Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.
O Brasil atingiu esta sexta-feira o seu terceiro dia consecutivo com mais de duas mil mortes devido à covid-19 (2.216) e somou 85.663 novas infeções, o segundo maior registo desde o início da pandemia.
Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde brasileiro, que dá conta de um total de 275.105 óbitos e 11.363.380 casos positivos desde o registo da primeira infeção no país, em fevereiro do ano passado.
A média de mortes subiu hoje para 1.762 diárias e a de infeções para 70.593, números recorde.
No momento em que o país atravessa o momento mais crítico da pandemia, com hospitais em colapso por todo o país, a taxa de incidência da covid-19 em território brasileiro aumentou hoje para 131 mortes e 5.407 casos por 100 mil habitantes.
Em números absolutos, em todo o mundo, só os Estados Unidos têm mais vítimas mortais do que o Brasil: cerca de 545 mil, de acordo com o painel Worldometer.
Segundo a imprensa local, o Governo brasileiro prevê mesmo que o país possa chegar às três mil mortes diárias pela covid-19 nas próximas semanas.
Um ano após a pandemia ser oficialmente declarada no país, o Brasil acumula cerca de 10% das mortes notificadas no mundo por covid-19, sendo que tem apenas 3% da população global, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
"Anunciado o plano de desconfinamento e apesar de se aguardar ainda pela sua regulamentação, a AHRESP considera que é, mais do que nunca, urgente que os apoios cheguem rapidamente às empresas, de forma ampla e imediata", refere a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, no boletim diário.
Investigadores brasileiros identificaram uma nova mutação do coronavírus SARS-CoV-2 que circula em diferentes regiões do país há semanas e que, assim como a estirpe P.1 detetada no Amazonas, também é mais contagiosa.
A nova estirpe foi identificada após investigadores de cinco diferentes centros científicos e universitários do país terem realizado a sequência genética de 195 amostras do vírus recolhidas em 39 municípios do Brasil.
As análises genéticas identificaram em três das amostras uma nova variante da covid-19, com uma mutação que já foi associada a um maior contágio, informou em comunicado o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e que coordenou o estudo.
Segundo o centro científico, os resultados das análises foram depositados na quinta-feira em diferentes bases de dados públicas internacionais e submetidos, no mesmo dia, à aprovação de uma revista científica internacional para a publicação do respetivo artigo de identificação da nova estirpe, assinado por 22 investigadores brasileiros.
De acordo com o estudo, a nova variante do vírus Sars-CoV-2 possui a mutação E484K na sua proteína S, presente em outras estirpes e que já foi associada a uma maior capacidade de transmissão. Trata-se da mesma mutação identificada nas variantes detetadas no Brasil e no Reino Unido.
O Brasil assinou hoje um contrato para receber 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, que serão importadas da Rússia pelo laboratório brasileiro União Química, anunciou o Ministério da Saúde.
As regiões mais populosas da península vão ser classificadas como zonas "vermelhas", de alto risco, resultando no encerramento de escolas, bares e restaurantes.
As viagens serão limitadas às necessidades de trabalho, aquisição de bens essenciais e emergências de saúde.
Na zona "vermelha" passam a estar a Lombardia, Emília-Romanha, Piemonte, Apúlia, Véneto, Friul-Veneza Júlia, Marcas, Basilicata, Campânia, Lácio, cuja capital é Roma, e a província autónoma de Trento.
Este anúncio esperado acontece porque "durante a semana passada, 150.175 novos casos foram registados, em comparação com os 130.816 da semana anterior, um aumento de quase 15%", apontou hoje o primeiro-ministro, Mario Draghi, na mesma semana em que a Itália ultrapassou os 100.000 mortos desde o início da pandemia.
"Estou ciente que estas medidas vão trazer consequências na educação das crianças, na economia e no estado psicológico de todos", admitiu Draghi.
O governo italiano aprovou hoje um decreto de lei para aplicar o confinamento total de 3 a 5 de abril, os três dias da Semana Santa, e vai colocar a partir de 15 de março na zona "vermelha", de maiores restrições, as regiões com uma incidência semanal superior a 250 casos por cada 100.000 habitantes.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse estar "muito preocupado" com a situação epidemiológica da covid-19 no Brasil e pediu ao Governo de Jair Bolsonaro que tome "medidas sérias".
