Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Líderes da União Europeia estiveram reunidos em Versalhes para discutir, entre outros assuntos, a possível adesão da Ucrânia à UE Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

01h00 - "Que o Amor te salve nesta noite escura"

O músico Pedro Abrunhosa tem uma canção nova inspirada na resistência ucraniana.

Chama-se "Que o amor te salve nesta noite escura", foi escrita em duas horas e vai ser tocada ao vivo esta sexta e sábado, nos dois concertos que Abrunhosa vai dar no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

00h55 - Goldman Sachs e JPMorgan Chase abandonam operações na Rússia

Os principais bancos americanos Goldman Sachs e JPMorgan Chase anunciaram hoje que estão a abandonar as suas operações russas, tornando-se nas primeiras grandes instituições de Wall Street a distanciar-se de Moscovo após a invasão da Ucrânia.

O Goldman Sachs foi o primeiro a anunciar a sua intenção, com a porta-voz a indicar, numa mensagem, que o banco de investimento iria "encerrar as suas atividades na Rússia de acordo com os requisitos regulamentares e de licenciamento".

"Estamos focados em apoiar os nossos clientes em todo o mundo na gestão ou encerramento de obrigações pré-existentes no mercado e garantir o bem-estar dos nossos trabalhadores", acrescentou o Goldman Sachs

De acordo com seu último relatório anual, a exposição de crédito do Goldman Sachs à Rússia no final de 2021 totalizou 650 milhões de dólares.

Algumas horas depois, o JPMorgan Chase anunciou a sua decisão.

"Conforme as diretivas de Governos de todo o mundo, estamos no processo de desinvestimento dos nossos negócios na Rússia e não estamos à procura de novos negócios" no país, disse um porta-voz do banco.

00H50 - EUA e Rússia trocam acusações sobre armas químicas e biológicas

00h45 - Facebook relaxa regras sobre conteúdos violentos contra Exército russo e Kremlin

O Facebook anunciou na noite de quinta-feira que vai abrir exceções à sua política de conteúdo de violência e ódio ao não apagar as publicações com discursos contra o Exército e os líderes russos.

"Devido à invasão russa da Ucrânia, somos benévolos em relação a formas de expressão política que normalmente violariam as nossas regras sobre discurso violento, como 'morte aos invasores russos'", confirmou à agência de notícias AFP o porta-voz da Meta (empresa-mãe do Facebook), Andy Stone.

Andy Stone acrescentou que a multinacional tecnológica, sediada no estado norte-americano da Califórnia, continua a "não permitir apelos credíveis à violência contra civis russos".

00h37 - Interpol agrava controlos para a Rússia mas sublinha neutralidade

Os procedimentos de controlo aplicados a mensagens transmitidas a partir da Rússia a outros países membros foram reforçados pela Interpol, mas esta resiste aos apelos para suspender Moscovo que lhe são dirigidos por vários países europeus.

“Para evitar abusos potenciais dos servidores da Interpol quanto à busca de indivíduos no quadro ou à margem do conflito na Ucrânia, foram implementadas pelo secretariado geral medidas reforçadas de supervisão e de controlo abrangendo a Rússia”, indicou a organização para a cooperação policial internacional em comunicado.

“O gabinete central nacional (NBC) da Interpol em Moscovo não pode a partir de agora enviar diretamente mensagens aos outros países membros”, explicou. “Devem a partir de agora serem enviadas ao secretariado-geral” da organização “para verificar se respeitam as regras da Interpol”.

Só nessa condição serão as mensagens “serão enviadas aos países membros”.

00h24 - Coluna russa dispersou e reagrupou-se

Imagens satélite captadas esta quinta-feira mostraram um grande comboio militar russo visto pela última vez perto do aeroporto de Antonov em Kiev, dispersou em grande medida e reagrupou-se, afirmou a Maxar Technologies.

A empresa privada norte-americana, que há várias semanas
acompanha os mvimentos das tropas russas, acrescentou que as imagens mostram que elementos do comboio mais a norte se reposicionaram em locais de disparo perto de Lubyanka juntamente com artilharia.

00h10 - Ucrânia "já está na União Europeia" afirma Zelensky

O presidente da Ucrânia diz que as tropas russas têm ordens para manter refém a população de Mariupol.

Num vídeo que publicou, esta noite, na página da presidência, Volodymyr Zelensky acrescenta que o povo ucraniano "já está na União Europeia" e que os políticos europeus vão "ajustar-se" a essa ideia.

00h00 - Ponto da situação

Não há acordo de cessar-fogo. A negociação entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia e da Rússia que decorreu esta quinta-feira terminou sem qualquer sinal de entendimento para a paz.

Moscovo recusou um cessar-fogo total de 24 horas, mas diz que os corredores humanitários vão continuar a ser abertos todos os dias.

A Ucrânia considera que as condições impostas pela Rússia equivalem a uma rendição e que isso "não é aceitável". Kiev lamenta, ainda, a falta de acordo para retirar os civis que ainda estão em Mariupol, cidade que está cercada há dez dias.

O ministro da Educação ucraniano fez saber que mais de 280 escolas foram danificadas ou destruídas na sequência de bombardeamentos... E o ministro da defesa ucraniano diz que o exército russo já fez mais vítimas entre a população civil do que entre os militares ucranianos. Os mortos estão a ser enterrados em valas comuns.

Os Estados Unidos dizem que a Rússia já cercou "múltiplas cidades" ucranianas e já lançou mais de cinquenta mísseis sobre a Ucrânia, desde o início da guerra. O Pentágono acrescenta que a coluna militar russa avançou mais cinco quilómetros, em direcção a Kiev, estando nesta altura a cerca de quarenta quilómetros da capital ucraniana.

A ONU contabiliza mais de dois milhões e trezentos mil refugiados causados por esta guerra.


23h50 - Conselho de Segurança reúne sobre armas biológicas na Ucrânia

A Rússia pediu uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para debater as suas acusações não consubstanciadas sobre alegadas atividades biológicas norte-americanas na Ucrânia, que os Estados Unidos descrevem como “risíveis”

Washington alertou pelo contrário que Moscovo pode estar a preparar-se para usar armas químicas ou biológicas.

A reunião pedida pela Rússia vai ter lugar sexta-feira em Nova Iorque.

23h40 - Embaixadora dos EUA. Atos russos contra povo ucranianos são “crimes de guerra”

Pela primeira vez, um alto responsável da Administração Biden acusou diretamente Moscovo de crimes de guerra.

“São crimes de guerra; são ataques a civis que não podem ser justificados – de forma nenhuma”, afirmou a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, em entrevista à BBC.

Até agora outros responsáveis sénior norte-americanos mencionaram “relatórios credíveis” de que tais crimes foram cometidos, apoiando investigações às denúncias e às ações referidas.

Esta quinta-feira a vice-presidente dos Estados Unidos falou em “atrocidades”, apelando a inquéritos.

Na entrevista à BBC, Thomas-Greenfield afirmou que é questionada “todos os dias” sobre se a Rússia é culpada de crimes de guerra. “Estamos a trabalhar com outros na comunidade internacional para documentar os crimes que a Rússia está a cometer contra o povo ucraniano”.

“Continuo a ver imagens de mulheres transportadas para for a de um hospital, grávidas, a sangrar, as pessoas a gritar, crianças a chorar. É simplesmente inconcebível. E apelamos à Rússia que reverta o rumo. Têm de parar este conflito e têm de parar os combates e têm de regressar à diplomacia. E tornamos claro o forte apoio aos apelos ucranianos para isto parar”, acrescentou a embaixadora.

Thomas-Greenfield afirmou que não podia prever como poderão crimes de guerra ser levados a tribunal mas “é importante recolher provas e ter as provas prontas e disponíveis para serem usadas”, considerou.

23h20 - Cerca de 100 mil pessoas retiradas das zonas de combates em dois dias

A informação foi avançada em vídeo pelo Presidente Volodymyr Zelesnky, que acusou também os russos de "ataque" a um corredor humanitário em Mariupol.

