Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Andreia Martins - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h08 - Tablóide pró-Kremlin avança que quase 10.000 soldados russos morreram na guerra. Número foi apagado de seguida

O tablóide pró-Kremlin Komsomolskaya Pravda avançou, citando números do Ministério russo da Defesa, que 9.861 soldados russos morreram na guerra na Ucrânia e 16.153 ficaram feridos.


O número difere bastante daquele que foi avançado pelo Kremlin na última contagem oficial, a 2 de março, que dava conta de apenas 498 vítimas do lado russo.

Segundo uma publicação no Twitter de Yaroslav Trofimov, um jornalista italiano nascido na Ucrânia que atua como correspondente chefe no Wall Street Journal, a frase do tablóide foi apagada de seguida.

21h40 - Biden pede que empresas se protejam de possíveis ciberataques russos

O Presidente norte-americano, Joe Biden, pediu hoje que as empresas se protejam melhor de possíveis ataques virtuais realizados pela Rússia em resposta às sanções ocidentais impostas a Moscovo pela sua ofensiva na Ucrânia.

"A minha administração reitera esses avisos, com base em dados dos serviços de informações em constante evolução, de que o Governo russo está a explorar opções para possíveis ataques cibernéticos", indicou o Presidente num comunicado divulgado pela Casa Branca.

Os ataques informáticos fazem parte do "manual de estratégia" que orienta o Governo russo, insiste Joe Biden, para quem hoje é "crucial acelerar a tarefa de reforçar a segurança informática interna" norte-americana.

De acordo com a Casa Branca, infraestruturas essenciais, principalmente operadas pelo setor privado norte-americano, podem ser visadas.

"Vocês têm o poder, a capacidade e a responsabilidade de fortalecer a segurança cibernética e a resiliência dos serviços e tecnologias essenciais dos quais os norte-americanos dependem. Precisamos que todos façam a sua parte para enfrentar uma das ameaças que definem nosso tempo -- a sua vigilância e urgência hoje podem prevenir ou mitigar ataques amanhã", apelou o chefe de Estado.

(agência Lusa)

21h30 - Zelensky insiste na necessidade de um "encontro" com Putin

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky insistiu na necessidade de uma "reunião", "de qualquer forma", com o seu homólogo russo Vladimir Putin para "parar a guerra" na Ucrânia.

"Acredito que sem esta reunião é impossível perceber completamente ao que eles [os russos] estão dispostos para parar a guerra", disse Zelensky em entrevista à televisão estatal Suspilne.

21h20 - Forças russas reprimem manifestação contra ocupação em Kherson

Sob controlo russo está Kherson, onde militares tentam agora dispersar manifestantes ucranianos que resistem aos invasores. Forças navais russas atingiram várias zonas residenciais de Odessa, cidade estratégica do sul da Ucrânia.
Kiev e Moscovo retomaram negociações. O presidente ucraniano defende um referendo para algumas das medidas propostas pela Rússia.

21h10 - Ucrânia diz que foram retiradas 8.057 pessoas do país esta segunda-feira

Um total de 8.057 pessoas foram retiradas em segurança esta segunda-feira através de sete corredores humanitários de cidades ucranianas debaixo fogo, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk.

Entre os cidadãos resgatados estão 3.007 residentes da cidade portuária de Mariupol, que está sob cerco das tropas russas.

20h48 - Equipa da RTP visita o que resta de centro comercial atacado por míssil

Kiev entrou em recolher obrigatório depois de ter sido atingida pelo ataque mais violento com um míssil num centro comercial. Pelo menos oito pessoas morreram na zona das habitações.
Os enviados especiais da RTP Cândida Pinto e David Araújo estiveram dentro do que resta da superfície comercial destruída.

20h35 - Rússia bloqueia Euronews

O regulador russo bleoqueou esta segunda-feira o acesso ao site da cadeia francesa Euronews. É o mais recente canal de informação proibido na Rússia, num endurecimento do controlo das informações ligadas à ofensiva na Ucrânia.

De acordo com as agências russas de notícias, a Roskmnadzor bloqueou o site euronews.com e a sua versão russa ru.euronews após um pedido judicial. O motivo do bloqueio não foi divulgado.

20h30 - Irlanda admite participar em força de reação rápida

Há boas hipóteses da Irlanda vir a envolver-se na força de reação rápida da União Europeia, apesar da sua tradicional neutralidade militar, admitiu à RTE o ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Simon Coveney.

"Quanto à força de reação rápida, sim, penso existir uma boa probabilidade de que nos iremos envolver nisso", citou a RTE, quando Coveney foi questionado sobre a possibilidade.

A força deverá estar operacional até 2025.

20h22 - UE vai ter força de 5.000 soldados

O anúncio foi feito pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

A União Europeia vai reforçar as suas defesas e dotar-se de meios de intervenção, afirmou.

Ficou hoje aprovada a constituição de uma força reação rápida com 5.000 combatentes além de um aumento das despesas militares, um pacote de mais de 200 milhões de euros (1,5 por cento do PIB) para a defesa, a fim da UE poder até 2025 conduzir sozinha as suas operações.

"A União Europeia está em perigo. A agressão da Rússia contra a Ucrânia não é retórica e constitui uma chamada à ordem", sublinhou Borrell no final de uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE.

"A União Europeia deve mostrar-se determinada, rápida na sua reação às crises e deve investir nas suas capacidades de defesa em conjunto com a NATO", acrescentou.

"A UE está mal equipada como um todo para fazer face às ameaças e aos desafios" actuais, adverte o documento subscrito pelos ministros.