Tedros Adhanom Ghebreyesus reiterou assim os seus alertas sobre a situação da pandemia no país sul-americano, presidido por Jair Bolsonaro.
"Estamos muito preocupados, porque não só o número de casos, mas também o número de mortes estão a aumentar", disse o diretor-geral da OMS, em conferência de imprensa.
"Se nenhuma medida séria for tomada, a tendência atual (...) traduzir-se-á em mais mortes", alertou, pedindo ao Governo que "leve a situação a sério".
Um ano após a pandemia ser oficialmente declarada no país, o Brasil acumula 10,3% das mortes notificadas no mundo por covid-19, sendo que tem apenas 3% da população global, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Brasil, que nos últimos dois dias registou mais de duas mil mortes diárias devido à covid-19 e que enfrenta agora o momento mais crítico da pandemia, tem vários hospitais em colapso e novas estirpes do vírus em circulação, o que levou governadores e prefeitos a decretar medidas restritivas de isolamento social.
Contudo, Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais negacionistas em relação à gravidade da covid-19, defende que a população brasileira saia à rua em prol da economia, e "antevê problemas sérios" caso isso não aconteça.
O Presidente brasileiro tem sido ainda alvo de muitas críticas por parte de especialistas em saúde pública por defender publicamente o uso de medicamentos cuja eficácia contra o vírus não foi comprovada, como a hidroxicloroquina.
"As autoridades devem enviar mensagens claras sobre a situação e as medidas a serem tomadas", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A atual situação no Brasil, caso persista, ameaça atingir os países vizinhos, que, de modo geral, estão numa melhor posição do que a nação brasileira, advertiu ainda.
A OMS está particularmente preocupada com a circulação no Brasil de uma das estirpes mais contagiosas do coronavírus, chamada P.1 e que surgiu em Manaus, na região norte do país.
"Estão a decorrer vários estudos sobre essa variante P.1, a fim de quantificar a sua transmissibilidade e gravidade. Há elementos que sugerem que a sua severidade também está a aumentar", observou a epidemiologista Maria Van Kerkhove, coordenadora da gestão da pandemia na OMS.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, a estirpe P.1 é, pelo menos, três vezes mais contagiosa do que a original.
O Brasil, com 212 milhões de habitantes e que vacinou cerca de 4% da sua população, concentra 272.889 mortes e 11.277.717 casos de infeção, sendo um dos três países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo.
A Alemanha retirou hoje Portugal da lista de "países com elevada incidência de mutações do coronavírus", mas mantém como "zonas de risco" as regiões da Lisboa e Vale do Tejo, Madeira e Algarve, revela uma nota do Governo português.
A mudança de estatuto, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, começa a vigorar a partir do próximo domingo, com as autoridades alemãs a considerar "zonas livres de risco" o arquipélago dos Açores e as regiões do Alentejo, Centro e Norte de Portugal.
"O Governo da República Federal da Alemanha decidiu, hoje, retirar Portugal da sua lista de 'países com elevada incidência de mutações do coronavírus'. Esta decisão põe fim à 'proibição de transporte', que vinha sendo aplicada a Portugal desde o dia 30 de janeiro e que impedia o transporte de pessoas a partir do nosso país, por via ferroviária, rodoviária, marítima ou aérea", lê-se no documento.
"As viagens de Portugal para a Alemanha passam, assim, a ser novamente possíveis, sendo que a decisão começa a produzir efeitos às 00:01 do próximo domingo, dia 14 de março", acrescenta-se no comunicado do MNE.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros lembra que Portugal tinha sido classificado pelas autoridades alemãs como "país com elevada incidência de mutações do coronavírus" a 27 de janeiro.
"Além de funcionar como um impedimento às viagens a partir de Portugal, esta categorização tinha como consequência, para os poucos casos excecionais em que era possível viajar para a Alemanha (residentes no país, por exemplo), a sujeição a um regime de duplo teste: antes da partida e à chegada à Alemanha, ao qual se somava a obrigação de cumprir quarentena, nos termos próprios do Regulamento de cada Land (Estado federado)", refere o Governo português
"Já as regiões da Madeira, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve passam a ser classificadas como 'de risco'. Quem, com origem nestas regiões, viajar para a Alemanha, terá de apresentar prova de um teste negativo ao coronavírus durante as primeiras 48 horas após a entrada em território alemão e cumprir quarentena, nos termos próprios do Regulamento de cada Land. Estas exigências não se aplicam a quem, em proveniência daquelas regiões, apenas transite pela Alemanha, com destino a outro país", refere o MNE.
