.


Também reagindo através das redes sociais, numa altura em que o combate entre forças russas e ucranianas está a intensificar-se hoje perto da capital da Ucrânia, Charles Michel indicou ter falado com Volodymyr Zelensky quando Kiev "está sob ataque contínuo das forças russas".

"Apelo ao Kremlin [Presidência russa] para acabar imediatamente com a violência", exortou o presidente do Conselho Europeu, sublinhando a "necessidade de mobilizar imediatamente a comunidade global para proteger o direito internacional".

10h51 – Sanções da UE visam Conselho de Segurança da Rússia e corte a depósitos

As novas sanções da União Europeia à Rússia após a invasão da Ucrânia abrangem membros do Conselho de Segurança Nacional russo e corte a depósitos acima de 100 mil euros em bancos europeus, visando a elite russa.

Fontes europeias indicaram à agência Lusa que este segundo pacote de sanções, que se segue a um primeiro com novas medidas restritivas aprovado formalmente na quarta-feira, abrange "seis áreas adicionais" e novos indivíduos.

Incluídos passam, então, a estar russos e bielorrussos que "minam a integridade territorial da Ucrânia ou que beneficiam da agressão atual", entre os quais membros do Conselho de Segurança Nacional russo e militares, responsáveis do Ministério da Defesa bielorrusso, do Conselho de Segurança Nacional bielorrusso e dos serviços de guarda de fronteiras por terem "facilitado a invasão da Ucrânia".

Acrescem os membros do parlamento russo, cerca de 350, que já constavam do primeiro pacote de sanções.

10h44 – Putin quer que povo ucraniano seja “independente”, assegura MNE russo

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros voltou a insistir que o presidente Vladimir Putin está a agir no sentido de “acabar com o militarismo e neonazismo” na Ucrânia, dando à população oportunidade de decidir qual a sua vontade.

Vladimir Putin quer, segundo o MNE russo, que o povo ucraniano seja “independente”, mas não vê em cima da mesa a hipótese de um Governo democrático.

"Estamos prontos para negociações em qualquer altura, assim que as forças armadas ucranianas ouvirem o nosso apelo e depuserem as armas", disse o ministro.

Sergey Lavrov referiu ainda que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, mentiu quando disse que estava pronto para discutir o estatuto neutro da Ucrânia.

10h28 - Soldados da Guarda Nacional Ucraniana em posição no centro do Kiev, aguardando a chegada de tropas russas

Fotos: Gleb Garanich - Reuters

10h23 - Abrigos em Kiev começam a ser barricados. Confrontos nas ruas da capital podem estar para breve

O hotel onde estão abrigados os enviados especiais da RTP a está a ser barricado, pelo que em breve já não será possível sair das instalações.

As sirenes de ataque aéreo voltaram a ouvir-se, sinal de aviso para que as pessoas regressem aos abrigos espalhados pela cidade.

Em causa está a aproximação de tropas russas, neste momento a cerca de dez quilómetros da capital ucraniana.

“A situação poderá ficar muito instável e muito volátil”, alerta a enviada especial Cândida Pinto.

Kiev apelou hoje aos cidadãos que se mobilizem para combater a ofensiva russa na cidade, pelo que são esperados confrontos em breve.

10h06 - União Europeia prepara com urgência novas sanções contra Moscovo

9h58 - ONU denuncia detenção de manifestantes na Rússia

A ONU denuncia a detenção de opositores de Putin que participaram em protestos contra invasão da Ucrânia.

9h50 - UEFA transfere final da Liga dos Campeões de São Petersburgo para Paris

O palco do encontro decisivo da principal competição europeia de clubes é alterado pelo terceiro ano consecutivo, depois de Lisboa e Porto terem acolhido as finais de 2019/20 e 2020/21, devido à pandemia de covid-19, em ambos os casos em detrimento de Istambul, na Turquia.

A UEFA decidiu ainda que os jogos em casa de clubes e seleções ucranianas e russas serão disputados em territórios neutros “até nova decisão”.