20h15 - Pentágono. Há "provas claras" de crimes de guerra russos

A liderança militar norte-americana diz ver "provas claras" de crimes de guerra na Ucrânia cometidos pelas forças russas.

"Certamente vemos evidências claras de que as forças russas estão a cometer crimes de guerra e estamos a ajudar na recolha de provas disso", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em conferência de imprensa esta segunda-feira.

Na passada quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, apelidou o presidente russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra", o que levou Putin a ameaçar cortar os laços entre a Rússia e os EUA.

19h57 - EUA comparam mortes de civis pelos russos com assassínio de judeus pelos nazis

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, comparou hoje a morte de civis ucranianos às mãos da Rússia com o assassínio em massa de judeus pelos nazis na Ucrânia.

Numa visita ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington, Blinken afirmou que nunca as "verdades inquietantes" e "lições" de visitas àquele lugar lhe pareceram "tão urgentes" como agora.

"O Governo russo continua a travar a sua guerra brutal e não provocada contra a Ucrânia. Cada dia temos mais ataques angustiantes, mais homens, mulheres e crianças inocentes mortos", disse.

"Isso inclui as cinco pessoas que foram mortas num ataque em 01 de março, a uma torre de TV nos arredores de Kiev, o mesmo local onde, há pouco mais de 80 anos, 33.771 judeus foram mortos pelos nazis em apenas dois dias: Babyn Yar.", acrescentou o secretário de Estado.

Babyn Yar, referida por Blinken, é uma ravina existente em Kiev, capital da Ucrânia, que ficou conhecida na história como local de um dos maiores massacres de judeus e civis da então União Soviética pelos nazis, durante a Segunda Guerra Mundial.

O secretário de Estado recordou que na Ucrânia residem quase 10.000 sobreviventes do Holocausto, e citou o caso de uma mulher de 88 anos, Natalia Berezhnaya, de Odessa, que disse recentemente, numa entrevista, estar a reviver hoje o que experienciou em 1941: "É difícil entender o facto de que em 1941 eu tive que me esconder no porão deste prédio, e que vou ter que fazer isso de novo agora".

(agência Lusa)

19h40 - Rússia anuncia morte de subcomandante da Frota do Mar Negro

O vice-comandante da Frota do Mar Negro russa, capitão de primeiro escalão Andréi Paliy, morreu na Ucrânia durante combates em Mariupol, no sudeste do país, informou hoje o governador de Sebastopol, Mijaíl Razvozhaev.

"Eu era amigo de Andrei Nokolaevich (o patronímico de Paliy). Ele era um homem sincero e honesto. Um verdadeiro oficial de uma dinastia militar", escreveu Razvozhaev na sua conta da rede social Telegram.

O governador de Sebastopol acrescentou que o militar falecido tinha grande autoridade na frota e era uma pessoa "muito compreensiva", dizendo que ele morreu pelo "nosso futuro pacífico", defendendo a pátria.

A Rússia reconheceu a morte de 498 soldados na campanha militar na Ucrânia desde 24 de fevereiro, num comunicado datado de 02 de março. Desde essa data a Rússia não divulgou mais relatórios de vítimas.

(agência Lusa)

19h27 - Portugal já recebeu 17504 pedidos de estatuto de proteção temporária

Desde o início da guerra na Ucrânia, Portugal já recebeu 17504 pedidos de estatuto de proteção temporária. São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades.

Os dados foram revelados à RTP pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

19h17 - Presidente da Ucrânia diz que qualquer compromisso com a Rússia exigirá um referendo

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta segunda-feira que qualquer compromisso com a Rússia para acabar com a guerra será sujeito a um referendo.

"As pessoas terão que se manifestar e responder a qualquer forma de compromisso. E os compromissos serão o assunto das nossas conversas e entendimentos entre a Ucrânia e a Rússia", disse Zelensky numa entrevista publicada pela televisão estatal ucraniana Suspilne.

O presidente ucraniano avançou ainda que as questões que podem ser levantadas em qualquer referendo podem dizer respeito a territórios ocupados por forças russas, incluindo a Crimeia, ou garantias de segurança oferecidas à Ucrânia por diferentes países em substituição da adesão à NATO.

18h40 - Bruxelas prepara novo pacote de sanções à Rússia

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse esta segunda-feira que a União Europeia está pronta para impor novas sanções à Rússia.

"Medidas restritivas continuam a constituir uma parte importante da nossa abordagem e estamos prontos para tomar mais medidas com os nossos parceiros", disse Borrell em conferência de imprensa após uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas.

Josep Borrell também anunciou que os Estados-membros aprovaram um pacote de mais de 200 milhões de euros (1,5 por cento do PIB) para a defesa.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia (UE) aprovaram esta segunda-feira a «bússola estratégica", o novo plano de ação europeu com vista ao reforço da sua política de defesa e segurança até 2030, num contexto de regresso da guerra à Europa.

O documento, que foi negociado entre os Estados-membros ao longo dos últimos dois anos, foi aprovado no Conselho «Jumbo» - a designação dada às reuniões conjuntas de chefes de diplomacia e ministros da Defesa dos 27 - e deverá ser formalmente adotado pelos chefes de Estado e de Governo da UE no Conselho Europeu que decorre entre quinta e sexta-feira em Bruxelas.

O chefe da diplomacia europeia sublinha que “isto não representa uma resposta de última hora aos acontecimentos recentes entre a Rússia e Ucrânia. É sim um claro sinal de que a UE tem de estar mais unida e empenhada num trabalho conjunto em complementaridade com a NATO de modo a garantir que a Europa é mais forte”.
“Esta bússola permite-nos alargar a nossa ação, agir de uma forma mais decisiva como resposta a crises, garantir a nossa união e a dos nossos cidadãos, aumentar a nossa resiliência, investir nos recursos e capacidades necessárias e na defesa e inovação”, acrescentou Borrell.

