O diretor da campanha eleitoral de Donald Trump mentiu "intencionalmente" ao gabinete do procurador especial Robert Mueller, violando o acordo que tinha com a justiça, no âmbito da investigação à alegada interferência russa nas eleições de 2016. Assim decidiu uma juíza federal.
A decisão da juíza federal, a quem foi atribuída a supervisão do caso, constitui mais uma reviravolta na investigação liderada por Robert Mueller para descobrir se houve e de que modo ingerência russa nas eleições de 2016.
A juíza Jackson considera que existem provas “preponderantes” de que Manafort mentiu sobre três assuntos diferentes, incluindo sobre as comunicações mantidas com o antigo sócio russo Konstantin Kilimnik, enquanto era diretor da campanha do atual presidente dos Estados Unidos.
Os procuradores consideram que as mentiras de Manafort sobre a frequência e a substância dos seus contactos com Kilimnik vão “muito diretamente ao âmago daquilo que o gabinete do procurador especial está a investigar”.
Mueller considera que Manafort mentiu sobre o número de vezes em que debateu com Kilimnik o "plano de paz ucraniano”.
Paul Manafort admitiu a culpa nas acusações de conspiração e adulteração de testemunha em setembro, um mês depois de ter sido condenado por oito crimes, incluindo fraude financeira, em agosto passado, relativo ao seu trabalho como consultor político na Ucrânia.