Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
- O presidente Volodymyr Zelensky alertou hoje que a Ucrânia pode perder entre 50 a 100 soldados por dia na defesa da Ucrânia “na direção mais difícil”, a leste do país.
- A Rússia diz estar disposta a retomar as negociações de paz, insistindo que esse regresso está agora do lado de Kiev. “Da nossa parte, estamos prontos para continuar o diálogo”, frisou um assessor do Kremlin. “Congelar as negociações foi inteiramente iniciativa da Ucrânia. A bola está completamente do lado deles”.
- O presidente polaco declarou no Parlamento ucraniano que só a Ucrânia tem o direito de decidir o seu futuro. Andrzej Duda é o primeiro chefe de Estado estrangeiro a discursar presencialmente no Parlamento, em Kiev, desde o início da guerra.
- A polícia nacional ucraniana disse este domingo que as tropas russas bombardearam 12 zonas residenciais na zona de Donetsk, tendo destruído 58 infraestruturas civis.
Em Borodianka, arredores de Kiev, anseia-se por ajuda humanitária. A cidade está repleta de destruição. Há mães que perderam os filhos e outras que vivem em sobressalto com os que ainda combatem na frente da guerra.
Reportagem dos enviados especiais da RTP à Ucrânia Cândida Pinto e David Araújo.
Muitas aldeias foram destruídas na Ucrânia. O avanço dos militares russos deixa sempre um rasto de destruição. Entre Kherson e Mykolaiv travam-se agora as maiores batalhas numa região onde só os mais velhos ficaram.
Reportagem dos enviados especais da RTP, Paulo Jerónimo e Marques de Almeida.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, discutiu este domingo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o bloqueio russo ao porto ucraniano de Odessa, anunciou um porta-voz de Downing Street.
Johnson anunciou ainda a intenção de redobrar os esforços para fornecer alimentos e ajuda humanitária ao povo ucraniano, assim como de garantir que o país possa retomar as exportações para o resto do mundo.
A Rússia está disposta a retomar as negociações de paz, disse hoje o principal russo, insistindo que o regresso às conversações está agora do lado de Kiev.
Segundo a agência Associated Press, o assessor do Kremlin Vladimir Medinsky afirmou que “a Rússia nunca recusou negociações”.
“Da nossa parte, estamos prontos para continuar o diálogo”, frisou Medinsky. “Congelar as negociações foi inteiramente iniciativa da Ucrânia. A bola está completamente do lado deles”.
Os Estados Unidos divulgaram imagens de exercícios militares em larga escala na Polónia. Tanques norte-americanos, polacos e alemães treinam com munições numa das missões da NATO que decorre até ao fim do mês no leste da Europa.
O presidente polaco declarou no Parlamento ucraniano que só a Ucrânia tem o direito de decidir o seu futuro. Andrzej Duda é o primeiro chefe de Estado estrangeiro a discursar presencialmente no Parlamento, em Kiev, desde o início da guerra.
A visita não foi anunciada, mas Duda terá chegado à capital ucraniana no mesmo dia em que António Costa se encontrou com o presidente Zelensky.
O presidente Volodymyr Zelensky alertou hoje que a Ucrânia pode perder entre 50 a 100 soldados por dia na defesa da Ucrânia “na direção mais difícil”, a leste do país.
O presidente senegalês anunciou hoje que vai deslocar-se à Rússia e à Ucrânia em nome da União Africana, a que atualmente preside, após um convite de Moscovo e o desejo manifestado pelo presidente ucraniano de contactar com líderes africanos.
O homem nomeado pela Rússia para a presidência da Câmara de Enerhodar, cidade que alberga a maior central nuclear da Europa e que foi tomada por Moscovo durante a ofensiva ma Ucrânia, ficou ferido numa explosão este domingo.
Segundo as autoridades ucranianas e uma agência de notícias russa, Andrei Shevchik está agora nos cuidados intensivos.
"Confirmámos que, durante a explosão, o autoproclamado líder da região de Shevchik e os seus guarda-costas ficaram feridos", disse Dmytro Orlov, homem que a Ucrânia reconhece como presidente da Câmara da cidade.
Enerhodar tinha, antes da guerra, mais de 50 mil habitantes.
Mais de 300 pessoas marcharam, esta tarde, pelo Passeio Alegre, no Porto, vestindo camisas brancas com bordados tradicionais ucranianos, uma "festa tradicional" da Ucrânia para "lembrar que a guerra ainda não está ganha".
"Vychyvanka" é o nome da festa que a comunidade ucraniana no Porto quis trazer às ruas da cidade, um "momento de celebração", como explicou à Lusa a cônsul da Ucrânia no Porto, Alina Ponomarenko, durante a marcha de cerca de três quilómetros.
Na marcha, que saiu do Castelo do Queijo, juntaram-se mais de 300 pessoas, "quase tudo ucranianos, uns a viver em Portugal há anos e outros aqui de passagem", explicou Alina Ponomarenko.
"Muitos dos que aqui estão chegaram agora, como refugiados. Mas todos, mesmo os que já estavam em Portugal, temos um pensamento comum, poder voltar à Ucrânia"", afirmou.
