Quarenta e três dias após a invasão a Rússia admitiu pela primeira que teve perdas militares significativas.
O porta-voz do Kremlin reconheceu que a situação está a ser trágica, mas não quantificou o número de baixas e acrescentou que a "operação especial" pode atingir os objectivos "nos próximos dias".
Esta sexta-feira, Ursula von der Leyen e Josep Borrell vão a Kiev. A presidente da Comissão Europeia e o chefe da diplomacia da União vão discutir com Volodymyr Zelensky o quinto pacote de sanções contra a Rússia.
No Donbass, a Ucrânia diz que vai haver uma ataque russo numa escala só vista na Segunda Guerra Mundial. As autoridades insistem no apelo à população para sair da região.
O autarca de Mariupol diz que mais de cinco mil civis foram mortos naquela cidade portuária, e que 210 eram crianças.
Do massacre de Bucha, continua a chegar mais informação. A Alemanha terá tido acesso a comunicações rádio em que militares russos falam sobre os civis que mataram naquela cidade ucraniana.
A Agência Internacional de Energia (AIE) revelou hoje que os seus países membros vão libertar mais 60 milhões de barris de petróleo das suas reservas de emergência para combater o aumento dos preços da energia.
O anúncio acontece após as promessas anteriores dos EUA de tentar reduzir os custos energéticos, que dispararam após a invasão da Rússia à Ucrânia.
A organização com sede em Paris afirma que os compromissos assumidos pelos seus 31 membros, que incluem os EUA e uma grande parte da Europa, atingem um total de 120 milhões de barris em seis meses, a maior libertação da história da AIE.
Metade desses barris serão libertados pelos EUA, naquela que será, também, a maior libertação se sempre da sua reserva estratégica, anunciada na semana passada pelo presidente Joe Biden.
A AIE concordou, na sexta-feira, aumentar a quantidade de petróleo disponibilizado no mercado global, para além dos 62,7 milhões de barris que os membros da agência se comprometeram a libertar no mês passado para aliviar a escassez.
A decisão mostra "a determinação dos países membros em proteger a economia global dos impactos sociais e económicos de um choque no mercado petrolífero após a agressão da Rússia contra a Ucrânia", disse o diretor executivo da AIE, Faith Birol.
A firma afirmou que o grupo estava a usar sete domínios de internet num esforço para espiar serviços governamentais e agências na União Europeia e nos Estados Unidos, assim como instituições ucranianas, incluindo de notícias.
A Microsoft não nomeou os alvos.
O Canadá vai aumentar as suas despesas militares em oito mil milhões de dólares, (7,35 mil milhões de euros) em cinco anos devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, segundo o orçamento do Governo Trudeau, revelado na quinta-feira.
Um aumento que não lhe permite, contudo, atingir a meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) solicitada pela NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte).
"Estamos agora a gastar mais com a Defesa do que tínhamos previsto antes da invasão russa da Ucrânia", defendeu a ministra das Finanças canadiana, Chrystia Freeland, em conferência de imprensa, acrescentando que esta situação constitui "a ameaça mais grave do mundo na atualidade".
Tal quantia servirá para melhorar o equipamento das Forças Armadas, reforçar as contribuições do Canadá para os seus principais aliados, entre os quais os da NATO e do Comando da Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), e reforçar a cibersegurança do país, explicou o Governo em comunicado.
23h00 - Joe Biden denuncia "insulto à humanidade" na Ucrânia
O comentário de Joe Biden segiu-se à suspensão da Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Em comunicado, o presidente dos EUA "aplaudiu" o voto de apoio à resolução de suspensão, considerando que "as mentiras da Rússia não resistem às provas incontestáveis do que se passa na Ucrânia".
“Uma vez aprovada rapidamente (pelos Estados membros), esta proposta elevará a ajuda da UE à Ucrânia para 1,5 bilhão de euros para equipamentos militares”, publicou Charles Michel.
Thanks and support to @JosepBorrellF for your proposal to top up the #EuropeanPeaceFacility with a further €500M. Once swiftly approved this will bring to 1.5 billion the EU support already provided for military equipment for #Ukraine. @ZelenskyyUa
— Charles Michel (@eucopresident) April 7, 2022
A proposta foi acordada esta quinta-feira ao nível dos embaixadores do Comité de Política e de Segurança.
Até agora, os Estados-membros tinham concordado com um total de mil milhões de euros para fornecer armamento a Kiev. "Pode parecer muito, mas mil milhões de euros é o que pagamos a Putin todos os dias pela energia que nos dá", disse Josep Borrell.
O financiamento provém do "European Peace Facility", um fundo dotado de 5 mil milhões de euros criado e complementado pelos Estados-Membros fora do orçamento comunitário.
O assassinato de civis na cidade de Bucha foi condenado pelo Ocidente como crimes de guerra, tendo levado à aprovação de sanções mais rígidas contra a Rússia.
Moscovo tem negado que vise alvos civis e refere que as imagens de corpos foram encenadas precisamente para provocar o aumento de sanções contra Moscovo e atrasar as negociações para a paz.
Suspending RF’s participation in the @UN_HRC is an important step. This is another punishment for RF’s aggression against 🇺🇦. Grateful for the partners’ solidarity. We must continue coordinated pressure on RF at all international forums. Let's force RF to seek peace together!
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 7, 2022
Cinco países da União Europeia (UE) pediram ao chefe da diplomacia Josep Borrell que acelere o processo de integração dos Balcãs e aumente a ajuda à região, perante o novo cenário geopolítico motivado pela invasão da Rússia na Ucrânia.