A atividade clínica do hospital de campanha do Estádio Universitário vai ser suspensa a partir de terça-feira, anunciou o presidente da Câmara, garantindo que a infraestrutura "permanece pronta para reabrir a qualquer momento".
Numa publicação nas redes sociais, Fernando Medina (PS) diz esperar que o equipamento "não seja mais necessário", mas ressalva que poderá reabrir "se assim se justificar".
A atividade clínica do hospital de campanha do Estádio Universitário será suspensa a partir 3.ª feira. Esperando que não seja mais necessário, esta infraestrutura permanece pronta para reabrir a qualquer momento, se assim se justificar.
— Fernando Medina (@FMedina_PCML) March 12, 2021
Confiantes, mas cautelosos. #Lisboaprotege pic.twitter.com/QjQ1P4saT4
O autarca adianta também que uma equipa de operacionais do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa procedeu hoje de manhã à descontaminação do espaço.
A Alemanha retirou hoje Portugal da lista de "países com elevada incidência de mutações do coronavírus, com efeitos a partir do próximo domingo", indica uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros português na rede social Twitter.
Segundo a nota do ministério tutelado por Augusto Santos Silva, a decisão põe fim à "proibição de transporte" que impedia as viagens de pessoas a partir de Portugal.
A #Alemanha retirou hoje Portugal da sua lista de “países com elevada incidência de mutações do #coronavírus”, com efeitos a partir do próximo domingo. A decisão põe fim à “proibição de transporte” que impedia o transporte de pessoas a partir do nosso país.
— N Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) March 12, 2021
O anúncio da decisão de Berlim surgiu pouco depois das declarações feitas pelo ministro da Administração Interna português, Eduardo Cabrita, que defendeu que "não há qualquer justificação" para as restrições que a Alemanha impõe aos passageiros provenientes de Portugal devido à pandemia de covid-19.
"Portugal está manifestamente esta semana com resultados que são mais positivos ainda do que aqueles que tínhamos há uma semana, e, portanto, não há nenhuma justificação para essa restrição", sublinhou então Eduardo Cabrita numa conferência de imprensa após o conselho informal dos ministros de Administração Interna da UE, presidido pelo próprio a partir de Lisboa.
Desde 30 de janeiro, a Alemanha tem proibido a entrada a passageiros oriundos de Portugal, por constar numa lista em que também estão incluídos países como a Eslováquia ou a região austríaca de Tirol, e que engloba as chamadas "zonas com variantes de covid-19".
O Reino Unido registou 175 mortes e 6.609 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, menos que na véspera, e o índice de transmissibilidade caiu para o nível mais baixo desde maio de 2020, de acordo com infomação do Governo britânico.
Na quinta-feira tinham sido notificadas 181 mortes e 6.753 casos, mas a média dos últimos sete dias é de 155 mortes e 5.855 infeções.
Entre 6 e 12 de fevereiro houve uma redução de 35,4% de mortes de covid-19 e de 7,3% no número de pessoas com um resultado de teste positivo confirmado em relação aos sete dias anteriores.
Na atualização semanal divulgada hoje, os cientistas estimaram que o índice de transmissibilidade efetivo (Rt) no Reino Unido desceu ligeiramente para entre 0,6 e 0,8 (0,7 e 0,9 na semana passada), o que confirma que a transmissão do vírus está a diminuir.
No total, morreram no Reino Unido 125.343 pessoas entre 4.248.286 casos de contágio confirmados desde o início da pandemia covid-19.
A Agência de Luta contra o Coronavírus da Tunísia decretou o confinamento obrigatório de pelo menos 10 dias em quatro províncias na região de Béjà, noroeste do país, após um surto da variante descoberta no Reino Unido.
Segundo a imprensa local, o Ministério da Educação anunciou, por sua vez, o encerramento de 10 estabelecimentos escolares da zona até 20 de março e declarou que a medida vai ser revista em função da evolução da pandemia.
A campanha de vacinação vai arrancar este sábado, graças à chegada de um primeiro lote de 30.000 doses da vacina russa Sputnik V, na terça-feira, sendo levada a cabo com o apoio "direto" do Exército, assegurou o primeiro-ministro, Hichem Mechichi.