9h45 - Agência da UE para o Asilo pronta para apoiar no acolhimento de refugiados

A Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA) disse hoje estar "preparada para qualquer cenário" de "súbito aumento" de pedidos para proteção internacional de ucranianos na União Europeia (UE), bem como para apoiar os Estados-membros no acolhimento.

9h40 - Ministros da Administração Interna da União Europeia reúnem-se este fim de semana

Uma sessão extraordinária do Conselho de Ministros da Administração Interna da União Europeia vai decorrer este fim de semana em Bruxelas para “discutir respostas concretas à situação na Ucrânia”.

9h35 - Parlamento do Reino Unido debate hoje a questão da Ucrânia

9h24 - Zelensky pede à União Europeia que reforce sanções contra a Rússia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu esta sexta-feira à União Europeia que reforce as sanções contra a Rússia.

"Nem todas as possibilidades de sanções estão esgotadas. A pressão sobre a Rússia deve aumentar", refere o líder ucraniano.

"Disse isto a Von der Leyen [presidente da Comissão Europeia]. Estou grato à presidente pela decisão de dar assistência financeira adicional", acrescenta Zelensky num tweet.

9h21 - Ucrânia bombardeou cidade na Rússia, avança agência estatal russa

A agência de notícias RIA avança esta sexta-feira que a Ucrânia visou uma cidade russa com bombardeamentos, danificando pelo menos sete edifícios.

A informação é do governador da província de Belgorod, no sul da Rússia.

9h18 - Disparos ouvidos perto do distrito governamental em Kiev

As agências RIA e Associated Press avançam a esta hora que há disparos junto ao distrito governamental na capital da Ucrânia, Kiev.

Há poucas horas, um responsável do governo ucraniano adiantava que a Rússia iria tentar invadir a cidade esta sexta-feira.

O exército ucraniano admitiu que as tropas russas se estão a aproximar de Kiev de nordeste e de leste, segundo a agência France-Presse (AFP).

"Tendo sido empurrado para trás pelos defensores de Cherniguiv, o inimigo procura contornar a cidade para atacar a capital", disse o comando das tropas ucranianas na rede social Facebook.

Um conselheiro do Presidente da Ucrânia disse hoje que Volodymyr Zelensky vai continuar na capital para "demonstrar a resiliência do povo ucraniano", segundo a agência russa TASS.

9h14 - Agência nuclear ucraniana regista niveis crescentes de radiação em Chernobyl

A agência nuclear da Ucrânia adiantou esta sexta-feira que está a resgistar um aumento nos níveis de radiação do local da extinta instalação nuclear de Chernobyl.

Enquanto isso, assessores presidenciais confirmam que o presidente Volodymyr Zelensky continua na capital, Kiev.

9h03 - Forças russas a dez quilómetros de Kiev

Os enviados especiais da RTP testemunham sobre os avanços das tropas russas nas últimas horas.

Há forças de reconhecimento de Moscovo que estão agora a cerca de 10 quilómetros da capital, ainda que não tenham conseguido os avanços imediatos que esperavam no terreno., com as forças ucranianas a conseguirem barrar alguma da força dos ataques aéreos russos.

Os aeroportos de Kiev são alguns dos principais alvos das forças russas, refere a enviada especial da RTP, Cândida Pinto.

8h48 - Rússia fecha espaço aéreo a aviões do Reino Unido

A Rússia proibiu as companhias aéreas britânicas de cruzarem o espaço aéreo russo e os aviões britânicos ficam impedidos de aterrar em aeroportos russos, conformou o regulador estatal de aviação civil.

8h36 - Rússia toma ilha ucraniana no Mar Negro

O Ministério russo da Defesa anunciou esta sexta-feira que assumiu o controlo de Zmiinyi, uma pequena ilha no Mar Negro a sul de Odessa e próxima da Moldávia. Revela ainda que 82 soldados ucranianos no local se renderam às forças russas.

Já os responsáveis ucranianos adiantam que 13 guardas de fronteira na ilha foram mortos na sequência de um ataque de um navio de guerra russo.

8h31 - Talibãs reforçam a neutralidade

Os talibãs, no Afeganistão, pediram hoje à Rússia e à Ucrânia que "resolvam o conflito através do diálogo".