Segundo informou o jornal digital Gazeta Express, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Áustria, República Checa, Hungria, Eslováquia e Eslovénia enviaram uma carta a Borrell onde solicitam um debate em abril sobre a estratégia da UE na região.
Os ministros solicitam que os Balcãs ocidentais sejam incluídos na agenda do próximo Conselho de ministros como “região de particular importância” devido à guerra na Ucrânia.
“Os Balcãs ocidentais são de importância particular devido à sua estratégica posição como região rodeada de países membros da UE”, indicam na missiva.
Os chefes da diplomacia dos cinco países da Europa central também sublinham a necessidade de a UE impulsionar o processo de integração, e tentar prevenir os efeitos prejudiciais do ataque à Ucrânia.
Neste contexto, defendem o início das negociações para o ingresso da Albânia e Macedónia do Norte, concessão do estatuto de candidato à Bósnia-Herzegovina, acelerar as negociações em curso com a Sérvia e Montenegro e o processo de liberalização de vistos para os cidadãos do Kosovo.
Na carta conjunta, propõem ainda um aumento das ajudas à região para enfrentar as consequências económicas da guerra na Ucrânia, como o aumento dos preços da energia, alimentação, e a crescente inflação.
(agência Lusa)
O funcionário acrescentou que tal decisão caberia à Suécia e à Finlândia.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, teve uma breve conversa com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia.
“Putin pensava que poderia rapidamente tomar o controlo da Ucrânia, rapidamente tomar o controlo da capital. Estava errado”, declarou Lloyd Austin.
“Penso que Putin desistiu dos seus esforços para capturar a capital e está agora concentrado no sul e no leste do país”, acrescentou, perante a comissão das Forças Armadas da câmara alta do Congresso.
Anteriormente, o chefe do Estado-Maior norte-americano alertou que a guerra será longa e o desfecho ainda é incerto.
“Será uma missão de longo prazo” e “há ainda uma batalha importante a travar no sudeste, onde os russos pretendem concentrar forças e prosseguir a sua ofensiva. Portanto, resta saber como é que tudo isto terminará”, disse o general Mark Milley.
A Ucrânia recebeu cerca de 60.000 sistemas antitanque dos Estados Unidos e seus aliados. O exército ucraniano está a utilizar minas antipessoais, que obrigam os soldados russos a combater em zonas onde estão mais vulneráveis, indicou o general Milley, na mesma audição.
O Ocidente também forneceu aos ucranianos cerca de 25.000 sistemas antiaéreos de diversos tipos, que impediram a Rússia de tomar o controlo do espaço aéreo ucraniano, disse o oficial norte-americano de mais alta patente, acrescentando que o exército ucraniano está agora a pedir tanques e artilharia para poder repelir a próxima ofensiva russa.
“O terreno [no sudeste do país] é diferente do do norte. É bastante mais aberto e propício a operações de blindados dos dois lados”, explicou, referindo que os ucranianos “precisam de mais tanques e artilharia, e é isso que estão a pedir”.
O secretário da Defesa norte-americano admitiu que os Estados Unidos consideravam, pelo menos no início do conflito, que a Ucrânia seria incapaz de retomar o controlo das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no Donbass, que é agora o alvo definido por Moscovo.
Insistentemente questionado pelo senador republicano Tom Cotton sobre as informações que os serviços secretos militares norte-americanos estão a partilhar com os ucranianos, Austin admitiu que elas não abrangeram, até agora, as regiões separatistas.
“Nós fornecemos-lhes informações para realizarem operações”, incluindo no Donbass, começou por dizer.
Mas quando Cotton lhe perguntou explicitamente se essas informações diziam respeito às zonas controladas desde 2014 pelos separatistas pró-russos, o responsável máximo do Pentágono reconheceu que as instruções até agora fornecidas aos analistas militares não eram “claras”.
“Queremos garantir que elas são claras para as nossas forças. É esse o objetivo das novas instruções, a partir de hoje”, acrescentou.
Os serviços secretos norte-americanos alertaram para a eclosão da guerra na Ucrânia mas não previram a resistência dos ucranianos.
Temiam que Kiev caísse nas mãos das forças russas em 48 horas e que o presidente ucraniano fosse imediatamente deposto para ser substituído por um regime pró-russo.
(agência Lusa)
A resolução foi adotada após as acusações da prática de crimes de guerra e contra a humanidade praticados pela Rússia na Ucrânia.
A enviada especial da RTP à Ucrânia, Cândida Pinto, explica que os últimos apelos surgem numa altura os combates no Donbass se intensificam.
Em Kiev a situação está relativamente tranquila, embora os militares ucranianos tenham dito que neutralizaram nos últimos dois dias 16 grupos de "sabotadores" - infiltrados russos na capital ucraniana.
Mykolaiev tem estado a travar os ataques russos e a eventualidade de um contra-ataque ucraniano não é de excluir.
O rublo fortaleceu-se esta quinta-feira para níveis anteriores aos da invasão da Ucrânia.
A valorização do rublo tem "impacto nas receitas de petróleo e gás... mas agora é muito cedo para fazer qualquer avaliação específica", acrescenta o ministério, em resposta à agência Reuters.
Na rede social Telegram, Vereshchuk revelou que entre as pessoas que deixaram as suas habitaçõe estavam 1.205 moradores da cidade sitiada de Mariupol, que foram levados para Zaporizhzhia.