"Trabalhamos pelo cidadão e pela melhoria das condições de vida, longe das disputas políticas que bloquearam o país", afirmou o chefe de governo, referindo-se ao confronto com o presidente do país, Kaïs Saïed.
A Argentina prolongou até 31 de dezembro a emergência sanitária que decretou há um ano para enfrentar a covid-19, e que envolve medidas para evitar contágios, prevenir a escassez de produtos sanitários básicos ou recomendações pra restringir viagens.
"As medidas estabelecidas neste decreto são razoáveis e proporcionais em relação à ameaça e risco à saúde que enfrenta o nosso país e são adotadas provisoriamente, para proteger a saúde da população", pode ler-se no texto promulgado pelo governo de Alberto Fernández.
"O Estado não só melhorou a capacidade de atendimento no sistema de saúde e aumentou a aquisição de provisões e equipamentos necessários, mas implementou também medidas para mitigar o impacto económico e social causado pela pandemia de covid-19", prossegue o documento.
O decreto de lei aprova a recomendação de restrições às viagens de ou para zonas afetadas e de maior risco, deixando a sua implementação nas mãos das "autoridades competentes".
O Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE) criticou hoje as medidas de apoio ao setor cultural apresentadas pela ministra, afirmando que são uma repetição do já anunciado e que já deviam ter sido aplicadas.
O Cena-STE reitera também a exigência do melhoramento das medidas lançadas, nomeadamente a criação de um fundo de emergência, rapidez na aplicação das medidas, reforço dos valores destinados aos trabalhadores, extensão do tempo de beneficio dos apoios e uma maior abrangência das ajudas, que tenha em conta a realidade laboral.
"Um setor que vive uma situação sem precedentes, e que encara com grande ansiedade todas as medidas que vão sendo anunciadas, não pode ser confrontado com um mero 'loop' de medidas já apresentadas e que sobretudo tardam a ser postas em prática", afirma o sindicato em comunicado, frisando que os "trabalhadores da cultura exigem respeito".
A ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou hoje o prolongamento, até maio, da verba de 438,81 euros referente a um indexante dos Apoios Sociais (IAS), a ser atribuído aos trabalhadores da cultura, previsto desde janeiro. O prolongamento agora anunciado permite receber até três vezes esse apoio, ou seja, passam a ser três meses de apoio, em vez de um mês, como inicialmente previsto.
Para o Cena-STE, esta foi a única medida que sofreu alterações, "ainda que seja um pequeno passo na extensão dos apoios", é "claramente insuficiente e está longe de responder às necessidades de sobrevivência dos trabalhadores da Cultura".
A Câmara de Loulé vai investir cerca de um milhão de euros num programa de estímulo ao comércio local, serviços e restauração, que poderá gerar um volume de negócios de cinco milhões de euros, foi hoje anunciado pelo município.
O programa, denominado "Toma Lá Dá Cá", entra em vigor em 19 de março e visa incentivar o comércio das micro e pequenas empresas durante o período de desconfinamento da pandemia de covid-19, através da atribuição de descontos diretos ou vales de desconto aos consumidores por compras realizadas nos estabelecimentos aderentes, explicou o vice-presidente da autarquia, Pedro Pimpão, na apresentação da iniciativa.
Ao fazer uma compra, o consumidor obtém logo um desconto direto, cujo valor varia consoante o preço da compra, e um vale de desconto, que pode depois "ser utilizado nos outros negócios que adiram à iniciativa", precisou o autarca.
Com uma compra de 10 euros, será atribuído um desconto direto de 2,5 euros e um vale de outros 2,5 euros, enquanto um gasto de 25 euros permite ter desconto direto e vale de 7,5 euros cada, exemplificou Pedro Pimpão.
Ainda segundo Pedro Pimpão, o programa é regulado através de um protocolo assinado hoje e celebrado para o efeito entre a autarquia e a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) e da Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA).
"Consideramos que o comércio local é aquele que deve ter uma atenção redobrada por parte de uma autarquia, é por isso que nos cingimos àquilo que é apoio ao pequeno comércio, ao microempresário, com um microconsumo replicativo, e que vai gerar, a nosso ver, uma dinâmica das cidades com esta campanha de estímulo", afirmou o vice-presidente da Câmara de Loulé, apelando à manutenção de todas as medidas de segurança nesta fase para evitar retrocessos na pandemia.
