Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O tablóide pró-Kremlin Komsomolskaya Pravda avançou, citando números do Ministério russo da Defesa, que 9.861 soldados russos morreram na guerra na Ucrânia e 16.153 ficaram feridos.
Komsomolskaya Pravda, the pro-Kremlin tabloid, says that according to Russian ministry of defense numbers, 9,861 Russian soldiers died in Ukraine and 16,153 were injured. The last official Russian KIA figure, on March 2, was 498. Fascinating that someone posted the leaked number. pic.twitter.com/LHrBWIQ49z
— Yaroslav Trofimov (@yarotrof) March 21, 2022
O número difere bastante daquele que foi avançado pelo Kremlin na última contagem oficial, a 2 de março, que dava conta de apenas 498 vítimas do lado russo.
Segundo uma publicação no Twitter de Yaroslav Trofimov, um jornalista italiano nascido na Ucrânia que atua como correspondente chefe no Wall Street Journal, a frase do tablóide foi apagada de seguida.
And that graph has now been deleted! https://t.co/4lBjWFg4qx
— Yaroslav Trofimov (@yarotrof) March 21, 2022
O Presidente norte-americano, Joe Biden, pediu hoje que as empresas se protejam melhor de possíveis ataques virtuais realizados pela Rússia em resposta às sanções ocidentais impostas a Moscovo pela sua ofensiva na Ucrânia.
"A minha administração reitera esses avisos, com base em dados dos serviços de informações em constante evolução, de que o Governo russo está a explorar opções para possíveis ataques cibernéticos", indicou o Presidente num comunicado divulgado pela Casa Branca.
Os ataques informáticos fazem parte do "manual de estratégia" que orienta o Governo russo, insiste Joe Biden, para quem hoje é "crucial acelerar a tarefa de reforçar a segurança informática interna" norte-americana.
De acordo com a Casa Branca, infraestruturas essenciais, principalmente operadas pelo setor privado norte-americano, podem ser visadas.
"Vocês têm o poder, a capacidade e a responsabilidade de fortalecer a segurança cibernética e a resiliência dos serviços e tecnologias essenciais dos quais os norte-americanos dependem. Precisamos que todos façam a sua parte para enfrentar uma das ameaças que definem nosso tempo -- a sua vigilância e urgência hoje podem prevenir ou mitigar ataques amanhã", apelou o chefe de Estado.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky insistiu na necessidade de uma "reunião", "de qualquer forma", com o seu homólogo russo Vladimir Putin para "parar a guerra" na Ucrânia.
"Acredito que sem esta reunião é impossível perceber completamente ao que eles [os russos] estão dispostos para parar a guerra", disse Zelensky em entrevista à televisão estatal Suspilne.
Sob controlo russo está Kherson, onde militares tentam agora dispersar manifestantes ucranianos que resistem aos invasores. Forças navais russas atingiram várias zonas residenciais de Odessa, cidade estratégica do sul da Ucrânia. Kiev e Moscovo retomaram negociações. O presidente ucraniano defende um referendo para algumas das medidas propostas pela Rússia.
Entre os cidadãos resgatados estão 3.007 residentes da cidade portuária de Mariupol, que está sob cerco das tropas russas.
Kiev entrou em recolher obrigatório depois de ter sido atingida pelo ataque mais violento com um míssil num centro comercial. Pelo menos oito pessoas morreram na zona das habitações. Os enviados especiais da RTP Cândida Pinto e David Araújo estiveram dentro do que resta da superfície comercial destruída.
O regulador russo bleoqueou esta segunda-feira o acesso ao site da cadeia francesa Euronews. É o mais recente canal de informação proibido na Rússia, num endurecimento do controlo das informações ligadas à ofensiva na Ucrânia.
De acordo com as agências russas de notícias, a Roskmnadzor bloqueou o site euronews.com e a sua versão russa ru.euronews após um pedido judicial. O motivo do bloqueio não foi divulgado.
Há boas hipóteses da Irlanda vir a envolver-se na força de reação rápida da União Europeia, apesar da sua tradicional neutralidade militar, admitiu à RTE o ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Simon Coveney.
"Quanto à força de reação rápida, sim, penso existir uma boa probabilidade de que nos iremos envolver nisso", citou a RTE, quando Coveney foi questionado sobre a possibilidade.
A força deverá estar operacional até 2025.