"O embaixador irlandês na Federação Russa foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em Moscovo esta tarde e informado que dois diplomatas de nossa embaixada em Moscou foram convidados a sair", disse o ministro Simon Coveney em comunicado.
“Não há justificação para esta medida”, denunciou, “os funcionários da Embaixada da Irlanda em Moscovo não têm e não exercem quaisquer tarefas ou funções incompatíveis com o seu estatuto diplomático”.
Em 29 de março, a Irlanda anunciou que estava a expulsar quatro diplomatas russos alegando que as suas atividades "não atendiam aos padrões internacionais de comportamento diplomático". Vários países europeus fizeram o mesmo citando suspeitas de espionagem.
"Esta decisão de reduzir o tamanho de nossa embaixada relativamente pequena em Moscovo vai diminuir significativamente a capacidade de fornecer serviços aos nossos cidadãos na Rússia e manter canais diplomáticos de comunicação com a Federação Russa", disse o chefe da diplomacia irlandesa.
De acordo com Muratov este foi um protesto contra a cobertura do jornal que dirige - Novaya Gazeta - sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Na semana passada, Muratov anunciou que o jornal tinha suspenso a edição online e impressa até ao final do que a Rússia chama de "operação especial" na Ucrânia e na sequência de um segundo aviso do regulador estatal de comunicações.
Fotos publicadas pelo jornal nas redes sociais mostraram Muratov com tinta vermelha na cabeça e nas roupas e ao redor do seu compartimento no comboio Moscovo-Samara.
"Derramaram tinta com acetona por todo o compartimento. Os meus olhos estão a arder terrivelmente", disse Muratov.
Segundo o jornalista, quem o atacou disse: "Muratov, isto é para ti, dos nossos rapazes".
A pressão contra os meios de comunicação liberais russos aumentou desde que Moscovo começou a invasão da Ucrânia em fevereiro. Vários ativistas da oposição relatam mensagens ameaçadoras pintadas nas portas dos seus apartamentos.❗️ An unknown person attacked Dmitry Muratov, editor-in-chief of Novaya Gazeta and Nobel Peace Prize laureate, right in the train carriage
— Novaya Gazeta. Europe (@novayagazeta_eu) April 7, 2022
"They poured oil paint with acetone in the compartment. My eyes are burning terribly. <...> He shouted: "Muratov, here's one for our boys". https://t.co/y37skERIyC
Este pacote prevê ainda a proibição de exportações para a Rússia, em particular de bens de alta tecnologia, até 10 mil milhões de euros, e novas sanções contra os bancos russos.
Esta nova fase de sanções foi proposta pela Comissão Europeia após a descoberta de dezenas de cadáveres de civis no último fim de semana em Bucha, perto de Kiev.
🔴#Ukraine | Approbation par le COREPER II d’un nouveau paquet de sanctions dans le contexte de l’agression russe contre l’Ukraine.
— Présidence française du Conseil de l’UE 🇫🇷🇪🇺 (@Europe2022FR) April 7, 2022
Ce paquet très substantiel étend les sanctions à l’encontre de la Russie à de nouveaux domaines et prévoit notamment ⤵️ 1/5#PFUE2022 pic.twitter.com/4ECmuUaAap
"A República de Chipre tem ferramentas de pressão contra a Rússia. Fechem os portos aos navios russos e aos iates privados. Acabem com os ‘passaportes dourados’ para russos”, pediu Volodymyr Zelensky numa intervenção por videoconferência no Parlamento cipriota.
Como parte da sua "digressão" virtual pelo mundo para pedir apoio contra a invasão russa, o Presidente ucraniano falou numa sessão extraordinária do hemiciclo cipriota, na qual também esteve presente o Presidente do Chipre, Nikos Anastasiadis.
O pedido de Zelensky a Chipre centrou-se principalmente no recurso usado para a atribuição da cidadania em troca de grandes investimentos, os "passaportes dourados”.
Este regime, e também os vistos ‘gold’ para atribuição de residência, foi questionado pela União Europeia (UE) após a ofensiva militar de Moscovo na Ucrânia, devido à suspeita de promover a corrupção e o branqueamento.
Este programa concedeu cidadania cipriota a 6.779 milionários estrangeiros, dos quais cerca de 42% eram russos.
Por seu lado, a Presidente do Parlamento cipriota, Anita Demetroiu, lembrou a Zelensky que a Turquia, o país que se apresenta como facilitador nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia, é o Estado que ocupa militarmente 37% do território de Chipre desde 1974.
"Chipre sabe muito bem o que a invasão e a guerra significam. Chipre, tal como a Ucrânia, são vítimas de ocupação por um país vizinho mais forte", disse Demetriou.
(agência Lusa)
"Cerca de 60 a 70% do parque habitacional foi destruído ou parcialmente destruído", acrescentou Konstantin Ivashchenko, nomeado chefe da cidade esta quarta-feira por Denis Pushilin, líder dos separatistas de Donetsk.
As autoridades ucranianas apresentaram números muito mais elevados.
"Estamos desolados e continuaremos a defender os nossos interesses por todos os meios legais e a explicar [a nossa posição]", declarou Dmitri Peskov à cadeia televisiva britânica Sky News.
Em simultâneo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou "ilegal" a suspensão do país daquele organismo das Nações Unidas, indica um comunicado.
A Rússia considera esta suspensão "ilegal e politicamente motivada, destinada a punir de forma ostentatória um Estado-membro soberano da ONU que conduz uma política interna e externa independente".
A Rússia decidiu efetuar uma "retirada antecipada" deste Conselho, acrescentou a diplomacia russa.