"As tropas russas não cessaram o fogo. Apesar de tudo, decidi enviar um comboio de veículos para Mariupol, com alimentos, água, medicamentos", referiu o presidente ucraniano. "Mas os ocupantes lançaram um ataque de blindados, exatamente no local onde devia passar o corredor", acrescentou no vídeo publicado pela presidência ucraniana.

"è o terror assumido, o terror descarado, por parte de terroristas experientes. O mundo inteiro tem de o saber", denunciou Zelensky.

O presidente acrescentou que nos últimos dois dias foi possível retirar 100 mil pessoas de outras cidades ucranianas sob ataque, incluindo 40 mil só esta quinta-feira, através de corredores humanitários.

23h03 - FMI diz que Rússia pode entrar em bancarrota devido a sanções

O Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu hoje a possibilidade de a Rússia entrar em bancarrota devido às sanções económicas impostas pela invasão da Ucrânia e alertou que a economia russa está a contrair e a entrar em recessão.

"A falência da Rússia não é mais um acontecimento improvável", disse a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, num encontro `online` com jornalistas sobre as implicações financeiras da guerra na Ucrânia.

Georgieva destacou que o que determinará quão forte será a recessão na Rússia será a duração da guerra e as sanções, bem como a possibilidade de que elas se tornem mais severas e afetem as exportações de energia.

22h48 - Retirar nacionalidade a Abramovich via sanções europeias não é possível, diz Governo

As novas sanções a ser preparadas pela União Europeia contra oligarcas russos, em consequência da invasão da Ucrânia, podem vir a atingir o multimilionário russo Roman Abramovich, mas a retirada administrativa da nacionalidade portuguesa nesse âmbito não é possível.

"No quadro da preparação de novas sanções pela UE [União Europeia], as quais exigem fundamentação jurídica, Portugal já manifestou, designadamente pela voz do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o seu apoio à inclusão de novas personalidades em virtude da sua ligação evidente às decisões do Presidente Putin, o que se aplica, entre outros, a Roman Abramovich", adiantou o Ministério da Justiça em resposta enviada à Lusa.

Ainda de acordo com a mesma nota, "as sanções da UE não incluem a perda administrativa da nacionalidade, nem o poderiam fazer por razões básicas do respeito pelo Estado de direito".

Na resposta enviada à Lusa, o MJ recorda, no entanto, que "as condições de atribuição dessa nacionalidade estão sob inquérito judicial que se encontra em curso".

O Governo reforça ainda que as sanções decretadas pela UE, que já atingem "muitas centenas de cidadãos russos ligados ao regime" e que em breve devem ser alvo de um novo pacote de medidas punitivas, "são imediatamente aplicadas no nosso país", mas aquelas decretadas por "países terceiros, como o Reino Unido, não se aplicam necessária e imediatamente em território da União Europeia".

22h30 - Ucrânia acusa Rússia de bombardear Instituto de Física e Tecnologia de Kharkiv

Forças russas bombardearam um instituto na cidade de Kharkiv que abriga um reator nuclear experimental, disse o Parlamento ucraniano esta quinta-feira. Os bombardeamentos provocaram um incêndio num hostel nos arredores.

Anton Gerashchenko, assessor do ministro da Administração Interna, disse que o Instituto de Física e Tecnologia continha "fontes de radiação usadas para fins científicos".

22h12 - Amnistia Internacional diz que cerca de 150 jornalistas fugiram da Rússia

Pelo menos 150 jornalistas fugiram da Rússia desde que o país invadiu a Ucrânia, divulgou hoje a Amnistia Internacional, alertando para a forte repressão das autoridades russas, que já detiveram mais 13.800 pessoas em manifestações pacíficas.

Em comunicado, a Amnistia Internacional (AI) acusa o Governo de Vladimir Putin de estar a levar a cabo na Rússia "uma repressão implacável" para "sufocar" os críticos à invasão da Ucrânia.

"As autoridades russas desencadearam uma repressão sem precedentes a nível nacional sobre o jornalismo independente, protestos antiguerra e vozes dissidentes", refere a organização de defesa dos direitos humanos.

Segundo a AI, a proibição de utilização de redes sociais como o Facebook e o Twitter, do emprego de termos como "guerra", o bloqueio de meios de comunicação "independentes" e a criação de legislação que pune a elaboração de relatórios sobre a invasão da Ucrânia exemplificam a repressão das autoridades russas.

"Ao bloquear os meios de comunicação social críticos mais populares, ao encerrar estações de rádio independentes e a forçar dezenas de jornalistas a suspenderem o seu trabalho ou a abandonarem o país, as autoridades estão a privar, quase por completo, as pessoas na Rússia de terem acesso a informações objetivas, imparciais e de confiança", sublinha a AI.

Citando dados da organização não-governamental (ONG) russa OVD-Info, a AI relembra que, desde o dia 24 de fevereiro, já foram detidos cerca de 13.800 manifestantes pacíficos que participaram em comícios antiguerra, entre os quais 113 crianças.

21h48 - Acordo com Rússia sobre segurança nuclear preparado por AIEA

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) revelou hoje que está a preparar propostas concretas para enviar nas próximas horas à Rússia e Ucrânia, para um acordo que garanta a segurança nuclear em território ucraniano invadido por forças russas.

"Estamos numa situação terrível e precisamos de agir rapidamente", alertou o diretor-geral desta agência, Rafael Grossi, em declarações no aeroporto de Viena à chegada da Turquia, onde os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, mantiveram hoje uma reunião.

Segundo Rafael Grossi, as duas partes estão "disponíveis" para trabalharem com a agência, que tem vindo a alertar, desde o início do conflito na Ucrânia, para o perigo que enfrentam as instalações nucleares.

"Precisamos de um acordo para fortalecer a segurança das instalações [nucleares] no país", salientou o diretor-geral da AIEA, antecipando novas reuniões com representantes da Ucrânia e Rússia num futuro próximo.

A AIEA denunciou na quarta-feira o corte repentino na transmissão remota de dados dos seus sistemas de vigilância nas centrais nucleares ucranianas de Chernobyl e Zaporizhzhia, ambas controladas pelas forças militares russas.

Quanto à situação das centrais nucleares operacionais, o regulador nuclear da Ucrânia revelou à AIEA que oito dos 15 reatores do país ainda estão a operar, incluindo dois dos seis em Zaporizhzhia, sendo que todos estão com níveis normais de radiação.

Zaporizhzhia é a maior central nuclear da Europa e na semana passada foi alvo de ataques pelas forças russas, que controlam agora a instalação.

20h47 - Rússia atacou central elétrica e dois hospitais em Zhytomyr

A Rússia bombardeou esta quinta-feira uma central elétrica e dois hospitais em Zhytomyr, cidade a 150 quilómetros de Kiev. Há também relatos de violação do cessar-fogo em duas das sete zonas onde foram abertos corredores humanitários.
Parte da coluna militar russa que seguia para Kiev foi agora travada pelas forças ucranianas.

20h36 - Mariupol. Mortos começaram a ser sepultados em valas comuns

São já mais de 1000 os mortos em Mariupol, a cidade portuária do sul da Ucrânia. Mais uma vez, falhou a retirada de civis e os bombardeamentos não param. O presidente da Ucrânia acusa a Rússia de cometer genocídio ao atacar uma maternidade. (As imagens desta reportagem podem chocar os espectadores mais sensíveis).


20h26 - Mais de 80.000 pessoas retiradas de Sumy e arredores de Kiev

Mais de 80.000 pessoas foram retiradas da cidade ucraniana de Sumy (nordeste), perto da fronteira com a Rússia, e de áreas próximas de Kiev, anunciou hoje o Governo da Ucrânia.

"Retirámos mais de 60.000 pessoas em dois dias [...] de Trostianets, Sumy e Krasnopillia, em direção de Poltava", 150 quilómetros a sul, declarou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, num vídeo publicado no Telegram.

Iryna Vereshchuk indicou também que, "dos arredores de Kiev, foram retiradas 20.000 pessoas".