O anúncio foi feito pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
A União Europeia vai reforçar as suas defesas e dotar-se de meios de intervenção, afirmou.
"A União Europeia está em perigo. A agressão da Rússia contra a Ucrânia não é retórica e constitui uma chamada à ordem", sublinhou Borrell no final de uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE.
"A União Europeia deve mostrar-se determinada, rápida na sua reação às crises e deve investir nas suas capacidades de defesa em conjunto com a NATO", acrescentou.
"A UE está mal equipada como um todo para fazer face às ameaças e aos desafios" actuais, adverte o documento subscrito pelos ministros.
A liderança militar norte-americana diz ver "provas claras" de crimes de guerra na Ucrânia cometidos pelas forças russas.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, comparou hoje a morte de civis ucranianos às mãos da Rússia com o assassínio em massa de judeus pelos nazis na Ucrânia.
Numa visita ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington, Blinken afirmou que nunca as "verdades inquietantes" e "lições" de visitas àquele lugar lhe pareceram "tão urgentes" como agora.
"O Governo russo continua a travar a sua guerra brutal e não provocada contra a Ucrânia. Cada dia temos mais ataques angustiantes, mais homens, mulheres e crianças inocentes mortos", disse.
"Isso inclui as cinco pessoas que foram mortas num ataque em 01 de março, a uma torre de TV nos arredores de Kiev, o mesmo local onde, há pouco mais de 80 anos, 33.771 judeus foram mortos pelos nazis em apenas dois dias: Babyn Yar.", acrescentou o secretário de Estado.
Babyn Yar, referida por Blinken, é uma ravina existente em Kiev, capital da Ucrânia, que ficou conhecida na história como local de um dos maiores massacres de judeus e civis da então União Soviética pelos nazis, durante a Segunda Guerra Mundial.
O secretário de Estado recordou que na Ucrânia residem quase 10.000 sobreviventes do Holocausto, e citou o caso de uma mulher de 88 anos, Natalia Berezhnaya, de Odessa, que disse recentemente, numa entrevista, estar a reviver hoje o que experienciou em 1941: "É difícil entender o facto de que em 1941 eu tive que me esconder no porão deste prédio, e que vou ter que fazer isso de novo agora".
O vice-comandante da Frota do Mar Negro russa, capitão de primeiro escalão Andréi Paliy, morreu na Ucrânia durante combates em Mariupol, no sudeste do país, informou hoje o governador de Sebastopol, Mijaíl Razvozhaev.
"Eu era amigo de Andrei Nokolaevich (o patronímico de Paliy). Ele era um homem sincero e honesto. Um verdadeiro oficial de uma dinastia militar", escreveu Razvozhaev na sua conta da rede social Telegram.
O governador de Sebastopol acrescentou que o militar falecido tinha grande autoridade na frota e era uma pessoa "muito compreensiva", dizendo que ele morreu pelo "nosso futuro pacífico", defendendo a pátria.
A Rússia reconheceu a morte de 498 soldados na campanha militar na Ucrânia desde 24 de fevereiro, num comunicado datado de 02 de março. Desde essa data a Rússia não divulgou mais relatórios de vítimas.
Desde o início da guerra na Ucrânia, Portugal já recebeu 17504 pedidos de estatuto de proteção temporária. São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades.
Os dados foram revelados à RTP pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta segunda-feira que qualquer compromisso com a Rússia para acabar com a guerra será sujeito a um referendo.
"As pessoas terão que se manifestar e responder a qualquer forma de compromisso. E os compromissos serão o assunto das nossas conversas e entendimentos entre a Ucrânia e a Rússia", disse Zelensky numa entrevista publicada pela televisão estatal ucraniana Suspilne.
O presidente ucraniano avançou ainda que as questões que podem ser levantadas em qualquer referendo podem dizer respeito a territórios ocupados por forças russas, incluindo a Crimeia, ou garantias de segurança oferecidas à Ucrânia por diferentes países em substituição da adesão à NATO.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse esta segunda-feira que a União Europeia está pronta para impor novas sanções à Rússia.
"Medidas restritivas continuam a constituir uma parte importante da nossa abordagem e estamos prontos para tomar mais medidas com os nossos parceiros", disse Borrell em conferência de imprensa após uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas.