"O Emirado Islâmico do Afeganistão (como o governo interino fundamentalista se autodenomina), em linha com a sua política externa de neutralidade, apela a ambas as partes no conflito para que resolvam a crise através do diálogo e por meios pacíficos", anunciou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Abdul Qahar Balkhi, na rede social Twitter.

8h26 - Combates próximos de Kiev

Hanna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, admite o avanço das tropas inimigas nas imediações de Kiev.

"A ocupação inimiga de Vorsel e das aldeias circundantes é possível", escreveu na rede social Facebook. Vorsel fica a 35 quilómetros de Kiev.

Decorrem desde as primeiras horas da manhã fortes combates entre o exército russo e ucraniano junto a Dymer e Ivankiv, a norte de Kiev.

8h13 - Rússia anuncia envio de paraquedistas para "proteger" Chernobyl

A Rússia anuncou esta manhã que vai paraquedistas para "ajudar a proteger" a antiga central nuclear de Chernobyl, situada perto de Kiev. De acordo com um porta-voz do Ministério russo da Defesa, os níveis de radiação na antiga central "são normais". Os Estados Unidos adiantaram nas últimas horas que há reféns nas instalações de Chernobyl.

Na quinta-feira, após as primeiras horas de incursão no território ucraniano, a Rússia assumiu o controlo sobre Chernobyl.

8h10 - Reino Unido promete mais apoio à Ucrânia nos próximos dias

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu mais apoio à Ucrânia nos próximos dias num telefonema com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. A informação foi avançada pelo porta-voz do gabinete do responsável britânico.

8h09 - Bolsa russa reabre com índice MOEX a recuperar

A bolsa russa reabriu hoje com o índice MOEX a recuperar 22,48%, depois de ter caído 33,28% na quinta-feira, para o valor mais baixo desde 2016, na sequência do início de uma operação militar na Ucrânia. Devido às tensões, o índice MOEX perdeu 28,59% no último mês e 33,4% no último ano.

A russa Rosneft, uma das grandes petrolíferas a nível mundial, abriu a subir 12,43%, após ter fechado o dia anterior a perder 47,04%.

O barril de petróleo Brent, de referência na Europa, voltou hoje a subir na abertura do mercado e chegou aos 100 dólares, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, o segundo maior produtor mundial de petróleo.

Também o banco Sberbank, um dos alvos das sanções ocidentais, tinha caído 57% na quinta-feira, mas hoje abriu a sessão na bolsa russa a recuperar 9,5%.

8h08 - Banco Central da Rússia garante apoio aos sancionados

"O Banco da Rússia e o governo da Federação Russa fornecerão o apoio necessário aos bancos que sofreram sanções dos estados ocidentais", disse a entidade monetária em comunicado divulgado.

Todos os bancos desenvolveram um plano de medidas com antecedência para garantir uma operação ininterrupta perante as sanções.

"O Banco da Rússia está pronto para apoiar os bancos com fundos em rublos e moeda estrangeira", afirmou no comunicado.

7h52 - Paris diz que a segurança do presidente ucraniano está em causa e disponibiliza-se a ajudar

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros disse esta sexta-feira que a segurança do presidente ucraniano está em jogo e que a França está disponível a ajudar à proteção do líder ucraniano "se necessário".

7h25 - Exército ucraniano combate forças russas no norte de Kiev

As forças ucranianas indicaram esta manhã que estão a combater contra unidades blindadas russas em duas localidades, Dymer e Ivankiv, respectivamente 45 e 80 quilômetros a norte de Kiev.

"Tropas de assalto aerotransportadas das Forças Armadas da Ucrânia estão a combater perto de Dymer e Ivankiv, onde chegou um grande número de tanques inimigos", adiantou o exército ucraniano no Facebook, citado pela agência France Presse.

7h16 - Reino Unido denuncia ataque "bárbaro" e "injustificado" que quer dominar toda a Ucrânia

No Twitter, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, denuncia o ataque "bárbaro" e "injustificado" do Presidente russo contra a Ucrânia, na reação aos ataques com mísseis em Kiev durante esta noite.

Ben Wallace, secretário de Defesa no Reino Unido, diz que Moscovo pretende "dominar toda a Ucrânia".