Após a assinatura do protocolo, Paulo Alentejano, presidente da ACRAL, considerou ser "uma honra" a associação que dirige estar "associada a este tipo de iniciativa".
De acordo com o documento com as novas medidas para mitigar o impacto da covid-19 na economia apresentadas por vários membros do Governo, o 'lay-off' simplificado será alargado a "situações em que mais de metade da faturação no ano anterior tenha sido efetuada a atividades atualmente sujeitas ao dever de encerramento".
O 'lay-off' simplificado será ainda alargado aos sócios-gerentes e a empresas afetadas por interrupção de cadeias de abastecimento, suspensão ou cancelamento de encomendas, tal como já tinha sido anunciado.
Segundo explicou depois à agência Lusa fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o acesso ao 'lay-off' é alargado às empresas "que estejam numa situação de quebra de atividade superior a 40% que resulte de interrupção das cadeias de abastecimento ou da suspensão ou cancelamento de encomendas, e que no ano anterior tenham tido mais de metade da faturação efetuada a atividades ou setores que estejam atualmente suspensos ou encerrados".
O decreto-lei que prevê o alargamento do 'lay-off' simplificado a estas empresas, como é o caso das empresas de segurança ou de limpeza, que prestavam serviço a outras cuja atividade foi encerrada por decisão administrativa, foi aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o diploma prevê ainda a reativação do apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhador independente, empresário em nome individual ou membro de órgão estatutário dos setores do turismo, cultura, eventos e espetáculos, "cuja atividade, não estando suspensa ou encerrada, está ainda assim em situação de comprovada paragem total da sua atividade ou da atividade do respetivo setor".
O presidente do PSD considera que o plano de desconfinamento do Governo tem "as balizas certas" e segue uma metodologia defendida pelos sociais-democratas, mas admitiu que ele teria sido mais prudente na reabertura das escolas do 1.º ciclo.
"Relativamente à decisão em concreto para segunda-feira, teria sido um pouco mais prudente na questão das escolas e não teria incluído já o primeiro ciclo. Atrasaria por 15 dias a abertura do primeiro ciclo", afirmou Rui Rio, questionado sobre o tema numa conferência de imprensa de apresentação de candidatos autárquicos em Coimbra.
O líder do PSD manifestou a concordância com a metodologia em que assenta o plano apresentado na quinta-feira pelo primeiro-ministro, faseada e com base em indicadores definidos por especialistas.
"É uma metodologia que já deveria ter sido adotada há mais tempo, mas é melhor agora que nunca. O país tem as balizas certas para saber como vai evoluir", afirmou, acrescentando que os sociais-democratas já defendiam que a reabertura gradual teria de ser baseada em critérios objetivos.
Para Rio, o que foi anunciado por António Costa corresponde, "na componente estrutural", ao que o PSD tem vindo a dizer que é necessário fazer.
O município salienta que, "dez dias depois da abertura das inscrições", a autarquia "já entregou mais de um milhão de euros às primeiras empresas inscritas a 1 de março", sendo que os primeiros pagamentos foram efetuados na segunda-feira.
Até ao momento, candidataram-se à segunda fase dos apoios a fundo perdido às empresas da cidade, no âmbito do programa Lisboa Protege, "1.038 empresas, das quais 258 já receberam o apoio da autarquia", lê-se no comunicado.
"Os setores com maior representatividade são a restauração, totalizando 37% das candidaturas, comércio a retalho com 19%, atividades desportivas 10% e as indústrias criativas com 8% do total de inscrições", adianta a câmara.
Vários países decidiram suspender, temporariamente, a administração da vacina da AstraZeneca depois de terem sido detetados 30 casos de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam a vacina. No entanto, a Organização Mundial da Saúde afirma que não há ligação entre a inoculação e os eventos tromboembólicos.
O Governo autorizou a venda de testes rápidos de antigénio em farmácias e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, permitindo à população fazer o autoteste à Covid-19, segundo um despacho assinado pela ministra da Saúde, Marta Temido, publicado hoje em Diário da República.
Contactado pela agência Lusa, Ricardo Mexia considerou "útil e interessante" esta possibilidade de o cidadão fazer o autoteste, mas sublinhou que estes testes não substituem os outros, nomeadamente o PCR, em que a colheita é feita com uma zaragatoa da nasofaringe e o teste é realizado por métodos de deteção molecular
Relativamente à fiabilidade destes testes rápidos de antigénio, que são realizados com amostras da área nasal anterior interna, o médico de saúde pública afirmou que genericamente devem ter "uma fiabilidade importante".