Josep Borrell também anunciou que os Estados-membros aprovaram um pacote de mais de 200 milhões de euros (1,5 por cento do PIB) para a defesa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia (UE) aprovaram esta segunda-feira a «bússola estratégica", o novo plano de ação europeu com vista ao reforço da sua política de defesa e segurança até 2030, num contexto de regresso da guerra à Europa.
O documento, que foi negociado entre os Estados-membros ao longo dos últimos dois anos, foi aprovado no Conselho «Jumbo» - a designação dada às reuniões conjuntas de chefes de diplomacia e ministros da Defesa dos 27 - e deverá ser formalmente adotado pelos chefes de Estado e de Governo da UE no Conselho Europeu que decorre entre quinta e sexta-feira em Bruxelas.
O chefe da diplomacia europeia sublinha que “isto não representa uma resposta de última hora aos acontecimentos recentes entre a Rússia e Ucrânia. É sim um claro sinal de que a UE tem de estar mais unida e empenhada num trabalho conjunto em complementaridade com a NATO de modo a garantir que a Europa é mais forte”. “Esta bússola permite-nos alargar a nossa ação, agir de uma forma mais decisiva como resposta a crises, garantir a nossa união e a dos nossos cidadãos, aumentar a nossa resiliência, investir nos recursos e capacidades necessárias e na defesa e inovação”, acrescentou Borrell.
Ao 26.º dia de guerra, não para de aumentar o número de vítimas em resultado do conflito, mas contamos também as histórias de civis que deixaram a Ucrânia e que se recusaram a combater.
Junto à fronteira, em Hrebenne, o repórter João Alexandre, enviado da Antena 1 à Polónia, falou com Andryi Milinevskyy, um ucraniano que aguarda pela família. Andryi conta que, antevendo o que acabou por começar a 24 de fevereiro, tomou a opção de abandonar Kiev e o país. Para ele, antes a família do que morrer como um herói.
O número de refugiados que chegaram à Polónia já ultrapassa os dois milhões.
Em declarações ao jornal The Guardian, um funcionário da NATO revelou que a Bielorrússia poderá atacar a Ucrânia em breve e está a preparar-se para permitir que a Rússia posicione armas nucleares no seu país.
“O governo bielorrusso está a preparar o ambiente para justificar uma ofensiva bielorrussa contra a Ucrânia e a iminente instalação de armas nucleares russas na Bielorrússia”, revelou o funcionário da Aliança Atlântica sob condição de anonimato.
As autoridades ucranianas têm vindo a alertar para a possibilidade de a Bielorrússia, um aliado próximo de Moscovo, se juntar à Rússia na luta na Ucrânia. Embora Minsk tenha permitido que tropas russas utilizem o seu território para lançar operações terrestres e aéreas, o Governo bielorusso negou qualquer intenção de se juntar à Rússia na guerra e a NATO não viu nenhuma prova concreta de que tropas bielorrussas tenham participado diretamente da guerra na Ucrânia.
“Eu não estou a dizer que eles vão colocar armas nucleares lá amanhã. O que quero dizer é que eles tomaram medidas políticas para agora poderem receber armas nucleares se tal decisão for tomada”, explicou o funcionário da aliança ao jornal britânico.
Os Estados Unidos detetaram um aumento da atividade naval russa no mar Negro, a partir do qual ataca com artilharia a cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, disse hoje um alto funcionário do Pentágono.
Numa conversa telefónica com jornalistas, a fonte disse que os russos dispõem de "pouco mais de uma dezena de navios de guerra, embarcações de combate anfíbias de diferentes classes e tamanhos, navios de superfície, draga-minas e patrulheiros que colocaram a norte do mar Negro".
Nesse sentido, o funcionário indicou que alguns dos ataques de artilharia contra Odessa são resultado das atividades dessa frota russa, "sobretudo das embarcações de combate anfíbias".
No entanto, sublinhou que isso não significa a possibilidade de um ataque anfíbio a Odessa esteja iminente.
O responsável de Defesa apontou que, no geral, o avanço russo na Ucrânia está paralisado, enquanto os EUA não detetaram quaisquer reforços a chegar para ajudar as forças russas no país vizinho.
"Vimos os russos a falar sobre a possibilidade de levar reforços de fora da Rússia, de fora da Ucrânia, mas de novo, não houve qualquer movimento", prosseguiu.
O funcionário observou que Washington estima atualmente que a força de combate russa na Ucrânia esteja abaixo dos 90%, recordando ao mesmo tempo que Moscovo destinou grandes quantidades de recursos para a Ucrânia: "75% da sua capacidade de geração de grupos táticos de batalhão".
