Os historiadores do memorial do holocausto Yad Vashem recusaram a declaração conjunta entre a Polónia e Israel, esta quinta-feira. O documento referia-se à Lei do Holocausto, criada pela Polónia em fevereiro deste ano e atenuada na semana passada.
Com a atenuação, deixou de existir pena de prisão para estes atos. Para além disso, foi assinada uma declaração conjunta entre a Polónia e Israel, onde se definia a utilização de determinadas expressões e o papel dos polacos na II Guerra Mundial.
Contudo, essa declaração não agradou aos historiadores do memorial Yad Vashem, que protestaram contra a mesma em comunicado.
“A declaração contém expressões altamente problemáticas, que contradizem conhecimentos históricos globalmente aceites”, afirmou a instituição.
Essas expressões encontram-se, principalmente, no terceiro ponto da declaração.
Numa das linhas é escrito que “durante a guerra, o Governo polaco no exílio tentou travar as atividades nazis, dando a conhecer aos aliados ocidentais o assassínio sistemático de judeus polacos”.
Os historiadores defendem que Governo polaco no exílio, ao tempo baseado em Londres, não atuou de forma resoluta, em qualquer momento da guerra, em defesa dos judeus polacos.
“Grande parte da resistência polaca, durante várias ações, não só falhou em ajudar os judeus, como também esteve envolvido na sua perseguição”, escrevem.
Ministro da Educação israelita também desaprova declaração
Um outro ponto da declaração afirma que ambas as partes têm conhecimento e condenam “todos os casos de crueldade contra judeus, causados por polacos durante a II Guerra Mundial”. No entanto, na linha imediatamente abaixo, relembram-se os “atos heróicos de vários polacos (…) que arriscaram as suas vidas para salvar os judeus”.
Novamente, a instituição Yad Vashem alerta para estas afirmações. Afirma que a ajuda polaca a judeus era relativamente rara no período do Holocausto. Para além disso, declara que os ataques contra judeus, e até o seu assassinato, eram “um fenómeno generalizado”.
“Até os polacos que ajudavam judeus tinham medo dos seus vizinhos polacos, não menos do que tinham dos ocupantes alemães”, rematam os historiadores.
Apesar de tudo, os historiadores concordam num ponto com a declaração: a de acabar com a expressão “campos de extermínio polacos”. Ressalvam, no entanto, que a utilização da expressão “anti-polonismo” é “fundamentalmente anacrónica e não tem nada a ver com antissemitismo”.
O ministro da Educação israelita, Naftali Bennett, juntou a sua voz aos protestos.
De acordo com o Times of Israel, Bennett afirmou, nesta quinta-feira, que rejeitava a declaração conjunta. Segundo o mesmo esta era factualmente incorreta, pelo que não seria ensinada nas escolas israelitas.
Bennett pediu ainda ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que rescindisse a declaração, ou que a levasse a votos ao parlamento.
Um outro ponto da declaração afirma que ambas as partes têm conhecimento e condenam “todos os casos de crueldade contra judeus, causados por polacos durante a II Guerra Mundial”. No entanto, na linha imediatamente abaixo, relembram-se os “atos heróicos de vários polacos (…) que arriscaram as suas vidas para salvar os judeus”.
Novamente, a instituição Yad Vashem alerta para estas afirmações. Afirma que a ajuda polaca a judeus era relativamente rara no período do Holocausto. Para além disso, declara que os ataques contra judeus, e até o seu assassinato, eram “um fenómeno generalizado”.
“Até os polacos que ajudavam judeus tinham medo dos seus vizinhos polacos, não menos do que tinham dos ocupantes alemães”, rematam os historiadores.
Apesar de tudo, os historiadores concordam num ponto com a declaração: a de acabar com a expressão “campos de extermínio polacos”. Ressalvam, no entanto, que a utilização da expressão “anti-polonismo” é “fundamentalmente anacrónica e não tem nada a ver com antissemitismo”.
O ministro da Educação israelita, Naftali Bennett, juntou a sua voz aos protestos.
De acordo com o Times of Israel, Bennett afirmou, nesta quinta-feira, que rejeitava a declaração conjunta. Segundo o mesmo esta era factualmente incorreta, pelo que não seria ensinada nas escolas israelitas.
Bennett pediu ainda ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que rescindisse a declaração, ou que a levasse a votos ao parlamento.
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