"O ambiente de segurança mais hostil exige que demos um salto quântico em frente e aumentemos a nossa capacidade e vontade de agir, reforcemos a nossa resiliência, e invistamos mais e melhor nas nossas capacidades de defesa", lê-se no documento final adotado, que endurece a linguagem relativamente à Rússia, assume que a UE está coletivamente subequipada e traça o objetivo de um maior investimento na defesa.

Os ministros da Defesa, João Gomes Cravinho, e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, saudaram a aprovação da «bússola estratégica», considerando que se trata de um "marco" para a União Europeia em termos de política de defesa.

18h32 - Ucraniano aguarda pela família junto à fronteira com a Polónia

Ao 26.º dia de guerra, não para de aumentar o número de vítimas em resultado do conflito, mas contamos também as histórias de civis que deixaram a Ucrânia e que se recusaram a combater.

Junto à fronteira, em Hrebenne, o repórter João Alexandre, enviado da Antena 1 à Polónia, falou com Andryi Milinevskyy, um ucraniano que aguarda pela família.
Andryi conta que, antevendo o que acabou por começar a 24 de fevereiro, tomou a opção de abandonar Kiev e o país. Para ele, antes a família do que morrer como um herói.

O número de refugiados que chegaram à Polónia já ultrapassa os dois milhões.

17h53 - NATO diz que a Bielorrússia poderá atacar a Ucrânia em breve

Em declarações ao jornal The Guardian, um funcionário da NATO revelou que a Bielorrússia poderá atacar a Ucrânia em breve e está a preparar-se para permitir que a Rússia posicione armas nucleares no seu país.

“O governo bielorrusso está a preparar o ambiente para justificar uma ofensiva bielorrussa contra a Ucrânia e a iminente instalação de armas nucleares russas na Bielorrússia”, revelou o funcionário da Aliança Atlântica sob condição de anonimato.

As autoridades ucranianas têm vindo a alertar para a possibilidade de a Bielorrússia, um aliado próximo de Moscovo, se juntar à Rússia na luta na Ucrânia. Embora Minsk tenha permitido que tropas russas utilizem o seu território para lançar operações terrestres e aéreas, o Governo bielorusso negou qualquer intenção de se juntar à Rússia na guerra e a NATO não viu nenhuma prova concreta de que tropas bielorrussas tenham participado diretamente da guerra na Ucrânia.

“Eu não estou a dizer que eles vão colocar armas nucleares lá amanhã. O que quero dizer é que eles tomaram medidas políticas para agora poderem receber armas nucleares se tal decisão for tomada”, explicou o funcionário da aliança ao jornal britânico.

17h33 - EUA detetam aumento da atividade naval russa no mar Negro

Os Estados Unidos detetaram um aumento da atividade naval russa no mar Negro, a partir do qual ataca com artilharia a cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, disse hoje um alto funcionário do Pentágono.

Numa conversa telefónica com jornalistas, a fonte disse que os russos dispõem de "pouco mais de uma dezena de navios de guerra, embarcações de combate anfíbias de diferentes classes e tamanhos, navios de superfície, draga-minas e patrulheiros que colocaram a norte do mar Negro".

Nesse sentido, o funcionário indicou que alguns dos ataques de artilharia contra Odessa são resultado das atividades dessa frota russa, "sobretudo das embarcações de combate anfíbias".

No entanto, sublinhou que isso não significa a possibilidade de um ataque anfíbio a Odessa esteja iminente.

O responsável de Defesa apontou que, no geral, o avanço russo na Ucrânia está paralisado, enquanto os EUA não detetaram quaisquer reforços a chegar para ajudar as forças russas no país vizinho.

"Vimos os russos a falar sobre a possibilidade de levar reforços de fora da Rússia, de fora da Ucrânia, mas de novo, não houve qualquer movimento", prosseguiu.

O funcionário observou que Washington estima atualmente que a força de combate russa na Ucrânia esteja abaixo dos 90%, recordando ao mesmo tempo que Moscovo destinou grandes quantidades de recursos para a Ucrânia: "75% da sua capacidade de geração de grupos táticos de batalhão".

Esses grupos são típicos das Forças Armadas russas e são unidades com alto nível de preparação para se envolver em qualquer momento em combates de alta intensidade com vários tipos de armas.

(agência Lusa)

17h15 - Presidente da Ucrânia diz que não aceitará ultimatos russos

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse esta segunda-feira que a Ucrânia não aceitará nenhum ultimato da Rússia para acabar com a guerra e que cidades como Kiev, Mariupol ou Kharkiv nunca irão aceitar a ocupação russa.

"Temos um ultimato com alguns pontos. 'Cumpram-no e então terminaremos a guerra'", disse Zelenskiy numa entrevista publicada pela televisão estatal ucraniana Suspilne. "A Ucrânia não pode aceitar nenhum ultimato da Rússia. Primeiro terão de nos destruir a todos, só aí os ultimatos serão respeitados", sublinhou Zelensky.

O chefe de Estado ucraniano realçou que mesmo em cidades já ocupadas pelos russos, como Melitopol ou Berdyansk, quando as forças russas entram o povo não se rende. "[Os russos] levantam a bandeira, o povo tira-a. Mataram um homem, sim, as pessoas escondem-se, mas à noite eles saem e derrubam a bandeira novamente. O que é que querem? Destruírem-nos a todos? Só podemos cumprir o ultimato quando não estivermos mais aqui", salientou.