"Infelizmente, nas condições atuais, o Conselho é praticamente monopolizado por um grupo de Estados que o utilizam para os seus próprios fins oportunistas", acrescenta o ministério.
"Após a comunicação da situação às CPCJ, tratando-se de um procedimento de urgência e à semelhança do que acontece com todas as crianças nesta situação, as mesmas são encaminhadas para o Ministério Público (MP) após terem sido adotadas as medidas adequadas para a sua proteção imediata", avança Maria João Fernandes, vice-presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ).
Esta Comissão refere que o Ministério Público, depois de receber a comunicação, requer imediatamente ao tribunal competente procedimento judicial urgente.
A CNPDPCJ indica ainda que tem acompanhado e orientado as CPCJ relativamente a estes casos de crianças que chegam a Portugal não acompanhadas.
As CPCJ são contactadas normalmente pelo Serviço de Estrangeiro e Fronteiras (SEF) quando o menor está a ser registado para obtenção da proteção temporária.
Na quarta-feira, fonte ligada ao processo avançou à Lusa que o SEF comunicou ao Ministério Público a situação de cerca de 350 casos de menores ucranianos que chegaram a Portugal sem os pais ou representantes legais.
(agência Lusa)
Pelo menos uma pessoa morreu e 14 ficaram feridas num bombardeamento na cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, disse o governador regional Oleh Synehubov numa declaração vídeo.
Anteriormente, os militares ucranianos tinham anunciado que as tropas russas estavam a bombardear a cidade. A Rússia rejeita as acusações de estar a visar civis.
Numa declaração em direto na televisão, a procuradora-geral Iryna Venediktova não revelou se as autoridades haviam apurado a causa da morte, mas acusou as tropas russas de terem levado a cabo ataques aéreos antes de terem tomado o controlo da cidade.
"Borodyanka é o pior em termos de destruição e em termos de incerteza sobre (o número de) vítimas", disse ela.
O governo russo nega ter civis ucranianos como alvo.
Em entrevista à Antena 1, Philippe Sands defende que a forma mais eficaz de levar Vladimir Putin e o Kremlin à justiça é através de um processo que tenha por base a figura do crime de agressão e com a criação de um tribunal especial para punir o crime de agressão contra a Ucrânia.
Desde o início da guerra na Ucrânia, Portugal já atribuiu mais de 28 mil e 700 pedidos de proteção temporária a ucranianos.
Na chegada à Polónia, o processo é cada vez mais rápido com os refugiados a serem encaminhados da fronteira para outras cidades polacas ou outros países europeus.
Num dos centros de acolhimento há uma delegação portuguesa que ajuda quem quer vir para território.
A enviada da Antena 1 à Polónia, Joana Carvalho Reis, conversou com um dos responsáveis desta delegação que admite que são cada vez menos os que escolhem como destino Portugal, por falta de garantias.
No mesmo dia em que o Parlamento Europeu apelou, em Estrasburgo, a "um embargo total imediato às importações russas de petróleo, carvão, combustível nuclear e gás" e questionado sobre se será esse o caminho a seguir, João Gomes Cravinho respondeu que "a prazo, vai ser".
"Ou seja, a dependência energética por parte de alguns países europeus vai ter de ser completamente repensada. Do lado português, nós naturalmente que apoiaríamos qualquer medida coletiva nesse sentido", disse o governante, que participou em Bruxelas numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO.
Gomes Cravinho observou que a dependência energética de Portugal face à Rússia "é relativamente limitada", o que "não quer dizer que (a eventual decisão) não tenha algumas consequências negativas".
"Mas em termos de ajudar a paralisar a economia que sustenta a máquina de guerra russa, é algo que, do nosso lado, nós apoiaríamos. Há outros países europeus para os quais é mais difícil e para esses países o fundamental é conseguirem encontrar outras soluções para diminuírem a sua dependência em relação à Rússia", disse.
Numa resolução adotada na sessão plenária em Estrasburgo, o Parlamento Europeu apelou a um "embargo total" da UE às importações de matérias-primas energéticas da Rússia, em represália à invasão da Ucrânia, uma questão que divide os Estados-membros, mas que parece colher cada vez mais apoios.
A confirmação é do secretário de Estado norte-americano, em declarações aos jornalistas na NATO. "Estamos a manter e a aumentar a pressão sobre o Kremlin e seus vizinhos", afirmou Antony Blinken.
"Sofremos perdas militares significativas", declarou Dmitry Peskov em entrevista à Sky News, "é uma grande tragédia para nós".
Interrogado, com imagens de apoio, sobre os abusos de que são acusados os soldados russos na cidade ucraniana de Bucha, onde foram detetados dezenas de cadáveres, o porta-voz voltou a refutar as acusações.
Confrontado com as imagens satélite que mostram corpos nas ruas, assegurou que foram colocados após a retirada das tropas russas da zona.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia saudou a decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas de suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos, na sequência de relatos de violações e abusos de direitos humanos pelos soldados russos na localidade ucraniana de Bucha.
"Os criminosos de guerra não têm lugar nos órgãos da ONU destinados a proteger os direitos humanos. Estou grato a todos os Estados membros que apoiaram a resolução relevante e escolheram o lado certo da história", escreveu Dmytro Kuleba, na rede social Twitter.
