Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado - RTP

via Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

23h52 - Clima: Ativistas exigem ações e apelam ao fim da invasão russa da Ucrânia

Os ativistas contra as alterações climáticas voltaram hoje a sair à rua, para exigir que os líderes tenham ações mais fortes, com alguns a ligar o protesto ambiental a apelos para o fim da invasão russa da Ucrânia.

Milhares de jovens, muitos com a bandeira nacional da Ucrânia, manifestaram-se na Porta de Brandenburg, em Berlim, que foi durante muito tempo um símbolo da divisão entre o Leste e o Oeste, durante o período da Guerra Fria.

Entre os que discursaram em Berlim estiveram dois jovens russos, que criticaram o seu governo pela invasão da Ucrânia.

"Há muitas pessoas russas que estão contra (o presidente russo, Vladimir) Putin, e não apoiam o que Putin está a fazer", disse Polina Oleinikova à Associate Press.

Esta manifestante acrescentou que as pessoas que falam contra o governo, agora, na Federação Russa, "arriscam-se a ser presas".

Disse ainda que a situação "é muito assustadora, mas tem de se continuar, porque é muito importante", acentuando: "É o que há a fazer e não vamos parar".

Um seu companheiro de protesto, Arshak Makichyan, disse que a invasão russa da Ucrânia e as sanções aplicadas pelo Ocidente estão a ter um impacto drástico na economia russa.

"Tudo o que havia está a colapsar", disse, acrescentando que espera que Putin seja forçado a demitir-se e seja levado a julgamento.

22h55 - Putin assina lei que pune "informações falsas" sobre ações de Moscovo no estrangeiro

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje a lei que pune com até 15 anos de prisão a divulgação de "informações falsas" sobre as ações de Moscovo no estrangeiro.

A adoção desta lei permite ao Kremlin (presidência russa) ter uma arma repressiva adicional sobre a divulgação de notícias relativas à invasão russa da Ucrânia.

O decreto, cuja assinatura presidencial de Vladimir Putin marca a entrada em vigor da lei, pune a "divulgação pública de informações falsas sob o pretexto de informações credíveis" sobre as "atividades dos órgãos estatais russos fora do território russo".

A pena prevista aumenta para 15 anos de prisão se a "informação falsa" resulte "em consequências graves".

22h38 - Contra-ataque ucraniano em Kherson

Um alto-responsável do Pentágono adiantou que as forças ucranianas lançaram esta sexta-feira uma grande contra-ofensiva para tentar retomar às forças russas o controlo de Kherson, no sul, a única grande cidade conquistada por Moscovo e cujo controlo está a ser "contestado".

"Os ucranianos tentam retomar Kherson", assegurou o responsável sob anonimato. "Não conseguimos dizer exatamente quem controla Kherson mas de fato a cidade já não está tão solidamente sob controlo russo com anteriormente".

Os combates decorrem há várias horas.

Tomada em 03 de março pelos militares russos, esta cidade estratégica localizada na foz do rio Dniepre, onde as manifestações foram violentamente reprimidas, "é novamente um território disputado", indicou a mesma fonte.

De acordo com o alto funcionário do Pentágono, se os ucranianos conseguissem recuperar o controlo de Kherson, as posições russas em torno de Mykolaiv encontrar-se-iam "ensanduichadas" entre aqueles que defendem as duas cidades.

Os russos teriam "muitos problemas para progredir em terra em direção a Odessa". "Seria um desenvolvimento importante", observou.

22H29 - Rússia vai "centrar" ofensiva na "libertação do Donbass"

O comando russo, pela voz adjunto do ministro da Defesa da Rússia Sergei Roudskoï, anunciou esta noite que, por "terem sido reduzidas de forma importante as capacidade de combate das forças ucranianas, tal permite centrar os principais esforços no objetivo principal: a libertação do Donbass".

Acrescenta que a "primeira fase" da guerra está praticamente concluída.

Esta região do leste da Ucrânia junto a território russo é palco há oito anos de uma rebelião inspirada pela Rússia, que reconheceu há um mês as duas repúblicas autónomas ali proclamadas pelos rebeldes pró-russos e contestadas por Kiev e pela comunidade internacional.

As palavras do adjunto de Roudskoï parecem contradizer o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, que pouco antes sublinhara que a operação militar em curso deveria "prosseguir até atingir o seu objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia", numa retórica próxima da de Vladimir Putin.

Há rumores de Roudskoï terá sido vítima de um problema coronário há duas semanas que o tem mantido afastado.

22h10 - Autoridades europeias acusam Rússia de "roubar" aviões

Altos funcionários europeus acusaram hoje a Rússia de "roubar" centenas de aviões alugados no estrangeiro, ao permitir que essas aeronaves fossem registadas no seu território, o que representa milhares de milhões de euros de prejuízos aos locadores.

A informação é avançada hoje pela agência de notícias France Presse (AFP), que afirma que as companhias aéreas russas têm até segunda-feira para devolver os aviões, ao abrigo das sanções aeronáuticas da UE adotadas após as forças russas terem invadido a Ucrânia.

Em causa está uma lei promulgada pelo presidente Vladimir Putin de 14 de março que veio autorizar as companhias aéreas do país a registar na Rússia os aviões que alugam no estrangeiro para que possam voar com eles no país.

A medida permite às companhias continuar a utilizar as aeronaves para voos domésticos, mas essas seriam apreendidas se voassem para o estrangeiro, explica a AFP.

22h05 - Alemanha acolhe primeiros refugiados ucranianos vindos da Moldova

Os primeiros 134 de um total de 2.500 refugiados da Ucrânia acolhidos primeiro na Moldova chegaram esta sexta-feira à Alemanha.

A Moldova, um dos países mais pobres da União Europeia, não tem meios nem infraestruturas para apoiar dezenas de milhares de refugiados que entraram no último mês e pediu ajuda a Bruxelas.

A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, prometeu receber alguns destes refugiados durante uma visita à Moldova há duas semanas e estava no aeroporto de Franquefurte para receber a primeira centena.

21h57 - Evacuação de cidades na Ucrânia

Cerca de 7.330 pessoas saíram de cidades ucranianas esta sexta-feira através de corredores humanitários, mais do dobro das registadas 3.343 de quinta-feira.

A vice primeira-ministra ucraniana Iryna Vereschuck afirmou que 2.800 pessoas saíram da cidade de Mariupol através de meios privados de transporte.

21h45 - Agência Fitch revoga ratings da Rússia

A agência de rating Fitch revogou a classificação da Rússia de acordo com as sanções impostas pela União Europeia ao país após a invasão da Ucrânia.

No início do mês, a Fitch tinha colocado o rating russo ao nível de "lixo".

No início da semana a agência afirmou que iria revogar os ratings de todas as entidades russas e suas subsidiárias até 15 de abril, a data limite imposta pela UE.

