Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.
O Governo do Brasil registou, nas últimas 24h, 50.230 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 1.097 óbitos por Covid-19, anunciou o Ministério da Saúde.
Desde o início da pandemia, o Brasil registou 2.962.442 casos de contágio, com o total de mortos pela doença a chegar aos 99.572 esta sexta-feira, de acordo com dados oficiais do mesmo Ministério.
O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, logo após os Estados Unidos.
Hoje, o Governo do estado de São Paulo, o mais afetado pela pandemia no Brasil, anunciou que as aulas presenciais nas escolas públicas e privadas serão retomadas no dia 07 de outubro.
A primeira previsão sobre o regresso dos alunos às escolas em São Paulo, o estado mais rico e mais populoso do país, com 45 milhões de habitantes, apontava para o dia 08 de setembro.
São Paulo já regista um total de 24.735 óbitos e 608.379 casos confirmados de covid-19.
Segue-se, em número de casos, o estado da Bahia, no nordeste do país, com 187.892 infeções, e depois o Ceará (185.409), localizado também na região nordeste.
Já em número de mortos, o Rio de Janeiro continua a ser o segundo estado brasileiro mais afetado, com 14.028 óbitos, seguido pelo Ceará (7.921).
A União Europeia decidiu retirar Marrocos da lista de países isentos de restrições de viagens por causa de uma recrudescência de casos de infeções com o novo coronavírus, anunciou o Conselho, em comunicado.
Marrocos tinha sido colocado sob vigilância no final de julho e a Argélia retirada desta lista de países, devido a uma subida dos casos de infeções.
Esta decisão não se aplica aos cidadãos da UE e aos membros das suas famílias vindos deste país, nem aos residentes de longa duração na UE e às suas famílias.
A isenção é ainda acordada para os viajantes com funções, ou que supram necessidades, especiais, como pessoal médico.
Desde a sua criação, a lista de países terceiros cujos cidadãos se podem deslocar à UE reduziu-se de 14 para 11, a saber Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Nova Zelândia, Ruanda, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia, Uruguai e China, mas sob reserva de confirmação de reciprocidade para este último.
A lista foi criada com base na situação epidemiológica dos países e é revista de 15 em 15 dias.
O Governo italiano adotou um decreto que inclui 103 artigos e que determina uma série de medidas orçadas em 25 mil milhões de euros de apoio à economia em todo o país, após o grave impacto da Covid-19.
Entre as principais medidas encontra-se o faseamento por dois anos do pagamento de impostos, já suspensos em março, abril e maio, devido à pandemia.
Com este novo decreto "iremos proteger o emprego, apoiamos os trabalhadores, aliviamos os prazos fiscais, ajudamos as regiões, as coletividades locais e o sul. Continuamos a apoiar os cidadãos, as empresas e os trabalhadores", referiu o primeiro-ministro Giuseppe Conte, numa conferência de imprensa logo após os Conselho de ministros que aprovou o decreto.
Os despedimentos também só poderão ocorrer após terem decorrido 18 semanas de desemprego técnico ou quatro meses de deduções fiscais para as empresas que tenham chamado os seus empregados para trabalhar.
Para fazer face à pandemia, o Governo anunciou a contratação de 4.300 profissionais de saúde.
A Ordem dos Médicos fez uma auditoria e descobriu que os responsáveis do lar e as autoridades de saúde levaram nove dias até separar os doentes infetados dos restantes utentes. A Autoridade Regional de saúde do Alentejo descartou qualquer responsabilidade.
Um lar de Torres Vedras tem 72 pessoas infetadas com Covid-19. A maioria dos doentes são utentes do lar Nossa Senhora da Luz, em Paradas, e 16 estão internados no hospital.
Os últimos números do Instituto de Estatística mostram uma descida nas exportações de 30% no 2.º trimestre deste ano, os meses mais afetados pelo confinamento. No mesmo período, as importações desceram 34%.
"O uso de máscaras faciais passa a ser obrigatório para todas as pessoas que circulem ou permaneçam em espaços e locais públicos, abertos ou fechados, incluindo a via pública, independentemente do tipo de atividade que estejam a realizar", anunciou em conferência de imprensa, na cidade da Praia, pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
Segundo o governante, a desobediência da norma implica sanções, com destaque para determinados setores de atividades vulneráveis a propagação do vírus, como os transportes e o comércio.
Desde 21 de março até hoje temos um cumulativo de 1.538 casos, indicou Helga Freitas. Entre os novos casos, 21 são do sexo feminino e 34 masculino e têm idades entre 4 meses e 70 anos.
Além do primeiro caso no município de Malanje, registaram-se cinco no Soyo (província do Zaire) , sendo os restantes de Luanda.
A covid-19 foi já diagnosticada em Luanda, Bengo, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Cabinda, Benguela, Huíla, Uíje, Lunda Norte, Moxico, Zaire e Malanje.
Dos 927 casos ativos, quatro encontram-se em estado crítico com ventilação mecânica e 21 em estado grave.
As três mortes que ocorreram nas últimas 24 horas são relativas a cidadãos angolanos, residentes em Luanda, com idades entre 58 e 81 anos, apresentando comorbilidades. (hipertensão, diabetes e miocardiopatia).
O número total de óbitos aumentou para 67. Há ainda a registar a recuperação de 24 doentes, 22 do sexo masculino e 2 feminino, num total de 544 recuperados.
Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais 93 casos positivos, elevando o total para 2.213 e mantendo-se com 15 vítimas mortais, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
"Os casos hoje reportados encontram-se em isolamento domiciliar. Neste momento decorre o processo de mapeamento dos seus contactos", lê-se numa nota do Ministério da Saúde distribuída hoje à comunicação social.
Os 93 novos casos, o maior número já registado em 24 horas, estão nas províncias de Maputo (25), Cabo Delgado (14), Nampula (07), Gaza (30) e Maputo Cidade (17).
"Dos 93 casos novos, 55 são do sexo masculino e 38 do sexo feminino", lê-se ainda no comunicado.
Dos 2.213 casos já registados, 2.031 são de transmissão local e 182 são importados, havendo 827 pessoas dadas como recuperadas, 13 internados e 15 óbitos.
A maioria dos casos ativos estão na cidade e província de Maputo, com 412 e 281 pessoas infetadas, respetivamente, seguida de Cabo Delgado, com 240, e Nampula, com 208 casos.
As restantes sete províncias do país registam menos de 60 casos.
A Rússia anunciou estar prestes a ser o primeiro país a aprovar uma vacina contra a covid-19 e planeia vacinações em massa já em outubro, ainda que sem completar os ensaios clínicos, o que está a preocupar cientistas.
Cientistas de vários países dizem que a corrida precipitada às vacinas contra o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, pode ter um efeito negativo, noticia hoje a agência de notícias AP.
As vacinas experimentais covid-19 começaram a ser testadas pela primeira vez em humanos, em algumas dezenas de pessoas, há menos de dois meses, pelo que não há ainda provas científicas que as validem e muito menos a sua distribuição em massa.
"Preocupa-me que a Rússia esteja a saltar etapas pelo que a vacina que aí vem pode não ser eficaz, mas também ser insegura", disse Lawrence Gostin, especialista em direito de saúde pública da Universidade de Georgetown (Washington, Estados Unidos).
"Não funciona assim... Os ensaios veem primeiro. Isso é muito importante", disse, citado pela AP.