Esses grupos são típicos das Forças Armadas russas e são unidades com alto nível de preparação para se envolver em qualquer momento em combates de alta intensidade com vários tipos de armas.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse esta segunda-feira que a Ucrânia não aceitará nenhum ultimato da Rússia para acabar com a guerra e que cidades como Kiev, Mariupol ou Kharkiv nunca irão aceitar a ocupação russa.
"Temos um ultimato com alguns pontos. 'Cumpram-no e então terminaremos a guerra'", disse Zelenskiy numa entrevista publicada pela televisão estatal ucraniana Suspilne. "A Ucrânia não pode aceitar nenhum ultimato da Rússia. Primeiro terão de nos destruir a todos, só aí os ultimatos serão respeitados", sublinhou Zelensky.
A Rússia disse esta segunda-feira que atingiu o centro comercial de Kiev com armas de precisão de longo alcance porque estava a ser utilizado como armazém de rockets e como um posto de recarga pelas forças ucranianas.
"As áreas próximas ao centro comercial foram usadas como uma grande base para armazenar munições de rockets e recarregar lançadores de foguetes múltiplos", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
O centro comercial e vários prédios na capital ucraniana, no distrito de Podilskyi, foram atingidos por um míssil na noite de domingo, provocando pelo menos oito mortos.
A Rússia anunciou esta segunda-feira que abandonou as negociações com o Japão e congelou projetos económicos conjuntos relacionados às disputadas ilhas Curilas, citando a “posição hostil” de Tóquio em relação ao conflito na Ucrânia.
"A Rússia não pretende, nas atuais circunstâncias, dar continuidade às negociações com o Japão sobre um tratado de paz", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia em comunicado.
A Rússia e o Japão ainda não encerraram formalmente as hostilidades da Segunda Guerra Mundial por causa do impasse sobre as ilhas conhecidas na Rússia como Curilas e no Japão como Territórios do Norte. Essas ilhas foram tomadas pelo exército soviético nos últimos dias do conflito e nunca mais foram devolvidas a Tóquio.
Na semana passada, o Japão anunciou novas sanções adicionais à Rússia que que implicam o bloqueio de ativos de mais 15 cidadãos russos, principalmente altos funcionários da Defesa, e nove corporações industriais e aeroespaciais.
Desde o início do conflito sobre a invasão russa da Ucrânia, o Japão impôs sanções a cidadãos russos, incluindo o presidente, Vladimir Putin, bem como a 12 bielorrussos, incluindo o presidente, Alexander Lukashenko.
Há milhares de pessoas que ainda vivem no meio dos escombros. As tropas russas, perante a impossibilidade de avançar no terreno, têm bombardeado fortemente a cidade, que, apesar de tudo, mantém controlada a linha da frente de defesa.
As autoridades de Odessa, o maior porto da Ucrânia, revelaram que as forças navais russas no Mar Negro bombardearam alguns edifícios residenciais na periferia da cidade. Não há, para já, relatos de vítimas mortais.
Segundo a BBC, é a primeira vez que as tropas russas bombardeiam edifícios residenciais em Odessa.
A marinha russa tem estado a bloquear Odessa, o que é visto como um alvo estratégico e simbólico para o Kremlin.
Kiev apela a Pequim para desempenhar um “papel importante” na procura de uma solução para o conflito. O pelo partiu do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no Twitter.
“Durante décadas, as relações entre a Ucrânia e a China têm-se baseado no respeito e compreensão mútuos. Partilhamos a posição de Pequim sobre a necessidade de encontrar uma solução política para a guerra na Ucrânia, e apelamos à China, como potência mundial, para que desempenhe um papel importante nesses esforços”, escreveu Dmytro Kuleba.For decades, the Ukrainian-Chinese relations have been based on mutual respect, understanding and benefit. We share Beijing’s position on the need to find a political solution to the war against Ukraine and call on China as a global power to play an important role in this effort.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 21, 2022
O super iate do oligarca russo Roman Abramovich atracou hoje no sudoeste da Turquia.
O iate Solaris partiu de Montenegro na passada semana, dirigindo-se para Bodrum, contornando as águas dos Estados membros da União Europeia que sancionaram Abramovich e outros milionários russos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia revelou que convocou o embaixador dos EUA, John Sullivan, para expressar que as observações de Joe Biden sobre Vladimir Putin tinham “empurrado os laços bilaterais para a beira do colapso”.