21h15 - Apoios europeus à Ucrânia: Zelensky critica indecisão de Portugal

Volodymyr Zelenski considera que Portugal é um dos países que têm mostrado reservas em apoiar a Ucrânia na adesão à União Europeia. Esta ideia foi deixada pelo presidente ucraniano ontem durante a reunião do Conselho Europeu onde participou por videoconferencia.

20h56 - Zelensky diz que Portugal apoia a Ucrânia quase nada

O primeiro-ministro, António Costa, sublinhou hoje, em Bruxelas, que Portugal tem dado "todo o apoio à Ucrânia", a nível humanitário e militar, e garantiu não ter ouvido o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a queixar-se de falta de apoio português.

Em declarações aos jornalistas no final de um Conselho Europeu de dois dias, durante o qual Zelensky voltou a participar através de uma mensagem vídeo, António Costa foi confrontado com a 'avaliação' que o Presidente ucraniano fez na quinta-feira ao apoio dado à Ucrânia por cada Estado-membro da União -- supostamente sobre as perspetivas de adesão ao bloco comunitário -, numa mensagem entretanto divulgada nas redes sociais, e na qual sugere que Portugal "quase" apoia o seu país.

"Das duas vezes que o ouvi - ouvi-o na NATO e, à tarde, no Conselho Europeu - não o ouvi dizer essa expressão", assumiu António Costa, sublinhando que Portugal tem prestado "todo o apoio à Ucrânia que é necessário", tanto a nível humanitário, como a nível de "fornecimento de equipamento militar, inclusive equipamento letal", apontando que "continuam a ser enviados novos equipamento e cada vez de maior capacidade de intervenção militar".

20h45 - Joe Biden volta a apelidar Vladimir Putin de "criminoso de guerra"

20h25 - Ucrânia. Rússia diz que primeira "fase da guerra" está praticamente concluída

A Rússia garante que a primeira fase da guerra está praticamente concluída e que vai agora concentrar esforços no que chama de libertação do Donbass. Kiev reivindica a recuperação do controlo de cinco cidades dos arredores da capital.

Trezentas pessoas terão morrido no ataque da semana passada ao teatro de Mariupol.

20h23 - União Europeia celebrou um acordo de fornecimento de gás natural com Estados Unidos

20h17 - António Costa ainda aguarda resposta de Bruxelas a pedido para redução do IVA

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que ainda aguarda uma resposta final da Comissão Europeia ao pedido de Portugal para reduzir o IVA na energia, esperando que chegue após entrada em funcionamento da Assembleia da República.

"Relativamente ao processo de redução da taxa do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), ainda não há uma resposta final da Comissão, mas como consta (...) das conclusões do Conselho Europeu, entre as medidas referidas como podendo ser utilizadas para redução dos preços, está prevista precisamente a redução do IVA", disse o chefe de Governo, quando questionado sobre o pedido apresentado por Portugal.

Em conferência de imprensa ao lado do seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, no final da uma cimeira europeia com discussões difíceis sobre a atual crise energética, António Costa estimou: "Creio que a resposta da Comissão também chegará a tempo de, entretanto, termos instalada a nova Assembleia República e de ela poder entrar em funcionamento".

Até porque "só a Assembleia da República tem competência para baixar a taxa do IVA (...) porque o Governo não tem competência", lembrou.

Os chefes de Estado e de Governo da UE estiveram hoje reunidos várias horas numa discussão difícil, com dois intervalos pelo meio, sobre política energética e como fazer face ao aumento brutal de preços, neste que foi o segundo dia de um Conselho Europeu de dois dias em Bruxelas.

Nas conclusões da cimeira, os líderes da UE "incumbem o Conselho e a Comissão, com caráter de urgência, de abordar os intervenientes no domínio da energia, e de discutir (...) opções a curto prazo".

19h45 - Negociações "difíceis" e Rússia admite morte de 1.351 soldados

As diplomacias russa e ucraniana revelaram que as negociações bilaterais de paz estão a ser "muito difíceis". As forças russas reconheceram entretanto a morte de 1.351 dos seus soldados.

"As posições estão a convergir em pontos secundários. Mas nas principais questões políticas, continuamos afastados", disse Vladimir Medinsky, negociador-chefe de Moscovo, enquanto o chefe da diplomacia ucraniana, Dmitry Kuleba admitia que as negociações estão a ser "muito difíceis".

Ambos rejeitaram as declarações feitas horas antes pelo Presidente turco, Recep Erdogan, que admitia entendimento em quatro dos pontos do caderno negocial.

As negociações vão prosseguir, enquanto as duas partes continuam os combates em diferentes pontos da Ucrânia.

Entretanto, a Rússia reconheceu a morte de 1.351 dos seus soldados desde o início da ofensiva militar e acusou os países ocidentais de cometerem "um erro" ao entregarem armas a Kiev.

"No decurso da operação militar especial, foram mortos 1.351 militares e 3.825 feridos", declarou em conferência de imprensa o adjunto do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Serguei Rudskoi.

Este balanço situa-se muito abaixo do estimado pela NATO (entre 7.000 e 15.000 mortos) e pela Defesa ucraniana (mais de 16.000).

Hoje soube-se que cerca de 300 pessoas terão morrido no teatro de Mariupol, bombardeado pela força aérea russa a 16 de março, quando centenas de pessoas estavam ali abrigadas.

19h25 - Presidente francês Emmanuel Macron anuncia operação humanitária conjunta com a Turquia e a Grécia para a evacuação de Marioupol.

19h20 - Secretária-adjunta da NATO diz que organização teme ataque químico da Rússia

A secretária-adjunta para a Diplomacia da NATO, Carmen Romero, afirmou hoje haver "receio de que a Rússia ataque a Ucrânia com armas químicas" e que o reforço militar nos países vizinhos é para enviar uma mensagem ao Presidente russo.

Essa mensagem a Vladimir Putin é de que uma agressão contra um país da aliança será recebida com uma resposta. Contudo, Romero deixou claro que a prioridade de todas as ações da NATO é "fazer tudo o que é possível para assegurar que este conflito não se estenda para além das fronteiras da Ucrânia".

19h15 - Mais um general russo morto em combate, segundo Kiev

Kiev diz ter abatido outro general russo nos combates no sul da Ucrânia: "As nossas tropas mataram o comandante do 49.º Exército do distrito sul da Rússia, o general Iakov Rezantsev, num bombardeamento do aeródromo de Chornobayevka", na região de Kherson, afirmou o conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych.

Até agora, a Rússia confirmou a morte na Ucrânia do general Andrey Sukhovetsky, comandante adjunto do 41.º Exército, depois de ter servido na Síria em 2018-2019, mas acredita-se que outro general russo, Vitali Guerassimov, terá morrido em combate, segundo Kiev.