Russia’s rights of membership in the UN Human Rights Council has just been suspended. War criminals have no place in UN bodies aimed at protecting human rights. Grateful to all member states which supported the relevant UNGA resolution and chose the right side of history.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) April 7, 2022
A resolução, apresentada pelos Estados Unidos da América (EUA) e apoiada pela Ucrânia e outros aliados, obteve 93 votos a favor, 24 contra e 58 abstenções entre os 193 Estados-membros das Nações Unidas.
A proposta foi apresentada pelos EUA "em estreita coordenação com a Ucrânia e com outros Estados-membros e parceiros da ONU", como avançou, na segunda-feira, a embaixadora norte-americana junto da Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield.
O Conselho de Direitos Humanos, criado em 2006, é o principal fórum das Nações Unidas responsável por promover e monitorizar esta área, sendo composto por 47 Estados-membros, eleitos pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Tanto a Ucrânia como a Rússia constam na atual composição do Conselho, sendo que o mandato russo expirava em 2023.
A Assembleia Geral das Nações Unidas votou a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos.
Cerca de 93 países votaram a favor da moção liderada pelos EUA, enquanto 24 países votaram contra e 58 países se abstiveram.
Com sede em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos da ONU tem 47 membros.
Esta foi a terceira resolução adotada pela Assembleia Geral desde 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. As duas resoluções anteriores contra a Rússia foram adotadas com 141 e 140 votos a favor.
A resolução hoje aprovada expressa "grave preocupação com a atual crise humanitária e de direitos humanos na Ucrânia", particularmente com relatos de abusos de direitos da parte da Rússia.
A Rússia defende-se com o argumento de que está a realizar uma "operação militar especial" que visa destruir infraestruturas militares na Ucrânia e rejeita que tenha atacado civis.
A Rússia alertou os países que um voto de sim ou abstenção será visto como um "gesto hostil" com consequências para os laços bilaterais, de acordo com a Reuters.
O ministro dos Negócios Estrangeiros avisou que pode haver mais revelações de atrocidades perpetradas durante a guerra na Ucrânia, observando que "crimes de guerra parecem não ser algo tabu para as forças russas".
Em declarações à imprensa em Bruxelas no final de uma reunião de dois dias dos chefes de diplomacia da NATO, João Gomes Cravinho sublinhou igualmente que todos devem estar preparados para uma guerra mais prolongada do que se antecipava há algumas semanas, também devido às atrocidades cometidas pelo exército russo, que criam "ainda mais dificuldades no caminho para a paz".
"Tivemos uma reunião muito interessante com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, que nos transmitiu a realidade no terreno, que, infelizmente, não é muito positiva. Não temos boas notícias a vir da Ucrânia, nomeadamente sobre a postura russa, e devemos estar a esse respeito preparados para mais terríveis notícias como tivemos em Bucha", disse.
Gomes Cravinho observou que "há, nomeadamente, fortes indícios de que vamos ter mais revelações de atrocidades, de violações, de crimes de guerra", comentando que "naturalmente isso cria ainda mais dificuldades no caminho para a paz".
"A nossa convicção é que todos esses indícios devem ser conhecidos, devem ser investigados e devem ser castigados", afirmou.
Questionado sobre se as atrocidades que começam a ser reveladas impossibilitam uma solução diplomática para o conflito, o ministro dos Negócios Estrangeiros português respondeu que "não é impossível" um acordo negociado, sendo, aliás, essa a única forma de pôr cobro a esta guerra.
"Esta guerra acabará com negociação, a questão é quando. Tem de haver sempre disponibilidade para uma solução diplomática. O que nós vemos da parte da Rússia é que essa disponibilidade não existe", disse, observando que, "pelo contrário", aquilo que existe é "uma grande indiferença em relação às leis da guerra".
"O que nós vimos em Bucha e os indícios que começam a surgir de outras partes da Ucrânia é que da parte da liderança russa não há indicação de que as suas forças armadas devam seguir as regras da guerra. Ou seja, crimes de guerra parecem não ser algo tabu para as forças russas, e claro que isto é profundamente preocupante, também em termos de encontrar uma solução", declarou.
Ainda questionado sobre as declarações do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que alertou à entrada para a reunião ministerial que a guerra na Ucrânia pode prolongar-se por "meses ou mesmo anos", João Gomes Cravinho disse recear que esse possa ser o caso, mas sublinhou que há uma forte convicção entre todos os Aliados de que a NATO vai "continuar a apoiar a Ucrânia" o tempo que for necessário.
"Sim, acredito que sim. Tivemos oportunidade de dialogar com muitos colegas e com o próprio ministro Kuleba. Por um lado, existe uma forte convicção, do lado dos Aliados, de que teremos de continuar a apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário. Por outro lado, a convicção de que provavelmente esse tempo será mais prolongado do que imaginávamos há umas semanas", concluiu.
(agência Lusa)
"A pressão externa sobre o nosso país não abrandou por um único dia, mesmo durante a pandemia. Mas as sanções adicionais impostas este ano são realmente sem precedentes", disse o chefe do Governo russo perante a Duma (a câmara baixa do Parlamento), onde apresentou o relatório anual do executivo.
Segundo Mikhail Mishustin, o número de restrições impostas à Rússia excede o de qualquer outro país, com mais de 6.000 sanções individuais e setoriais.
"Os nossos ex-parceiros estão praticamente a competir entre si para ver quem pode impor as sanções mais rapidamente. As sanções são anunciadas quase todos os dias. O objetivo é espalhar o pânico e causar danos a todas as pessoas", denunciou.
O primeiro-ministro russo observou que, com o primeiro golpe no sistema financeiro da Rússia, o Ocidente recorreu à "pirataria", "praticamente roubando o país, bloqueando os seus ativos".