Segundo Kirill Dmitriev, chefe do Fundo de Investimento da Rússia, que financiou a investigação, a vacina desenvolvida pelo instituto de investigação Gamaleya, em Moscovo, pode ser aprovada em dias, antes de os cientistas completarem a chamada Fase 3 do estudo.
Esse estudo por norma envolve milhares de pessoas e é a única forma de se provar que a vacina experimental é segura e funciona.
O ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, disse que as pessoas dos grupos de risco, como os trabalhadores da área da saúde, podem ter a vacina ainda este mês. Mas não esclareceu se essas pessoas fazem parte da Fase 3 do estudo.
A vice-primeira-ministra, Tatyana Golikova, prometeu iniciar a "produção industrial" da vacina em setembro, e Murashko disse que a vacinação em massa pode começar já em outubro.
Na semana passada Anthony Fauci, o maior especialista norte-americano em doenças infecciosas, já tinha questionado o processo, afirmando esperar que chineses e russos estejam na realidade a testar uma vacina antes de a administrarem em pessoas, porque ao contrário seria "problemático".
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já alertou que todos os candidatos a uma vacina devem passar pelas fases completas de todos os testes.
Segundo o diretor do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças, Jorge Noel Barreto, duas mortes aconteceram na cidade da Praia, enquanto outra em São Salvador do Mundo, ambos concelhos da ilha de Santiago.
Na conferência de imprensa, o responsável explicou que a pessoa que morreu em São Salvador do Mundo tinha 87 anos, estava internada há vários dias e tinha vários outros problemas de saúde.
A duas pessoas que morreram na Praia, de 57 e 59 anos, também estavam internadas há vários dias e tinham outros problemas de saúde, ainda de acordo com o porta-voz do Ministério de Saúde.
No mesmo dia, o país registou mais 48 novos casos positivos, aumentando o total acumulado para 2.782 infeções desde 19 de março, dos quais 2.042 já tiveram alta hospitalar e dois doentes foram transferidos para os seus países.
O país tem neste momento 709 casos ativos da doença, avançou Jorge Barreto, informando ainda que foram registados mais 11 casos suspeitos e há 571 pessoas em quarentena em todo o arquipélago.
O arquipélago da Madeira apresenta, assim, 121 casos confirmados, 98 dos quais recuperados e 23 infetados pela covid-19.
"Durante o dia de hoje, foram identificadas mais três situações que se encontram em estudo pelas autoridades de saúde", refere o boletim epidemiológico do IASAÚDE, acrescentando tratarem-se de viajantes identificados no contexto das atividades de vigilância implementadas na Unidade de Rastreio da covid-19 do Aeroporto da Madeira", estando em curso as respetivas investigações epidemiológicas e análises laboratoriais.
O IASAÚDE informa, por outro lado, que, relativamente aos dois contactos próximos de um caso importado que se encontravam em estudo na quinta-feira, "não se confirmaram (como positivos)".
Os 23 casos ativos consistem em 20 importados identificados no contexto das atividades de vigilância implementadas no Aeroporto da Madeira e três casos de transmissão local.
Relativamente ao isolamento dos casos positivos, 18 pessoas cumprem isolamento numa unidade hoteleira, dois no respetivo domicílio e três encontram-se hospitalizadas na Unidade de Internamento Polivalente dedicada à covid-19, no Funchal.
Dos 178 surtos, mais de metade continua a situar-se na zona de Lisboa e Vale do Tejo (92), seguindo-se o norte do país, com registo de 45 surtos.
No centro há 11 surtos e 15 no Alentejo e outros 15 no Algarve, segundo dados divulgados hoje pelo subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, durante a conferência de imprensa de balanço sobre a pandemia de covid-19.
No entanto, as autoridades estão agora especialmente atentas ao sul do país: "Todos querem socializar e todos têm risco e é isso que está a acontecer no Algarve", alertou Rui Portugal.
"Os surtos têm, neste momento, uma base sobretudo de cariz familiar", afirmou Rui Portugal, explicando que são os encontros de pessoas que não vivem juntas que estão a potenciar os novos casos.
"Apesar de serem da mesma família e terem os mesmos apelidos, têm de perceber que se estiverem em núcleos diferentes podem ocorrer contágios de uns para outros núcleos da mesma família", alertou, pedindo a todos que continuem a manter as regras de distanciamento físico.
Questionada pela agência Lusa, a PGR confirmou a existência de um inquérito sobre o surto de covid-19 que surgiu no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), o qual corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.
O surto no lar provocou, até quinta-feira, um total 162 casos de infeção, incluindo 18 mortos: 16 utentes, uma funcionária do lar e um homem da comunidade. No lar, foram contaminados 80 utentes e 26 profissionais, mas a doença propagou-se à comunidade e infetou outras 56 pessoas.
Os centros de dia vão poder reabrir a partir de 15 de agosto, mas de forma faseada e condicionados a uma avaliação prévia da Segurança Social e entidade de saúde local sempre que funcionem juntamente com outras respostas sociais.
Numa nota, hoje publicada no portal do Governo, refere-se que "no caso dos centros de dia com funcionamento acoplado a outras respostas sociais, o reinício das atividades ocorre mediante avaliação das condições de reabertura, a realizar pela instituição, Instituto de Segurança Social, I.P. e autoridade de saúde local".
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) elaborou um guião orientador para a reabertura, no âmbito da pandemia de covid-19, que foi hoje enviado para as instituições integradas na Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), disse à Lusa o padre Lino Maia, que preside ao organismo.
Segundo Lino Maia, no universo de instituições tuteladas pela CNIS, mas também pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP) haverá mais de 1.500 centros de dia, dos quais mais de metade funcionam de forma independente de qualquer outra resposta social.
"Atendendo ao risco, ainda prevalecente, de contágio e propagação da covid-19 ,bem como ao facto dos utentes dos Centro de Dia constituírem um grupo particularmente vulnerável para a covid-19, o processo de reabertura desta resposta social deverá concretizar-se de forma faseada", determina o guião orientador do MTSSS.
Para evitar situações de risco nos casos em que os centros de dia funcionam em conjunto com outras respostas sociais, a CNIS está a recomendar às suas instituições que reabram apenas os centros de dia autónomos, disse Lino Maia.
O presidente da CNIS disse também que nos casos em que não seja possível voltar a acolher os utentes dos centros de dia será mantido o apoio domiciliário que continua a ser prestado.
Na conferência de imprensa de hoje na Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a situação epidemiológica em Portugal relativamente à covid-19, o subdiretor-geral, Rui Portugal, frisou a importância de quebrar a solidão dos idosos.
"É tão importante o isolamento e a garantia de não transmissão da doença para pessoas que frequentam centros de dia como possivelmente também é importante restaurar os momentos de afetos para essas mesmas pessoas", disse Rui Portugal.
Durante uma videoconferência integrada no Fórum de Segurança de Aspen, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, criticou a disputa competitiva entre países por uma vacina contra a Covid-19, argumentando que “partilhar vacinas ou outras ferramentas ajuda realmente o mundo a recuperar-se em conjunto”.
"O nacionalismo em relação às vacinas não presta. Não nos ajudará. Quando dizemos que uma vacina deve ser um bem global de saúde pública, não se trata de partilhar por partilhar. Para o mundo poder recuperar mais depressa, tem de recuperar em conjunto", afirmou Tedros Ghebreyesus.