19h10 - Embaixador russo em Roma denuncia jornal que colocou a hipótese de assassínio de Putin

O embaixador Sergei Razov apresentou uma queixa na Procuradoria de Roma contra o La Stampa após a publicação de um artigo que colocava a hipótese do assassínio do Presidente russo, Vladimir Putin.

"A manchete considera o possível assassínio de Putin e isto está fora da ética, da moral e do jornalismo. Peço à magistratura italiana que examine este caso, confio na justiça deste país", afirmou o diplomata aos meios de comunicação.

O embaixador, que lidera a delegação diplomática em Itália há oito anos, pede aos procuradores para investigarem se o jornal cometeu delitos como apologia e incitamento ao crime.

Em 22 de março, o La Stampa, propriedade da família Agnelli, publicou um artigo intitulado "Guerra Ucrânia-Rússia: se o assassínio de Putin é a única saída" no qual o seu autor, Domenico Quirico, refletiu sobre se um "tiranicídio" era ou não moral.

18h45 - Rússia culpa Kiev de impedir acordo de segurança da AIEA

O Governo russo acusou hoje Kiev de impedir o acordo proposto pelo diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, de enviar os seus especialistas para garantir a segurança das centrais nucleares na Ucrânia.

"A responsabilidade do fracasso dos acordos trilaterais e também de dois acordos bilaterais paralelos, recai totalmente sobre a Ucrânia", declarou hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.

Segundo a porta-voz da diplomacia russa, o próprio Grossi reconheceu, num comunicado datado de 23 de março, que não se alcançou um resultado positivo, apesar de todos os esforços.

Zakharova indicou que a proposta de Grossi foi ativamente debatida pelas partes nas últimas semanas e afirmou que "a Rússia apoiou desde o início a iniciativa do diretor-geral da AIEA".

A AIEA propôs o acordo de segurança depois de as tropas russas tomarem o controlo das centrais nucleares de Chernobyl e Zaporijya, na Ucrânia.

18h29 - Milhares de refugiados tentam ter acesso a emprego, saúde ou educação na Polónia

18h20 - Alimentação na preocupação de quase metade dos ucranianos

Um mês depois do início da guerra, 45% dos ucranianos estão preocupados em encontrar comida suficiente para sobreviver, alerta o Programa Alimentar Mundial (PAM): "Os alimentos são uma das principais preocupações do povo ucraniano, a par da segurança e do combustível", afirmou o porta-voz do PAM, Tomson Phiri, em conferência de imprensa.

Segundo o mesmo responsável, um em cada cinco ucranianos tomou medidas para fazer face à escassez de comida. Phiri atribuiu a crise alimentar aos problemas de acesso a ajuda humanitária em zonas do país mais afetadas pelo conflito.

"A cadeia de abastecimentos está quebrada, os sistemas que atualmente alimentam dezenas de milhões de pessoas presas na Ucrânia desmoronam-se: os camiões e comboios foram destruídos, ao mesmo tempo que as pontes e aeroportos, e os armazéns e supermercados estão vazios", advertiu o porta-voz.

Em Mariupol, uma das zonas mais afetadas pelo conflito, as reservas de água e alimentos estão a esgotar-se e os comboios humanitários não conseguem chegar à cidade, desde que foi cercada, indicou Phiri.

17h58 - Centro de comando da força aérea ucraniana atingido por mísseis russos

O centro de comando da força aérea ucraniana em Vinnytsia, no centro da Ucrânia, foi atingido esta sexta-feira por uma salva de mísseis de cruzeiro russos, que causou "danos significativos", segundo anunciou o exército ucraniano.

"Os russos dispararam seis mísseis de cruzeiro. Alguns foram destruídos por defesas antiaéreas. Os outros atingiram vários prédios, causando danos significativos", anunciou o comando da força aérea no Telegram.

17h53 - Erdogan e Zelensky discutem estado das negociações em conversa telefónica

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, conversou por telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esta sexta-feira onde discutiram a situação na Ucrânia e o estado das negociações entre Kiev e Moscovo, segundo anunciou o gabinete de Erdogan.

Erdogan disse a Zelensky que enfatizou na cimeira da NATO desta semana o seu apoio à integridade territorial da Ucrânia e que transmitiu, em conversas bilaterais, os esforços diplomáticos "efetivos" que a Turquia fez.

Na rede social Twitter, Zelensky anunciou que conversou com Erdogan “sobre os resultados da cimeira da NATO”. “Trocamos apreciações sobre os atuais esforços diplomáticos, discutimos a ameaça da crise alimentar e formas de a prevenir. Estou grato à Turquia pelo seu apoio”, escreveu o presidente ucraniano.


O presidente turco tinha assegurado que a Rússia e a Ucrânia haviam concordado em quatro dos seis pontos do documento de negociação de paz, mas Kiev veio desmentir esta sexta-feira, afirmando que as negociações com Moscovo continuam “muito difíceis”, sem qualquer consenso.

17h27 - Spotify vai suspender serviços na Rússia

A Spotify Technology SA anunciou esta sexta-feira que irá suspender o seu serviço de streaming na Rússia em resposta à nova lei russa sobre media estrangeiros.

A nova lei russa impõe penas de prisão até 15 anos aos media por alegadamente difundirem "informação falsa" sobre a ação das forças armadas.

"O Spotify continua a acreditar que é extremamente importante tentar manter o nosso serviço operacional na Rússia para fornecer notícias e informações confiáveis e independentes da região", disse o Spotify em comunicado. "Infelizmente, uma legislação recentemente promulgada, restringindo ainda mais o acesso à informação, eliminando a liberdade de expressão e criminalizando certos tipos de notícias, coloca em risco a segurança dos funcionários do Spotify e a até mesmo dos nossos ouvintes", acrescenta.

Segundo a agência Reuters, o Spotify deixará de estar disponível na Rússia no início de abril.

17h07 - Governador de Donetsk assegura que forças ucranianas ainda controlam a cidade de Mariupol

O governador da região de Donetsk, na Ucrânia, disse esta sexta-feira que as forças ucranianas ainda têm o controlo da cidade sitiada de Mariupol, no sul do Mar de Azov.

Pavlo Kyrylenkosaid disse ainda que cerca de 65.000 pessoas já fugiram da cidade em veículos particulares ou a pé, embora os esforços oficiais para organizar evacuações em massa sob um cessar-fogo temporário tenham falhado na sua maioria.

16h45 - Mais de 3,7 milhões de refugiados com abrandamento de fluxo nos últimos dias

Mais de 3,7 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia e dos combates desencadeados com a invasão russa, segundo o balanço da ONU hoje publicado, que confirma um abrandamento do fluxo migratório nos últimos dias.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) registava 3.725.806 refugiados ucranianos no seu site na Internet às 12:00 de hoje, mais 50.854 do que na contagem anterior, divulgada na quinta-feira.