De acordo com a plataforma Castellum.AI, um banco de dados de risco global, que abrange sanções e controles de exportação, entre outras categorias, a comunidade internacional impôs 2.754 sanções à Rússia antes de 22 de fevereiro e 5.398 após essa data.
Em 21 de fevereiro, o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk em Donbass e, em 24 de fevereiro, lançou o que designa de "operação militar especial" na Ucrânia.
Mishustin argumentou que o Ocidente planeava "destruir a economia russa" em poucos dias, mas que isso não aconteceu porque o sistema financeiro sobreviveu e o Governo e o Banco Central russos conseguiram evitar o seu colapso.
"Os pagamentos dentro do país estão a funcionar normalmente e o mercado de ações e a taxa de câmbio do rublo estão a estabilizar", defendeu o primeiro-ministro russo.
Mishustin admitiu a existência de dificuldades, já que "tudo está a ser feito [por parte do Ocidente] para subir a inflação, criar uma escassez de bens de consumo e, finalmente, criar tensão social".
A inflação anual da Rússia disparou no início deste mês para 16,6%, a taxa mais alta desde março de 2015.
"As cadeias logísticas foram interrompidas, as entregas de produtos importados de alta tecnologia são limitadas. O tráfego aéreo foi suspenso e houve tentativas de nos privar do uso de aviões. A exportação das nossas mercadorias para muitos países foi restringida", admitiu o chefe do Governo russo.
Mishustin disse que as multinacionais que saem do mercado russo "devem continuar a funcionar, porque o padrão de vida das pessoas não pode depender dos caprichos de políticos estrangeiros".
(agência Lusa)
O presidente da Bielorrússia, principal aliado da Rússia, exigiu participar nas negociações sobre a "guerra" na Ucrânia, utilizando um termo que foi banido por Moscovo.
Alexandre Lukashenko, cujo país acolheu em finais de 2014 e início de 2015 as conversações de paz que resultaram nos Acordos de Minsk I e Minsk II, ultrapassados pelo atual conflito, e permitiu o estacionamento de tropas russas no seu território nos meses prévios à invasão militar de 24 de fevereiro, considerou ter direito a associar-se ao processo negocial.
"Consideramos esta situação como uma guerra e que decorre à porta do nosso país. Terá sérias consequências na situação na Bielorrússia. É por isso que não deverá existir um acordo nas costas da Bielorrússia", insistiu Lukashenko durante uma reunião do seu conselho de segurança.
Segundo referiu, Moscovo "compreende" esta posição, mas não o ocidente, que praticamente não mantém relações com Minsk devido à repressão interna das manifestações da oposição em 2020 e à sua aliança com a Rússia.
A Ucrânia não pretende que Minsk participe na mesa das negociações pelo facto de o exército russo ter desencadeado a sua ofensiva em direção a Kiev a partir de território bielorrusso.
Moscovo nunca referiu pretender incluir Minsk nas conversações, enquanto Lukashenko sempre desejou ser tratado em situação de igualdade, e quando durante duas décadas a sua política externa oscilou entre o ocidente e o Kremlin.
Para Lukashenko, após a "guerra virá o tempo do renascimento e da reconstrução". E segundo afirmou, o ocidente aproveitará para despojar a Ucrânia das suas riquezas.
"É necessário promover a harmonia entre os seus. Há muito que o refiro, os três povos eslavos [russos, bielorrussos e ucranianos] devem, atentando ao que se passa no mundo, sentar-se à mesa e entenderem-se. De igual para igual", frisou.
A Bielorrússia é alvo de pesadas sanções económicas devido ao seu desempenho na ofensiva russa, medidas que atingem uma economia muito dependente da Rússia e estrangulada por anteriores vagas de represálias económicas ocidentais.
(agência Lusa)
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número de refugiados da Ucrânia subiu para 4.319.494 desde o início da invasão russa, o que representa o maior fluxo de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial.
Nas últimas 24 horas, mais 40.705 pessoas fugiram para outros países.
Cerca de 90% dos que fugiram da Ucrânia são mulheres e crianças, já que as autoridades ucranianas não permitem a saída de homens em idade militar.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) adiantou que cerca de 210.000 não-ucranianos também fugiram do país, acrescentando que muitos estão a encontrar dificuldades para regressar ao seu país de origem.
Na terça-feira, a OIM referia que o número de deslocados internos (pessoas que fugiram das suas casas, mas permanecem na Ucrânia) atingia 7,1 milhões de pessoas.
No total, mais de 11 milhões de pessoas, ou seja, mais de um quarto da população ucraniana, deixaram as suas casas, entre os que fugiram para países vizinhos e os que encontraram refúgio noutros lugares da Ucrânia.
Antes deste conflito, a Ucrânia era povoada por mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev - que, portanto, não incluem a Crimeia (sul), anexada em 2014 pela Rússia, nem as áreas do leste do país que passaram a ser controladas por separatistas pró-russos no mesmo ano.
"Há cinco semanas, as crianças na Ucrânia tinham um teto e uma cama. Com a guerra, que as forçou a se protegerem de bombardeamentos, uma em cada duas teve de fugir das suas casas", referiu o porta-voz da UNICEF James Elder.
A maior parte dos refugiados que saíram do país foram para a Polónia, onde entraram, desde 24 de fevereiro, 2.514.514 ucranianos, segundo o ACNUR. Metade deste total diz respeito a crianças, segundo refere a Unicef.