“O dano da Covid-19 pode ser menor quando esses países que têm o financiamento se comprometerem com isto”, defendeu Ghebreyesus, argumentando que os países que cheguem primeiro a uma vacina e que se comprometam a contribuir para que seja distribuída equitativamente por todo o mundo "não estão a fazer caridade aos outros, estão a fazê-lo por si próprios, porque quando o resto do mundo recuperar e as economias reabrirem, também beneficiam", declarou.
“Apesar de todas as nossas diferenças, somos uma raça humana a partilhar o mesmo planeta e a nossa segurança é interdependente. Nenhum país ficará a salvo até que estejamos todos seguros”, disse o diretor-geral da OMS, apelando a que todos os líderes “escolham o caminho da cooperação e ajam agora para acabar com a pandemia de Covid-19”.
Existem mais de 200 vacinas contra a Covid-19 a serem desenvolvidas a nível global, incluindo cerca de 26 em ensaios clínicos humanos. Destas 26, seis estão num nível mais avançado, isto é, na fase 3. A Rússia não esconde o seu desejo de vencer a corrida às vacinas e garante que já completou os ensaios clínicos e planeia começar a vacinar em massa já em outubro.
No entanto, a OMS alerta que “a fase 3 não significa ‘quase lá’”. “A fase 3 significa que esta é a primeira vez que a vacina é aplicada na população em geral, em indivíduos saudáveis, para verificar se a vacina os irá proteger contra infeções naturais”, explicou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.
Apesar dos resultados promissores, a OMS já adiantou que nenhuma vacina estará ponta antes de 2021, sublinhando que é imprescindível garantir não só a eficácia, mas também o controlo de efeitos secundários.
"Esta crise vai retirar da economia africana qualquer coisa como 40 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros). África estava a levantar-se. É como sempre digo, é como um avião, o momento mais difícil é a descolagem", defendeu Paulo Gomes.
Ex-administrador do Banco Mundial para 25 países africanos e antigo candidato à presidência da Guiné-Bissau, Paulo Gomes, fez o alerta à saída de uma audiência que manteve hoje com o Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló.
Atualmente membro do conselho de administração de um fundo especial criado pela União Africana para combater a covid-19, Paulo Gomes disse ter esquecido as desavenças políticas com Umaro Sissoco Embaló para se juntar aos esforços nacionais na luta contra a doença.
"O mundo está em crise e o nosso país vai sofrer muito com essa crise que penso que ainda está no início, infelizmente", observou Paulo Gomes, para quem as consequências do vírus ainda não se fizeram sentir.
Os médicos fizeram "o relatório técnico sobre questões de saúde" e à OA cabe "fazer o enquadramento jurídico para dizer, em conclusão, quais as consequências do que foi descoberto", afirmou o bastonário dos Advogados, Luís Menezes Leitão, em declarações à Lusa.
Segundo o bastonário, a OA já recebeu da Ordem dos Médicos (OM) o relatório da auditoria e foram dadas indicações à Comissão dos Direito Humanos da Ordem para "fazer o enquadramento jurídico do que se verificou" no lar de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora.
"Ainda não foi feita a análise, porque é preciso estudar todo o relatório", mas as conclusões do inquérito da OM "são muito preocupantes sobre a situação que se terá passado lá", sublinhou o bastonário dos Advogados.
"Por isso, contamos, a breve prazo, apresentar também um relatório, desta vez, sobre a análise jurídica e não clínica sobre a situação em termos de lesão dos direito humanos dos utentes desse lar", acrescentou.
A CGTP pediu hoje ao Governo que ponha termo às "várias situações de exclusão" e às "discriminações e injustiças" na atribuição do complemento de estabilização, defendendo que todos os trabalhadores que estiveram em 'lay-off' devem receber o apoio.
Em comunicado, a central sindical afirma que considera "manifestamente insuficiente o complemento de estabilização" e defende que o Governo deve avaliar "urgentemente" as "várias situações de exclusão, pondo termo às evidentes e injustificadas discriminações e injustiças que as mesmas configuram, e que atribua o complemento de estabilização a todos os trabalhadores que sofreram efetivas perdas de rendimento devido ao regime de 'lay-off'".
O complemento de estabilização é uma das medidas relacionadas com a pandemia de covid-19 e foi pago no final de julho aos trabalhadores que ganham mais de 635 euros (salário mínimo) e menos de 1.270 euros e que perderam rendimentos devido ao 'lay-off'.
O valor do complemento de estabilização varia entre 100 e 351 euros.
Segundo a CGTP, o complemento não está a ser atribuído devido à regulamentação "deficitária" do apoio que, por sua vez, "tem um valor completamente irrisório face às enormes perdas de rendimento sofridas".
A intersindical refere que se um trabalhador não tiver estado em 'lay-off' durante um mês completo (abril, maio ou junho) não tem direito ao complemento de estabilização.
"Não vemos razão para que um trabalhador não possa ser compensado pela perda sofrida em resultado de 10, 15 ou 20 dias em 'lay-off'", defende a CGTP.
Além disso, se um trabalhador não tiver estado em 'lay-off' durante um mês civil não tem direito ao complemento de estabilização.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou na quinta-feira que irá alterar a legislação de forma a que o complemento de estabilização seja pago também aos trabalhadores que estiveram em 'lay-off' mais de 30 dias consecutivos, mas sem completar um mês civil, porém a CGTP diz que fica a aguardar "os termos desta alteração e se serão abrangidas todas as situações de exclusão".
A CGTP considera ainda "uma enorme injustiça" que os trabalhadores que receberam em fevereiro o salário mínimo (635 euros) não tenham direito ao complemento de estabilização, sublinhando que as perdas salariais "não derivam apenas da redução da retribuição base", mas de outras prestações pecuniárias.
A intersindical diz ainda não compreender porque motivo os trabalhadores colocados em 'lay-off' em julho não têm direito ao complemento de estabilização.
O edifício da Câmara Municipal de Alpiarça, no distrito de Santarém, encerrou provisoriamente ao público, depois de duas funcionárias da autarquia terem testado positivo à covid-19..
Em declarações à Lusa, o presidente do município, Mário Pereira (CDU), explicou que o primeiro caso foi detetado na terça-feira, numa funcionária que estava em regime de teletrabalho, mas que se "deslocava com frequência ao edifício dos Paços do Concelho".
"Assim que soubemos deste caso fizemos testes aos dois contactos mais diretos desta funcionária. Um deles deu negativo e o outro positivo", contou o autarca, adiantando que no sábado serão realizados testes aos 45 funcionários que trabalham no edifício.
O resultado dos testes será conhecido na segunda-feira, altura em que a autarquia irá "avaliar se reabre ou não o edifício e os serviços que ali funcionam ao público".
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, promulgou hoje a lei que decreta o estado de emergência, aprovada hoje pelo parlamento, anunciou em comunicado a Presidência da República.
Na decisão de promulgação, Filipe Nyusi manda publicar a referida lei do estado de emergência no Boletim da República, o jornal oficial do Estado, refere a nota.
O parlamento moçambicano ratificou hoje a declaração do estado de emergência, o segundo este ano, que vai vigorar entre o dia 08 de agosto e 06 de setembro, visando travar a rápida propagação do novo coronavírus.
A declaração do estado de emergência foi ratificada com 177 votos a favor das bancadas da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e com maioria parlamentar, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior bancada.
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, votou contra o documento, com 54 votos.
O estado de emergência hoje aprovado pelo parlamento foi decretado na quarta-feira pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e enviado à Assembleia da República (AR) no mesmo dia.