A Europa não conhecia um fluxo assim tão rápido de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

Desde 22 de março, o número de pessoas que procura fugir dos combates e das condições de vida cada vez mais difíceis na Ucrânia caiu para menos de 100.000 por dia.

A organização internacional avançou hoje que cerca de 13 milhões de pessoas estão retidas em áreas afetadas pelo conflito e sem meios para fugir devido, entre outras coisas, à destruição de estradas e pontes.

Entre as pessoas que conseguiram fugir da Ucrânia, cerca de 90% são mulheres e crianças. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mais de 1,5 milhões de crianças encontram-se entre as pessoas que fugiram.

No total, mais de 10 milhões de pessoas, mais de um quarto da população da Ucrânia, tiveram de deixar as suas casas.

A ONU estima em quase 6,5 milhões o número de deslocados no interior da Ucrânia.

(agência Lusa)

16h30 - Polónia. Negócio passou dos vestidos de noiva para os camuflados

Com o estalar do conflito militar na Ucrânia, muitas empresas mudaram de ramo e adaptaram o negócio à nova realidade.

Na vizinha Polónia, uma loja que fabricava vestidos de noiva contratou costureiras fugidas da Ucrânia. A loja dedica-se agora à produção de camuflados para os soldados ucranianos.


15h50 - Primeiro-ministro húngaro rejeita apelo de Zelensky por armas e sanções

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, recusou ceder às exigências feitas pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Conselho Europeu, na quinta-feira, por armas e sanções mais duras à Rússia, argumentando que seriam “contra os interesses da Hungria”.

"A Hungria quer ficar de fora desta guerra e não autorizará a transferência de armas para a Ucrânia", afirmou Orbán, citado pelo porta-voz do governo, Zoltan Kovacs. Orbán argumenta que a minoria étnica-húngara no oeste da Ucrânia seria ameaçada se a Hungria enviasse armas para Kiev.

Desde o início da invasão russa, a Hungria, membro da UE e da NATO, tem recusado enviar ajuda militar à Ucrânia e proibiu o envio de armas através do seu território. No entanto, permitiu que mais de meio milhão de refugiados ucranianos entrassem em território húngaro.

Na quinta-feira, Zelensky aproveitou o seu discurso perante os líderes da União Europeia para pedir a Orbán que aprovasse o alargamento das sanções, que permitisse que a ajuda militar chegue à Ucrânia e que cortasse os laços comerciais com a Rússia.

"Oiça, Viktor, sabe o que está a acontecer em Mariupol? De uma vez por todas, deve decidir de que lado é que está", apelou o presidente ucraniano.

15h10 - Ucrânia diz que negociações com a Rússia são “muito difíceis”

"O processo de negociação é muito difícil", disse o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kouleba, em comunicado, rejeitando qualquer "consenso" com Moscovo nesta fase.

"A delegação ucraniana assumiu uma posição forte e não abre mão das exigências. Insistimos, em primeiro lugar, num cessar-fogo, em garantias de segurança e na integridade territorial da Ucrânia", disse Kuleba. "Não há consenso com a Rússia sobre os quatro pontos", acrescentou, negando assim os relatos do presidente turco Recep Tayyip Erdogan que avançava que houve progressos nas negociações.

O líder da delegação russa, Vladimir Medinsky, também afirmou esta sexta-feira que as negociações com Kiev estão a aproximar-se de um entendimento em questões secundárias, mas nas questões-chave, o progresso é limitado.

14h56 - Portugal concedeu mais de 21.500 pedidos de proteção temporária

Mais de 21.500 pedidos de proteção temporária foram concedidos até hoje por Portugal a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, segundo a última atualização feita à Lusa pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

O SEF precisa que os 21.667 pedidos de proteção temporária foram concedidos desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, até às 13:00 de hoje.

De acordo com o SEF, cerca de um terço dos refugiados ucranianos que chegam a Portugal e beneficiários da proteção temporária são menores e mais de 60% são mulheres.

(agência Lusa)

14h33 - ONU confirma morte de 1.081 civis na Ucrânia

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) confirmou esta sexta-feira que 1.081 civis morreram na Ucrânia e 1.707 ficaram feridos desde o início da invasão russa, acrescentando que os números reais deverão ser consideravelmente superiores.

Na quinta-feira, a agência da ONU registava pelo menos 1.035 civis mortos, incluindo 90 crianças, e 1.650 feridos.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas de vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", refere ainda o ACNUDH.

14h23 - EUA e NATO criam plano de contingência para um possível ataque russo

Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO estão a elaborar um plano de contingência para qualquer possível ataque russo ao território da Aliança, anunciou o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, esta sexta-feira.

Os ataques russos têm-se aproximado das fronteiras da NATO desde o início da invasão da Ucrânia. A 13 de março, a Rússia recebeu alertas da NATO após ter atacado uma importante base militar a apenas 25 quilómetros da Polónia, matando pelo menos 35 pessoas e ferindo outras 134.

14h04 - Moscovo diz que negociações com Kiev estão paradas em “pontos-chave”

O líder da delegação russa, Vladimir Medinsky, disse esta sexta-feira que as negociações com Kiev estão a aproximar-se de um entendimento em questões secundárias, mas nas questões-chave, o progresso é limitado.

"As negociações ocorreram durante toda a semana, de segunda a sexta, em formato de videoconferência, e continuarão amanhã", disse Medinsky, citado pela agência Interfax. "Nas questões secundárias, as posições estão a convergir. No entanto, nas principais questões políticas, estamos de facto parados”, afirmou.

13h33 - Rússia vai concentrar-se na região de Donbass

Segundo agência noticiosa russa Interfax que cita o Ministério da Defesa, a Rússia concentrar-se-á na chamada região de Donbass da Ucrânia completamente "libertada” e não exclui a possibilidade de invadir cidades ucranianas bloqueadas. 

O Ministério da Defesa da Rússia também afirmou que conquistou 93% do território da autoproclamada República Popular de Luhansk, uma das duas regiões separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia, informou a agência russa TASS.

O Ministério russo da Defesa disse anteriormente que os principais alvos da primeira fase do que a Rússia apelida de "operação especial" na Ucrânia foram concluídos.

13h25 - Putin compara as sanções contra a cultura russa como um auto-de-fé nazi

Vladimir Putin comparou o cancelamento de eventos culturais russos nos países ocidentais com auto-de-fé nazi.

“Da última vez foram os nazis na Alemanha, há quase 90 anos, que levaram a cabo uma campanha para destruir a cultura indesejada. Com imagens de livros a serem queimados em praças públicas”, afirmou o Presidente russo num encontro com personalidades ligadas à cultura.

