Donald Trump foi condenado esta sexta-feira por pagamentos ilegais para comprar o silêncio da atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, com quem terá mantido uma relação extraconjugal. No entanto, não será detido nem irá pagar qualquer multa. O presidente eleito dos Estados Unidos já anunciou que irá recorrer da condenação, criticando a "patética e anti-americana caça às bruxas" dos "democratas radicais".
A sentença do juiz Juan Merchan, pronunciada durante uma audiência em Nova Iorque, condena Trump a uma "libertação incondicional", o que não acarreta pena de prisão ou de multa nem liberdade condicional.
O juiz recordou as "circunstâncias únicas e excecionais" da situação, passando a declarar aquela que considerou "a única sentença possível" e desejando a Donald Trump "boa sorte no seu segundo mandato".
Participando de forma virtual na sessão, a partir da sua mansão em Mar-a-Lago, Florida, Trump descreveu o julgamento como uma "vergonha para o sistema" e disse ser "totalmente inocente".
"É uma vergonha para o sistema", denunciou o republicano, que entrará na Casa Branca dentro de dez dias como o primeiro presidente norte-americano a ser condenado num processo criminal.
Em abril de 2024 Trump foi condenado em 34 acusações, quando ainda nem era candidato confirmado à Casa Branca.
O juiz responsabilizou-o de falsificação de documentos para ocultar um pagamento de 130 mil dólares a Stormy Daniels, para que esta não falasse acerca de uma alegada relação extramatrimonial entre os dois ocorrida uma década antes.
Os advogados de Donald Trump tentaram, até ao último minuto, invocar a imunidade presidencial passada e futura para evitar que o juiz punisse o seu cliente. No entanto, quinta-feira o mais alto tribunal dos Estados Unidos rejeitou um último pedido por cinco votos contra quatro.
Trump vai recorrer
O presidente eleito já reagiu ao desfecho do julgamento, escrevendo na sua rede social, a Truth Social, que “os democratas radicais perderam mais uma patética e anti-americana caça às bruxas” e anunciando que vai recorrer.
“Depois de gastarem dezenas de milhões de dólares, de desperdiçarem mais de seis anos de trabalho obsessivo que deveria ter sido gasto a proteger os nova-iorquinos da criminalidade violenta e desenfreada que está a destruir a cidade e o Estado, de coordenarem com o Departamento de Injustiça de Biden e Harris a utilização de armas sem lei e de apresentarem acusações completamente infundadas, ilegais e falsas contra o vosso 45.º e 47.º Presidente, eu fui destituído incondicionalmente”, lê-se na publicação.
Para Trump, “este resultado prova, por si só, que, tal como todos os académicos e peritos jurídicos afirmaram, não há caso, nunca houve caso, e toda esta fraude merece ser totalmente anulada”.
Para Trump, “este resultado prova, por si só, que, tal como todos os académicos e peritos jurídicos afirmaram, não há caso, nunca houve caso, e toda esta fraude merece ser totalmente anulada”.
“O verdadeiro júri, o povo americano, pronunciou-se, reelegendo-me com um mandato esmagador numa das eleições mais importantes da história. Como o povo americano viu, este ‘caso’ não tinha crime, nem danos, nem provas, nem factos, nem lei, apenas um juiz altamente conflituoso, uma testemunha principal que foi expulsa da Ordem, desonrada, pejorativa em série, e uma interferência eleitoral criminosa”.
“O evento de hoje foi uma farsa desprezível e, agora que terminou, vamos recorrer desta farsa, que não tem mérito, e restaurar a confiança dos americanos no nosso outrora grande sistema de justiça. Vamos tornar a América grande de novo!”, acrescentou.
“O evento de hoje foi uma farsa desprezível e, agora que terminou, vamos recorrer desta farsa, que não tem mérito, e restaurar a confiança dos americanos no nosso outrora grande sistema de justiça. Vamos tornar a América grande de novo!”, acrescentou.
c/ agências