Ainda esta segunda-feira, a Ucrânia recusou-se a depor as armas na cidade sitiada de Mariupol, contrariando a exigência feita pela Rússia, que em troca se comprometia com a abertura de uma passagem segura para fora daquela cidade.

16h54 - Rússia diz que atingiu centro comercial de Kiev porque estava a armazenar rockets

A Rússia disse esta segunda-feira que atingiu o centro comercial de Kiev com armas de precisão de longo alcance porque estava a ser utilizado como armazém de rockets e como um posto de recarga pelas forças ucranianas.

"As áreas próximas ao centro comercial foram usadas como uma grande base para armazenar munições de rockets e recarregar lançadores de foguetes múltiplos", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O centro comercial e vários prédios na capital ucraniana, no distrito de Podilskyi, foram atingidos por um míssil na noite de domingo, provocando pelo menos oito mortos.

16h12 - Rússia suspende negociações de paz com o Japão por causa das sanções

A Rússia anunciou esta segunda-feira que abandonou as negociações com o Japão e congelou projetos económicos conjuntos relacionados às disputadas ilhas Curilas, citando a “posição hostil” de Tóquio em relação ao conflito na Ucrânia.

"A Rússia não pretende, nas atuais circunstâncias, dar continuidade às negociações com o Japão sobre um tratado de paz", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia em comunicado.

A Rússia e o Japão ainda não encerraram formalmente as hostilidades da Segunda Guerra Mundial por causa do impasse sobre as ilhas conhecidas na Rússia como Curilas e no Japão como Territórios do Norte. Essas ilhas foram tomadas pelo exército soviético nos últimos dias do conflito e nunca mais foram devolvidas a Tóquio.

Na semana passada, o Japão anunciou novas sanções adicionais à Rússia que que implicam o bloqueio de ativos de mais 15 cidadãos russos, principalmente altos funcionários da Defesa, e nove corporações industriais e aeroespaciais.

Desde o início do conflito sobre a invasão russa da Ucrânia, o Japão impôs sanções a cidadãos russos, incluindo o presidente, Vladimir Putin, bem como a 12 bielorrussos, incluindo o presidente, Alexander Lukashenko.

16h00 - Kharkiv. Cenário de destruição é total

Há milhares de pessoas que ainda vivem no meio dos escombros. As tropas russas, perante a impossibilidade de avançar no terreno, têm bombardeado fortemente a cidade, que, apesar de tudo, mantém controlada a linha da frente de defesa.


15h25 - Forças russas invadem cidade portuária de Odessa

As autoridades de Odessa, o maior porto da Ucrânia, revelaram que as forças navais russas no Mar Negro bombardearam alguns edifícios residenciais na periferia da cidade. Não há, para já, relatos de vítimas mortais.

Segundo a BBC, é a primeira vez que as tropas russas bombardeiam edifícios residenciais em Odessa.

A marinha russa tem estado a bloquear Odessa, o que é visto como um alvo estratégico e simbólico para o Kremlin.

15h16 - Apelo da Ucrânia à China

Kiev apela a Pequim para desempenhar um “papel importante” na procura de uma solução para o conflito. O pelo partiu do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no Twitter.

“Durante décadas, as relações entre a Ucrânia e a China têm-se baseado no respeito e compreensão mútuos. Partilhamos a posição de Pequim sobre a necessidade de encontrar uma solução política para a guerra na Ucrânia, e apelamos à China, como potência mundial, para que desempenhe um papel importante nesses esforços”, escreveu Dmytro Kuleba.

15h05 - Iate de Abramovich atracou em Bodrum na Turquia

O super iate do oligarca russo Roman Abramovich atracou hoje no sudoeste da Turquia.

O iate Solaris partiu de Montenegro na passada semana, dirigindo-se para Bodrum, contornando as águas dos Estados membros da União Europeia que sancionaram Abramovich e outros milionários russos.

14h54 - “Laços à beira do colapso”

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia revelou que convocou o embaixador dos EUA, John Sullivan, para expressar que as observações de Joe Biden sobre Vladimir Putin tinham “empurrado os laços bilaterais para a beira do colapso”.

A reação do Kremlin surge depois de Biden ter afirmado que Putin era um “criminoso de guerra”.

14h47 - Ministro da Defesa da Ucrânia fala em terrorismo de Estado

Oleksii Reznikov que está em Londres afirmou que a Rússia está a efetuar um terrorismo de Estado na Ucrânia e que continuará a atacar outros países.

14h38 -  A informação essencial a esta hora

  • Oito pessoas morreram em Kiev nas últimas horas. Um míssil atingiu um centro comercial e vários prédios na capital ucraniana, no distrito de Podilskyi.

O prefeito da cidade decidiu declarar um novo recolher obrigatório, que irá perdurar entre as 20h00 desta segunda-feira (18h00 GMT) até às 7h00 de quarta-feira (9h00 GMT).

  • Em Mariupol, a situação humanitária agrava-se. A cidade está sitiada há várias semanas e cerca de 300 mil pessoas estão cercadas, sem acesso a água, alimentação e energia. De acordo com as organizações no terreno e autoridades locais, cerca de 90 por cento dos edifícios da cidade foram destruídos.

A cidade portuária vive uma situação limite, mas a Ucrânia não cede perante as forças russas e recusou-se a depor armas, como havia sido sugerido por Moscovo.

  • A Bolsa de Moscovo abriu pela primeira vez desde que a invasão começou, mas a população russa enfrenta escassez de recursos e um impacto cada vez mais visível das sanções ocidentais.

  • A ONU estima que pelo menos 925 civis morreram desde o início da guerra na Ucrânia. Há ainda 1.496 feridos desde o início do conflito.