6h57 - Presidente ucraniano pede ajuda aos países do leste europeu que pertencem à NATO e UE

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky revela esta sexta-feira no Twitter que falou com o presidente polaco, Andrzej Duda, nas últimas horas.

"Defendemos a nossa liberdade, a nossa terra. Precisamos de ajuda internacional", sublinha Zelensky, que apela ainda aos "Nove de Bucareste" (República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Eslováquia) para que forneçam ajuda militar, mais sanções e "pressão sobre o agressor".

"Juntos temos de levar a Rússia à mesa das negociações. Precisamos de uma coligação anti-guerra", completou.

A organização "Nove de Bucareste" surgiu em 2015 na sequência da anexação russa da Crimeia e junta nove países que pertenceram no passado à esfera de influência da URSS no passado, fazendo hoje parte da União Europeia e da NATO.


6h40 - Um resumo da principal informação até agora:

- As forças russas aproximaram-se de Kiev. De acordo com responsáveis norte-americanos, há militares russos a 30 quilómetros da capital. Um assessor do Governo ucraniano admite que este pode tornar-se no dia mais difícil da guerra. Uma responsável do Ministério ucraniano da Defesa adiantou que o exército está a defender-se destes avanços em quatro frentes, mesmo estando em desvantagem.

- Durante a noite, houve vários ataques com mísseis na capital ucraniana. As sirenes de alerta soaram pela primeira vez esta sexta-feira pouco depois das 7h00 locais (5h00 em Lisboa). O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já confirmou que houve mortes entre civis e militares. As forças ucranianas abateram um avião russo durante a madrugada e o aparelho acabou por cair numa zona residencial, adiantou um responsável do governo ucraniano.

- A União Europeia anunciou ao início da madrugada um novo pacote de sanções que tem como alvo empresas e empresários russos. Estas sanções visam a capacidade de financiamento do Estado russo e ainda suspender a emissão de alguns vistos para russos na UE. O Presidente da Ucrânia disse esta manhã que a aplicação de sanções não é resposta suficiente.

- Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro António Costa admitiu que Portugal também irá pagar a fatura deste conflito, desde já com a subida de preços no setor da energia. "Não há uma guerra na Europa que não tenha efeitos negativos sobre todos nós", afirmou o chefe de Governo português.

6h24 - Tropas russas junto a Kiev ainda hoje, diz outra responsável do Governo ucraniano

Uma alta funcionária do Governo ucraniano alertou que as forças russas podem entrar em áreas próximas da capital Kiev ainda nesta sexta-feira.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Malyar, acrescentou que as unidades do exército ucraniano esstão a defender posições em quatro frentes, apesar de estarem em menor número.

6h21 - Assessor do Governo ucraniano espera ataque de tanques em Kiev ainda hoje

A Ucrânia espera um ataque russo na capital do país, Kiev, ainda esta sexta-feira. Este pode tornar-se no dia mais difícil da guerra, admitiu um assessor do ministro do Interior da Ucrânia.

Anton Herashchenko acrescentou ainda que a Ucrânia está preparada para este avanço com mísseis anti-tanque cedidos por aliados estrangeiros.

6h13 - Nova Zelândia impõe sanções à Rússia

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden, anunciou hoje que vai impor sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia e suspender indefinidamente as consultas ministeriais bilaterais.

Ardern afirmou que o seu Governo irá impor proibições de viagem a um número ainda por determinar de funcionários russos e outros ligados à invasão da Ucrânia, bem como proibir a exportação de fornecimentos para as forças militares e de segurança russas.

6h07 - Japão pede ajuda à China para travar invasão russa

O embaixador ucraniano no Japão pediu à China para se juntar aos esforços internacionais para impedir "o massacre" russo no país.

"Gostaríamos muito que a China conversasse com Putin e lhe explicasse que é inapropriado, no século XXI, fazer este massacre na Europa", disse Sergiy Korsunsky, numa conferência de imprensa em Tóquio.

5h54 - Censura adensa-se na Rússia. O testemunho do correspondente da RTP em Moscovo

Evgueni Mouravich, correspondente da RTP em Moscovo, adianta que a censura está a controlar cada vez mais o trabalho da imprensa e os media. Nas redes sociais, aumenta o número de descontentes com a incursão na Ucrânia.