"Apagam (compositores) Tchaikovsky, Shostakovich, Rachmaninoff dos cartazes dos concertos. Os escritores russos e os seus livros são proibidos", acrescentou.

O Presidente russo tem feito repetidas comparações entre a Alemanha nazi e o Ocidente, que tem acusado de russofobia com as sanções na sequência da invasão russa da Ucrânia, que Moscovo justificou como uma tentativa dos “neonazis” ucranianos e exterminar os falantes russos do país.

As sanções impostas pelo ocidente à Rússia levaram a que federações desportivas e eventos culturais tenham excluído atletas e artistas russos.

O Festival de Cinema de Cannes não vai acolher nenhuma delegação oficial russa.

Vários artistas russos que tinham programado exibições no Ocidente viram os contratos serem cancelados.

13h08 - Exército russo admite 1351 baixas na Ucrânia

A Rússia reconheceu hoje a morte de 1.351 dos seus soldados desde o início da ofensiva militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, e acusou os países ocidentais de cometerem "um erro" ao entregarem armas a Kiev.

"No decurso da operação militar especial, foram mortos 1.351 militares e 3.825 feridos", declarou em conferência de imprensa o adjunto do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Serguei Rudskoi.

Este número divulgado pelo estado-maior russo é quase três vezes superior ao emitido pelo Ministério da Defesa em 02 de março, quando se referiu a 498 baixas. Por seu lado, Kiev tem-se referido a perdas muito mais pesadas nas fileiras do exército russo.

Rudskoi também considerou um "grave erro" a entrega de armas a Kiev pelos países ocidentais. "Vai prolongar o conflito, aumentar o número de vítimas e não terá qualquer influência no desfecho da operação", declarou.

Em simultâneo, acrescentou que a Rússia "responderá em consequência" caso a NATO decida pôr em prática uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, que Kiev solicita sem sucesso desde há semanas.

13h02 -Biden vai encontrar-se sábado com refugiados ucranianos na Polónia

O Presidente norte-americano já aterrou na cidade polaca de Rzeszow a 100 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

Durante as primeiras horas da sua visita de dois dias à Polónia, Joe Biden deve realizar reuniões sobre a situação humanitária na Ucrânia e nos arredores, devendo depois reunir-se com soldados norte-americanos estacionados em Rzeszow.

Em seguida, Biden irá a Varsóvia para se reunir com líderes polacos e irá ainda visitar um centro de acolhimento para refugiados ucranianos que fugiram da guerra.

O presidente norte-americano deve concluir esta visita, que acontece um mês depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter lançado uma ofensiva contra a Ucrânia, no sábado, com um discurso que a Casa Branca promete ser "importante".

Esta visita à Polónia, país aliado da NATO e também o principal refúgio para milhões de ucranianos que fogem dos combates, surge um dia depois de uma intensa atividade diplomática em Bruxelas, ao final da qual Joe Biden afirmou que a aliança estava “mais unida do que nunca”. 

12h53 - Secretário-geral da NATO quer reforçar presença da Aliança na região do Ártico

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje o reforço da presença militar da Aliança no Ártico como resposta à maior atividade russa na região, que considerou de grande importância estratégica.

"Vejo necessidade de transpor e fazer mais em conjunto", declarou Stoltenberg numa conferência de imprensa em Bardufoss, na Noruega, sublinhando que espera que a próxima cimeira da NATO, em junho, culmine em "decisões concretas" para aumentar a presença na região de forças terrestres, no mar e no ar".

A NATO, defendeu o seu secretário-geral, não pode consentir um "vazio de segurança" no Ártico, que pode "alimentar ambições" da Rússia, expor a Aliança e aumentar "mal-entendidos".

A crescente presença de forças da NATO no Ártico "não é provocar conflitos, mas sim impedi-lo", declarou Stoltenberg, que visitou hoje as tropas que participam nas manobras militares "Cold Response 2022", a decorrer na Noruega e que envolvem operacionais de 27 Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, incluindo Portugal, e parceiros.

"A guerra contra a Ucrânia é uma encruzilhada, um novo normal para a segurança europeia e para o Ártico", alertou Stoltenberg, considerando que a "maior ameaça" à segurança no Ártico é o aumento da atividade russa.

Exercícios como a "Cold Response", que se realizam de dois em dois anos desde 2006, são um sinal da maior visibilidade da NATO, disse o seu secretário-geral, sublinhando, no entanto, que se trata de manobras defensivas e planeadas há muito tempo.

As manobras, que se prolongam até ao início de abril, estão a decorrer no sudeste, centro e norte da Noruega e visam reforçar a capacidade defensiva deste país membro da Aliança em condições meteorológicas exigentes.

(agência Lusa)

12h30 - Ucrânia diz que impediu um ataque russo à cidade de Slavutych, onde vivem trabalhadores de Chernobyl

O conselheiro presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych, disse esta sexta-feira que tropas ucranianas impediram um primeiro ataque de forças russas à cidade de Slavutych, onde vivem trabalhadores da antiga central nuclear de Chernobyl.

As autoridades locais tinham dito ainda esta sexta-feira que Slavutych estava “completamente isolada”, com as forças russas a 1,5 quilómetros da cidade.

12h20 - Ucrânia espera chegar a acordo sobre corredor humanitário para Chernihiv

A Ucrânia espera chegar a um acordo sobre um corredor humanitário para ajudar a retirar civis da cidade de Chernihiv no sábado, depois de as autoridades locais terem informado que a cidade do norte da Ucrânia estava cercada por forças russas, disse a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk.

Vereshchuk afirmou que as negociações com a Rússia sobre a criação de corredores humanitários são desafiadoras, com a Rússia a querer que os civis sejam retirados para o território controlado pela Rússia.

12h10 - Alemanha acolheu mais de 250 mil refugiados

Segundo o ministério da Administração Interna até hoje, 253.157 refugiados tinham sido registados no país. No entanto, o número poderá ser muito mais elevado devido à ausência de controlos fronteiriços entre a Alemanha e a Polónia.

A maioria dos refugiados que chegam à Alemanha são mulheres, crianças e idosos, avança a CNN.

11h57 - Austrália impõe sanções a Presidente bielorrusso por apoiar Moscovo

A Austrália adotou sanções contra o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, e contra a mulher, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Camberra.

O Governo australiano considerou que o executivo bielorrusso continua a prestar apoio estratégico às forças militares russas num "ataque à soberania e integridade territorial da Ucrânia", referiu, num comunicado, a Ministra dos Negócios Estrangeiros australiana Marise Payne.

As medidas punitivas contra o Presidente bielorrusso e a mulher, Galina Lukashenko, surgiram depois de Camberra ter sancionado 13 indivíduos e organizações da Bielorrússia, incluindo o ministro da Defesa, Viktor Khrenin.