O estado de emergência que entra em vigor a partir do dia 8, sábado, é o segundo no atual contexto do novo coronavírus, depois do primeiro que vigorou durante 120 dias, entre 1 de abril e 29 de julho.
A Itália registou um aumento nas infeções de covid-19, com 552 contra as 402 de quinta-feira, e ainda três mortes nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde.
Esses são os piores números desde o fim do confinamento no país, em junho, onde um total de 249.756 pessoas foram infetadas após a deteção do primeiro caso, a 21 de fevereiro.
O balanço de vítimas mortais, contando com as últimas três, chega a 35.190 pessoas, de acordo com os números oficiais.
Nas últimas 24 horas, foram realizados 59.196 testes de coronavírus, um pouco mais do que os 58.673 do dia anterior.
Entre as regiões onde as infeções aumentaram mais está Veneto, no norte, com 183 novos casos num dia.
O Ministério da Saúde espanhol registou 1.895 infeções nas últimas 24 horas, o que representa um novo máximo de casos diários, ao qual se chega sem os dados de Aragão, tornando Madrid a região mais afetada com 567 casos positivos.
O País Basco está atrás, com 403 casos confirmados nas últimas 24 horas, enquanto na Catalunha os contágios caíram para 113, de acordo com o último balanço, que acrescenta mais 5.507 infeções à contagem global, com 314.362 pessoas infetadas desde o início da pandemia.
O Reino Unido registou 98 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, em comparação com 49 e 65 óbitos nos dois dias anteriores, respetivamente, aumentando o número total para 46.511 vítimas mortais, anunciou hoje o Governo britânico.
O número de infeções diárias caiu hoje para 871, abaixo dos 950 relatados na quinta-feira, o que leva o número total de contágios confirmados por teste para 309.005.
O número de pacientes internados em hospitais britânicos também caiu ligeiramente nos últimos dias para 1.101 pessoas, em comparação com as 1.118 de quinta-feira e as 1.152 de quarta-feira.
No entanto, 142 novos pacientes foram admitidos na quinta-feira, enquanto 69 pessoas precisam de ventilação assistida.
Os números divulgados hoje pelo Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências do Governo Britânico (SAGE, na sigla em inglês) sugerem que a taxa de transmissão do vírus se está a aproximar de 1% em todas as regiões do país, nível acima do qual o vírus se multiplica na sua expansão.
Os especialistas alertam também que o rácio de contágio pode já estar acima desse limiar em Inglaterra.
"Temos feito um reforço importante ao nível dos recursos humanos para garantir que o Serviço Nacional de Saúde vai tendo capacidade de resposta às diferentes fases da pandemia", afirmou António Lacerda Sales na conferência de imprensa regular sobre a covid-19.
Assim, foram contratados no âmbito da resposta à covid-19 cerca de 4.300 profissionais de saúde. Destes, mais de 1.800 são assistentes operacionais, mais de 1.300 são enfermeiros, cerca de 170 médicos, entre outros, como assistentes técnicos e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, "todos cruciais todos importantes a todos muito obrigado".
Analisando os dados diários da pandemia, António Lacerda Sales afirmou que "a taxa de letalidade global é de 3,3% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 15,7%".
António Lacerda Sales avançou ainda, na conferência de imprensa de atualização da pandemia em Portugal, que foram transferidos mais de 7.600 doentes dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde para a RNCCI desde 09 de março e encontradas mais de 700 respostas sociais que permitiram libertar camas hospitalares.
A pandemia de covid-19 gerou "níveis inéditos" de violação dos direitos das mulheres em África e "casos preocupantes" de abusos das forças de segurança, disse hoje o presidente da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (ACHPR).
"O nível inédito de violação dos direitos das mulheres e raparigas gerou uma pandemia dentro da pandemia. Vimos um nível sem precedente de violência sexual e de género, violência doméstica, falta de acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo cuidados pré e pós-natais", disse Solomon Ayele Dersso aos jornalistas.
O presidente da ACHPR falava em conferência de imprensa a partir de Adis Abeba no final da 66ª sessão ordinária da Comissão Africana para os Direitos Humanos e dos Povos (ACHPR, na sigla em inglês), durante a qual representantes de governos, instituições e organizações não-governamentais dos países membros fizeram um ponto de situação sobre direitos humanos em África.
Solomon Ayele Dersso apontou, por outro lado, os impactos de medidas de luta contra pandemia, como o fecho de fronteiras, nas leis de proteção dos refugiados e denunciou a adoção por alguns estados de "abordagens de força excessiva" para fazer aplicar essas medidas.
"Houve casos de uso excessivo da força para fazer aplicar as medidas e tivemos relatos de países, como a Nigéria, em que houve mais mortes por uso excessivo da força do que devido à covid-19 durante as primeiras semanas da pandemia", disse.
No mesmo sentido, no Quénia registaram-se, entre março e junho, 10 mortes por uso excessivo da força e 87 casos de tratamentos degradantes pelas forças de segurança.
"Tivemos este tipo de relatos de vários países, incluindo Angola, Gabão, África do Sul, Uganda e outros", disse, considerando que estes relatos mostram "sérias lacunas no setor da segurança", quer seja na legislação ou no treino e formação.
Para o responsável da ACHPR, se o abuso das medidas de luta contra a pandemia não for contido gerará uma "crise de direitos humanos" que levará à "erosão e minará os sistemas democráticos de governação, incluindo a liberdade de imprensa".
Solomon Ayele Dersso disse ainda que a pandemia veio agravar a "vastidão das vulnerabilidades socioeconómicas" de larga percentagem da população africana.
"A privação e as desigualdades acentuaram-se durante a pandemia com a adoção de medidas como o confinamento. As pessoas viviam em casas sobrelotadas, sem água e saneamento e não tinham forma de cumprir as medidas mais básicas recomendadas para prevenir a covid-19, como lavar as mãos e manter a distância social", disse.
O presidente da ACHPR apontou ainda os efeitos no direito à saúde das populações, sublinhando que a pandemia evidenciou a falta de preparação dos sistemas de saúde e de governo em África
"Os sistemas de saúde de muitos países no continente estavam mal preparados e equipados para responder à pandemia e, quando as medidas de resposta à covid-19 foram introduzidas, muitos outros serviços médicos foram afetados", disse.
"O direito à saúde foi afetado pelas perturbações que as medidas para responder à pandemia causaram no acesso a outros serviços de saúde com sérias consequências nomeadamente na saúde das mulheres grávidas", acrescentou.
A Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (ACHPR) foi criada para dar cumprimento às disposições da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (Carta Africana), que entrou em vigor a 21 de outubro de 1986.
O presidente da União Distrital das IPSS de Évora defendeu hoje uma investigação do Ministério Público (MP) ao surto de covid-19 num lar em Reguengos de Monsaraz, considerando que o inquérito dos médicos "está vazio em factos".
Tiago Abalroado, presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) de Évora, afirmou à agência Lusa que o relatório da comissão de inquérito da Ordem dos Médicos (OM) "faz um conjunto de observações e considerações que, além de serem subjetivas, não estão materializadas em nada de concreto".
"Portanto, é importante, se o Ministério Público entender por bem, que se faça uma investigação mais aprofundada no sentido de perceber de facto se se confirma ou não as acusações que são feitas nesse relatório", referiu o responsável.
Para o também representante no Alentejo da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), as falhas apontadas no "modelo de governança e na prestação de cuidados aos utentes" têm de ser concretizadas, mas "o relatório está vazio em factos".