5h30 - Zelensky diz que ataques de tropas russas atingiram civis

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse esta sexta-feira que a Rússia retomou os ataques com mísseis pelas 4h00 locais desta sexta-feira, mas as tropas foram impedidas de avançar na maioria das frentes.

Num discurso televisivo, o presidente ucraniano adiantou que os ataques russos visaram alvos militares e civis. Disse ainda que as sanções anunciadas pelos países ocidentais não são suficientes.

5h27 - Sirenes soam em Lviv, perto da fronteira com a Polónia

A informação é avançada ao início da manhã de sexta-feira pela agência Reuters.

5h20 - Sirenes de emergência soam novamente em Kiev

As sirenes voltaram a tocar na capital ucraniana esta manhã pelas 7h00 (hora local). Os enviados especiais da RTP interromperam o contacto em direto com a ocorrência de novos bombardeamentos.

5h03 - Tropas russas a 30 quilómetros de Kiev. Cerco à capital ucraniana pode estar iminente, avançam os EUA

De acordo com informações dos Estados Unidos, está iminente um cerco russo à cidade de Kiev. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, admite que Kiev poderá estar próxima de uma situação de cerco.
Numa chamada telefónica com membros do Congresso norte-americano, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que as forças mecanizadas russas que entraram a partir da Bielorrússia estavam a pouco mais de 30 quilómetros da capital ucraniana, avança a agência de notícias Associated Press.

De acordo com um assessor do Ministériovucraniano do Interior, Anton Guerashenko. A defesa antiaérea de Kiev abateu hoje um avião russo, que se despenhou junto a um edifício residencial na cidade.

"O avião inimigo foi abatido pela defesa aérea ucraniana e caiu junto a um edifício (...) no distrito de Darnitsk", escreveu o assessor na plataforma de mensagens Telegram, sem especificar o tipo de aeronave abatida.

4h58 - Ucrânia denuncia "terríveis" ataques de mísseis russos em Kiev

O chefe da diplomacia ucraniana denunciou esta sexta-feira o disparo de mísseis russos que atingiram Kiev ao amanhecer, ferindo pelo menos três pessoas.

"Terríveis ataques de mísseis russos em Kiev. A última vez que a nossa capital viveu algo assim foi em 1941, quando foi atacada pela Alemanha nazi. A Ucrânia derrotou esse demónio e também irá derrotar este", afirmou Dmytro Kouleba no Twitter.

4h42 - Uma noite num abrigo. Fotografias dos enviados especiais à Ucrânia

As fotografias são do repórter David Araújo, enviado especial a Kiev. Foram tiradas esta sexta-feira durante a noite no abrigo do hotel onde está a equipa da RTP.



4h04 - China está a organizar voos para retirar cidadãos

A embaixada da China em Kiev adiantou esta sexta-feira que está a organizar voos para retirar cidadãos da Ucrânia.

A representação chinesa na capital ucraniana diz que as condições no país "deterioraram-se acentuadamente", mas não faz qualquer menção à invasão russa.

Esclarece que os passageiros devem ter um passaporte da China ou das regiões chinesas de Hong Kong ou Macau ou um "cartão de compatriota de Taiwan".

A embaixada não deu quaisquer detalhes sobre o local de partida dos voos de evacuação. Também não disse quando poderiam acontecer os voos charter, explicando que a programação irá depender da "situação de segurança dos voos".

A missão diplomática chinesa pede aos viajantes para estarem prontos para reagir rapidamente assim que os horários e locais dos voos sejam anunciados. 

3h52 - Austrália acusa China de lançar "linha de salvação" à Rússia

O primeiro-ministro da Austrália acusou a China de lançar à Rússia uma linha de salvação, ao aliviar restrições comerciais. Scott Morrison reagia a uma notícia do jornal South China Morning Post, na qual se informava que a China decidiu dar total abertura às importações de trigo russo.

"Não se se lança uma linha de salvação para a Rússia no momento em que esta invade outro país", considerou o primeiro-ministro australiano, classificando o abrandamento de restrições comericais como "simplesmente inaceitável".