Segundo a governante, as áreas evacuadas foram "Borodianka, Busha, Irpin e Gostomel", especificando que "três mil habitantes [também] foram retirados com dificuldades" da cidade de Izium, no leste do país.

No início do dia de hoje, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia mencionado 60.000 ucranianos retirados na quarta-feira de cidades cercadas, num vídeo no Telegram.

20h03 - Disney suspende todos os negócios na Rússia

A Walt Disney juntou-se ao boicote à Rússia e anunciou esta quinta-feira que irá interromper todos os negócios no país, incluindo licenciamentos de conteúdos e produtos, atividades da Disney Cruise Line, canais de televisão e a revista da National Geographic.

A multinacional já tinha anunciado anteriormente que iria adiar o lançamento de filmes na Rússia.

19h43 - Moscovo anuncia corredores humanitários diários para a Rússia

A Rússia disse esta quinta-feira que abriria corredores humanitários diários para permitir que os ucranianos que fogem dos combates cheguem ao seu território, enquanto Kiev pede corredores que permitam a retirada de civis dentro da Ucrânia.

"Anunciamos oficialmente que os corredores humanitários para a Federação Russa agora serão abertos unilateralmente, sem coordenação, todos os dias a partir das 10h00", disse o alto funcionário do Ministério da Defesa russo, Mikhail Mizintsev.

"Garantimos total segurança nos territórios controlados pelas forças armadas russas", acrescentou, pedindo ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e às Nações Unidas que "trabalhem no local com as autoridades ucranianas para informar a população sobre esta iniciativa".

Mizintsev afirmou ainda que Moscovo já retirou "mais de 187.000 pessoas" para a Rússia.

19h35 - Portugal já recebeu 5213 pedidos de estatuto de proteção temporária desde o início da guerra

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) avançou à RTP que Portugal já recebeu 5213 pedidos de estatuto de proteção temporária desde o início da guerra. São cidadãos que estavam na Ucrânia e são de várias nacionalidades.

19h11 - Ministro do Interior ucraniano calcula em mais de 400,000 os civis evacuados até agora

O ministro Denys Monastyrsky disse hoje na televisão que a maioria foi evacuada de zonas onde se registam activos combates.
 
18h49 - Cerca de 80 universidades e politécnicos aceitam acolher alunos refugiados

Cerca de 80 instituições de ensino superior portuguesas estão disponíveis para receber estudantes refugiados da Ucrânia, em cursos como Serviço Social, Enfermagem ou Ciências da Saúde, estando previsto alojamento, acesso a cantinas e bares e ação social.

Começaram esta semana a chegar os primeiros refugiados da guerra da Ucrânia, que eclodiu há duas semanas, e ainda não se sabe quantos serão os alunos do ensino superior que vão escolher Portugal como destino, mas o trabalho no terreno já começou e está a ser coordenado pela Agência Erasmus+.

"Cerca de 80 Instituições de Ensino Superior (IES) responderam positivamente quanto à possibilidade de acolher estudantes ucranianos", disse à Lusa a presidente do Agência Erasmus+, que está a coordenar as ações para facilitar e estimular o acolhimento de estudantes ucranianos pelas IES nacionais.

18h48 - Rússia classifica como "encenação" ataque a maternidade em Mariupol

O Exército russo descreveu hoje o ataque a uma maternidade e a um hospital pediátrico, em Mariupol, na quarta-feira, como uma "encenação" dos "nacionalistas" ucranianos.

"A força aérea russa não realizou nenhuma missão de destruição de alvos na região de Mariupol", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

"O suposto ataque aéreo é uma encenação total com fins provocatórios, a fim de alimentar o sentimento anti-russo no Ocidente", acrescentou o porta-voz.

Konashenkov repetiu as acusações russas de que o hospital tinha sido evacuado pelos ucranianos e que estava a ser usado como "reduto" para combatentes extremistas, "devido à sua localização favorável do ponto de vista tático".

18h45 - "Não há água ou comida, nem para as crianças" alerta Cruz Vermelha em Mariupol

A população de Mariupol não tem eletricidade, água e comida -- nem sequer para as crianças -- e está a ficar doente devido ao frio intenso, descreveu hoje o responsável da Cruz Vermelha na cidade ucraniana cercada pelas tropas russas.

"As pessoas encontraram formas de recolher água. A câmara municipal está a distribuir garrafas de água em alguns locais, mas não é suficiente para suprir [as necessidades]. Muitas não têm água nenhuma para beber", relatou Sasha Volkov, numa conversa que foi possível através de um telefone de satélite pertencente àquela unidade do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e cujo áudio foi divulgado pela organização.

Volkov indicou que "todas as farmácias e lojas foram saqueadas há quatro ou cinco dias".

"Algumas pessoas têm comida, mas não sei quanto vai durar. Muitas dizem que não têm comida para as crianças", comentou.

"Estamos a começar a ficar doentes, vários de nós, por causa da humidade e do frio. Tentamos manter uma higiene mínima, mas nem sempre é possível", ouve-se no áudio divulgado pelo CICV a partir da sua sede, em Genebra, e citado pela agência de notícias espanhola Efe.

18h44 - Putin admite gestão russa para ativos de empresas estrangeiras que deixam Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje que a Rússia venha a gerir os ativos das empresas estrangeiras que deixam o país, como forma de superar as consequências das sanções internacionais impostas após a invasão da Ucrânia.

Durante uma reunião governamental, citado pelas agências russas, Putin sublinhou a necessidade de ação "face àqueles que vão fechar as suas fábricas de produção".

"Temos de agir decisivamente. (...) Teremos que introduzir a gestão externa e depois transferir estas empresas para aqueles que querem trabalhar. Há instrumentos legais suficientes, instrumentos de mercado", prosseguiu.

"Não nos vamos fechar a ninguém, estamos abertos a trabalhar com todos os nossos parceiros estrangeiros que assim o desejem. Os direitos dos investidores e colegas estrangeiros que permanecem e trabalham na Rússia devem ser protegidos de forma fiável", apontou.

Centenas de empresas estrangeiras de bens e serviços, em muitos setores, anunciaram a saída ou cessação das operações na Rússia desde o início da ofensiva contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Putin disse ainda que as sanções podem conduzir a uma inflação global dos preços dos alimentos, uma vez que a Rússia não será capaz de exportar fertilizantes suficientes.

"Se continuar assim, terá graves consequências (...) para o setor alimentar como um todo. O aumento da inflação será inevitável", afirmou.

"Sobre os países que estão a tomar medidas hostis em relação ao nosso país e à nossa economia, sabemos muito bem que estão a pedir aos vossos cidadãos para apertarem os cintos, para se vestirem mais quentes. E falam das sanções que nos estão a impor como a razão da deterioração da vossa situação", acusou.

O presidente russo disse que "tudo parece muito estranho", porque, reforçou, a Rússia está "a cumprir todas as obrigações no domínio do fornecimento de energia".

Ao mesmo tempo, manifestou confiança de que a Rússia conseguiria ultrapassar as dificuldades criadas pelas sanções ocidentais com a ajuda de países que não as apoiam.

"Nós, juntamente com os nossos parceiros que não reconhecem estas ações ilegais, iremos certamente encontrar uma solução para todos os problemas que nos estão a tentar criar", asseverou.

18h30 - União Europeia descarta adesão da Ucrânia a breve prazo

A cimeira de Versalhes limitou-se hoje a admitir o reforço dos laços com a Ucrâmia, mas recusando os propósitos de adesão manifestados por Kiev. O primeiro-ministro holandês Mark Rutte respondeu ao urgente pedido ucraniano dizendo que "não existe um procedimento rápido" de adesão".

18h00 - ONU diz que mais duas maternidades foram destruídas além da de Mariupol

As Nações Unidas disseram hoje que a maternidade do hospital pediátrico de Mariupol, no leste da Ucrânia, não foi a única a ser alvo de bombardeamentos russos, tendo sido também destruídas maternidades nas cidades de Zhytomyr e Kharkiv.