A reação do Kremlin surge depois de Biden ter afirmado que Putin era um “criminoso de guerra”.
Oleksii Reznikov que está em Londres afirmou que a Rússia está a efetuar um terrorismo de Estado na Ucrânia e que continuará a atacar outros países.
- Oito pessoas morreram em Kiev nas últimas horas. Um míssil atingiu um centro comercial e vários prédios na capital ucraniana, no distrito de Podilskyi.
- Em Mariupol, a situação humanitária agrava-se. A cidade está sitiada há várias semanas e cerca de 300 mil pessoas estão cercadas, sem acesso a água, alimentação e energia. De acordo com as organizações no terreno e autoridades locais, cerca de 90 por cento dos edifícios da cidade foram destruídos.
- A Bolsa de Moscovo abriu pela primeira vez desde que a invasão começou, mas a população russa enfrenta escassez de recursos e um impacto cada vez mais visível das sanções ocidentais.
- A ONU estima que pelo menos 925 civis morreram desde o início da guerra na Ucrânia. Há ainda 1.496 feridos desde o início do conflito.
- De acordo com o SEF, Portugal já recebeu 16.806 pedidos de proteção temporária de cidadãos que estavam na Ucrânia no início da guerra, segundo números atualizados esta segunda-feira. Até ao momento, 500 estudantes ucranianos foram inscritos nas escolas portuguesas, confirmou o ministro português da Educação.
As tropas russas dispersaram uma manifestação na cidade Kherson, no sul da Ucrânia, disparando sobre os manifestantes. Segundo a BBC, há relatos de vários feridos.
A cidade tem assistido a protestos regulares desde que foi ocupada pelas tropas russas.
Kherson é a maior de meia dúzia de cidades capturadas pelas forças russas desde o início da invasão.
Portugal já recebeu 16.806 pedidos de estatuto de proteção temporária, desde o início da guerra. São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades, revelou fonte do SEF à RTP.
Ministro da Defesa da Ucrânia afirma que as tropas russas já mataram mais de 150 crianças, destruíram mais de 400 escolas e 110 hospitais.
A Rússia está a trabalhar com o Cazaquistão num acordo para transportar mais petróleo russo para a China através daquele país da Ásia Central, tentando assim ultrapassar eventuais sanções da União Europeia neste setor, revelou hoje o vice-primeiro-ministro russo.
Alexander Novak disse à imprensa, depois de se reunir com o grupo parlamentar da Rússia Unida, o partido que apoia o Kremlin, que o contrato para o trânsito do petróleo russo para a China através do Cazaquistão foi recentemente alargado e foi criado um grupo de trabalho para concretizar esse aumento do transporte, segundo a Interfax.
A questão da diversificação das exportações de hidrocarbonetos para a região Ásia-Pacífico "é realmente atual, já que ouvimos falar de preparativos para um novo pacote de medidas [sanções]” por parte do Ocidente, declarou o vice-primeiro-ministro russo.
Após o início da invasão da Ucrânia, o Ocidente impôs sanções contra Moscovo, abrangendo praticamente todos os setores, mas não a importação de petróleo e gás natural, com exceção dos Estados Unidos e do Reino Unido, que a 09 de março anunciaram a suspensão das importações de petróleo da Rússia.
(Agência Lusa)
A agência TASS revela que uma decisão judicial proíbe a utilização das duas redes sociais no país.
Как мы узнали от его близких, наш друг Борис Романченко, который пережил нацистские лагеря #Buchenwald, #Peenemünde, #Dora и #BergenBelsen, был убит в прошлую пятницу в результате взрыва бомбы в своем доме в #Харькове. Мы глубоко встревожены. pic.twitter.com/hgJeL6gkGT
— Stift. Gedenkstätten Buchenwald und Mittelbau-Dora (@Buchenwald_Dora) March 21, 2022
Os portos do Mar Negro e no Mar de Azov permanecem temporariamente encerrados à entrada ou saída de embarcações.
Pouco depois da invasão russa a 24 de fevereiro, os navios comerciais e de guerra ucranianos estão atracados. O que alimenta o receio de rutura de abastecimento dos principais exportadores de cereais e semente oleaginosas.
O número de cidadãos ucranianos que fugiram do país devido à invasão russa alcançou os 3,48 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), referindo que a maioria são mulheres, crianças e idosos.