Os números são do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e abrangem as vítimas registadas desde 24 de fevereiro, início da invasão russa, até à meia-noite de dia 20 de março.

  • De acordo com o SEF, Portugal já recebeu 16.806 pedidos de proteção temporária de cidadãos que estavam na Ucrânia no início da guerra, segundo números atualizados esta segunda-feira. Até ao momento, 500 estudantes ucranianos foram inscritos nas escolas portuguesas, confirmou o ministro português da Educação.

14h25 - Tropas russas disparam sobre manifestantes em Kherson

As tropas russas dispersaram uma manifestação na cidade Kherson, no sul da Ucrânia, disparando sobre os manifestantes. Segundo a BBC, há relatos de vários feridos.

A cidade tem assistido a protestos regulares desde que foi ocupada pelas tropas russas.

Kherson é a maior de meia dúzia de cidades capturadas pelas forças russas desde o início da invasão.

14h17 - Portugal recebeu 16.806 pedidos de proteção temporária

Portugal já recebeu 16.806 pedidos de estatuto de proteção temporária, desde o início da guerra. São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades, revelou fonte do SEF à RTP.

14h12 - Mais de 150 crianças já morreram desde o início do conflito

Ministro da Defesa da Ucrânia afirma que as tropas russas já mataram mais de 150 crianças, destruíram mais de 400 escolas e 110 hospitais.

14h01 - Moscovo prepara venda de mais petróleo à China passando pelo Cazaquistão

A Rússia está a trabalhar com o Cazaquistão num acordo para transportar mais petróleo russo para a China através daquele país da Ásia Central, tentando assim ultrapassar eventuais sanções da União Europeia neste setor, revelou hoje o vice-primeiro-ministro russo.

Alexander Novak disse à imprensa, depois de se reunir com o grupo parlamentar da Rússia Unida, o partido que apoia o Kremlin, que o contrato para o trânsito do petróleo russo para a China através do Cazaquistão foi recentemente alargado e foi criado um grupo de trabalho para concretizar esse aumento do transporte, segundo a Interfax.

A questão da diversificação das exportações de hidrocarbonetos para a região Ásia-Pacífico "é realmente atual, já que ouvimos falar de preparativos para um novo pacote de medidas [sanções]” por parte do Ocidente, declarou o vice-primeiro-ministro russo.

Após o início da invasão da Ucrânia, o Ocidente impôs sanções contra Moscovo, abrangendo praticamente todos os setores, mas não a importação de petróleo e gás natural, com exceção dos Estados Unidos e do Reino Unido, que a 09 de março anunciaram a suspensão das importações de petróleo da Rússia.

(Agência Lusa)

13h56 - Facebook e Instagram proibidos na Rússia

A agência TASS revela que uma decisão judicial proíbe a utilização das duas redes sociais no país.

A Rússia acusa a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram de “atividade extremista” e ordena a suspensão imediata das duas redes sociais.

13h44 - Cerca de 500 alunos ucranianos inscritos nas escolas portuguesas

As escolas portuguesas já receberam a inscrição de 500 estudantes ucranianos fugidos da guerra. A informação foi confirmada pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

O governante garante que serão dadas todas as condições a estes menores para um eficaz processo de integração nos estabelecimentos de ensino.
13h39 - Ucrânia poderá exportar apenas 200 mil toneladas de trigo entre março e junho

O país é um dos maiores exportadores de trigo a nível global mas deverá exportar apenas 200 mil toneladas do cereal entre março e junho devido aos bloqueios no Mar Negro e à situação de guerra.

A Ucrânia exportou 18,1 milhões de toneladas de trigo entre julho de 2021 e março de 2022.

13h28 - Sobrevivente do Holocausto morreu em bombardeamentos de Kharkiv

A imprensa alemã avança esta segunda-feira com a notícia da morte de Boris Romantschenko, de 96 anos. A casa onde morava com a filha, em Kharkiv, foi atingida pelos bombardeamentos russos na sexta-feira.

Romantschenko sobreviveu aos campos de concentração de Buchenwald, Peenemünde, Mittelbau-Dora e Bergen-Belsen.

Em comunicado no Twitter, a Fundação Buchenwald e Mittelbau-Dora disse estar "profundamente consternada" com a notícia.

 
13h24 - Pelo menos 925 civis morreram na Ucrânia, diz a ONU

As Nações Unidas confirmaram esta segunda-feira pelo menos 925 mortes e 1.496 feridos desde o início do conflito. 

Os números são do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e abrangem as vítimas registadas desde 24 de fevereiro, início da invasão russa, até à meia-noite de dia 20 de março.

13h09 - Telegram ultrapassa WhatsApp na Rússia

De acordo com a operadora Megafon, o Telegram ultrapassou o WhatsApp como principal aplicação de mensagens utilizada pelos russos.

O WhatsApp integra a Meta, dona do Facebook, empresa que está envolvida num processo judicial, com os procuradores a rotularem a mesma como "organização extremista".

Nesse âmbito, as autoridades russas já baniram várias plataformas, como o Facebook, Instagram e Twitter.

13h07 - Todos os portos ucranianos estão fechados ao tráfego de navios

Os portos do Mar Negro e no Mar de Azov permanecem temporariamente encerrados à entrada ou saída de embarcações.

Pouco depois da invasão russa a 24 de fevereiro, os navios comerciais e de guerra ucranianos estão atracados. O que alimenta o receio de rutura de abastecimento dos principais exportadores de cereais e semente oleaginosas.