A revelação foi feita hoje pelo chefe do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Jaime Nadal, durante uma entrevista em vídeo com jornalistas da ONU, em Nova Iorque.

Segundo indicou Jaime Nadal, os bombardeamentos russos atingiram também uma maternidade na cidade de Zhytomyr e na localidade de Saltivsky, em Kharkiv, desconhecendo-se, para já, o número de vítimas.

Segundo adiantou o responsável da UNFPA, existem na Ucrânia 69 maternidades e centros pré-natais, estimando que nos próximos três meses possam ocorrer neste país 80.000 partos.

17h56 – António Costa diz que adesão não é a resposta urgente de que Ucrânia precisa

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que a adesão à União Europeia não é a resposta adequada para "o que a Ucrânia hoje precisa", pois é um processo moroso e imprevisível, e impõe-se agora é uma "resposta urgente e efetiva".

À chegada a uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da UE em Versalhes, Costa disse que há várias outras possibilidades de apoiar o país e dar confiança aos ucranianos que não através de um processo "necessariamente demorado, necessariamente incerto".

"Nós sabemos por experiência própria: apresentámos o pedido de adesão em (19)77, entrámos em (19)86. (...) Não sei se ainda se lembram que até nós ouvimos aquela canção do «queremos ver Portugal na CEE», porque a certa altura já era mesmo um tema de humor. São processos sempre muito longos", disse o chefe de Governo, recordando que "há países que estão há anos, e anos e anos a negociar e ainda não conseguiram a adesão".

Segundo António Costa, "o que a Ucrânia hoje precisa é de uma resposta urgente e efetiva", e cabe aos 27 serem "imaginativos, dar uma resposta que seja concreta, rápida e que produza o efeito essencial, que é apoiar a reconstrução da Ucrânia, dar confiança aos ucranianos no futuro do seu desenvolvimento económico".

17h43 – YouTube e Google Play suspendem serviços pagos na Rússia

A plataforma YouTube e a loja virtual Google Play, ambas pertencentes à empresa Alphabet (que detém a Google), suspenderam todos os serviços que necessitam de pagamento na Rússia, incluindo os que funcionam com subscrições pagas.

A Google decidiu ainda suspender a publicidade de empresas sediadas na Rússia.

Também a plataforma Google Cloud deixou de aceitar novos clientes em território russo.
 
17h35 – EUA admitem imposição de novas sanções a Moscovo

Os Estados Unidos e os aliados europeus podem impor sanções adicionais à Rússia, declarou hoje a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, apontado que as "atrocidades" contra civis na Ucrânia "parecem intensificar-se".

"As atrocidades cometidas contra civis parecem intensificar-se, por isso será certamente apropriado que trabalhemos com os nossos aliados para ponderar novas sanções", declarou a secretária do Tesouro da administração liderada por Joe Biden em entrevista ao jornal The Washington Post.

Yellen considerou que as sanções que já foram adotadas "devastaram" a economia russa.

"Isolámos a Rússia financeiramente. O rublo está em queda livre, a bolsa russa está fechada. A Rússia foi efetivamente excluída do sistema financeiro internacional", afirmou Yellen.

O "tesouro de guerra" da Rússia, ou seja, os 600 mil milhões de dólares de reservas em divisas estrangeiras acumuladas para amortecer o choque, ficou "praticamente impossível de utilizar", sublinhou.

17h19 – Presidência ucraniana diz que guerra provocou danos de 91 mil milhões euros

Os danos provocados pela guerra na Ucrânia estão estimados em 100 mil milhões de dólares (cerca de 91 mil milhões de euros), segundo avaliações preliminares, disse hoje Oleg Ustenko, assessor económico da Presidência ucraniana.

"Estimativas muito preliminares que fizemos (...) mostram que o valor dos ativos que já perdemos, que foram destruídos [pela Rússia] é de cerca de 100 mil milhões de dólares", disse Ustenko.

No entanto, o assessor admitiu que o sistema financeiro ucraniano está em boa situação, "dadas as circunstâncias atuais", exemplificando com o facto de o país ter "uma taxa de câmbio mais ou menos estável".

"Cerca de 50% dos nossos negócios deixaram de funcionar e os que ainda funcionam não estão com 100% da capacidade", esclareceu Ustenko.

17h07 – Rússia nega ataque aéreo sobre hospital pediátrico

O Ministério russo da Defesa negou hoje que o país tenha levado a cabo um bombardeamento à maternidade e hospital pediátrico em Mariupol, acusando a Ucrânia de “uma provocação encenada” no local.

O Kremlin garante que, na quarta-feira, Moscovo não realizou ataques aéreos em alvos no terreno.

A informação vem contrariar aquela avançada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acusou a Rússia de genocídio ao matar três pessoas, entre as quais uma criança, num bombardeamento ao hospital de Mariupol.

17h00 – Abramovich pode perder cidadania portuguesa

O oligarca russo Roman Abramovich poderá perder a cidadania portuguesa, que conseguiu adquirir em abril do ano passado.

A informação foi avançada por uma fonte do Governo à agência Reuters, segundo a qual está em curso um inquérito.

O dono do Chelsea foi esta quinta-feira alvo de sanções por parte do Reino Unido, assim como outros seis oligarcas russos considerados “cúmplices” da invasão levada a cabo por Vladimir Putin, segundo o Governo britânico.

16h57 – António Costa sobre escalada de preços: “Obviamente haverá pressão”

À entrada na cimeira da União Europeia em Versalhes, o primeiro-ministro português explicou que em cima da mesa está o debate sobre se a Europa tem os recursos necessários para acompanhar a dupla transição - digital e climática - no contexto de guerra e de saída da pandemia de covid-19.

Questionado sobre a escalada de preços dos combustíveis, António Costa diz que "obviamente haverá pressão e cada Governo, a nível nacional, tem vindo a adotar medidas dentro daquilo que é a capacidade de cada um".

16h51 – Navigator suspende vendas na Rússia e Bielorrússia

A Navigator Company anunciou hoje que suspendeu na semana passada a comercialização dos seus produtos no mercado russo e bielorrusso, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, repudiando o atual conflito militar.

"A posição tomada pela empresa surge na sequência da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, com o apoio explícito da Bielorrússia, e vai prolongar-se por tempo indeterminado", acrescenta a The Navigator Company, em comunicado.

A Navigator "demonstra o seu total repúdio pelo atual conflito militar apoiando as sanções económicas que têm vindo a ser aplicadas desde o início da invasão da Ucrânia", salienta.

16h45 – Eslováquia leva a cimeira da UE plano para Ucrânia aderir ao bloco em cinco anos

A Eslováquia, Estado-membro da União Europeia vizinho da Ucrânia, anunciou hoje que vai propor na cimeira informal dos líderes europeus, em Versalhes, um roteiro para que este país possa aderir ao bloco comunitário em cinco anos.

O objetivo é que a Ucrânia "alcance a harmonização total da sua legislação e das suas instituições no prazo de cinco anos, para que possa funcionar como um Estado-membro", refere um comunicado do governo eslovaco.

Bratislava chamou a esta iniciativa "Plano de Ação para a recuperação, reforma e adesão da Ucrânia à UE", e nela apela a uma mudança de atitude dos 27, reunidos hoje e sexta-feira, para acomodar as expectativas do acesso de Kiev ao bloco comunitário.

"A agressão militar da Rússia contra a Ucrânia deve mudar o paradigma da UE em relação às políticas de vizinhança e alargamento", defende a Eslováquia.

16h33 – Mais de 1.200 corpos recolhidos das ruas em Mariupol

Mais de 1.200 corpos foram recolhidos das ruas de Mariupol desde o início dos bombardeamentos russos, avançou há pouco o presidente da Câmara dessa cidade ucraniana.

Serhiy Orlov disse não saber quantas pessoas foram mortas no total, mas o número mais recente é 1.207. “E estes são só os corpos recolhidos nas ruas”, lamentou o autarca.

16h23 – Rússia bloqueou evacuação de parte de cidade ucraniana

O governador da cidade ucraniana de Izyum, Oleh Synegubov, acusou hoje a Rússia de ter bloqueado a saída de civis do território.