11h50 - Ações russas caem no segundo dia de negociações

As ações russas caíram esta sexta-feira no segundo dia de abertura da bolsa após um mês de suspensão, com perdas lideradas pela companhia aérea Aeroflot, que perdeu mais de um quarto de seu valor em dois dias, caindo para o menor nível desde 2009.

O índice bolsista russo MOEX chegou a disparar 11% na quinta-feira, mas os títulos caíram esta sexta-feira. O índice MOEX fechou em queda de 3,7%, a 2.484,13 pontos. Na quinta-feira, fechou em alta de 4,4%.O índice RTS, denominado em dólares, caiu 2,7%, para 829,6 pontos.

A companhia aérea Aeroflot caiu 18,2% para o valor mais baixo desde o início de 2009, somando-se à perda de 16% de quinta-feira. Statelenders Sberbank e VTB também caíram 3,5% e 7,9%, respetivamente.

A petrolífera Rosneft e a gigante de mineração Nornickel foram exceções, registando ganhos de 1,4% e 0,4%.

Antes de quinta-feira, as ações não eram negociadas nas bolsas de Moscovo desde 25 de fevereiro, um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter enviado milhares de soldados para a vizinha Ucrânia. Nesse dia, o índice MOEX registou uma queda de 33,28 por cento. Os índices russos registaram ao longo do dia as maiores quedas desde 2016, segundo a agência oficial TASS.

11h42 - Biden quer “desviar atenção” de armas químicas e biológicas, acusa Moscovo

O porta-voz do Kremlin acusou o presidente norte-americano de tentar “desviar a atenção” do programa de armas químicas e biológicas dos EUA na Ucrânia.

"É evidente que os americanos estão a tentar desviar a atenção falando de uma alegada ameaça russa, contra o pano de fundo do escândalo causado (...) pelos programas de desenvolvimento de armas químicas e biológicas que os Estados Unidos criaram em vários países, incluindo a Ucrânia", afirmou Dmitry Peskov.

11h30- Sirenes voltam a tocar em Kiev

Na manhã desta sexta-feira voltaram a ser ouvidas as sirenes de possível ataque à cidade, e são audíveis os bombardeamentos nas imediações de Kiev. Ainda não é possível determinar se "a calma relativa" das últimas 12 horas significa um abrandamento ou um reposicionamento das tropas russas para tentarem de novo avançar sobre a capital da Ucrânia, como relata a enviada especial da RTP, Cândida Pinto, em Kiev com David Araújo.
Kiev está sob extrema pressão, mas não está totalmente cercada.

Entre quem permanece na cidade, há uma "extrema resiliência", e um enorme apoio da sociedade civil aos militares que segue a par de uma disponibilidade da população para lutar pelo país, contra os russos.

11h27 - Jornalista russa que interrompeu noticiário multada em 460 euros

A jornalista russa Marina Ovsiannikova, que recentemente interrompeu o principal noticiário na televisão estatal russa para protestar contra a guerra na Ucrânia, foi multada em 50.000 rublos (cerca de 460 euros) por descredibilizar as Forças Armadas, foi hoje divulgado.

Segundo a agência de notícias oficial russa TASS, a multa foi determinada pelo tribunal Ostankinski de Moscovo, ao abrigo de um código de infrações administrativas, que pune as ações públicas destinadas a descredibilizar as Forças Armadas russas.

O mesmo tribunal de Moscovo considerou a jornalista culpada de organizar ou realizar um evento público sem notificação, tendo deliberado a aplicação de uma outra multa num valor de 30.000 rublos (cerca de 252 euros).

Esta multa não foi imposta à jornalista pelo gesto que teve em direto na televisão russa, mas sim por um apelo que fez anteriormente à participação das pessoas em protestos não autorizados contra a guerra na Ucrânia.

11h11 - ONU afirma que aumentam as provas da existência de valas comuns em Mariupol

A responsável de direitos humanos da ONU na Ucrânia revelou que a agência tinha recebido informações sobre valas comuns na cidade portuária de Mariupol, no sul do país, uma das quais parecia conter 200 corpos.

“Temos cada vez mais informação sobre a existência de valas comuns”, afirmou Matilda Bogner, que acrescentou que muitas dessas provas provinham de imagens de satélite.
Matilda Bogner frisou ainda que as mortes de civis ultrapassaram as 1.035.

10h55 - Bombardeamento do teatro de Mariupol terá feito 300 mortos

Cerca de 300 pessoas terão morrido no teatro de Mariupol, bombardeado pela força aérea russa a 16 de março, quando centenas de pessoas estavam ali abrigadas, anunciou hoje o município desta cidade ucraniana (leste), citando testemunhas.

“Testemunhas têm informações de que cerca de 300 pessoas morreram no Mariupol Drama Theatre, na sequência do bombardeamento por um avião russo", escreveu a câmara municipal de Mariupol, na rede social de mensagens Telegram.

“Não queremos acreditar nesse horror. Queremos acreditar que todos se salvaram, mas os depoimentos de quem estava dentro do edifício quando aconteceu esse ato terrorista dizem o contrário”, referiu a autarquia.

10h38 - “Nada de terrível acontece” se a Rússia for expulsa do G20, afirma o Kremlin

O porta-voz do Kremlin afirmou que “nada de terrível acontecerá” se os Estados Unidos e os seus aliados conseguirem expulsar a Rússia do G20, porque muitos dos membros do grupo estão de qualquer forma em guerra económica com Moscovo.

"O formato do G20 é importante, mas nas circunstâncias atuais, quando a maioria dos participantes está em estado de guerra económica connosco, nada de terrível acontecerá", afirmou Dmitry Peskov.

Na habitual conferência de imprensa diária, o porta-voz do Kremlin falou também sobre as sanções impostas pelo ocidente a Moscovo, principalmente ao Sberbank.

Em relação à invasão da Ucrânia, Peskov recusou-se a comentar se a Rússia iria reconstruir as cidades e vilas ucranianas, como Mariupol.

10h19 - Ucrânia pede à União Europeia para encerrar as fronteiras com a Rússia e Bielorrússia

O Governo de Kiev pediu hoje à União Europeia (UE) que encerre as suas fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia, país aliado de Moscovo na invasão da Ucrânia pelo exército russo há um mês.

“O Ministério das Infraestruturas propõe à UE o bloqueio total das ligações terrestres e marítimas com a Rússia e a Bielorrússia”, solicitou o organismo ucraniano numa publicação na rede social Telegram.

Estas “medidas são necessárias” para “travar o fornecimento ao país agressor de bens de dupla finalidade, que podem ser usados para fins militares".

O ministério ucraniano também pediu aos 27 que "bloqueiem o transporte de mercadorias e pessoas" para a Rússia e a Bielorrússia "através do território da UE e através das suas fronteiras", especificando que enviaram" um "pedido oficial à Comissão Europeia (CE)".