No domingo, esta agência da ONU dava conta de 3.389.044 refugiados ucranianos e acrescentava ter ainda registado de mais 6,6 milhões de deslocados internos.
Segundo o ACNUR, a Polónia recebeu mais de dois milhões desses refugiados, enquanto centenas de milhares deixaram a Ucrânia para os países vizinhos Hungria, Eslováquia, Moldova, Roménia, Rússia e, em menor escala, para a Bielorrússia.
(Agência Lusa)
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, considerou hoje que a resistência de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, aos fortes bombardeamentos russos dos últimos dias está "a salvar" outras cidades da intensificação da ofensiva de Moscovo.
“Os heroicos defensores de Mariupol estão a desempenhar um papel muito importante para destruir os planos do inimigo e melhorar a nossa defesa”, declarou o ministro, sustentando que graças à “coragem” dos habitantes daquela cidade foram “salvas dezenas de milhares de vidas em toda a Ucrânia”.
"Hoje, Mariupol está a salvar Kiev, Dnipro e Odessa. O mundo inteiro deve entender isso", referiu Reznikov, num relatório de guerra publicado nas redes sociais.
Segundo o ministro ucraniano, desde o início da invasão, as tropas ucranianas abateram 100 aviões e 120 helicópteros, além de terem destruído 500 tanques e 1.500 veículos blindados.
Na sua mensagem, Oleksii Reznikov afirmou que os russos "não sonham já em capturar Kiev" e que estão a receber "golpes dolorosos" em Chernihiv, Sumi e Kharkiv.
A Ucrânia recusou-se a depor as armas na sitiada Mariupol, contrariando a exigência feita pela Rússia, que em troca se comprometia com a abertura de uma passagem segura para fora daquela cidade.
(Agência Lusa)
O porta-voz do primeiro-ministro britânico revelou que o Estado russo foi o responsável por chamadas falsas a dois ministros britânicos e uma chamada adaptada a um terceiro membro do Governo de Boris Johnson.
O ministro da Defesa Bem Wallace e o ministro do Interior Priti Patel foram os alvos. Houve também uma tentativa para enganar a ministra da Cultura Nadine Dorries.
“Esta é uma prática padrão para as operações de informação e desinformação russas, e a desinformação é uma tática do livro do Kremlin para tentar distrair as atenções das suas atividades ilegais na Ucrânia e das violações dos direitos humanos aí cometidas”, afirmou o porta-voz.
Pelo menos oito pessoas morreram depois de as forças russas terem bombardeado um centro comercial na capital ucraniana, revelou o procurador-geral da Ucrânia.
A Comissão Europeia vai abrandar temporariamente as regras de cartel para que milhares de empresas da União Europeia cujas cadeias de fornecimento estão a ser interrompidas pelas sanções contra a Rússia possam junta-se para comprar, fornecer e distribuir produtos sem violar as regras da concorrência.
A orientação surge depois de dezenas de empresas terem procurado aconselhamento sobre a forma de lidar com as perturbações impostas pelas sanções.
O vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak afirmou que os preços do petróleo podem atingir os 300 dólares por barril se o crude russo não for enviado para o Ocidente avança a TASS.
Para Novak é impossível, para já, a Europa recusar petróleo e gás russo.
A capital belga prepara-se para receber três cimeiras em simultâneo com regras de segurança reforçadas, exigidas pelos EUA, dada a presença do Presidente Joe Biden na NATO e, como convidado, no Conselho Europeu.
A cimeira da NATO e a do G7 estão agendadas para quinta-feira, sendo que o Conselho Europeu só termina na sexta, mas, junto à embaixada dos Estados Unidos, o perímetro de segurança será montado já na quarta-feira, com ruas cortadas ao tráfego, passeios interditos a peões e mesmo parte de um parque fechada.
A agenda dos trabalhos das três cimeiras é dominada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Bolsa de Valores de Moscovo reabriu parcialmente pela primeira vez desde o dia 25 de fevereiro – o dia a seguir ao início da invasão da Ucrânia.
A negociação de obrigações e ações nos mercados financeiros da Rússia foi suspensa após uma queda das ações de 33 por cento.
O mercado reabriu apenas para alguns títulos de empréstimo emitidos pelo Governo russo.
As sanções internacionais estão a ser sentidas na economia, com alguns supermercados a racionar a venda de bens básicos como o sal e o óleo alimentar.