As autoridades ucranianas conseguiram ajudar cerca de 1.600 pessoas a escapar dessa cidade, mas outras continuam lá retidas.

16h05 - Putin diz que Rússia está a manter todas as exportações energéticas

O presidente russo, Vladimir Putin, garantiu hoje que o seu país está a manter todas as entregas de hidrocarbonetos, apesar da guerra na Ucrânia e das sanções ocidentais, defendendo que a Rússia não é responsável pelo aumento dos preços.

"Respeitamos todas as nossas obrigações em termos de fornecimento de energia", sublinhou Putin, durante uma reunião do Governo.

O presidente russo insistiu que "todas as remessas" foram entregues à Europa, como noutros lugares, e que mesmo "o sistema de transporte de gás através da Ucrânia está a 100%", sendo esta rede de gasodutos uma das principais artérias para abastecimento de gás do continente europeu, que depende em 30% da matéria-prima russa.

15h57 - "Esta foi uma história exemplar" afirma PR após receber 260 refugiados em Figo Maduro

O Presidente da República recebeu hoje no aeródromo militar de Figo Maduro, em Lisboa, cerca de 260 refugiados ucranianos que chegaram num avião fretado, vindo de Lublin, no leste da Polónia.

"À sua maneira, esta foi uma história exemplar: tivemos a sociedade civil a tomar a iniciativa, tivemos o poder político a atuar em conjunto, com relevo naturalmente para o Governo, as câmaras municipais, o poder autárquico a atuar, a embaixada sempre presente, e o voluntariado a permitir esta operação", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, perante os jornalistas, após a chegada do avião.

Esta foi uma iniciativa de dois empresários, Roman Kurtysh, ucraniano residente em Portugal, e José Ângelo Neto, português, que criaram a associação Ukrainian Refugees UAPT, e que contou com apoios da companhia aérea Euroatlantic, da Galp e do Estado português.

Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que a Ukrainian Refugees UAPT tenciona repetir esta iniciativa: "Espera-se dentro de dias ter uma outra idêntica, também por via aérea".

15h44 - Cerca de 18 milhões de ucranianos vão precisar de ajuda humanitária

Cerca de 18 milhões de ucranianos vão precisar de ajuda humanitária como consequência da guerra, o que representa um terço da população do país antes da invasão russa, disse hoje a Federação Internacional da Cruz Vermelha.

A situação, que já se mostra complicada não só devido aos bombardeamentos como às condições sanitárias do país, que tem sido bombardeado pela Rússia desde 24 de fevereiro, deverá piorar, sobretudo para as crianças e idosos, com a chegada iminente de uma frente fria à Ucrânia.

"As vidas de milhões de pessoas estão a ser afetadas e há uma preocupação real com a transmissão de doenças, com o agravamento de patologias preexistentes e com as consequências na saúde mental das pessoas", referiu a Cruz Vermelha global, com sede em Genebra.

15h40 - Portugal alarga regime de proteção temporária a cidadãos não ucranianos

O regime de proteção temporária vai ser alargado a cidadãos não ucranianos residentes na Ucrânia que beneficiem de proteção internacional naquele país e que não possam regressar aos países de origem, segundo uma resolução hoje aprovada pelo Governo português.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, o documento hoje aprovado vai alterar o âmbito de aplicação da resolução que concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.

A resolução hoje aprovada alarga "o âmbito de aplicação do regime de proteção temporária aos cidadãos não ucranianos, nacionais de países terceiros ou apátridas, e respetivos familiares, que beneficiem de proteção internacional na Ucrânia, bem como aos cidadãos não ucranianos, nacionais de países terceiros ou apátridas, com residência na Ucrânia e que não possam regressar ao seu país de origem", precisa o comunicado.

15h34 - Governo português aprova "medidas excecionais" na concessão de proteção temporária

O Governo português aprovou hoje "medidas excecionais" no âmbito da concessão de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da guerra, para assegurar "um efetivo e célere" processo de acolhimento e de integração.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o reconhecimento de qualificações profissionais vais ser simplificado, ficando "dispensados das exigências previstas" para "formalidades de legalização de documentos emitidos por entidades estrangeiras, certificação ou autenticação de traduções para português de documentos redigidos em língua estrangeira, certificação ou autenticação de fotocópias de documentos originais e taxas e emolumentos de inscrição ou de outra natureza".

No âmbito da proteção temporária vai também ser aplicado "o estatuto de estudante em emergência por razões humanitárias".

15h23 - Putin lança aviso ao Ocidente: “A Rússia emergirá mais forte“

O presidente russo avisou hoje que a Rússia vai emergir “mais forte e mais independente" depois das dificuldades causadas pelo que considera “sanções ilegítimas do Ocidente”.

Vladimir Putin diz não ter havido alternativa àquilo que a Rússia apelida de “operação militar especial” na Ucrânia e que a Rússia “não é um país que possa aceitar a negociação da sua soberania por ganhos económicos de curto prazo”.

“Estas sanções seriam impostas em qualquer caso”, considerou o líder da Rússia numa reunião com o seu Governo. “Há agora algumas questões, problemas e dificuldades, mas no passado já ultrapassámos situações semelhantes e agora voltaremos a fazê-lo”, acrescentou.

14h59 - Putin alerta para subida nos preços globais de alimentos perante restrições à exportação

O presidente russo avisou hoje que os preços globais dos alimentos vão subir ainda mais caso os países ocidentais intensifiquem a pressão económica sobre a Rússia, país que é um grande produtor global de fertilizantes.

O ministro russo da Agricultura, Dmitry Patrushev, adiantou hoje, durante uma reunião com Putin, que a segurança alimentar russa está garantida e que Moscovo vai continuar a cumprir as suas obrigações de exportação para os mercados agrícolas globais.

14h45 - ONU regista 549 mortos e 957 feridos entre a população civil

A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 549 mortos e 957 feridos entre a população civil até quarta-feira, segundo dados divulgados hoje pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, e as 00h00 de quarta-feira (hora local), correspondendo a 14 dias de combates.

A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", disse a agência da ONU.

O ACNUDH disse que "a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração".

A agência liderada pela ex-Presidente chilena Michelle Bachelet referiu, em particular, as cidades de Volnovakha, Mariupol e Izium, "onde há alegações de centenas de baixas civis" que não estão incluídas nos números divulgados hoje.

Além das baixas civis registadas pela ONU, a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 15.º dia, provocou um número por determinar de baixas militares.

(agência Lusa)

14h39 - Embaixadora da Ucrânia agradece apoio de Portugal e fala em "povos irmãos"

Por ocasião da chegada de mais de 260 refugiados a Portugal, a embaixadora ucraniana em Portugal agradeceu aos portugueses pelo apoio e solidariedade.
14h31 - Rússia diz que a Bielorrússia restabeleceu abastecimento de energia em Chernobyl

O ministro russo da Energia adiantou esta quinta-feira que um conjunto de especialistas bielorrussos restabeleceu o abastecimento de energia na central nuclear de Chernobyl.

14h14 - BCE baixa previsão de crescimento na zona euro para 2022 e sobe a de inflação

O Banco Central Europeu baixou a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro em 2022 e subiu acentuadamente a de inflação devido ao impacto da guerra na Ucrânia.

O BCE prevê uma expansão do PIB de 3,7% este ano, quando previa 4,2% nas últimas projeções e quanto à inflação aponta agora para 5,1% quando há três meses antecipava 3,2%.

A guerra "terá um impacto importante na atividade económica e na inflação, pelo aumento dos preços da energia e das matérias-primas e também pela perturbação do comércio internacional e da confiança", declarou a presidente do BCE, Christine Lagarde.

(agência Lusa)

14h03 - Metade da população de Kiev já fugiu

De acordo com o autarca da cidade, Vitali Klitschko, metade da população da capital ucraniana já fugiu da cidade desde o início da invasão russa.

"Segundo as nossas informações, um em cada dois habitantes de Kiev deixou a cidade. Hoje, restam pouco menos de dois milhões de habitantes" na capital, afirmou o autarca.