"É um relatório que foi desenvolvido por uma entidade, mas ele precisa de ser materializado e na nossa perspetiva compete agora ao MP fazer uma investigação", porque é um organismo que tem "por base a lei e os factos", insistiu.
O presidente da UDIPSS de Évora comentava o relatório da comissão de inquérito da OM para avaliar as circunstâncias clínicas do surto de covid-19 no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), em Reguengos de Monsaraz (Évora), que alastrou à comunidade.
O lar de Reguengos de Monsaraz onde começou o surto de covid-19, que provocou no total a morte de 18 pessoas, não cumpria as orientações da DGS, conclui a auditoria, divulgada na quinta-feira à noite e à qual a Lusa teve acesso, com a comissão da OM a apontar responsabilidades à administração, mas faz também críticas à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.
Tiago Abalroado assinalou que as instituições desenvolvem as suas respostas sociais "a partir da canalização de dinheiros públicos", os quais "proveem da celebração de acordos de cooperação com o Estado português".
"Os dois elementos da equação, o Estado e as instituições, são igualmente responsáveis pela prestação do serviços e, acima de tudo, pela prestação de um bom serviço", mas, nos últimos anos, este modelo de cooperação ficou "doente", disse.
O Governo norueguês desaconselhou hoje quaisquer viagens para o estrangeiro, inclusive para os destinos de onde é possível regressar sem fazer uma quarentena, devido ao aumento de casos covid-19 em todo o continente europeu.
A Noruega divide o espaço económico europeu em países em risco (com mais de 20 contágios por 100.000 habitantes nas últimas duas semanas) e sem risco (os restantes).
No caso dos primeiros, em que se inclui Portugal, França, Espanha, Suíça, Roménia e algumas regiões da Suécia, é definida uma quarentena domiciliar obrigatória de 10 dias no regresso de viagens a esses países.
"É preciso pensar bem. Mesmo que se planeie viajar a um país verde [sem risco], rapidamente se pode tornar vermelho, antes da viagem ou enquanto estiver lá. A maioria dos países verdes tem mais infeções do que nós", disse hoje em conferência de imprensa o ministro da Saúde norueguês, Bent Hoie.
A Noruega, que registou 9.503 contágios e 256 mortes por covid-19, mantém uma baixa taxa de infeções e mortes por cada 100.000 habitantes (5,4 e 4,82, respetivamente), mas o número de contágios tem subido nas últimas semanas, principalmente devido a um surto detetado a bordo de um navio de cruzeiro e que se espalhou por várias zonas do país.
"O surto mostra como somos frágeis e com que facilidade esse vírus perigoso se espalha na nossa sociedade. Ele continua a ser contagioso na Noruega, mas o aumento que estamos a ver é preocupante", prosseguiu.
Além disso, Hoie anunciou uma série de novas medidas restritivas, como a proibição de servir álcool depois da meia-noite, a partir de sábado.
Também instou os noruegueses a trabalharem a partir de casa e, caso se tenham de deslocar, evitarem ao máximo utilizar os transportes públicos.
No total, registaram-se 1.746 mortes desde o início da pandemia e 52.351 casos de infeção.
A Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) exigiu hoje a "reabertura imediata" de todas as empresas e estabelecimentos e a reintegração de todos os trabalhadores despedidos no setor devido à pandemia.
Em declarações à agência Lusa, Francisco Figueiredo, da direção nacional da Fesaht, estimou serem "cerca de 25 mil" as empresas e estabelecimentos do setor que ainda não reabriram, deixando "mais 75 mil trabalhadores sem emprego e salário", quando na opinião da federação "já não há nenhuma razão para estarem encerradas".
"Há muitas empresas e estabelecimentos da hotelaria, restauração, bebidas e similares que continuam encerrados, apesar de os trabalhadores já não estarem em 'lay-off'", acusa, salientando que "o encerramento de uma empresa ou estabelecimento, sem cumprimento dos formalismos e procedimentos legais, configura a prática de um crime, previsto e punível por lei".
Segundo a Fesaht, "há milhares de trabalhadores da restauração e bebidas que estão a ser obrigados a trabalhar, mas têm três e quatro meses de salários em atraso, vendo os seus direitos postos em causa, designadamente os horários, o descanso semanal e as férias".
Cerca de 500 pessoas já foram detidas pelas autoridades cabo-verdianas por consumo de bebidas alcoólicas na via pública, trancados no interior dos bares a consumirem e em festas nos estabelecimentos, avançou a Inspeção Geral da Atividades Económicas (IGAE).
"Cerca de 500 pessoas já foram detidas por consumo de bebidas alcoólicas na via pública, trancados no interior dos bares a consumirem e em festas nos estabelecimentos", indicou a IGAE numa publicação nas suas páginas oficiais.
Este órgão de polícia criminal de Cabo Verde aproveitou para apelar a todos para denunciarem estas situações de desrespeito das regras, considerando que só assim se pode parar a transmissão do novo coronavírus.
No caso de consumo de bebidas alcoólicas na via pública, a IGAE relembra que pode valer coima que vai dos 10 mil a 100 mil escudos (90 euros a 906 euros).
Na terça-feira, o presidente da Proteção Civil, Renaldo Rodrigues, informou que as autoridades cabo-verdianas encerraram 32 estabelecimentos comerciais na cidade da Praia em ações realizadas durante 10 dias no mês de julho, por vários incumprimentos das regras sanitárias impostas para evitar a propagação do novo coronavírus.
Entre os incumprimentos apontados por Renaldo Rodrigues estão a falta de sistema de higienização à entrada e de espaço suficiente para promover o distanciamento físico e falhas nos sistemas de filas e na ventilação.
Cabo Verde registava ao final da tarde de quinta-feira com 2.734 casos acumulados de covid-19, dos quais 27 mortes, dois doentes transferidos para o seus países e 2.010 pessoas consideradas recuperadas.
São pelo menos 125 mil as empresas que ainda não reabriram e 75 mil trabalhadores no desemprego. Contas feitas pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
Para mostrar a insatisfação, a FESAHT realizou uma manifestação à porta da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo com dezenas de pessoas no Porto. Uma manifestação que serviu para dizer basta e também para entregar uma moção em defesa dos trabalhadores.
África contabiliza hoje 22.066 mortos devido à covid-19, tendo ultrapassado na quinta-feira um milhão de infetados, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados é de 1.007.366, enquanto o número de recuperados é hoje de 690.436.
O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 565.108 infetados e que passou hoje as 10 mil vítimas mortais (10.211).
Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 538.184 infetados e 9.604 mortos.
A região da África do Norte, a segunda mais afetada pela pandemia, tem agora 170.224 infetados e 6.968 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 136.762, tendo passado hoje as duas mil vítimas mortais (2.034).
Já na região da África Oriental, registam-se 85.624 casos e 1.908 mortos, enquanto a região da África Central contabiliza 49.648 infetados e 945 óbitos.
Uma semana depois da entrada em vigor da nova regra que permite às discotecas funcionarem como pastelarias ou cafés, os empresários de diversão noturna reiteram a inviabilidade da alternativa e alertam para o colapso do setor.
"Isto não vem resolver nada. É uma não resposta e faz com que permaneçam os mesmos problemas no setor. O que diz é que as discotecas têm de continuar fechadas", afirma à agência Lusa José Gouveia, da Associação Nacional de Discotecas.
A pandemia de Covid-19 já matou pelo menos 715.343 pessoas em todo o mundo desde que o vírus foi detetado na China, em dezembro, refere o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.