3h40 - Ataque com míssil atinge posto de fronteira em Zaporizhzhya

Um ataque com mísseis atingiu um posto de fronteira ucraniano na região de Zaporizhzhya, matando e ferindo um número ainda indeterminado de guardas. A informação é confirmada pelo serviço de guarda de fronteiras em declarações à agência Reuters.

3h11 - Enviados da RTP na Ucrânia confirmam explosões em Kiev

Os enviados especiais da RTP foram chamados para o abrigo após as duas explosões desta madrugada.
A jornalista da RTP, Cândida Pinto, relata a situação vivida no abrigo, onde há jornalistas, outros hóspedes - incluindo crianças - e pessoas que trabalham no hotel.

Os hotéis, de resto, começam a ter dificuldades em garantir refeições aos hóspedes.

2h51 - Duas grandes explosões ouvidas em Kiev

O vice-ministro ucraniano do Interior, Anton Gerashchenko, adianta à agência France Presse que se trataram de ataques de mísseis de cruzeiro ou balísticos.
2h37 - Primeiro-ministro português destaca questão da segurança energética

2h16 - Costa admite fatura económica para Portugal

Questionado sobre quando será aprovado o terceiro pacote de sanções à Rússia, António Costa começou por responder que a UE tem adotado “uma posição de abertura ao diálogo e de empenho diplomático”, para assegurar a paz e evitar os confrontos militares. Mas quando a Rússia decretou a independência de territórios separatistas, a UE declarou um primeiro pacote de medidas, com o objetivo de dissuadir Moscovo a não avançar com a invasão.

E agora, tendo a Rússia passado “à ação militar com uma guerra generalizada na Ucrânia, a EU aprovou um segundo pacote com medidas bastantes duras e extensivas” que atinge vários setores da economia russa. “Se a Rússia prosseguir a sua ação, (…) a União Europeia considerará a adoção de medidas suplementares”.
Sobre os impactos em Portugal, António Costa afirmou que “não há uma guerra na Europa que não tenha efeitos negativos sobre todos nós”.

“As guerras não atingem apenas as vítimas das balas, atingem também do ponto de vista social e económico todo o continente”, declarou.

“Naturalmente, que o conjunto destas sanções aplicadas às Rússia tem efeitos na economia europeia e, portanto, também na economia de Portugal”, referindo-se ainda à crise energética e aos efeitos dos preços da energia, do gás e do petróleo.

2h00 - UE impõe “medidas massivas” ao setor financeiro, energético e dos transportes da Rússia, diz António Costa
 
Depois da reunião do Conselho Europeu sobre a situação na Ucrânia, António Costa falou aos jornalistas e acusou a Rússia de ter passado “da violação do Direito Internacional à Ação de Guerra contra um país livre e democrático”.

Durante o encontro, os líderes contactaram o presidente ucraniano, momento que o primeiro-ministro português relatou como “um momento particularmente dramático e emocionante” , no qual foi descrita a situação na Ucrânia, “desmentindo claramente a versão de que se trata de uma operação militar especial e focada nas regiões separatistas”.
“Esta ação exige uma resposta da comunidade internacional”, declarou Costa aos jornalistas. “Por um lado, a NATO dará seguramente amanhã a resposta, no sentido da dissuasão e de garantir a defesa de todos os países da NATO e em especial aqueles que têm fronteira com a Ucrânia, ou estão na proximidade da Ucrânia”.

Recordando que a União Europeia “não é uma organização militar”, o chefe do Executivo afirmou que foi aprovada “uma proposta que a Comissão Europeia” que tem em vista a aprovação “de um segundo pacote de sanções, depois de largos meses de discurso diplomático” e com “medidas massivas, que visam atingir, em particular, o setor financeiro, o da energia e o dos transportes”.

Segundo Costa, estas medidas limitam ainda “a capacidade de financiamento internacional das empresas estatais russas e do Estado russo” e também “a concessão de vistos a titulares de passaportes diplomáticos ou de serviço”.