A cidade de Kiev tinha 3,5 milhões de habitantes antes do início do conflito com a Rússia.

13h46 - Ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder está em Moscovo para reunião com Putin

De acordo com o site Politico, o ex-chanceler alemão, Gerhard Schroeder, está em Moscovo para uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin sobre a situação atual na Ucrânia

13h24 - ONU apela à compaixão da Ucrânia para com homens em fuga à guerra. Leia aqui

Na fuga desencadeada pelo conflito, muitos homens que tentam abandonar a Ucrânia argumentam que não nasceram no território. Explicam que estavam no país por motivos de trabalho ou familiares quando a guerra começou, de acordo com funcionários de associações humanitárias.

De acordo com relatos de trabalhadores humanitários, a lei marcial aplicada pelas autoridades ucranianas está a impedir a saída de homens que não nasceram na Ucrânia.

A ONU considera que é imperioso que a Ucrânia adote uma abordagem "compassiva e humana" relativamente aos homens que tentam abandonar o país para fugir da guerra.

13h08 - Portugal já recebeu 4.626 pedidos de estatuto de proteção temporária

Desde o início da guerra na Ucrânia, Portugal recebeu 4.626 pedidos de estatuto de proteção temporária. De acordo com a informação revelada pelo SEF à RTP, os pedidos foram apresentados por cidadãos de várias nacionalidades que estavam na Ucrânia aquando da eclosão do conflito.

13h04 - UE condena bombardeamento a maternidade

Josep Borrell considera que se trata de "crime de guerra hediondo" o bombardeamento russo a um edifício que interava uma maternidade e um hospital pediátrico em Mariupol, na Ucrânia.

"Mariupol está cercada. Os ataques aéreos em bairros residenciais e o bloqueio a comboios de ajuda por forças russas devem parar imediatamente", disse Borrell no Twitter, lembrando a "necessidade" de organizar corredores humanitários.



12h48 - MNE ucraniano volta a apelar que Rússia retire “imediatamente” tropas das centrais nucleares para “evitar um desastre na Europa”

Numa mensagem divulgada no Twitter, Dmytro Kuleba afirmou ter-se reunido com o Diretor-Geral da Agência Internacional para a Energia Atómica, Rafael Grossi, para debater formas de garantir a segurança das centrais nucleares na Ucrânia perante a ofensiva russa. O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros voltou a apelar que a Rússia tirasse “imediatamente as forças das centrais nucleares de Chernobyl e Zaporizhzhia para evitar um desastre na Europa”.



12h29 - Número de refugiados já ultrapassa os 2,3 milhões, revela o ACNUR

De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, o número de pessoas em fuga da Ucrânia na sequência da invasão russa já ultrapassa os 2,31 milhões.

Desses, a Polónia recebeu 1,4 milhões de refugiados, enquanto 214.000 estão na Hungria, 165.000 na Eslováquia, 97.000 na Rússia, 84.000 na Roménia e 82.000 na Moldova.

Estes dados não incluem um número não confirmado de pessoas deslocadas internamente no território ucraniano.

12h24 - Rússia vai pagar pela invasão da Ucrânia, garante vice-presidente dos EUA durante visita à Polónia

Kamala Harris disse esta quinta-feira que irá discutir a atual crise com a Polónia e que ambos os países vão forçar a Rússia a "pagar um preço" pela invasão da Ucrânia.

Em conferência de imprensa a partir de Varsóvia, a vice-presidente dos EUA elogiou as autoridades polacas pelo "trabalho extraordinário" no apoio aos refugiados ucranianos.

12h21 - Letónia considera que UE tem de se mostrar disponível à adesão da Ucrânia e afetar o setor energético russo

A União Europeia tem de mostrar à Ucrânia uma "porta desempedida e aberta" para a adesão e, ao mesmo tempo, de atingir o setor de energia da Rússia com sanções. É a opinião do primeiro-ministro da letónia, Krisjanis Karins. Numa conferência de imprensa, o governante letão afirmou que a Ucrânia já devia estar como candidato a considerar à UE.

"Se queremos deter Putin, temos que lhe cortar o financiamento", acrescentou.

12h13 - Rússia suspende várias exportações até o final de 2022

Em resposta às sanções ocidentais contra Moscovo, o Governo russo anunciou que irá proibir várias exportações até ao final de 2022. A lista inclui mais de 200 exportações, incluindo peças de ferrovia, contentores, turbinas e outras mercadorias.

11h56 - França e Alemanha exigem “cessar-fogo imediato” em telefonema com Putin

Vladimir Putin terá conversado com Emmanuel Macron e Olaf Scholz sobre a situação na Ucrânia, avançou o porta-voz do Kremlin, não detalhando quando ocorreu o telefonema entre os líderes.

De acordo com um comunicado do Governo da Alemanha, o chanceler alemão e o presidente francês exigiram a Putin um “cessar-fogo imediato”. Scholz e Macron reforçaram ainda que qualquer solução para pôr fim à guerra na Ucrânia tem de ser alcançada através de negociações entre Kiev e Moscovo.

O mesmo documento, citado pela Reuters, adianta que os três líderes concordaram manter contacto e conversações nos próximos dias.

Entretanto, o presidente finlandês, Sauli Niinisto, declarou que também irá contactar o homógo russo para "manter contacto com a Rússia" a pedido de Macron e de Scholz.

"Apesar de tudo, ainda é importante tentar manter contacto com a Rússia", disse Sauli Niinisto numa conferência de imprensa, acrescentando que os líderes europeus o informaram de que tentaram repetidamente interceder junto de Putin e que tinha o "dever de manter contacto com Putin" tanto quanto possível.

11h48 - Turquia diz que reunião entre Lavrov e Kuleba foi civilizada, apesar das dificuldades

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Cavusoglu, disse em conferência de imprensa que o encontro entre os chefes das diplomacias russa e ucraniana foi "civilizada" apesar das difucldades existentes. Ainda que não tenha resultado em nenhum acordo de cessar-fogo, a reunião entre os dois responsáveis e o "estabelecer de contacto" foi um desfecho importante, diz Ancara.

Mevlut Cavusoglu aproximou-se da posição defendida pela Ucrânia nestas negociações de Antalya, reafirmando a necessidade de estabelecer um corredor humanitário em Mariupol e de implementar um cessar-fogo "sustentável".

De acordo com os responsáveis ucranianos, as hipóteses de um cessar-fogo de 24 horas e do estabelecimento de um corredor humanitário em Mariupol foram descartadas pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros.

11h30 - Lituânia aperta estado de emergência

O Parlamento lituano aprovou esta quinta-feira a imposição de um novo estado de emergência em resposta à invasão russa da Ucrânia. Um estado de emergência mais apertado, com imposição de limites à liberdade de expressão e de imprensa.

A legislação vigora até 20 de abril e permite agora às autoridades cortar o acesso a um meio de comunicação até 72 horas em caso de "desinformação", "propaganda de guerra" e "incitação ao ódio".

Perante os deputados, a primeira-ministra da Lituânia, Ingrida Simonyte, sublinhou que a nova legislação permite limitar palavras de ordem a favor de Putin em manifestações ou ainda espalhar "propaganda de guerra de desinformação".

"Acho que ninguém neste parlamento tem interesse em envenenar a determinação e a vontade do povo lituano de ajudar a Ucrânia", afirmou ainda.

11h26 - Ucrânia pede à Rússia acesso para consertar linha de energia da central nuclear de Chernobyl

A central nuclear de Chernobyl, ocupada pelas forças russas desde a semana passada, tem a energia cortada desde quarta-feira, confirmou o ministro russo da Energia, Herman Halushchenko. Segundo o mesmo, a central tem estado a funcionar graças a geradores a diesel, mas o Governo ucraniano está a pedir ao Kremlin que permita o acesso às autoridades locais para consertarem e reporem a linha de energia.

"Pedimos oficialmente que os ocupantes [russos] nos garantissem corredores para consertar as linhas de energia da central", disse, citado pela Reuters.