Ao todo, 19.133.340 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios, dos quais pelo menos 11.319.300 já foram considerados curados.
O número de casos diagnosticados só reflete, no entanto, uma fração do número real de infeções, já que alguns países testam apenas casos graves, outros fazem os testes para rastreio e muitos países mais pobres têm uma capacidade limitada de fazer testes.
Na quinta-feira foram registadas 7.377 mortes e 282.381 novos casos da doença em todo o mundo. Os países que mais vítimas mortais contabilizaram nos seus últimos relatórios foram os Estados Unidos, com 2.060 novas mortes, o Brasil (1.237) e a Índia (886).
O Governo determinou que a disponibilização de equipamentos de uso coletivo nas praias, como gaivotas ou chuveiros interiores, "pode ser permitida, em determinadas condições", nomeadamente se for feita por empresas de animação turística.
"Considera-se poder ser permitida, em determinadas condições, a disponibilização de equipamentos passíveis de uso coletivo", indica o Governo, num diploma publicado hoje em Diário da República, que altera algumas medidas excecionais e temporárias relativas à pandemia da covid-19.
Em 25 de maio, o executivo tinha decretado a interdição de disponibilização de quaisquer equipamentos de uso coletivo, como "gaivotas, escorregas, chuveiros interiores de corpo ou pés e outras estruturas similares", o que se mantém, mas com uma exceção.
Segundo o documento, foi necessário "encontrar um equilíbrio entre as atividades lúdicas praticadas nas praias, designadamente com recurso a equipamentos disponibilizados por terceiros, nomeadamente empresas de animação turística".
Desta forma, este tipo de empresas pode passar a disponibilizar equipamentos de uso coletivo ou de utilização de mais de duas pessoas em simultâneo, desde que respeitando algumas condições.
Os materiais têm de ser limpos e desinfetados no decorrer do dia e sempre que se registe a mudança de utente, tal como já acontece com outros equipamentos balneares, como chuveiros exteriores, espreguiçadeiras ou colchões.
A Administração Regional de Saúde do Alentejo argumentou hoje que agiu no surto de covid-19 no lar em Reguengos de Monsaraz baseada em critérios técnicos da autoridade de saúde, dos cuidados primários e do hospital de Évora.
"As decisões" da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo foram "com base em critérios puramente técnicos", disse hoje à agência Lusa o presidente deste organismo, José Robalo.
E esta "parte técnica não tem a ver com a ARS. Tem a ver com os cuidados de saúde primários, tem a ver com o hospital de Évora (Hospital do Espírito Santo de Évora - HESE), tem a ver com a Autoridade de Saúde, que é dependente da Direção-Geral da Saúde", vincou.
O responsável da ARS Alentejo falava à Lusa numa primeira reação ao relatório da comissão de inquérito da Ordem dos Médicos (OM) para avaliar as circunstâncias clínicas do surto de covid-19 no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Silva Perdigão (FMIVSP), em Reguengos de Monsaraz (Évora), que alastrou à comunidade.
O lar de Reguengos de Monsaraz onde começou o surto de covid-19, que provocou no total a morte de 18 pessoas, não cumpria as orientações da DGS, conclui a auditoria, divulgada na quinta-feira à noite e à qual a Lusa teve acesso, com a comissão da OM a apontar responsabilidades à administração, mas faz também críticas à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.
Contactado hoje pela Lusa, o presidente da ARS Alentejo disse ainda não conhecer o relatório, nem ter sido ouvido no processo de auditoria.
Os Açores não registaram nas últimas 24 horas casos positivos de covid-19, pelo segundo dia consecutivo, tendo sido detetados até ao momento no arquipélago um total de 179 casos de infeção.
No seu comunicado diário, a Autoridade de Saúde Regional informa que "as 1.548 análises realizadas nos dois laboratórios de referência da região, nas últimas 24 horas, não revelaram novos casos positivos de covid-19".
Assim, os Açores mantêm um total de 179 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se, atualmente, 19 casos positivos ativos, todos eles na ilha de São Miguel.
Desde o início da pandemia já foram registadas na região 16 mortes por infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
As seguradoras renegociaram o pagamento dos prémios de 1,3 milhões de contratos, sobretudo nos ramos automóvel e de doença, para aplicação de um regime mais favorável ao tomador do seguro devido à pandemia, informou hoje o supervisor.
Num comunicado de balanço da aplicação das medidas previstas no decreto-lei n.º 20-F/2020, de 12 de maio - que estabelece um regime excecional e temporário relativo aos contratos de seguro na sequência da pandemia de covid-19 - a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) adianta terem sido "objeto de acordo entre as partes, com vista à aplicação de um regime mais favorável ao tomador do seguro", cerca de 1,3 milhões de contratos, dos quais 660 mil no âmbito dos seguros automóvel e 400 mil de doença.
A análise da ASF tem por base a informação reportada pelas empresas de seguros relativamente ao período de 13 de maio a 30 de junho de 2020, para os quatro principais segmentos de negócio dos ramos Não Vida (seguros automóvel, acidentes de trabalho, doença e incêndio e outros danos), representativos de 86,7% dos prémios brutos emitidos nestes segmentos em 2019.
Segundo o supervisor, em aproximadamente 3,3 milhões de apólices - a maioria dos seguros automóvel (1,9 milhões) e de incêndio e outros danos (1,2 milhões) - a validade das coberturas obrigatórias foi prolongada em 60 dias, tendo ainda os prémios sido reduzidos em 42 mil contratos que cobrem atividades que foram suspensas ou que sofreram uma redução substancial, ou cujos estabelecimentos encerraram devido medidas excecionais e temporárias adotadas em resposta à pandemia.
Os dados da ASF apontam também que "um pouco mais de 1.200 apólices correspondentes às mesmas atividades foram ainda objeto de aplicação de um regime de fracionamento do prémio sem custos adicionais".
Mais de metade dos doentes com artrite reumatoide que participaram num estudo sobre os impactos do confinamento disseram ter desenvolvido ou agravado os sintomas de depressão e mais de 40% disse que as dores articulares aumentaram.
O estudo, feito por especialistas do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental EPE - Hospital de Egas Moniz e do Hospital Ortopédico de Sant'Ana, conclui que 41% dos doentes referiu agravamento dos sintomas da doença durante o período do confinamento, 6,8% dos quais o consideraram grave.
Nestes sintomas, o que mais se agravou foi a dor articular (47,1%), mas os doentes apontaram também a dificuldade na realização de tarefas do dia-a-dia (18,5%), o inchaço (16,9%) e a rigidez (16,9%).
As causas apontadas para o agravamento foram a menor mobilidade durante o confinamento (34%), a redução da prática de exercício (17%) e a redução/suspensão de medicação para a artrite reumatoide (8%).
A maioria dos doentes (67,3%) reportou desenvolvimento ou agravamento de sintomas de ansiedade (tensão, sensação de medo, apreensão, inquietude, insónia ou sensação de ansiedade), cuja intensidade foi caracterizada como grave em 11,1% dos casos.
As salas de cinema portuguesas receberam perto de 78 mil espectadores em julho, uma quebra de 95,6% face ao período homólogo de 2019, anunciou hoje o Instituto do Cinema e do Audiovisual.
Em termos de receitas, o valor alcançado em julho foi de 382,4 mil euros, o que representa uma redução de 96,1% em relação ao mesmo mês de 2019.