13h00 - Número de refugiados chega aos 3,48 milhões de pessoas

O número de cidadãos ucranianos que fugiram do país devido à invasão russa alcançou os 3,48 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), referindo que a maioria são mulheres, crianças e idosos.

No domingo, esta agência da ONU dava conta de 3.389.044 refugiados ucranianos e acrescentava ter ainda registado de mais 6,6 milhões de deslocados internos.

Segundo o ACNUR, a Polónia recebeu mais de dois milhões desses refugiados, enquanto centenas de milhares deixaram a Ucrânia para os países vizinhos Hungria, Eslováquia, Moldova, Roménia, Rússia e, em menor escala, para a Bielorrússia.

(Agência Lusa)

12h49 - Ministro ucraniano diz que resistência de Mariupol está a salvar outras cidades

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, considerou hoje que a resistência de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, aos fortes bombardeamentos russos dos últimos dias está "a salvar" outras cidades da intensificação da ofensiva de Moscovo.

“Os heroicos defensores de Mariupol estão a desempenhar um papel muito importante para destruir os planos do inimigo e melhorar a nossa defesa”, declarou o ministro, sustentando que graças à “coragem” dos habitantes daquela cidade foram “salvas dezenas de milhares de vidas em toda a Ucrânia”.

"Hoje, Mariupol está a salvar Kiev, Dnipro e Odessa. O mundo inteiro deve entender isso", referiu Reznikov, num relatório de guerra publicado nas redes sociais.

Segundo o ministro ucraniano, desde o início da invasão, as tropas ucranianas abateram 100 aviões e 120 helicópteros, além de terem destruído 500 tanques e 1.500 veículos blindados.

Na sua mensagem, Oleksii Reznikov afirmou que os russos "não sonham já em capturar Kiev" e que estão a receber "golpes dolorosos" em Chernihiv, Sumi e Kharkiv.

A Ucrânia recusou-se a depor as armas na sitiada Mariupol, contrariando a exigência feita pela Rússia, que em troca se comprometia com a abertura de uma passagem segura para fora daquela cidade.

(Agência Lusa)

12h40 - Estado russo responsável por falsas chamadas telefónicas a ministros do Reino Unido

O porta-voz do primeiro-ministro britânico revelou que o Estado russo foi o responsável por chamadas falsas a dois ministros britânicos e uma chamada adaptada a um terceiro membro do Governo de Boris Johnson.

O ministro da Defesa Bem Wallace e o ministro do Interior Priti Patel foram os alvos. Houve também uma tentativa para enganar a ministra da Cultura Nadine Dorries.

“Esta é uma prática padrão para as operações de informação e desinformação russas, e a desinformação é uma tática do livro do Kremlin para tentar distrair as atenções das suas atividades ilegais na Ucrânia e das violações dos direitos humanos aí cometidas”, afirmou o porta-voz.

12h31 - Novo balanço do bombardeamento a um centro comercial em Kiev

Pelo menos oito pessoas morreram depois de as forças russas terem bombardeado um centro comercial na capital ucraniana, revelou o procurador-geral da Ucrânia.

12h19 - Bruxelas flexibiliza regras do cartel

A Comissão Europeia vai abrandar temporariamente as regras de cartel para que milhares de empresas da União Europeia cujas cadeias de fornecimento estão a ser interrompidas pelas sanções contra a Rússia possam junta-se para comprar, fornecer e distribuir produtos sem violar as regras da concorrência.

A orientação surge depois de dezenas de empresas terem procurado aconselhamento sobre a forma de lidar com as perturbações impostas pelas sanções.

12h05 - Petróleo pode atingir os 300 dólares por barril

O vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak afirmou que os preços do petróleo podem atingir os 300 dólares por barril se o crude russo não for enviado para o Ocidente avança a TASS.

Para Novak é impossível, para já, a Europa recusar petróleo e gás russo.

11h58 - Bruxelas prepara-se para receber três cimeiras a partir de 5.ª feira

A capital belga prepara-se para receber três cimeiras em simultâneo com regras de segurança reforçadas, exigidas pelos EUA, dada a presença do Presidente Joe Biden na NATO e, como convidado, no Conselho Europeu.

A cimeira da NATO e a do G7 estão agendadas para quinta-feira, sendo que o Conselho Europeu só termina na sexta, mas, junto à embaixada dos Estados Unidos, o perímetro de segurança será montado já na quarta-feira, com ruas cortadas ao tráfego, passeios interditos a peões e mesmo parte de um parque fechada.

A agenda dos trabalhos das três cimeiras é dominada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

(Agência Lusa)


11h43- Bolsa de Moscovo reabre para títulos de empréstimo emitidos pelo governo

A Bolsa de Valores de Moscovo reabriu parcialmente pela primeira vez desde o dia 25 de fevereiro – o dia a seguir ao início da invasão da Ucrânia.

A negociação de obrigações e ações nos mercados financeiros da Rússia foi suspensa após uma queda das ações de 33 por cento.

O mercado reabriu apenas para alguns títulos de empréstimo emitidos pelo Governo russo.

As sanções internacionais estão a ser sentidas na economia, com alguns supermercados a racionar a venda de bens básicos como o sal e o óleo alimentar.

O rublo russo foi hoje avaliado em 105 dólares norte-americanos. Desceu cerca de um quarto desde o início da guerra.

Em declarações à BBC, Swetha Ramachandran, gestora de investimentos da Gam, afirmou que o impacto da venda de obrigações será sentido pelos russos após semanas sem investimento estrangeiro.

“Espera-se que o Banco Central intervenha de uma forma bastante agressiva para comprar títulos federais para apoiar o mercado e a economia em dificuldades”, frisou Swetha Ramachandran.