A Roménia continua a ser o segundo país para onde fogem mais ucranianos, contabilizando, até hoje, 662.751 refugiados, enquanto a Moldova já deu entrada a 401.704 pessoas e a Hungria a 404.021.
Para a Eslováquia fugiram 304.983 ucranianos, sendo que a Rússia recebeu 350.632 até 29 de março (últimos dados disponíveis) e a Bielorrússia acolheu 18.060 pessoas.
"Essa é uma das razões pelas quais vimos coluna após coluna de veículos russos destruídos. Portanto, minas antitanque ou antipessoal são muito eficazes", disse o chefe do Estado-Maior Conjunto perante a Comissão de Serviços Armados do Senado.
Após um encontro com o responsável pela ajuda humanitária da Oganização das Nações Unidas (ONU), que se deslocou a Kiev, o primeiro-ministro ucraniano disse é precisa mais ajuda.
"Grato pela ajuda humanitária abrangente. Enfatizo a necessidade de aumentar o apoio e unir esforços para fornecer assistência financeira direcionada aos ucranianos que sofrem com a agressão russa", escreveu Denys Shmyhal na rede social Twitter.
Held a meeting with UN Under-Secretary-General for Humanitarian Affairs @UNReliefChief. Grateful for the comprehensive humanitarian aid. Stressed the need to increase support & unite efforts to provide targeted financial assistance to Ukrainians suffering from russian aggression. pic.twitter.com/lqui6HcFBi
— Denys Shmyhal (@Denys_Shmyhal) April 7, 2022
Alexander Novak acrescentou que Moscovo está a analisar a possibilidade de a China pagar as exportações russas em yuan.
"Há uma batalha significativa ainda pela frente no sudeste, ao redor de Donbas, região de Donetsk, onde os russos pretendem reunir forças e continuar seu ataque", disse o general Mark Milley no Senado.
Não foram dados mais detalhes sobre o encontro de Vladimir Putin com o Conselho, que inclui os líderes dos serviços de defesa e dos serviços secretos.
Citada pela Reuters, a TASS refere que o caso foi baseado em alegações de um soldado russo que passou 29 dias como prisioneiro na Ucrânia.
“Portugal irá corresponder ao pedido do ministro Kuleba, nomeadamente em termos de envio de mais armamento e munições. Não temos armas pesadas que possamos fornecer, outros países terão e nós, coletivamente, vamos apoiá-los”, declarou João Gomes Cravinho no final de uma reunião de dois dias dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, na qual participou o ministro ucraniano.
Questionado sobre como foi acolhido o pedido de Kuleba, que à chegada à reunião anunciou desde logo que tinha “uma agenda muito simples, com apenas três pontos: armas, armas e armas", João Gomes Cravinho disse que “toda a gente compreendeu”.
“Toda a gente compreendeu, atendendo à convicção de que estamos agora a passar para uma nova fase da guerra. Infelizmente, não há otimismo sobre um prazo para uma eventual cessação de hostilidades. Significa que devemos estar preparados para uma guerra mais prolongada e, naturalmente, isso significa que temos de ter um outro tipo de orientação no nosso apoio à Ucrânia”, declarou.
Quanto à urgência no envio de armas reclamada pelas autoridades ucranianas, que dizem precisar de mais armamento numa questão de dias e não de semanas, o ministro português disse acreditar que será possível fazer chegar rapidamente ao terreno o apoio militar suplementar.
“Acredito que sim. Isto é matéria, naturalmente, da minha colega ministra de Defesa [Helena Carreiras], que está a trabalhar nisso, mas acredito que sim. É uma questão de termos os mecanismos de transporte. Nós temos os nossos próprios, o C130. O C130 é um avião que tem uma capacidade de carga relativamente limitada e, portanto, se beneficiarmos do apoio de outros países, poderemos fazer chegar mais armas mais rapidamente”, disse.
(agência Lusa)
Jens Stoltenberg disse ainda aos jornalistas que os países membros também concordaram em reforçar as capacidades de defesa de outros parceiros, incluindo a Geórgia e a Bósnia-Herzegovina.
Destes pedidos concedidos desde o início do conflito na Ucrânia, 10.162 são menores.
Grateful to @G7 ministers for inviting me. We discussed ways to take the military, economic, and humanitarian assistance for Ukraine to the new level. Ukraine proposes a fair deal: the world provides us with all the support we require; we fight and defeat Putin in Ukraine.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) April 7, 2022
"Este é um momento muito importante e um passo significativo. A posição do Parlamento é clara e envia a mais forte mensagem de apoio aos que estão na linha da frente", afirmou a presidente da instituição, Roberta Metsola.
A votação desta resolução não é vinculativa, mas vai mais longe que a Comissão Europeia nas propostas de embargo.
"Esta incapacidade de chegar mais uma vez a um acordo negociado demonstra as verdadeiras intenções de Kiev, que pretende prolongar ou mesmo inviabilizar as negociações, rejeitando os acordos que foram alcançados", afirmou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov afirmou que a Ucrânia tinha apresentado à Rússia um projeto de acordo de paz com pontos “inaceitáveis”, mas que Moscovo irá continuar as conversações.
O Parlamento Europeu (PE) deu hoje luz verde ao desembolso imediato de mais de 3,4 mil milhões de euros para os Estados-membros da União Europeia (UE) que acolhem refugiados em fuga da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Com a aprovação pelo PE - por 549 votos a favor, um contra e oito abstenções -, depois do aval pelo Conselho da UE, na quarta-feira, estão cumpridas as formalidades para a verba poder chegar aos países em causa.