O rublo russo foi hoje avaliado em 105 dólares norte-americanos. Desceu cerca de um quarto desde o início da guerra.
Em declarações à BBC, Swetha Ramachandran, gestora de investimentos da Gam, afirmou que o impacto da venda de obrigações será sentido pelos russos após semanas sem investimento estrangeiro.
“Espera-se que o Banco Central intervenha de uma forma bastante agressiva para comprar títulos federais para apoiar o mercado e a economia em dificuldades”, frisou Swetha Ramachandran.
O operador estatal de transporte de gás da Ucrânia afirma que tem o controlo total da rede e “mantém o controlo operacional e tecnológico”.
Várias empresas alemãs assinaram acordos com os Emirados Árabes Unidos para fornecimento de hidrogénio.
Berlim está a fazer esforços para reduzir a dependência da energia russa e aumentar a pressão sobre o Presidente Vladimir Putin após a invasão da Ucrânia.
Petr Fiala afirma que Putin está a cometer crimes de guerra na Ucrânua e que a única forma de o deter é com mais sanções.
“O exército russo devastou Mariupol. O mundo tem de admitir que Vladimir Putin está a cometer crimes de guerra e pessoas inocentes estão a morrer”, escreveu o primeiro-ministro checo no Twitter.
Ruská armáda zdevastovala ukrajinský Mariupol. Celý svět vidí, že Vladimir Putin se dopouští válečných zločinů a že kvůli jeho válce umírají nevinní lidé.
— Petr Fiala (@P_Fiala) March 21, 2022
Musíme nadále prosazovat jasný a jednotný postup vůči Rusku a další sankce, je to jediná cesta, jak Putina zastavit.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje à União Europeia, em particular a Alemanha, para cessar todas as relações comerciais com a Rússia e recusar todos os seus recursos energéticos.
"Não pode haver 'euros para os ocupantes', fechem todos os vossos portos, não lhes enviem os vossos bens, recusem os recursos energéticos (da Rússia)", pediu o Presidente ucraniano numa mensagem gravada em vídeo e difundida através da rede social Telegram.
"Sem relações comerciais com vocês, sem as vossas empresas e os vossos bancos, a Rússia ficará sem dinheiro para esta guerra", acrescentou o chefe de Estado da Ucrânia.
O presidente da câmara de Odessa acusou as autoridades russas de efetuarem ataques a edifícios residenciais na periferia da cidade. O primeiro ataque deste tipo à cidade portuária do Mar Negro.
Gennadiy Trukhanov afirmou que os bombardeamentos não causaram vítimas mortais, apesar de terem provocado um incêndio.
“Estes são edifícios residenciais onde vivem pessoas pacíficas”.
Um ataque das forças russas levado a cabo durante a noite atingiu veículos num parque de estacionamento e provocou uma cratera de vários metros de largura. Morreram pelo menos oito pessoas.
De acordo com os serviços de emergência ucranianos, os bombeiros conseguiram retirar pelo menos um homem dos escombros. Os enviados especiais da RTP testemunharam o cenário de "grande destruição".
Denis Pushili, chefe da chamada República Popular de Donetsk, afirmou à agência Interfax que as tropas russas vão levar mais de uma semana até controlar a cidade costeira de Mariupol.
“Não acredito que em dois ou três dias, ou mesmo uma semana, consigam o controlo. Infelizmente, não, a cidade é grande”, disse Denis Pushili.
A Eslovénia decidiu hoje reabrir a sua representação diplomática em Kiev, depois de a ter encerrado devido à invasão da Rússia, e pediu aos demais países da União Europeia (UE) que façam o mesmo.
"A Eslovénia enviará o seu representante diplomático e a sua equipa para Kiev na próxima semana. Todos são voluntários. Tentamos fazer com que a UE faça o mesmo. A Ucrânia precisa de apoio diplomático direto para que a agressão termine o mais rápido possível e a paz seja alcançada", declarou o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa.
(agência Lusa)
O Kremlin afirma que as negociações de paz entre Moscovo e Kiev não produziram progressos significativos e apelou aos países que podem exercer influência sobre a Ucrânia para a usarem.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou ainda que tinham de ser feitos progressos significativos nas conversações antes de um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskiy.
Naftali Bennett, que tem tentado mediar o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, revela que, apesar de alguns progressos, continuam a existir grandes lacunas entre as partes.