11h36 - Operador de transporte de gás da Ucrânia controla o sistema

O operador estatal de transporte de gás da Ucrânia afirma que tem o controlo total da rede e “mantém o controlo operacional e tecnológico”.

11h20 - Para reduzir dependência da energia russa

Várias empresas alemãs assinaram acordos com os Emirados Árabes Unidos para fornecimento de hidrogénio.

Berlim está a fazer esforços para reduzir a dependência da energia russa e aumentar a pressão sobre o Presidente Vladimir Putin após a invasão da Ucrânia.

11h04 - Primeiro-ministro checo pede mais sanções para a Rússia

Petr Fiala afirma que Putin está a cometer crimes de guerra na Ucrânua e que a única forma de o deter é com mais sanções.

“O exército russo devastou Mariupol. O mundo tem de admitir que Vladimir Putin está a cometer crimes de guerra e pessoas inocentes estão a morrer”, escreveu o primeiro-ministro checo no Twitter.
Temos de continuar a pressionar para uma abordagem clara e unida à Rússia e a imposição de mais sanções é a única forma de deter Putin”, acrescentou Petr Fiala.

10h52 - Zelensky pede à União Europeia o fim do comércio com a Rússia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje à União Europeia, em particular a Alemanha, para cessar todas as relações comerciais com a Rússia e recusar todos os seus recursos energéticos. 

"Não pode haver 'euros para os ocupantes', fechem todos os vossos portos, não lhes enviem os vossos bens, recusem os recursos energéticos (da Rússia)", pediu o Presidente ucraniano numa mensagem gravada em vídeo e difundida através da rede social Telegram.

"Sem relações comerciais com vocês, sem as vossas empresas e os vossos bancos, a Rússia ficará sem dinheiro para esta guerra", acrescentou o chefe de Estado da Ucrânia. 


10h47 - Odessa acusa Rússia de bombardear subúrbios da cidade

O presidente da câmara de Odessa acusou as autoridades russas de efetuarem ataques a edifícios residenciais na periferia da cidade. O primeiro ataque deste tipo à cidade portuária do Mar Negro.

Gennadiy Trukhanov afirmou que os bombardeamentos não causaram vítimas mortais, apesar de terem provocado um incêndio.

“Estes são edifícios residenciais onde vivem pessoas pacíficas”.


10h38 - "Grande destruição". Ataque russo atinge zona comercial de Kiev

Um ataque das forças russas levado a cabo durante a noite atingiu veículos num parque de estacionamento e provocou uma cratera de vários metros de largura. Morreram pelo menos oito pessoas.

De acordo com os serviços de emergência ucranianos, os bombeiros conseguiram retirar pelo menos um homem dos escombros.
Os enviados especiais da RTP testemunharam o cenário de "grande destruição".

10h22 - Rússia necessita de mais de uma semana para controlar Mariupol

Denis Pushili, chefe da chamada República Popular de Donetsk, afirmou à agência Interfax que as tropas russas vão levar mais de uma semana até controlar a cidade costeira de Mariupol.

“Não acredito que em dois ou três dias, ou mesmo uma semana, consigam o controlo. Infelizmente, não, a cidade é grande”, disse Denis Pushili.

10h12 - Eslovénia vai reabrir a sua representação diplomática em Kiev

A Eslovénia decidiu hoje reabrir a sua representação diplomática em Kiev, depois de a ter encerrado devido à invasão da Rússia, e pediu aos demais países da União Europeia (UE) que façam o mesmo.

"A Eslovénia enviará o seu representante diplomático e a sua equipa para Kiev na próxima semana. Todos são voluntários. Tentamos fazer com que a UE faça o mesmo. A Ucrânia precisa de apoio diplomático direto para que a agressão termine o mais rápido possível e a paz seja alcançada", declarou o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa.

(agência Lusa)

9h55 - Kiev com recolher obrigatório entre as 20h00 de segunda-feira e as 7h00 de quarta-feira

9h46 - Moscovo afirma que conversações ainda não chegaram a bom termo

O Kremlin afirma que as negociações de paz entre Moscovo e Kiev não produziram progressos significativos e apelou aos países que podem exercer influência sobre a Ucrânia para a usarem.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou ainda que tinham de ser feitos progressos significativos nas conversações antes de um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskiy. 

Dmitry Peskov frisou ainda que o embargo aos produtos petrolíferos russos vai prejudicar a Europa e não os Estados Unidos.

9h30 - Primeiro-ministro israelita afirma que ainda há grandes lacunas para terminar o conflito

Naftali Bennett, que tem tentado mediar o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, revela que, apesar de alguns progressos, continuam a existir grandes lacunas entre as partes.

“Ainda há um longo caminho a percorrer. Porque há questões controversas, algumas delas fundamentais”.

9h14 - Polónia defende que a Suíça deve congelar contas dos oligarcas russos

A Suíça deve congelar as contas dos oligarcas russos e confiscar os seus bens, afirmou o primeiro-ministro polaco.

9h07 - Josep Borrell considera que assalto das forças russas a Mariupol é “um crime de guerra em massa”

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou hoje que a Rússia está a cometer em Mariupol "um crime de guerra em massa" e disse que o Presidente russo Vladimir "Putin merece a mais forte condenação do mundo civilizado".

"A Rússia está a cometer muitos crimes de guerra, é esse o termo, tenho de o dizer. O que se está a passar em Mariupol é um crime de guerra em massa. Estão a destruir tudo, a bombardear e a matar todos, de uma forma indiscriminada. Isto é algo horrível que temos de condenar nos termos mais fortes. É um crime de guerra em massa", afirmou, à entrada para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Bruxelas.