11h11 - Lukashenko vai reunir-se com Putin na sexta-feira

O presidente bielorrusso irá visitar Moscovo esta sexta-feira para uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin. De acordo com a agência estatal Belta, Lukashenko e Putin vão discutir as relações bilaterais entre os países, cooperação económica em contexto de sanções e a situação na Ucrânia.

10h55 - Comboio de ajuda humanitária para Mariupol recuou devido a bombardeamentos

Uma comboio de ajuda humanitária que se dirigia à cidade ucraniana de Mariupol teve de voltar trás, antes de entrar na região, devido a bombardeamentos. A informação foi avançada pela vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuck.

"Há bombas a atingir casas", afirmou num comunicado em vídeo divulgado nas redes sociais.

Também o assessor da Presidência ucraniana, Oleksiy Arestovych, confirmou que o comboio não conseguiu entrar em Mariupol e afirmou que as forças russas estão “a impedir deliberadamente” a evacuação da região e a retirada de civis da cidade. De acordo com Arestovych, a Rússia está a atacar Mariupol porque “não conseguiu tomar” a cidade portuária.
10h51 - Rússia quer deixar de ter dependência em relação ao Ocidente

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, adiantou esta quinta-feira, após a reunião com o homólogo ucraniano, que Moscovo "nunca mais quer depender novamente de estados ou empresas ocidentais".

Na conferência de imprensa, o chefe da diplomacia russa acusou ainda o Ocidente de estar a usar a Ucrânia para atingir a Rússia.

Sergei Lavrov sublinha que a Rússia nunca fez chantagem em relação ao seu gás e petróleo e que os recursos energéticos do país terão sempre mercados para os quais podem ser exportados, não obstante as sanções ocidentais. 

10h49 - EUA alegam que Rússia pode recorrer a "armas químicas" na Ucrânia. Leia aqui

Horas depois de a Rússia acusar os Estados Unidos de estarem a financiar o desenvolvimento de "armas biológicas" na Ucrânia, a Casa Branca alertou que as alegações de Moscovo poderiam ser pretexto para "usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia".

“Tivemos conhecimento sobre as falsas alegações da Rússia sobre supostos laboratórios de armas biológicas dos Estados Unidos e da acusação de desenvolvimento de armas químicas na Ucrânia”, escreveu Jen Psaki no Twitter. “Tudo isto é um estratagema óbvio da Rússia para tentar justificar o seu ataque premeditado, não provocado e injustificado à Ucrânia”.

10h46 - Fluxos europeus de gás estão em risco, alerta responsável

Sergiy Makogon, o CEO da Operadora de Sistema de Transmissão de Gás da Ucrânia advertiu que os circuitos de transferência energética para a Europa estão em risco devido à presença de forças russas nas regiões ucranianas onde estão as estações de compressão.

"Existe um perigo real para o fluxo (do gás)", disse à Reuters, sem adiantar mais detalhes.

10h40 - Putin admite encontrar-se com Zelensky, diz Lavrov

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros adiantou, na conferência de imprensa após a reunião na Turquia, que o presidente Vladimir Putin não recusaria uma reunião como o homólogo ucraniano, o presidente Volodymyr Zelensky, para a discussão de questões "específicas".

10h37 - Rússia quer prosseguir diálogo na Bielorrússia

Moscovo está disponível para continuar as negociações com a Ucrânia, mas apenas dentro da estrutura e do formato existente na Bielorrússia, afirmou Sergei Lavrov.

"A reunião de hoje confirmou que o formato russo-ucraniano na Bielorrússia não tem alternativa", reformou o ministro russo após o encontro com o homólogo ucraniano.

10h30 - Rússia nega ter atingido doentes em hospital pediátrico de Mariupol

O ministro Sergei Lavrov garante que o bombardeamento de um hospital pediátrico na quarta-feira, em Mariupol, ocorreu depois após as forças ucranianas terem tomado o local, onde já não havia pacientes, indica o MNE russo.

Em resposta às questões sobre o ataque de quarta-feira, Lavrov sublinhou que os media ocidentais estão a apresentar apenas o "ponto de vista" da Ucrânia.
10h25 - Lavrov alerta para "comportamento perigoso" do Ocidente

Na conferência de imprensa após a reunião entre as diplomacias russa e ucraniana, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, frisou que o Ocidente se está a comportar de forma "perigosa", ao fornecer armas e ao permitir o combate de mercenários neste conflito.

"Os colegas estrangeiros, incluindo a União Europeia, agem perigosamente entregando armas mortíferas à Ucrânia", disse Lavrov.

"Estes países estão a criar um perigo colossal, inclusive para eles próprios", afirmou ainda.

10h19 - "A Ucrânia não se vai render"

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros frisou, no final das conversações na Turquia, que o país continua "aberto à diplomacia", mas garante que as autoridades vão "continuar a proteger o nosso país e o nosso povo".

"A Ucrânia não se vai render", vincou Dmytro Kuleba.

A Ucrânia partiu para estas negociações com o objetivo de assegurar um cessar-fogo de 24 horas e o estabelecimento de um corredor humanitário em Mariupol. "Mas Lavrov não quis garantir nada nesse sentido", adiantou. 

"A narrativa ampla que me transmitiu é que [a Rússia] vai continuar os ataques até que a Ucrânia atenda às suas exigências. E essa exigência é uma rendição. Isso não é aceitável", garantiu ainda Kuleba.

10h06 - Encontro na Turquia falha em alcançar progressos num acordo de cessar-fogo

No final da reunião entre as diplomacias russa e ucraniana, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros lamentou a falta de progressos num cessar-fogo do conflito.

"Falámos sobre um cesssar-fogo, mas nenhum progresso foi alcançado nesse sentido", disse Dmytro Kuleba.
9h56 - Camiões dos CTT levam ajuda à Ucrânia

Camiões dos Correios estão a transportar bens essenciais até à fronteira no leste da Polónia. A RTP esteve na manhã desta quinta-feira em Famões, Odivelas, onde esta operação está a ser coordenada.

9h48 - Reino Unido congela ativos de sete oligarcas russos, incluindo Roman Abramovich. Leia aqui

O Reino Unido anunciou esta quinta-feira que vai congelar os ativos de sete empresários russos, incluindo Roman Abramovich, Igor Sechin, Oleg Deripaska, Andrey Kostin, Alexei Miller, Nikolai Tokarev e Dmitri Lebedev.

Boris Johnson diz que "não pode haver refúgios seguros para aqueles que apoiaram o violento ataque de Putin à Ucrânia".

"As sanções de hoje são o último passo no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis ​​na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos”, refere ainda o primeiro-ministro britânico.

9h40 - Economia russa em "choque" devido a guerra económica sem precedentes, diz o Kremlin

O Kremlin admitiu esta quinta-feira que a economia da Rússia está a passar por um "choque" e que Moscovo está a adotar medidas para amenizar o impacto de uma "guerra econômica absolutamente sem precedentes" travada contra a Rússia.

"A nossa economia está a viver um impacto de choque e há consequências negativas, mas serão minimizadas", adiantou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma conferência de imprensa.

O porta-voz descreveu a situação atual como "turbulenta", mas garantiu que o Kremlin já está a adotar medidas.

"Esta é uma situação absolutamente sem precedentes. Nunca aconteceu nenhuma guerra económica como a que começou contra o nosso país. Por isso, é muito difícil prever o que vai acontecer", referiu o porta-voz.

9h18 - Rússia vai inquirir exército sobre bombardeamento à maternidade de Mariupol

O Kremlin adiantou esta quinta-feira que vai inquirir o seu exército sobre o bombardeamento de uma maternidade na cidade ucraniana sitiada de Mariupol, que as autoridades locais dizem ter sido atingida por um ataque russo.

"Vamos investigar junto dos nossos soldados, porque nós, tal como vocês, não temos informações claras sobre o que aconteceu", indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante uma conferência de imprensa.