(agência Lusa)
Segundo a agência Efe, Mijailo Podolyak rejeitou as negociações com a Rússia sobre comboios internacionais de abastecimento de alimentos no Mar Negro e garantiu que a Ucrânia, com vários lançadores de foguetes MLRS, será capaz de desbloquear os portos.
"Negociar com um país que fez centenas de milhões de reféns? Temos uma ideia melhor: o mundo deve concordar com a entrega à Ucrânia de sistemas MLRS e outras armas pesadas necessárias para desbloquear o Mar Negro. Faremos tudo nós mesmos", sublinhou.
To bargain with a country that has taken hostages? Well, we have a better idea. The world has to agree on the transfer of MLRS systems to Ukraine and other necessary heavy weapons to unblock the Black Sea. Then we will do everything ourselves. (2/2)
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) May 22, 2022
Francisco declarou que "nenhum pecado, nenhum fracasso e nenhum rancor deve desanimar na hora de pedir o dom do Espírito Santo".
O papa já condenou em diversas ocasiões a violência e pediu paz para países como a Ucrânia, onde se disponibilizou para ir a pedido do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, embora tenha admitido depois numa entrevista ao jornal argentino La Nación que não iria.
"De que serviria, se no dia seguinte a guerra continuaria?", declarou ao jornal.
Francisco já disse ao jornal italiano Corriere della Sera que pediu uma reunião em Moscovo com o Presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia, mas que ainda não recebeu resposta.
Falando perante novos embaixadores junto da Santa Sé em março passado, apontou que, além da Ucrânia, há conflitos "que recebem pouca ou nenhuma atenção, especialmente dos meios de comunicação", mas que não podem ser ignorados.
Cândida Pinto, enviada especial da RTP em Kiev, revela ainda que ocorreu um violento ataque russo na Câmara Municipal de Orikhiv, perto de Zaporizhizhia.
Na capital ucraniana, os sistemas de defesa anti-aérea intercetaram um míssil que se dirigia para a cidade no momento em que o presidente polaco falava ao Parlamento.
De resto, os parlamentares ucranianos aprovaram hoje o prolongamento da lei marcial, que só deverá terminar a 23 de agosto.
O primeiro-ministro António Costa fez uma publicação no Twitter, numa espécie de balanço da viagem que o levou à Roménia, Polónia e Ucrânia.
Concluída a viagem de trabalho à #Roménia, #Polónia e #Ucrânia. #Portugal contribui para o reforço da fronteira Leste da @NATO; é solidário com a Polónia no seu apoio aos refugiados; apoia a Ucrânia na sua luta pela paz e na preparação do seu esforço de reconstrução. pic.twitter.com/Jl6poRz9A1
— António Costa (@antoniocostapm) May 22, 2022
António Costa iniciou na quarta-feira à noite em Bucareste uma deslocação a três países da Europa de leste, que o levou também a Varsóvia e Kiev, tendo regressado hoje de manhã a Lisboa.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 22 May 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) May 22, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/GGC8C7MQ1u
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/Ntuj5gasql
O presidente polaco, Andrzej Duda, já está em Kiev desde ontem e deverá fazer um discurso no Parlamento ucraniano este domingo. Será o primeiro chefe de Estado estrangeiro a fazê-lo desde o início da invasão da Rússia.
- No sábado, António Costa esteve em Kiev com Volodymyr Zelensky e falou sobre o apoio de 250 milhões de euros que Portugal irá entregar à Ucrânia. De acordo com o primeiro-ministro, serão entregues 100 milhões de euros já este ano. Nos próximos três anos, seguir-se-ão entregas de 50 milhões. O primeiro-ministro prometeu reforçar o apoio militar, técnico e humanitário a Kiev e mostrou-se disponível para participar no esforço de reconstrução da Ucrânia no pós-guerra.
- Marcelo Rebelo de Sousa foi convidado por Volodymyr Zelensky para visitar Kiev. O presidente português disse aos jornalistas que "a resposta é, obviamente, sim, no momento que for entendido adequado pelo Governo".
- O Ministério russo da Defesa avançou no sábado que foram retirados da siderurgia Azovstal os últimos soldados russos. Ao final da noite, Moscovo disse que iria estudar a possibilidade de trocar combatentes do batalhão ucraniano Azov feitos prisioneiros pelo deputado e milionário ucraniano pró-russo Viktor Medvedchuk.
- A Rússia diz ter destruído um grande depósito com armas ocidentais enviadas para a Ucrânia. "Mísseis Kalibr de longo alcance de alta precisão, lançados a partir do mar, destruíram uma grande remessa de armas e equipamentos militares fornecidos pelos Estados Unidos e pelos países europeus, perto da estação ferroviária de Malin, na região de Zhytomyr", indicou o Ministério russo da Defesa em comunicado.
- Moscovo anunciou no sábado que passa a proibir a entrada em território russo de 963 norte-americanos, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o secretário de Estado Antony Blinken e o chefe da CIA, William Burns.
- O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou onte, a lei aprovada pelo Congresso na quinta-feira que irá permitir o envio de 40 mil milhões de dólares para ajudar ao esforço de guerra da Ucrânia.