Apontando que a cidade de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, "vai ser completamente destruída, e as pessoas lá estão a morrer", Josep Borrell, questionado pelos jornalistas sobre a utilização de mísseis hipersónicos pelo exército russo, disse que "sim, a Rússia está a usar todas as suas capacidades militares, e o problema é que estão a usá-las contra os civis".

"Não é uma guerra, é a destruição em massa de um país sem qualquer consideração pela lei da guerra. Porque a guerra também tem leis. Moralmente, já perderam, pois o que estão a fazer é à margem de qualquer lei. Putin merece a mais forte condenação do mundo civilizado", afirmou.

8h57 - Itália, Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido vão reunir

O primeiro-ministro italiano vai reunir hoje com o Presidente norte-americano Joe Biden, o chanceler alemão Olaf Scholz, o Presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, revelou o Governo de Roma.

O telefonema será dedicado à preparação das próximas reuniões da NATA, G7 e Conselho Europeu previstas para a próxima semana.

8h42 - Gennady Timchenko demite-se do conselho de administração da Novatek

Gennady Timchenko, um dos oligarcas aliados de Vladimir Putin, demitiu-se Nocatek.

A Novatek, a maior produtora de gás natural da Rússia, não revelou o motivo da demissão. Timchenko, que fazia parte do conselho de administração desde 2009, recusou-se a comentar.

Timchenko faz parte dos milionários russos próximos de Putin que são alvo de sanções por parte da União Europeia e do Reino Unido.

8h25 - Rússia atingiu instalações militares em Rivne

As forças russas atingiram uma instalação militar na região de Rivne com mísseis de cruzeiro, revelou o Ministério da Defesa da Rússia.

Na sequência de relatos de fuga de amoníaco, a Rússia afirma que não atingiu nenhuma indústria química na Ucrânia.

8h11 - Mais de dois milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para a Polónia

2.114.000 pessoas foram deixaram a Ucrânia e entraram na Polónia desde o início da invasão russa.

No domingo, 33.800 pessoas atravessaram a fronteira, menos 16 por cento do que na véspera, revela o correspondente da BBC em Varsóvia.

Algumas das pessoas em fuga já abandoaram a Polónia para outros países. No entanto, as estimativas polacas apontam para que permaneçam no país cerca de 1,2 milhões de pessoas.

8h00 - Autoridades comunicam fuga de amoníaco numa central química no norte. Mais aqui

Uma fuga de amoníaco numa central química em Novoselytsya, no norte da Ucrânia, levou as autoridades locais a apelar hoje à população para procurar abrigo.

O governador da região de Sumy, Dmytro Zhyvytsky, comunicou uma "fuga de amoníaco" nas instalações da empresa Sumykhimprom, que afectou uma área de 2,5 quilómetros à volta da fábrica de fertilizantes.

A dimensão e as causas do incidente ainda não foram apuradas, mas numa mensagem deixada na plataforma Telegram, Zhyvytsky apelou aos residentes para procurarem “abrigos, caves e pisos baixos” para evitarem a exposição.


7h43 - Oito mortos após bombardeamento de centro comercial em Kiev

Pelo menos oito pessoas morreram após o bombardeamento de uma zona comercial na capital ucraniana. De acordo com a agência France Presse, o ataque visou o centro comercial de Retroville, no norte de Kiev.

7h37 - China vai disponibilizar 10 milhões de yuans para ajuda humanitária à Ucrânia

A Cruz Vernelha na China anunciou a doação de mais 10 milhões de yuans (cerca de 1,57 milhões de dólares) para a ajuda humanitária na Ucrânia.

O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin. Há alguns dias, Pequim já tinha prometido ajuda humanitária a Kiev no valor de 5 milhões de yuans.

7h24 - Forças russas paradas às portas de Kiev, dizem as autoridades britânicas


De acordo com informação dos serviços de inteligência britânicos, as forças russas estão paradas às portas da capital ucraniana. No domingo, os bombardeamentos atingiram várias casas e uma zona comercial da cidade. Pelo menos quatro pessoas morreram.
Ponto da situação

  • Em Mariupol, cidade cercada há várias semanas pelos russos, a água, alimentação e energia escasseia. Mas os ucranianos continuam a não depor armas. Nas últimas horas, Moscovo exigia uma rendição, comprometendo-se em troca com a abertura de uma passagem segura para que os civis ainda na cidade pudessem sair.

No entanto, as forças ucranianas recusaram-se a sair daquela cidade portuária praticamente destruída.

“Não se pode falar em rendição, deposição de armas. Já informámos o lado russo sobre isto”, afirmou a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshuchuk, em declarações ao canal ucraniano Pravda.

A agência de notícias russa TASS tinha avançado que os residentes de Mariupol teriam até às 5h00 de segunda-feira para responder à oferta das forças russas.

O chefe do centro de controlo da Defesa Nacional Russa, Mikhail Mizintsev, anunciou, citado pela agência espanhola EFE, que todos os elementos do exército ucraniano poderão abandonar a cidade entre as 10h00 e as 12h00 (menos duas horas em Lisboa).

  • De acordo com a vice-primeira-ministra da Ucrânia, mais de 7.000 civis foram retirados de várias cidades através dos corredores humanitários.

Até ao momento, desde o início da guerra morreram pelo menos 902 civis e 1.459 ficaram feridos. Há nesta altura mais de 3,4 milhões de refugiados, adianta a ONU.

  • No domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou ao Knesset, o parlamento israelita. Questionou os deputados sobre a relutância de Telavive para disponibilizar meios de defesa aérea a Kiev ou para impor sanções mais pesadas a Moscovo.