9h15 - Sony e Nintendo suspendem envio de videojogos e consolas para a Rússia

As companhias japonesas Sony e Nintendo confirmaram esta quinta-feira a suspensão do envio de videojogos e consolas para a Rússia, bem como os serviços das suas lojas online naquele país, após a invasão da Ucrânia pelas forças russas.

"A Sony Interactive Entertainment (SIE) une-se à comunidade global para pedir paz na Ucrânia. Suspendemos todos os nossos envios de software e hardware, o lançamento do [videojogo] Gran Turismo 7 e as operações da PlayStation Store na Rússia", escreveu a divisão de videojogos da empresa na rede social Twitter.

Por seu lado, um porta-voz da Nintendo confirmou à agência de notícias Efe que, embora “os stocks que estão atualmente armazenados estejam a ser vendidos, as exportações serão suspensas”.

(agência Lusa)

8h50 - Moscovo acusa Pentágono de financiar programa de armas biológicas na Ucrânia

O Ministério da Defesa da Rússia acusou esta quinta-feira os Estados Unidos de financiarem um programa de armas biológicas na Ucrânia. O Kremlin diz ter encontrado evidências nesse sentido em laboratórios ucranianos.

"O objetivo desta investigação, financiada pelo Pentágono na Ucrânia, era criar um mecanismo para a disseminação furtiva de agentes patogénicos mortais", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.

Moscovo diz ter apreendido documentos "apresentados por funcionários de laboratórios ucranianos" que planeiam "a transferência de biomateriais humanos da Ucrânia para países estrangeiros, a pedido de representantes norte-americanos".

O porta-voz fala ainda de um “projeto norte-americano para a transferência de agentes patogénicos através de aves selvagens migratórias, entre a Ucrânia e a Rússia e outros países vizinhos”.

Segundo o Kremlin, os EUA planeavam "realizar trabalhos de agentes patogénicos em aves, morcegos e répteis na Ucrânia em 2022", bem como sobre a "possibilidade de propagação da peste suína africana e do antraz".

“Nos laboratórios estabelecidos e financiados [pelos EUA] na Ucrânia, os documentos mostram que as experiências foram realizadas com amostras de coronavírus de morcego”, adiantou o porta-voz russo, citado pela agência France Presse.

Tanto os Estados Unidos como a Ucrânia negam a existência de laboratórios destinados à produção de armas biológicas no país. As acusações da Rússia neste sentido remontam ao ano de 2018 e estendem-se também à Geórgia. 

8h44 - Especialistas bielorrussos devem garantir fornecimento de energia da central nuclear de Chernobyl, diz Lukashenko

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, instruiu especialistas bielorrussos a garantirem o fornecimento de energia para a central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, adianta a agência de notícias Belta.

A Ucrânia disse na quarta-feira que havia o perigo de uma fuga de radiação em Chernobyl após o corte de eletricidade, mas a Agência Internacional de Energia Atómica não vê nesta situação "nenhum impacto crítico na segurança".

8h29 - Começou na Turquia a reunião entre os chefes das diplomacias russa e ucraniana

"A reunião começou", adiantou aos jornalistas a porta-voz do MNE russo, Maria Zakharova.

O encontro começou em Antália, na Turquia, pouco depois das 11h00 locais (8h00 em Lisboa). É a primeira negociação de alto nível desde o início da guerra.

8h21 - Petrolífera italiana Eni suspende compra de petróleo bruto da Rússia

O grupo petrolífero italiano Eni anunciou hoje que suspendeu os contratos de compra de petróleo bruto da Rússia, uma semana depois de revelar que venderia a sua participação no gasoduto que liga a Rússia a Turquia.

"A Eni suspendeu novos contratos para o fornecimento de petróleo bruto ou derivados de petróleo da Rússia", disse um porta-voz do grupo, citado pelos órgãos de comunicação social italianos.

"Em todo o caso, a Eni vai operar em total conformidade com o que for estabelecido pelas instituições europeias e nacionais", acrescentou.

A Eni segue o exemplo de grandes petrolíferas como as britânicas Shell e BP, que anunciaram a retirada de projetos na Rússia devido à invasão militar russa na Ucrânia.

(agência Lusa)

8h16 - Rússia diz ter destruído mais de 2.900 instalações de infraestrutura militar da Ucrânia

Moscovo indica esta quinta-feira que foram destruídas 2.911 instalações militares ucranianas até ao momento, adiantou o porta-voz do Ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov, citado por agências de notícias russas.

Adiantou ainda que o exército russo assumiu o controlo de vários bairros na cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia.

8h03 - Os animais de estimação dos refugiados

A guerra que alastra na Ucrânia já empurrou mais de dois milhões de pessoas para lá das fronteiras do país. Fogem da invasão russa, mas não deixam os animais de estimação para trás. Associações como a UAnimals criaram uma rede de distribuição de comida para cães e gatos nas rotas de fuga e fronteiras e dão assistência veterinária.

7h45 - Três mortos no ataque a hospital pediátrico de Mariupol

O ataque contra um hospital pediátrico de Mariupol, na quarta-feira, provocou três mortes, "incluindo uma menina", confirmam as autoridades locais.

O balanço anterior era de 17 feridos.

7h42 - Civis começam a deixar a cidade de Sumy pelo terceiro dia

Em Sumy, os civis começaram a deixar a cidade pelo terceiro dia, após um acordo de cessar-fogo local para o estabelecimento de um corredor humanitário, adiantou o governador regional.

Milhares de pessosas já deixaram a cidade de Sumy, assim como localidades próximas de Krasnopillya e Trostyanets.

7h30 - Rússia deixa de participar no Conselho da Europa

Moscovo confirmou esta quinta-feira que irá deixar de participar no Conselho da Europa. A informação é avançada pela agência TASS, que cita o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.

O MNE russo considera, em comunicado, que os países da NATO e da União Europeia estão a minar o órgão europeu, denunciando a "linha de destruição do espaço comum do Conselho da Europa a nível humanitário e jurídico".

Por outro lado, afirmou que Moscovo "não participará" nos esforços para "transformar" o Conselho da Europa "noutra plataforma para exaltar a superioridade e o narcisismo ocidentais".

7h18 - MNE ucraniano já chegou à Turquia

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, chegou à Turquia para negociações com o homólogo russo, Sergei Lavrov, a decorrer esta quinta-feira.

Kuleba "iniciou a visita à Turquia, onde irá participar das negociações sobre o cessar de hostilidades da Rússia e o fim da sua guerra contra a Ucrânia", adianta o Ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros no Twitter.

Ponto da situação

- À entrada para a terceira semana da guerra, está marcada para hoje primeira negociação de alto nível, desde o início da guerra, vai ter lugar esta quinta-feira, na Turquia, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e ucraniano, Dmytro Kuleba e Sergei Lavrov. 

Esta é a primeira vez que a Rússia envia um ministro para as conversações em contexto de conflito com a Ucrânia. Nesta reunião irá também estar presente o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu.

Enquanto membro da NATO e país vizinho da Rússia e Ucrânia, a Turquia procura manter boas relações com os dois países.

- O presidente ucraniano afirma que, sozinha, a Ucrânia não vai conseguir travar a Rússia e assinou uma lei que permite que civis usem armas contra militares russos, durante o período da lei marcial.

Volodymyr Zelensky divulgou também imagens de um ataque aéreo contra um hospital pediátrico da cidade de Mariupol, que fez 17 feridos. Acusa Moscovo de cometer um "crime de guerra".

- A Organização Mundial de Saúde disse na quarta-feira à noite que foi possível confirmar 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa, que começou há duas semanas.

- O ministro ucraniano acusa a Rússia de continuar a travar a evacuação de Mariupol, cercada pelo exército russo há mais de uma semana e onde já morreram 1.207 civis.

- Na quarta-feira foram retiradas cerca de 48 mil pessoas, através dos corredores humanitários de várias cidades ucranianas.

- A Agência Internacional de Energia Atómica faz saber que perdeu o acesso a dados dos sistemas de monitorização da maior central nuclear da Europa, situada em Zaporizhzhia, na Ucrânia, a central incendiada, na semana passada, por forças russas.