"Imagino que vá haver diversas opções no mercado e que possam ter diferentes sensibilidades, mas genericamente eu penso que estes testes têm uma fiabilidade importante porque de outra forma também não acederiam ao mercado e podem ser um complemento", sublinhou.
Ricardo Mexia explicou que que cada teste tem a sua aplicação: "Os testes de PCR têm a sua aplicação, os testes de antigénio têm a sua aplicação e estes também têm seguramente um papel a desempenhar e que nos pode ajudar a massificar o acesso aos testes para situações mais concretas".
"É evidente que a ideia não é que estes testes passem a substituir os outros. É, como digo, complementar àquilo que é a resposta em termos de testagem que contempla as diversas opções", sustentou.
Ressalvando que ainda não leu as especificações dos testes, o especialista afirmou que os resultados são "mais fiáveis" quando são feitos em pessoas com sintomas.
"Têm tipicamente maior capacidade de deteção (nestes casos), mas dependerá das indicações do teste, mas tendencialmente são melhores para pessoas sintomáticas do que para pessoas sem sintomas", justificou.
De acordo com a PRO.VAR o "grande risco deste desconfinamento é que o patamar que permite trabalhar em forma plena é atribuído a um nível considerado muito exigente e facilmente alcançável, colocando o setor da restauração em permanente sobressalto, pois iremos assistir a um `abre e fecha` de 15 em 15 dias", lê-se na mesma nota.
A medida foi anunciada na conferência de imprensa de apresentação, pelo Governo, de novos apoios para mitigar o impacto da pandemia de Covid-19, pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A ministra disse ainda que o apoio à retoma será alargado até setembro de 2021, tal como já tinha sido anunciado.
"Reconhecendo as dificuldades de setores específicos que, não tendo ordem de suspensão das atividades, têm neste momento a sua atividade muitíssimo afetada, seja concretamente o turismo e a cultura, prevemos um regime especial para estes dois setores que, no caso do apoio à retoma progressiva, possam ter uma isenção total de contribuição relativamente à entidade empregadora", explicou a governante.
O Governo austríaco afirmou hoje que a distribuição de vacinas contra a covid-19 tem sido desigual na União Europeia, ao contrário do que foi acordado pelos chefes de Estado europeus em junho do ano passado.
O chanceler federal austríaco, o conservador Sebastian Kurz, especificou que, quando falou com vários dos seus homólogos europeus, detetaram que vários países, como Malta, Dinamarca ou Países Baixos, recebem muito mais doses do que outros, como a Bulgária ou a Croácia.
O número de israelitas que receberam as duas doses da vacina contra o novo coronavírus ultrapassou hoje os quatro milhões, o que representa quase metade da população, indicou o Ministério da Saúde de Israel.
De acordo com a mesma fonte, 55% dos cerca de nove milhões de habitantes recebeu pelo menos uma dose da vacina Pfizer, enquanto 44% já foram inoculados também com a segunda.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 2.630.768 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Presse.
Mais de 118.527.720 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito às 11:00 TMG (mesma hora em Lisboa) de hoje com base em fontes oficiais, sabendo-se que alguns países só testam os casos graves e outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de capacidades limitadas de testagem.
Na quinta-feira, registaram-se 9.862 mortes e 479.258 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência.
O número de novos casos de covid-19 teve uma "diminuição acentuada" a partir de 28 de fevereiro, tendo em 10 de março sido de 5.119 casos no acumulado de sete dias, o valor mais baixo desde 29 de setembro de 2020.
Os números são hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na publicação “Indicadores de contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia covid-19 em Portugal” com dados até 10 de março.
“A taxa de incidência de covid-19 a 14 dias foi de 105 casos por cada 100 mil habitantes. Esta taxa tinha atingido um máximo a 29 de janeiro (1.667)”, mostram também os indicadores do INE.
Fazendo uma análise a óbitos por regiões, o Instituto Nacional de Estatística realça que, entre 1 e 28 de fevereiro de 2021, o número preliminar de óbitos nas regiões Área Metropolitana de Lisboa (AML) e Centro situou-se acima da média nacional.
As novas medidas de apoio à economia lançadas pelo Governo estão avaliadas em mais de sete mil milhões de euros, dos quais 1.160 milhões de euros a fundo perdido, anunciou hoje o ministro da Economia e da Transição Digital.