O enceramento das fronteiras entre a UE com a Rússia e a Bielorrússia seria um reforço das restrições já impostas pelo ocidente desde o início do conflito russo-ucraniano há um mês.

De acordo com Kiev, isso "aumentaria a pressão económica" sobre Moscovo e Minsk, já que "empresas russas encontram maneiras de contornar" as múltiplas sanções económicas impostas pela UE.

10h08 - Finlândia vai suspender ligação ferroviária entre Helsínquia e São Petersburgo

A medida, que vai entrar em vigor na segunda-feira, representa um encerramento de umas das últimas rotas de transportes públicos entre a União Europeia e a Rússia.

Os comboios da Rússia para a capital finlandesa têm estado lotados desde a invasão da Ucrânia. A fronteira entre os dois países vai permanecer aberta apenas para travessias de automóveis privados.

9h57 - Quatro civis mortos em bombardeamento russo no centro médico de Kharkiv

Um bombardeamento das forças russas atingiu um centro médico em Kharkiv, no leste da Ucrânia, matando quatro civis e provocando ferimentos em outras três pessoas, disse hoje a polícia local, citada pelas agências internacionais.

"Sete civis ficaram feridos, quatro dos quais não resistiram aos ferimentos na sequência de um bombardeamento efetuado com um lançador múltiplo de ‘rockets’”, informou a polícia numa mensagem publicada na rede social Telegram, acrescentando que o ataque ocorreu "por volta das 05h45 GMT (a mesma hora de Lisboa)" visando um "centro médico" na zona sul de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, situada perto da fronteira com a Rússia.

9h42 - Estados Unidos vão fornecer gás natural à União Europeia

No arranque do segundo dia de trabalhos do Conselho Europeu, em Bruxelas, o presidente norte-americano, Joe Biden, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram um acordo para que os Estados Unidos forneçam, até ao final do ano, mais 15 mil milhões de metros cúbicos de gás natural ao bloco comunitário.

"Hoje chegámos a acordo quanto a um plano conjunto para este objetivo, ao mesmo tempo que aceleramos o nosso progresso no sentido de um futuro seguro de energia limpa", afirmou o presidente norte-americano.

"Esta iniciativa foca-se em dois assuntos essenciais, o primeiro é ajudar a Europa a reduzir a sua dependência do gás russo o mais depressa possível, o segundo é reduzir de modo geral a procura de gás por parte da Europa", acrescentou Joe Biden.
"Este valor é fundamental para que a Europa consiga reabastecer-se de energia, tendo em conta que vai cortar, também até ao final do ano, dois terços da energia proveniente da Rússia", enquadrou o enviado especial da RTP a Bruxelas, Vítor Gonçalves.

O anúncio foi feito esta sexta-feira numa declaração conjunta do presidente dos EUA, Joe Biden, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.


9h27 - As imagens que marcam um mês de conflito

"Numa guerra não há romantismos, há mortos, feridos, deslocados, famílias esventradas, fome, ruína e há a vontade de viver, instinto de sobrevivência! É o ser humano a ser humano". Este é o testemunho deixado nas redes sociais por David Araújo, repórter de imagem da RTP a trabalhar em Kiev.

"Numa guerra não há romantismos, há mortos, feridos, deslocados, famílias esventradas, fome, ruína e há a vontade de viver, instinto de sobrevivência! É o ser humano a ser humano". Este é o testemunho deixado nas redes sociais por David Araújo, repórter de imagem da RTP a trabalhar em Kiev.

Decorrido um mês desde o início da invasão russa, as Nações Unidas avançam com um balanço de pelo menos 1.035 civis mortos, entre os quais 90 crianças, e 1.650 feridos.

De acordo com o Centro Ucraniano para a Segurança Estratégica da Comunicação e da Informação, registaram-se cinco mortes de jornalistas e 148 crimes contra repórteres e meios de comunicação social. Sete destes profissionais ficaram feridos, seis foram raptados e um está dado como desaparecido.

As imagens que marcam um mês de conflito.

9h16 - Ucrânia afirma que morreram 135 crianças desde o início da invasão

A Procuradoria-Geral da Ucrânia diz que 135 crianças foram mortas e 184 ficaram feridas desde que a invasão russa da começou.

Fazendo uma atualização sobre as baixas recentes, as autoridades dizem que duas crianças foram mortas durante combates ferozes na cidade de Rubizhne, região de Luhansk.

E na quinta-feira, duas crianças de seis e 13 anos foram feridas em Novomykhailivka, região de Donetsk, na sequência de bombardeamentos russos.

Os promotores acrescentaram que três adolescentes - com 13, 14 e 15 anos - foram atingidos por uma mina em Obilne, na região de Zaporizhzhia. Foram levados para o Hospital de Melitopol, onde se encontram internados nos cuidados intensivos.

9h00 - EUA e UE anunciam task force para reduzir dependência europeia do gás russo.

O Presidente dos EUA Joe Biden e a Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen anunciaram um grupo de trabalho conjunto num esforço para que a Europa deixe de ser dependente do petróleo e gás russos.

Os Estados Unidos vão trabalhar sentido de fornecer à Europa pelo menos 15 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito em 2022, em parceria com outras Nações, disse a Casa Branca.

8h40 - Milhares de pessoas fogem da cidade ucraniana de Boryspil

Segundo o presidente da câmara, cerca de 20 mil pessoas fugiram da cidade, que fica a cerca de 30 quilómetros de Kiev e junto do aeroporto internacional.

8h27 - Ministro ucraniano da Agricultura alerta para preços globais dos alimentos

Mykola Solskyi, que foi ontem nomeado ministro da Agricultura, afirmou que os stocks de cereais na Ucrânia para exportação ascendem a 7,5 milhões de dólares e que os preços globais dos alimentos vão continuar a subir se a situação no país não se resolver.

8h12 - Ministério da Defesa russo afirma ter destruído a maior reserva de combustível do exército ucraniano

O depósito, que está localizado fora de Kiev, foi destruído com um ataque de mísseis Kalibr, disparados do mar. 

"Os mísseis Kalibr de alta precisão visavam uma base de combustível (armazenamento) junto da aldeia de Kalinovka, perto de Kiev", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo Igor Konashenkov numa declaração.

8h00 - Mísseis atingiram unidade militar perto de Dnipro

O governador regional Valentyn Reznychenko afirmou que as equipas de socorro procuravam sobreviventes nos destroços de uma unidade militar ucraniana nos arredores de Dnipro, depois de dois mísseis terem atingido o local, causado uma “séria destruição”.

7h48 -Ucrânia espera abrir corredor seguro para retirar civis de Mariupol

A vice-primeira ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, revelou que as autoridades têm esperança de conseguir criar um corredor seguro para retirar os civis da cidade portuária de Mariupol em veículos privados. 