“O Conselho mandatou a Comissão para continuar a acompanhar a situação e preparar um novo pacote de sanções para o caso da Rússia persistir na violação do Direito Internacional, na sua ação militar e não retirar os seus militares e ofensivas relativamente à Ucrânia, não respeitando a sua integridade territorial”, continuou.

1h56 - António Costa fala após o Conselho Europeu

O primeiro-ministro português está a falar aos jornalistas no final do Conselho Europeu. António Costa refere que os líderes europeus puderam falar em videoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Um momento "emocionante", afirmou o chefe de Governo.

1h40 - Emmanuel Macron: "Putin quer reescrever a história"

O presidente francês adiantou que a Bielorrússia foi "cúmplice" destas ações e que por isso também será incluída no pacote de novas sanções.

Emmanuel Macron anunciou ainda um novo pacote de ajuda à Ucrânia, dos quais 300 milhões de euros serão disponibilizados só pela França.

1h30 - UE reforça sanções contra a Rússia

Já decorre a conferência de imprensa após o Conselho Europeu. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Emmanuel Macron, presidente francês, que atualmente tem a presidência rotativa do conselho da UE, anunciam novas sanções contra a Rússia após a incursão de Moscovo no território ucraniano.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que todos os países da UE estão unidos na condenação à Rússia após a invasão. O novo pacote de sanções baseia-se em cinco pilares: setor financeiro, setor da energia, setor dos transportes, controlos à exportação e proibição de financiamento às exportações, e política de vistos.
Com estas sanções, a UE impede a Rússia de aceder aos mercados de capitais mais importantes, afetando 70 por cento do mercado bancário russo. As sanções vão visar também algumas das principais empresas estatais russas.

"Estas sanções aumentarão os custos de empréstimo da Rússia, aumentarão a inflação e desgastarão gradualmente a base industrial russa", explicou a responsável.

Em termos energéticos, e numa altura em que a UE é bastante dependente energeticamente da Rússia, haverá uma "limitação à exportação que atingirá o petróleo, impossibilitando a Rússia de modernizar as suas refinarias de petróleo.

Este ponto específico deu receitas de exportação à Rússia no valor de 24 mil milhões de euros em 2019, adiantou a presidente da Comissão Europeia.

Será também proibida a venda de "peças sobressalentes e equipamento aeronáutico às companhias aéreas russas, o que degradará o setor chave da economia russa e a conectividade do país".

Outro ponto das limitações nas exportações é a da limitação do acesso por parte da Rússia "a tecnologia fundamental", como os semicondutores.

Sobre os vistos, os diplomatas e grandes homens de negócios deixarão de ter acesso à União Europeia.

A presidente da Comissão Europeia destacou que estas sanções terão "o máximo impacto na economia russa e na elite política", esta última com a restrição de depósitos. Os grandes empresários russos deixam assim de "continuar a esconder o seu dinheiro em portos seguros na Europa".

Ursula von der Leyen diz que estas sanções foram adotadas em coordenação com parceiros e aliados, como o Reino Unido e Estados Unidos.

"A nossa unidade é a nossa força. O Kremlin sabe disso e tentou o seu melhor para nos dividir, mas falhou completamente e conseguiu exatamente o oposto: estamos mais unidos do que nunca e estamos determinados", afirmou.
Ponto de situação

A Rússia lançou uma ofensiva militar em território da Ucrânia durante a madrugada de quinta-feira. Os avanços realizaram-se com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.

Nas primeiras horas da invasão, o conflito já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis em território ucraniano, adiantou Kiev. Há ainda mais de 160 pessoas que ficaram feridas.

Nas últimas horas, destaque para a declaração do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que decretou a mobilização geral da população. Os ucranianos ficam assim sujeitos a "recrutamento militar", assim como à chamada de reservistas para combater a incursão russa.

De acordo com os dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) da ONU, cerca de 100 mil pessoas já abandonaram as suas casas na Ucrânia durante as primeiras horas de conflito.

De acordo com os Estados Unidos, uma das cidades mais precoupantes neste momento é Chernobyl. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, confirma a existência de reféns na Central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia.

Numa conferência de imprensa, classificou de "ultrajante" que haja soldados russos a manterem reféns nas instalações de Chernobyl e exigiu a sua libertação.