“No seu conjunto, estas medidas correspondem a mais de sete mil milhões de euros, dos quais 1.160 milhões de euros são apoios a fundo perdido, dirigidos às empresas”, afirmou Pedro Siza Vieira, salientando que “a isto acrescem também apoios importantes nos setores do desporto e da cultura”.
O ministro da Economia falava numa conferência de imprensa de apresentação das novas medidas de apoio ao emprego e às empresas decididas no Conselho de Ministros de quinta-feira, em que foi também divulgado o plano de desconfinamento até maio.
Segundo salientou, essas medidas destinam-se a “reforçar o conjunto de apoios à economia e ao emprego e a algumas atividades muito específicas”.
“São apoios agora mais abrangentes e apoios mais direcionados, também, aos setores que mais foram impactados pela situação ao longo deste ano, que visam encorajar as empresas a recuperarem a sua atividade nos próximos tempos e que se prolongam, também por isso, durante mais tempo do que aquele que estava anteriormente anunciado”, sustentou.
Os Açores registaram nas últimas 24 horas quatro novos casos de covid-19, todos na ilha de São Miguel, diagnosticados na sequência de 1.795 análises realizadas, adianta hoje o boletim diário da Autoridade de Saúde Regional.
A pneumologista desenhou um plano de desconfinamento que serviu de base ao plano do Governo anunciado na quinta-feira. Mas, à RTP, diz que "não há nenhum plano nem nenhuma medida que isoladamente seja eficaz".
Qualquer plano de desconfinamento deve ser acompanhado por "uma boa estratégia de testagem", vacinação e cuidados individuais.
Este especialista não concorda com o facto de o alívio das restrições depender do número de novos casos ou do índice de transmissibilidade, quando até agora o referencial era o número de internamentos ou de doentes em cuidados intensivos.
Jorge Torgal considera que o número de novos casos não é o factor mais relevante para avaliar a gravidade da pandemia, numa altura em que a população mais vulnerável ao vírus começa a ficar protegida pela vacina contra a Covid-19.
Apesar de tudo, este elemento do Conselho Nacional de Saúde Pública concorda com a reabertura das escolas, por considerar que o risco é muito reduzido.
Uma única injeção das vacinas Pfizer e Moderna contra a Covid-19 pode ser suficiente para proteger as pessoas que já estiveram infetadas com o novo coronavírus, conclui um estudo agora divulgado.
As creches, o ensino pré-escolar e o 1.º ciclo abrem portas na próxima segunda-feira e só três semanas depois, a 5 de abril, é que o ensino volta a ser presencial para os 2. º e 3.º ciclos.
Os estudantes dos ensinos secundário e superior só regressam aos estabelecimentos a 19 de abril. A Fenprof diz que este calendário tem de ser acompanhado com um reforço de medidas de segurança. A Confederação Nacional de Associações de Pais considera que nada está resolvido e que é preciso continuar a progredir na reabertura.
7h46 - Alemanha com mais de 12.800 casos em 24 horas
O número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus na Alemanha aumentou, nas últimas 24 horas, em 12.834, para um total de 2.545.781 reportados desde o início da pandemia.
Morreram mais 252 pessoas no mesmo período, para um total acumulado de 73.062 óbitos associados à Covid-19.
7h38 - Desconfinamento sujeito a avaliação quinzenal
O primeiro-ministro sublinhou ontem que a reabertura gradual das atividades está sujeita a uma reapreciação quinzenal, de acordo com a avaliação de risco feita a cada momento. Essa avaliação de risco tem por base dois critérios: o número de novos casos por 100 mil habitantes e a taxa de transmissibilidade, medida através do denominado RT.
6h55 - Ponto de situação
António Costa anunciou na última noite um plano de desconfinamento progressivo, ou, nas suas palavras, "a conta-gotas".A circulação entre concelhos em Portugal continental volta a estar proibida entre as 20h00 desta sexta-feira e as 5h00 de segunda-feira.
Segundo o primeiro-ministro, que falou ao país a partir do Palácio da Ajuda, em Lisboa, no termo da reunião do Conselho de Ministros, os números da pandemia permitem já começar a reabrir o país às atividades afetadas pelo confinamento decretado desde o mês de janeiro.
Consulte aqui a totalidade das medidas do Plano de Desconfinamento apresentado esta noite.