O filme mais visto no mês de julho foi "Bora Lá", de Dan Scanlon, que contou com 9.710 espectadores, seguindo-se "O Rececionista", de Michael Cristofer, com 8.850, "Spycies - Agentes Especiais", de Guillaume Ivernel e Zhang Zhiyi, com 4.646 pessoas, e "Sobreviver na Noite", de Matt Eskandari, com 3.616 espectadores.
No agregado do ano, a receita total verificou uma quebra de 68,8% face aos primeiros sete meses de 2019 para 14,2 milhões de euros, enquanto o número total de espectadores de 2020 até ao final de julho é de 2,6 milhões, o que significa uma redução de 69,2% face ao ano anterior.
Em julho do ano passado, por exemplo, foram às salas de cinema portuguesas 1,784 milhões de pessoas.
O presidente da Câmara de Torres Vedras revelou que existem no concelho 57 casos ativos de Covid-19 além dos 72 do lar de Parada e que a realização de testes aos familiares dos funcionários do lar Nossa Senhora da Luza cabe às autoridades de saúde.
A consultora EY estima que, caso haja uma segunda vaga da pandemia de covid-19 em Portugal, a taxa de desemprego no país possa atingir os 17,6% no final do ano, segundo um estudo hoje divulgado.
De acordo com a quarta edição do "Caderno de Notas" da EY, dedicado à "Crise Económica da covid-19", e que conta com a supervisão e direção científica do antigo ministro da Economia Augusto Mateus, no caso de uma segunda vaga o desemprego poderá atingir os 17,6% no final do ano, depois da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento estimar 14,6% no primeiro trimestre, "antecipando-se que termine o ano em 11,1%".
"Contudo, o surgimento de uma segunda vaga da covid-19 no penúltimo trimestre de 2020 poderá empurrar a taxa de desemprego no país para 17,6%", alerta a EY, referindo que "o impacto será especialmente forte nas economias mais baseadas no emprego temporário e por conta própria".
Neste campo, "Portugal sobressai na UE (União Europeia), com um peso do emprego temporário de 17,9%, sendo superado apenas por Espanha (22,3%)", juntando à equação a EY o emprego por conta própria, que "também tem um peso forte na economia nacional (13,6%)".
O documento da EY conclui também que as "três características centrais" da crise económica associada à pandemia de covid-19 denotam que a produção de serviços foi "mais afetada que a produção de bens", que os "constrangimentos à mobilidade de pessoas, restrições no contacto social e nas formas de interação física humana penalizam processos de trabalho e de consumo", e que o "'lay-off' representou um mecanismo importante para a defesa do rendimento dos trabalhadores e da liquidez das empresas".
No entanto, ainda relativamente ao 'lay-off', a EY alerta que "o arrastamento da atual situação de convivência entre crise económica e pandemia na saúde pública impactará na subida da taxa de desemprego".
O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, defendeu hoje que se deve impedir a chegada de imigrantes ao país porque estes são potenciais "bombas biológicas" devido à Covid-19.
Conhecido pelos seus discursos contra a imigração, que já no passado associou ao terrorismo e à delinquência, Orbán manifestou estas ideias na sua entrevista semanal à rádio pública Kossuth.
"Todos os imigrantes ilegais que querem entrar no país sem controlo, não só violam as leis húngaras, como também representam uma ameaça biológica. É uma frase grave por isso digo-a com cuidado", disse o primeiro-ministro.
"Quando relacionamos a imigração com o contágio, criamos a imagem de que todos os imigrantes são uma bomba biológica que nos pode contagiar. Não é assim, só alguns o são, mas não sabemos quais", argumentou.
Como não se pode saber quais dos imigrantes estão infetados, é preciso "considerar todos os imigrantes como potenciais contaminadores", acrescentou.
Admitindo que esta posição possa ser injusta, Orbán defendeu que, "do ponto de vista dos húngaros, que podem ser vítimas disso, é preciso pensar na autodefesa".
Na Hungria, com quase 10 milhões de habitantes, as autoridades confirmaram 4.621 casos de infeção pelo novo coronavírus e 602 mortes associadas à doença.
O número de pessoas que viajaram num barco norueguês de cruzeiros e foram diagnosticadas com covid-19 aumentou para 62, anunciou hoje o Instituto de Saúde Pública daquele país, explicando tratar-se de 41 tripulantes e 21 passageiros.
De acordo com o Instituto norueguês de Saúde Pública, todos os passageiros infetados estão registados como moradores na Noruega.
Este navio de cruzeiro, o `Roald Amundsen`, costuma atuar como `ferry` local, viajando de porto em porto ao longo da costa oeste da Noruega.
Alguns passageiros desembarcaram ao longo da rota e as autoridades temem que possam ter espalhado o vírus nas comunidades locais.
A Noruega, com 5,4 milhões de habitantes, registou até ao momento cerca de 9.300 pessoas infetadas pela Covid-19 e 255 mortos, de acordo com os dados oficiais.
Uma alternativa às residências universitárias que, no próximo ano letivo, vão perder milhares de camas, devido às orientações da Direção-Geral da Saúde.
O jornal Público desta sexta-feira adianta que o Ministério da Ciência e Ensino Superior está à procura de soluções para garantir o alojamento dos estudantes. A oferta de alojamento universitário já era escassa e, com a necessidade de distanciamento de dois metros entre as camas, esta oferta vai ficar ainda mais reduzida, como conta a jornalista Cláudia Costa.
Os contratos serão assinados diretamente com as instituições de Ensino Superior, o que deve acontecer no próximo mês.
A imprensa alemã espera emergir mais forte da pandemia de Covid-19, que restaurou a sua credibilidade e impulsionou a expansão digital, apesar do colapso das receitas publicitárias durante o confinamento, defenderam profissionais e especialistas.
"A imprensa resistiu relativamente bem à crise na Alemanha", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) Monique Hofmann, especialista em meios de comunicação social do sindicato dos serviços Verdi. "Pensamos que a necessidade de informação continuará muito elevada e que a indústria deverá emergir mais forte da crise", acrescentou.
O balanço elaborado pelo setor no auge da crise, entre março e maio deste ano, também deu "razões para ter esperança" à federação da imprensa escrita e digital da Alemanha (BDZV, na sigla em alemão).
Um quarto dos seus membros registou vendas estáveis, tendo metade conseguido limitar o declínio a entre 1 e 5%, enquanto um décimo sofreu perdas pesadas.
Há mais de 51 mil vagas nas universidades e politécnicos, o número mais elevado dos últimos sete anos. Lideram no aumento de lugares as universidades de Lisboa e do Porto.
Uma vez que as médias dos exames nacionais subiram, está também previsto que as médias de acesso sejam mais elevadas. A primeira fase de acesso ao ensino superior termina a 23 de agosto.
Rui Vieira de Castro, reitor da universidade do Minho, falou à RTP sobre o processo que agora se inicia, em contexto de pandemia, e o esforço das universidades para cumprir as diretivas da DGS. O responsável mostrou-se "muito preocupado".
Um lar em Paradas, Torres Vedras, tem 72 pessoas infetadas. Dos quais 48 são utentes e 24 funcionários. Durante a última semana, todos os utentes e funcionários foram testados.
Horácio Félix, da administração do lar Nossa Senhora da Luz, revelou à RTP que os primeiros casos foi detetados na passada segunda-feira e confirmados na terça. Doze pessoas estão hospitalizadas e os restantes mantém-se na instituição.
Os utentes infetados que permanecem no lar estão numa "ala Covid" criada pela instituição.