Os mais de 3,4 mil milhões de euros permitem aliviar a pressão sobre os orçamentos públicos dos Estados-membros, para que estes possam lidar com o fluxo de refugiados procedentes da Ucrânia.
Os países que receberão um pré-financiamento de 45% são a Hungria, a Polónia, a Roménia e a Eslováquia, que fazem fronteira com a Ucrânia, bem como a Áustria, a Bulgária, a República Checa, a Estónia e a Lituânia, que, até 23 de março de 2022, tinham acolhido um número de pessoas deslocadas equivalente a mais de 1% da sua população.
O Presidente da Ucrânia aceitou o convite para discursar no Parlamento português. A RTP confirmou que, neste momento, falta apenas marcar a data.
Zelensky vai participar numa sessão solene da Assembleia da República por videoconferência.
A proposta do PAN foi aprovada ontem em conferência de líderes, com o voto contra do PCP.
Os países do G7 convocaram para esta quinta-feira uma declaração conjunta para solicitar a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
"Estamos convencidos de que chegou o momento de suspender a adesão da Rússia ao Conselho de Direitos Humanos", disseram os ministros dos negócios estrangeiros do G7 numa declaração a ser votada na quinta-feira pela Assembleia Geral da ONU.
Também prometem que os perpetradores dos "massacres" na cidade de Bucha na Ucrânia "serão responsabilizados e processados".
Uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Canadá, Japão, Alemanha e Itália) está também agendada para Bruxelas esta quinta-feira.
A Bielorrússia revelou que vai pagar algumas das suas dividas ao estrangeiros em rublos bielorrussos, uma vez que as sanções ocidentais limitam a sua capacidade de negociar em moedas estrangeiras.
O país pagará a dívida e os juros dos empréstimos em rublos bielorrussos obtidos junto do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) e Banco Nórdico de Investimento, disse o governo bielorrusso.
O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, admitiu esta quinta-feira que o país está a enfrentar a situação “mais difícil” das últimas três décadas devido às sanções ocidentais “sem precedentes”.
Reitera, no entanto, que as tentativas de “isolar” a Rússia da economia global não serão bem-sucedidas. O responsável diz mesmo que o atual contexto abre espaço para novas oportunidades de negócio para Moscovo.
Em declarações ao parlamento grego esta quinta-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu "apoio imediato" à cidade humanitária de Mariupol, onde existia uma grande comunidade grega à data da invasão.
Zelensky exortou a Grécia a "usar a sua influência" como membro da União Europeia para retirar civis e levar ajuda até à cidade.
"Os russos estão a atacar com forças terrestres, aéreas e marítimas, mas com o apoio da Grécia venceremos", afirmou.
“A Grécia solicitará que o Tribunal Internacional de Justiça investigue os crimes de guerra que ocorreram em Mariupol”, disse o MNE grego em declarações aos jornalistas à entrada para o encontro da NATO, em Bruxelas.
A Assembleia-Geral da ONU vota esta quinta-feira uma proposta para que a Rússia seja suspensa do Conselho de Direitos Humanos. A proposta surge na sequência da invasão da Ucrânia e dos alegados crimes cometidos contra civis em Bucha.
Met with Secretary General @jensstoltenberg at NATO HQ in Brussels. I came here today to discuss three most important things: weapons, weapons, and weapons. Ukraine’s urgent needs, the sustainability of supplies, and long-term solutions which will help Ukraine to prevail. pic.twitter.com/247GdqdPwj
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) April 7, 2022
- As autoridades do departamento de Defesa dos EUA adiantam que a retirada da Rússia das regiões de Kiev e Chernihiv está completa. "As forças russas perto de Kiev e Chernihiv completaram a sua retirada desta área para se reconsolidarem e prepararem na Bielorrússia e na Rússia", disse um funcionário do Pentágono na madrugada desta quinta-feira;
- A Rússia anunciou que concentraria esforços na região leste de Donbass, na Ucrânia, mas o Pentágono acredita que as tropas russas poderão voltar à capital ucraniana no futuro. Milhares de pessoas estão a abandonar o leste do país e o Governo ucraniano pede aos civis que se retirem de imediato "enquanto ainda é seguro";
- Na quarta-feira, a Cruz Vermelha conseguiu retirar mais de 1.000 pessoas na cidade sitiada de Mariupol. Perto de Kiev, há mais de 400 pessoas desaparecidas da cidade de Hostomel. Em Bucha, também junto à capital, continuam a surgir testemunhos sobre a morte de civis às mãos das tropas russas;
- Mais de 5.000 civis foram mortos na cidade ucraniana portuária de Mariupol, segundo anunciou o presidente da Câmara Municipal. No total, a invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 1.563 mortos e 2.213 feridos entre a população civil, segundo indicou a ONU;
- Os EUA, o Reino Unido e a União Europeia anunciaram novas sanções à Rússia. Washington alargou as sanções a instituições bancárias, membros do Governo russo e familiares, incluindo as duas filhas adultas de Vladimir Putin. Por sua vez, Bruxelas anunciou que vai impor um embargo ao carvão russo, mas adianta que as medidas deverão visar o gás e o petróleo russos “mais cedo ou mais tarde”;
- O presidente ucraniano defende que é preciso ir mais longe nas sanções à Rússia. Volodymyr Zelensky avisou que o atraso no embargo do Ocidente ao petróleo russo está a "custar vidas" e também insistiu que os bancos russos devem ser completamente bloqueados do sistema financeiro internacional.