Escolas reabrem com os mais novos
Numa das medidas mais aguardadas, o primeiro-ministro anunciou que as crianças das creches e os alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo regressam na próxima segunda-feira às escolas. Há, entretanto, medidas que se mantêm na sua essência: o teletrabalho deverá permanecer sempre que possível; os horários de funcionamento serão as 21h00 durante a semana e 13h00 ao fim de semana e feriados ou 19h00 para o retalho alimentar; mantém-se a proibição de circulação entre concelhos, agora no período 20 e 21 de março e entre 26 de março e 5 de abril (Páscoa).
Livrarias reabrem na próxima semana
As atividades culturais poderão ser retomadas, faseadamente, a partir de segunda-feira, dia em que podem reabrir livrarias, bibliotecas e arquivos, anunciou o primeiro-ministro, na apresentação deste plano de desconfimamento que se "inicia a 15 de março e se prolonga até 3 de maio".O comércio ao postigo é autorizado a partir de 15 de março. Podem reabrir os cabeleireiros, as manicures e estabelecimentos similares, assim como as livrarias, o comércio automóvel, a mediação imobiliária, as bibliotecas e arquivos.
No que ao setor da Cultura diz respeito, a 5 de abril podem reabrir museus, monumentos, palácios, galerias de arte e similares e em 19 de abril teatros, salas de espetáculos e cinemas, sucedendo-se às reaberturas possíveis a partir da próxima segunda-feira.
Também a partir de 19 de abril podem ser retomados os "eventos no exterior, sujeitos a aprovação da Direção-Geral da Saúde".
A 3 de maio, poderão voltar a realizar-se "grande eventos exteriores e interiores, sujeitos a lotação definida pela DGS".
O objetivo é evitar as deslocações habituais na semana santa. Mantêm-se também as restrições aos voos provenientes dos países de maior risco para as novas estirpes.
O primeiro-ministro especificou que há "restrições particulares" para todas as pessoas que venham diretamente do Reino Unido, Brasil ou África do Sul.
Mesmo quem faz escala tem de apresentar um teste negativo e cumprir 14 dias de isolamento profilático.
Desconfinar "com sensatez e sucesso"
O Presidente da República diz à RTP que já "disse tudo o que tinha a dizer sobre o desconfinamento". Antes de partir para Roma, para a primeira visita oficial, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou o discurso da tomada de posse quando pediu um desconfinamento "com sensatez e sucesso". Cancelados exames e provas de aferição do 9.º ano
O anúncio foi feito também na última noite pelo Ministério da Educação. A tutela adianta que, tal como aconteceu no último ano letivo, os alunos do ensino secundário terminam o ano com a classificação interna.
Quer isto dizer que não precisam de fazer exames para terem acesso a um certificado. Os estudantes devem apenas inscrever-se nas provas de ingresso que pretendem, para acesso à universidade.
No caso do Ensino Profissional e Artístico, admite-se a realização de provas de aptidão à distância.
Missas retomadas na segunda-feira
A decisão da Conferência Episcopal Portuguesa detalha os procedimentosdos rituais religiosos durante a semana santa, que antecede a Páscoa.
Todas as celebrações vão realizadas respeitando as indicações da Direção-Geral da Saúde.
Novas restrições em São Miguel
O Governo Regional dos Açores avançou com medidas de confinamento no concelho da Ribeira Grande. Mas põe fim à cerca sanitária em Rabo de Peixe.
Nesta ilha, a maior do arquipélado açoriano, surgiram nas últimas horas 34 novos casos da variante britânica.
Vacinas chegam a bom ritmo à Madeira
Cerca de cinco mil profissionais da educação vão começar a ser vacinados nos próximos dias.
Nesta primeira fase, a prioridade vai para o pessoal docente e não docente com contacto com crianças até ao sexto ano.
O quadro em Portugal
O último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, divulgado ao início da tarde de quinta-feira, reportou mais 18 mortes associadas à Covid-19 em 24 horas. É o número mais baixo de vítimas mortais desde 22 de outubro.
Havia ontem registo de 627 novos casos confirmados de infeção.
Estavam internadas menos 99 pessoas.
Agência Europeia de Medicamentos veio contrariar os países que suspenderam vacina da AstraZeneca. A estrutura garante que os benefícios são superiores aos riscos e deve por isso continuar a ser administrada.