Mundo
Guerra no Médio Oriente
Hamas acusa Netanyahu de "recusar" acordo de trégua em Gaza, mediadores tentam desbloquear negociações
Os mediadores prosseguiram esta segunda-feira os esforços para tentar ultrapassar as divergências entre Israel e o Hamas, a fim de desbloquear as negociações para um cessar-fogo em Gaza, onde os ataques israelitas causaram cerca de 20 mortos nas últimas horas. O Hamas acusa Benjamin Netanyahu de "recusar" concluir um acordo.
O movimento islamita palestiniano culpou esta segunda-feira o primeiro-ministro israelita pelo fracasso das negociações: "Netanyahu é especialista em fazer fracassar todas as rondas de negociações, uma após a outra, e recusa-se a concluir um acordo" de cessar-fogo, acusou o Hamas em comunicado.
Desde o início das negociações iniciadas a 6 de julho em Doha, mediadas pelo Catar, Estados Unidos e Egito, que o Hamas e Israel se têm acusado mutuamente de bloquear as negociações para um cessar-fogo, cuja base assenta numa proposta que prevê uma trégua de 60 dias relacionada com a libertação de reféns israelitas.
"Os mediadores estão a empregar esforços ativos para explorar mecanismos
inovadores que ajudem a colmatar as divergências remanescentes e a
manter a dinâmica das negociações", disse à Agence France Presse um responsável a par
das discussões. Segundo a mesma fonte, as negociações centram-se nos "planos propostos para a redistribuição das forças israelitas dentro de Gaza".
Enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, disse esperar um acordo de cessar-fogo "na próxima semana", as negociações continuam bloqueadas com acusações mútuas de bloqueio.
Por um lado, o Hamas insiste em garantias de retirada israelita do enclave palestiniano e um cessar-fogo permanente. Por outro, Benjamin Netanyahu mantém os objetivos de guerra: libertar todos os reféns e eliminar o Hamas.
Os bombardeamentos israelitas contra a Faixa de Gaza mataram pelo
menos 22 pessoas esta segunda-feira, de acordo com a Defesa Civil. Entre
eles, 10 palestinianos na cidade de Gaza e 12 em Khan Younis.
Questionado sobre estes ataques, o exército israelita afirmou ter
destruído "infraestruturas terroristas" utilizadas pelo Hamas e a Jihad
Islâmica.
com agências