Nas últimas 24 horas, a Rússia registou mais 5.241 casos de infeção por Covid-19, elevando o total para 877.135, o quarto maior do mundo.
O número oficial de vítimas mortais aumentou para 14.725.
As Filipinas registaram um novo aumento do número de casos de Covid-19. Foram registadas 3.561 novas infeções, elevando o total para 119.460. A Indonésia conta com 118.753 infetados.
O número de mortos aumentou em 28 para 2.150, menos de metade da Indonésia que regista 5.521 óbitos.
O aumento de casos na zona da capital, Manila, levou as autoridades filipinas a um novo confinamento de duas semanas.
As restrições, que entram em vigor na terça-feira, foram impostas depois de um grupo de profissionais de saúde ter alertado parta o facto de que o sistema poderia entrar em colapso, devido ao aumento de casos.
O Governo suíço assinou um acordo com a empresa norte-americana de biotecnologia para garantir o acesso antecipado à vacina contra a Covid-19.
A Suíça vai receber 4.5 milhões de doses, o suficiente para se vacinar 2.25 milhões de pessoas, se, conforme o esperado, forem necessárias duas doses por paciente.
Quase metade (47%) das empresas reduziram a sua atividade e quase um quinto (17,4%) encerraram ou interromperam totalmente" o funcionamento, de acordo com o estudo "MDS Research: Situação Económica em Portugal" hoje divulgado.
A MDS, multinacional portuguesa de consultoria de riscos e seguros, adianta que o "tecido empresarial português está a enfrentar uma crise sem precedentes, com redução significativa da atividade".
Segundo o estudo que tem por base um inquérito realizado junto de 115 empresas nacionais de quase duas dezenas de setores de atividade, "menos de metade das empresas conseguiram manter o seu nível de atividade, mas uma pequena franja (5,2%) conseguiu crescer à sombra da pandemia".
"A generalidade das empresas teve de implementar medidas para responder aos constrangimentos, seja por imposição legal, como o caso do teletrabalho e de medidas de proteção sanitária, seja porque a solidez financeira das empresas foi afetada", acrescenta, salientando que "a redução do investimento, o corte de custos e o recurso ao 'lay-off' estão entre as principais medidas adotadas, sendo relativamente reduzido a percentagem das empresas que procuraram novas formas de fazer negócio e de melhorar a sua oferta".
Quase metade dos participantes do estudo (45,2%) foram microempresas, 19,1% pequenas empresas, 16,5% empresas de média dimensão e 19,1% de grande dimensão.
O número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus na Alemanha aumentou em 1147 nas últimas 24 horas, para um total de 214.214 desde o início da pandemia.
O número de casos mortais aumentou em oito para um total de 9183.
7h42 - China deteta 37 casos em 24 horas
A China registou 37 novos casos confirmados de coronavírus na quinta-feira, 26 dos quais contágios locais na região oeste de Xinjiang e um em Pequim, informou a Comissão Nacional de Saúde.
Todos os casos em Xinjiang ocorreram por contágio local. Em Pequim, que já não registava um novo caso há mais de uma semana, foi também diagnosticado um paciente.
O país identificou ainda dez casos entre viajantes oriundos do exterior.
É o sétimo dia consecutivo em que a China regista menos de cinquenta infeções, depois de na semana passada ter tido três dias seguidos acima de cem.
As autoridades de saúde revelaram que 31 pacientes receberam alta, pelo que o número total de casos ativos na China continental se fixou em 843, entre os quais 36 permanecem em estado grave.
A Comissão não anunciou novas mortes por Covid-19, mantendo-se o total desde o início da pandemia em 4.634, entre as 84.565 pessoas infetadas oficialmente diagnosticadas na China.
7h08 - México com mais de 50 mil mortos desde o início da pandemia
O México registou 819 mortes nas últimas 24 horas e ultrapassou a barreira dos 50 mil óbitos desde o início da pandemia, indicaram as autoridades.
"Infelizmente temos 50.517 mortes da Covid-19 no México", disse o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde, Hugo López-Gatell, no Palácio Nacional na capital mexicana.
Nas últimas 24 horas, o país registou mais 6590 casos, elevando o total de contágios para 462.690.
O México ocupa o sexto lugar no mundo em número de casos globais, depois dos Estados Unidos, Brasil, Índia, Rússia e África do Sul, e é o terceiro com mais mortes, depois dos Estados Unidos e do Brasil.
7h00 - Índia ultrapassa os dois milhões de casos
A Índia reporta um total de 41.585 mortes provocadas pelo novo coronavírus, além de 2.027.074 infeções confirmadas. Só nas últimas 24 horas, o país somou 62.585 novas infeções e 886 óbitos.
Um estudo da Universidade de Stanford, publicado esta semana, adverte para a "forte disparidade na qualidade dos relatórios de dados da Covid-19" nos diferentes Estados da Índia, com os investigadores a defenderem a criação de "uma agência central para monitorizar e auditar a qualidade da informação fornecida pelos estados".
A Índia é o terceiro país do mundo com o maior número de infetados, depois de Estados Unidos e Brasil.
6h45 - Ponto de situação
Mais de 19 milhões de pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo. Um milhão contraiu o SARS-CoV-2 em apenas quatro dias. É o que indica o balanço em permanente atualização por parte da agência France Presse, compilado a partir de dados oficiais.Foram registados pelo menos 19.000.533 casos de contágio e 712.315 mortes por Covid-19.
Mais de quatro em cada dez casos localizam-se nos Estados Unidos, que acumulam 4.870.367 casos e 159.864 mortes, e no Brasil, com 2.912.212 de infeções e 98.493 óbitos.
A região mais atingida é a América Latina e as Caraíbas, com mais de 5.292.000 casos detetados, incluindo 211.732 mortes, seguindo-se a América do Norte, com 4.988.928 casos e 168.868 mortes, e a Europa, com 3.289.249 casos e 212.155 mortes.
Espanha, França e Alemanha enfrentam uma nova subida do número de infeções, tendo cada um destes países registado mais de mil novos casos em 24 horas. A África, o continente menos afetado pela pandemia, depois da Oceânia, ultrapassou um milhão de casos na noite de quinta-feira, dos quais mais de metade na África do Sul.
O quadro em Portugal
O último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, conhecido ao início da tarde de quinta-feira, reporta mais três casos mortais de Covid-19 em Portugal. O total de mortes, desde o início da pandemia, é agora de 1743.
Há mais 213 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, para um total de 52.061.
Estão internadas 369 pessoas, menos 15 face ao dados de quarta-feira. Nos Cuidados Intensivos estão 42 doentes.
Foram dadas como recuperadas da doença causada pelo SARS-CoV-2 mais 275 pessoas.
Foco em lar do Porto
Um foco de Covid-19 num lar do Porto levou ao internamento de oito pessoas. No total, estão infetadas 44 pessoas: trinta e quatro utentes e dez funcionários.
A Administração Regional de Saúde do Norte não especificou o estado clínico dos doentes internados no Hospital de Santo António. Os casos de infeção na residência sénior Montepio foram detetados na passada terça-feira. Entretanto, todos as 225 pessoas do lar fizeram os testes de rastreio.
O lar anunciou ter conseguido isolar a cadeia de contágio.
O bastonário da Ordem dos Médicos considera que a situação nos lares é mais grave. Miguel Guimarães afirmam que a Direção-Geral da Saúde não tem meios suficientes para dar uma resposta adequada.