Aqueles que conseguirem sair de Mariupol encontrarão autocarros à espera na cidade vizinha de Berdiansk que vão transportar até à cidade de Zaporizhzhia.

"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que os autocarros cheios de residentes de Mariupol cheguem hoje a Zaporizhzhia", disse Vereshchuk.

As repetidas tentativas de arranjar uma passagem segura para fora da cidade portuária do sul, que está rodeada por forças russas, falharam.

Mariupol, que é normalmente o lar de cerca de 400 mil pessoas, tem estado sob forte bombardeamento durante semanas. Civis presos ali têm-se refugiado em caves com pouca comida, energia ou água corrente.

7h39 - Sanções ocidentais não vão influenciar o Kremlin, afirma Medvedev

É “insensato” acreditar que as sanções ocidentais contra empresas russas possam ter qualquer efeito sobre o Governo de Moscovo, afirmou à Dmitry Medvedev à agência russa RIA.

Para o ex-presidente russo, as sanções apenas irão consolidar a sociedade russa e não provocar o descontentamento popular com as autoridades políticas.

“Algum destes homens de negócios pode ter influência na posição de liderança do país? Digo abertamente: não, nem pensar”.

Segundo Medvedev as sondagens de mostram que três quartos dos russos apoiam a decisão do Kremlin de realizar uma operação militar na Ucrânia.

7h30 - Japão congela ativos de mais oligarcas russos numa nova onda de sanções

O Governo japonês alargou hoje a lista de empresas e cidadãos russos sancionados devido à guerra na Ucrânia, depois de congelarem bens de mais de 20 pessoas e suspender exportações para 80 empresas.

Entre as personalidades cujos ativos sob jurisdição nipónica ficaram retidos até nova ordem, encontram-se o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov, o diretor-adjunto de gabinete do presidente Vladimir Putin, Serguei Kiriyenko, e o assessor presidencial Serguei Ivanov.

O presidente do banco VEB.RF, Igor Shuvalov, o acionista maioritário do banco Rossiya, Nikolai Shamalov, o presidente da empresa siderúrgica Severstal e do grupo de investimentos Severgroup, Alexei Mordashov, além de familiares de oligarcas e políticos já sancionados, somam-se à lista que já inclui 101 nomes.

Além de sancionar as finanças de personalidades russas, o Japão anunciou também a suspensão das exportações para 80 empresas e entidades russas, incluindo empresas ligadas ao setor marítimo, aeroespacial, eletrónico e centros de investigação tecnológica.

O número de entidades afetadas pelas sanções japonesas relacionadas com a guerra ascende agora a 130.

7h12 - Ucrânia recuperou cidades a 35 quilómetros da capital

O ministério da Defesa do Reino Unido revelou que a Ucrânia recuperou cidades e posições defensivas a 35 quilómetros de Kiev.

6h56 - Biden visita cidade polaca na fronteira ucraniana

O Presidente norte-americano viaja hoje até à Polónia, o país que mais refugiados ucranianos tem recebido desde o início da invasão russa, e visita Rzeszów, perto da fronteira com a Ucrânia, anunciou a Casa Branca.

Joe Biden chega a Rzeszów depois de ter estado em Bruxelas, a primeira paragem da viagem europeia, e vai ser recebido ao início da tarde pelo Presidente polaco, Andrzej Duda.

Nesse encontro, será informado sobre a resposta humanitária dada ao crescente número de refugiados ucranianos que tem chegado à fronteira, de acordo com a agenda do presidente.

Nos planos de Biden está também uma reunião com os membros da 82.ª Divisão Militar Aérea das Forças Armadas dos Estados Unidos, destacados para a área para reforçar o flanco oriental da NATO.

Rzeszów, com uma população de cerca de 200 mil habitantes, é a principal cidade do sudeste da Polónia e fica apenas a uma hora de carro da fronteira ucraniana.
Ponto da situação
As Nações Unidas votaram uma condenação à Rússia por esmagadora maioria. A resolução apela ao cessar-fogo imediato.

E destaca a indispensável proteção de milhões de vidas civis.

Votaram a favor 140 países. Cinco votaram contra - Bielorrússia, Síria, Coreia Norte e Eritreia e Rússia – 38 abstiveram-se.

Rússia acusa Hunter Biden de financiar fábricas de armas biológicas na Ucrânia


O Kremlin acusa o filho de Joe Biden de estar a financiar uma rede de laboratórios, com vista ao desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia. O general russo responsável pelas forças de defesa contra ataques químicos, biológicos e nucleares vai mais longe ao dizer que esse programa é controlado pelo Pentágono.
E diz ter provas do envolvimento do laboratório de Los Alamos, responsável pelo desenvolvimento de armas nucleares.

Kiev acusa Moscovo de levar civis à força para a Rússia

As autoridades ucranianas denunciaram que centenas de milhares de civis ucranianos estão a ser levados à força para a Rússia e alguns poderão estar a ser usados “como reféns para exercer mais pressão” sobre Kiev.

A provedora de Justiça da Ucrânia, Lyudmyla Denisova, disse na quinta-feira que 402 mil pessoas, incluindo 84 mil crianças, foram levadas. Entre este grupo, encontra-se uma mulher de 92 anos de Mariupol, que terá sido forçada a ir para Taganrog, no sul da Rússia, alertou.

Os números são semelhantes aos apresentados por Moscovo para se referir ao número de deslocados, embora o Kremlin tenha sublinhado que as pessoas o fizeram de livre vontade, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP).

As pessoas transportadas para a Rússia são essencialmente provenientes das regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Moscovo lutam pelo controlo há quase oito anos, referiu o coronel russo Mikhail Mizintsev.

Já o governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, afirmou que “as pessoas estão a ser movimentadas à força para território de um Estado agressor”.

Voluntários de todo o mundo estão a combater forças russas

Cerca de 20.000 voluntários de todo o mundo já se juntaram às forças ucranianos nos combates contra os invasores russos, mas os comandantes destas unidades garantem que questionam as intenções dos voluntários e excluem os “sanguinários” e “extremistas”.

O comandante de cerca de 700 militares da Legião Georgiana, Mamuka Mamulashvili, revelou esta quinta-feira ao site Politico que está a questionar as intenções de cada voluntário que procura juntar-se ao seu batalhão de combatentes estrangeiros na Ucrânia.

“Preciso de apenas uma motivação… para salvar pessoas e civis”, realçou Mamulashvili, numa entrevista telefónica àquele órgão de comunicação onde não revelou o local onde se encontra na Ucrânia.

Mamuka Mamulashvili realça que tem eliminado voluntários com visões radicais ou com ligações a organizações de extrema-direita.

“Eu não quero sanguinários que procuram vir para aqui e matar alguém”, garantiu.