“Ainda há um longo caminho a percorrer. Porque há questões controversas, algumas delas fundamentais”.
A Suíça deve congelar as contas dos oligarcas russos e confiscar os seus bens, afirmou o primeiro-ministro polaco.
"A Rússia está a cometer muitos crimes de guerra, é esse o termo, tenho de o dizer. O que se está a passar em Mariupol é um crime de guerra em massa. Estão a destruir tudo, a bombardear e a matar todos, de uma forma indiscriminada. Isto é algo horrível que temos de condenar nos termos mais fortes. É um crime de guerra em massa", afirmou, à entrada para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Bruxelas.
Apontando que a cidade de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, "vai ser completamente destruída, e as pessoas lá estão a morrer", Josep Borrell, questionado pelos jornalistas sobre a utilização de mísseis hipersónicos pelo exército russo, disse que "sim, a Rússia está a usar todas as suas capacidades militares, e o problema é que estão a usá-las contra os civis".
"Não é uma guerra, é a destruição em massa de um país sem qualquer consideração pela lei da guerra. Porque a guerra também tem leis. Moralmente, já perderam, pois o que estão a fazer é à margem de qualquer lei. Putin merece a mais forte condenação do mundo civilizado", afirmou.
O primeiro-ministro italiano vai reunir hoje com o Presidente norte-americano Joe Biden, o chanceler alemão Olaf Scholz, o Presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, revelou o Governo de Roma.
O telefonema será dedicado à preparação das próximas reuniões da NATA, G7 e Conselho Europeu previstas para a próxima semana.
Gennady Timchenko, um dos oligarcas aliados de Vladimir Putin, demitiu-se Nocatek.
A Novatek, a maior produtora de gás natural da Rússia, não revelou o motivo da demissão. Timchenko, que fazia parte do conselho de administração desde 2009, recusou-se a comentar.
Timchenko faz parte dos milionários russos próximos de Putin que são alvo de sanções por parte da União Europeia e do Reino Unido.
As forças russas atingiram uma instalação militar na região de Rivne com mísseis de cruzeiro, revelou o Ministério da Defesa da Rússia.
Na sequência de relatos de fuga de amoníaco, a Rússia afirma que não atingiu nenhuma indústria química na Ucrânia.
2.114.000 pessoas foram deixaram a Ucrânia e entraram na Polónia desde o início da invasão russa.
No domingo, 33.800 pessoas atravessaram a fronteira, menos 16 por cento do que na véspera, revela o correspondente da BBC em Varsóvia.
Algumas das pessoas em fuga já abandoaram a Polónia para outros países. No entanto, as estimativas polacas apontam para que permaneçam no país cerca de 1,2 milhões de pessoas.
Uma fuga de amoníaco numa central química em Novoselytsya, no norte da Ucrânia, levou as autoridades locais a apelar hoje à população para procurar abrigo.
O governador da região de Sumy, Dmytro Zhyvytsky, comunicou uma "fuga de amoníaco" nas instalações da empresa Sumykhimprom, que afectou uma área de 2,5 quilómetros à volta da fábrica de fertilizantes.
A dimensão e as causas do incidente ainda não foram apuradas, mas numa mensagem deixada na plataforma Telegram, Zhyvytsky apelou aos residentes para procurarem “abrigos, caves e pisos baixos” para evitarem a exposição.
7h24 - Forças russas paradas às portas de Kiev, dizem as autoridades britânicas
- Em Mariupol, cidade cercada há várias semanas pelos russos, a água, alimentação e energia escasseia. Mas os ucranianos continuam a não depor armas. Nas últimas horas, Moscovo exigia uma rendição, comprometendo-se em troca com a abertura de uma passagem segura para que os civis ainda na cidade pudessem sair.
O chefe do centro de controlo da Defesa Nacional Russa, Mikhail Mizintsev, anunciou, citado pela agência espanhola EFE, que todos os elementos do exército ucraniano poderão abandonar a cidade entre as 10h00 e as 12h00 (menos duas horas em Lisboa).
- De acordo com a vice-primeira-ministra da Ucrânia, mais de 7.000 civis foram retirados de várias cidades através dos corredores humanitários.
- No domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou ao Knesset, o parlamento israelita. Questionou os deputados sobre a relutância de Telavive para disponibilizar meios de defesa aérea a Kiev ou para impor sanções mais pesadas a Moscovo.